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Assim que teve certeza que Robby estava um pouco mais calmo e em condições de ter uma conversa mais séria, Miguel resolveu contar sobre o destino de Silver e a ida de Shannon para Okinawa. Robby ainda estava um pouco aéreo por causa de todos os remédios fortes que tomava para a dor, mas seria importante para ele saber de tudo e se sentir mais seguro.

Robby chorou de alívio ao saber que Silver estava morto e que sua mãe estava bem. Chozen e Kumiko estavam cuidando bem dela e ela estava recebendo terapia de verdade para voltar a falar e se mexer em vez de ser mantida como refém. Miguel o abraçou enquanto ele chorava, repetindo agora com toda certeza que ia ficar tudo bem e que aquilo tinha acabado.

Robby iria ficar pelo menos umas duas semanas no hospital, até que a desidratação melhorasse e os exames indicassem se havia alguma sequela das torturas que havia sofrido. Os médicos estavam confiantes de que sua recuperação seria plena, mas os impactos em sua saúde mental seriam duradouros e desafiadores. Ele precisaria de terapia e uma rede de apoio de verdade.

Quando souberam que as visitas estavam liberadas, Kenny e Shawn foram os primeiros a aparecerem. Robby se sentia um pouco bobo por chorar tanto, mas não aguentou a emoção de ver ao mesmo tempo o afilhado e o melhor amigo, longe da escola, sem ter que se esconder, se sentindo seguro.  Cada um se sentou de um lado de sua cama e Kenny segurou sua mão o tempo todo, como uma âncora.

"Shawn, obrigado por tudo. Você se arriscou muito." Robby disse, pensando em tudo que poderia ter dado errado.

"Para com isso, baixinho. Você ajudou meu irmão esse tempo todo. E eu nunca quis deixar de ser seu amigo, eu senti sua falta esse tempo todo." Shawn garantiu.

"E agora você não vai se livrar mais dele. Nem de mim!" Kenny ameaçou, em tom de brincadeira.

"Bom saber. Eu… tô muito feliz mesmo em ter vocês comigo."

"Estamos sempre aqui, Robby." Kenny prometeu.

"Pra tudo." Shawn concordou.

Robby estava cansado, ainda não tinha se acostumado a falar tanto e os remédios davam muito sono, mas estava tão feliz que não quis dizer nada. Acabou pegando no sono no meio da conversa e nem viu quando os irmãos foram avisados do fim do horário de visitas.

Quando acordou mais tarde, estava sozinho no quarto com Miguel. Tinha sonhado com o quarto metálico e acordou meio sem saber onde estava, com a respiração pesada e o coração acelerado. Miguel viu o medo nos olhos verdes e tomou a mão de Robby entre as suas, tentando trazê-lo para a realidade.

"Ei, lindo. Como você tá se sentindo?" Miguel perguntou, e Robby sabia que ele queria uma resposta honesta.

"Com medo. Eu sei que ele não pode me machucar mais, mas… é irracional." Robby disse, frustrado.

"Robby, depois de tudo que você passou, os pesadelos, as memórias, eles vão te fazer sentir medo. Não se reprima, ok? Você quer alguma coisa?"

"A enfermeira disse que eu podia comer a partir de hoje. Acho que vou tentar, tô com fome…" Robby disse, inseguro. Não tinha certeza se ia conseguir segurar a comida no estômago e só de pensar em vomitar, quase tinha outro ataque de ansiedade.

Miguel tocou o botão que chamava a equipe de enfermagem e quando a profissional apareceu, o clima era tenso. Ela disse que voltaria em breve com a comida e tratou Robby super bem, mas mal olhou para o mais alto e parecia até um pouco nervosa perto dele. Robby olhou para ele de forma desconfiada e apenas levantou uma sobrancelha, fazendo Miguel suspirar.

"Eu posso ter causado uma confusão enorme quando você acordou. Não tinha ninguém com parentesco para ser seu acompanhante e eles disseram que não podiam permitir uma companhia aleatória, era contra as regras." Miguel disse, com uma expressão de desgosto.

"Não que isso tenha te impedido…" Robby disse.

"Eu disse que eu tinha entrado na casa de um psicopata e arrancado os dentes de alguém pra te tirar de lá, então eles não iam querer tentar me impedir de ficar com você. E aí ameaçaram chamar a polícia e o Daniel veio aqui com um advogado me ajudar a… convencer eles. Acho que eu deixei todo mundo um pouco nervoso." Miguel disse, levemente culpado.

"Meu heroi. É por isso que eu te amo." Robby disse, com o primeiro sorriso de pura alegria que Miguel via desde que ele havia acordado.

"Você tá brincando, mas eu nunca mais vou deixar ninguém machucar você. Eu também te amo, lindo." Miguel disse, depois beijou a mão de Robby docemente.

"Aliás… Tory disse que queria ver você, se você não se importar."

"Jura? Eu… pode ser semana que vem? Ainda não sei se consigo falar com muita gente. Desculpa."

"Você não tem que se desculpar por nada, o que importa é seu bem-estar. Vou falar com ela pra esperar um pouco." Robby sorriu e agradeceu, contente por ter alguém que o compreendia ao seu lado.

Os dias se passavam e os pesadelos não pareciam diminuir. Miguel ficava agoniado ao ver Robby sofrer, mas não sabia direito como falar sobre o que havia acontecido sem pressioná-lo. Deixou claro que ele podia falar com ele sobre tudo, quando quisesse, e Robby agradeceu, mas não disse nada. Depois de um pesadelo particularmente ruim e uma crise de ansiedade bem forte, Robby se recusava até a olhar para Miguel, não querendo ver o olhar preocupado dele e se sentir culpado. Alguns detalhes Robby falaria apenas na terapia, pois sabia que eles teriam que manter sigilo. Nunca ia querer ver o horror no rosto de Miguel ao saber o que seu nome tinha se tornado para Robby.

A última semana no hospital foi marcada por menos dor, mais liberdade e muitas dúvidas. A hora de ir embora se aproximava e Robby ainda não sabia o que ia fazer quando saísse dali. Miguel disse que poderiam entrar em contato com um advogado para resolver a situação, e Robby achou que seria uma boa ideia. Não queria pisar naquela mansão nunca mais.

Ele finalmente pediu a Tory para ir vê-lo e se surpreendeu com o quanto ela se importava e o quanto tinha arriscado por ele. Ela o chamou de Robert uma vez, por costume, e ele tremeu dos pés à cabeça. Ela pediu perdão imediatamente.
"Tudo bem, Tory. Pode me chamar de Robby." Ele disse, respirando fundo.

"Me desculpa por não ter feito nada antes. Eu não sabia que… eu não imaginava!" Ela disse, se sentindo estúpida e culpada.

"Tudo bem. Acho que tirando Kyler e os seguranças, a maioria devia achar que eu era só um golpista do baú." Robby disse, sem muita emoção, e Tory não foi capaz de negar. Até Miguel olhou para baixo, culpado.

"Não é culpa de vocês, não tinha como adivinhar." Ele disse, mais suavemente.

"Não é culpa sua também." Ela disse, instantaneamente.

"Eu sei. Vai ficar tudo bem agora." Ele disse, tentando acreditar e quase conseguindo ao sentir a mão de Miguel apertar a sua.

Elizabeth Barth veio vê-lo três dias depois. A advogada era loira, elegante e muito sensata. Não disse nenhuma besteira e se preocupou para não causar nenhum mal-estar. Entrou em contato com o advogado de Silver ela mesma e voltou no dia seguinte para relatar tudo a Robby. Ele era o único herdeiro de toda a fortuna do marido, da casa e da empresa. Ele a deixou responsável pela venda da casa e da empresa, e teve a transferência da conta para o seu nome feita ainda no hospital. Ele sabia que Silver era riquíssimo, mas não imaginava quanto. Ao ver o número impressionante de zeros em sua nova conta bancária, quase caiu da cama.

Miguel estava com ele em todos os momentos, e Robby não sabia o que teria feito sem o apoio dele. Um dia antes de ter alta do hospital, ele disse ao moreno que queria ir procurar uma casa em breve, conseguindo assim a total atenção do outro.

"Você… quer morar comigo?" Robby perguntou, hesitante.

Miguel demorou um pouco para responder, chocado. Para ele era algo tão óbvio, ele nem queria pensar em ficar longe de Robby, mas percebeu que oficialmente eles nem eram namorados. Robby era um viúvo para quem ele tinha trabalhado. Percebeu que estava calado há tempo demais quando Robby suspirou tristemente e olhou para baixo, pedindo desculpas por ter entendido tudo errado.

"Não. Não!" Miguel disse, enfaticamente, fazendo Robby fechar os olhos, morrendo de vergonha. "Quer dizer, não, você não entendeu errado. Robby, eu te amo. Claro que quero morar com você." Miguel disse, tocando a face do outro com as mãos até que ele abrisse os olhos.

"Se você não quiser, tudo bem. Podemos continuar… saindo." Robby disse.

"Robby. Eu só fiquei surpreso, ok? Porque é um grande passo, mas eu quero. Eu adotei um cachorro por você, claro que quero morar com você. Com vocês dois." Ele disse, sorrindo e fazendo Robby sorrir também ao se lembrar do filhotinho. "Ele está bem?" Robby perguntou baixinho.

"Ótimo, só com saudades." Miguel respondeu, contente.

"Sabe, eu adoraria morar perto da praia. Aquela em que você me levou. O que você acha?" Robby perguntou.

"Eu moraria em qualquer lugar com você, Robby." Miguel disse, sinceramente.

"E tem que ser uma casa com quintal e jardim, pro Pietro ficar bem livre. E eu quero poder plantar, eu gosto muito." Robby disse.

"Seria bom ter três quartos. Pro caso de a gente querer… uma família maior." Miguel disse, sem jeito. Não sabia bem como dizer que um de seus maiores sonhos era ter filhos sem pressionar Robby.

"Sim! Quem sabe um dia a gente vai precisar de um quarto de bebê…" Robby respondeu com um olhar sonhador que fez Miguel se sentir a pessoa mais sortuda do mundo.

Robby passou a noite toda fazendo planos para o futuro. Estava ansioso demais para dormir, pensando no dia seguinte quando teria alta. Fechou os olhos e fingiu ter pegado no sono para deixar o moreno dormir, ele estava passando o tempo todo com Robby no hospital e claramente exausto. Era bom se sentir livre para fazer as próprias escolhas, mas depois de uma vida toda sem liberdade praticamente nenhuma, Robby se sentia inseguro para tomar decisões sozinho. Esperava que a terapia o ajudasse nisso e que, por enquanto, Miguel não se importasse de ele ser um pouco indeciso e dependente. Silver estava morto, mas suas palavras e ações ainda viviam dentro dele. O aviso de que Miguel se cansaria dele em breve o atormentava e ele sentia que o relacionamento tinha prazo de validade curto.

Logo que Robby foi liberado para deixar o hospital, Miguel o avisou que iria levá-lo para a casa da mãe dele, onde ficariam até decidir onde morar, já que o apartamento dele havia virado cinzas. Robby não queria ser um incômodo, mas Miguel o assegurou que sua mãe queria muito conhecê-lo, que na verdade até queria ir buscá-lo no hospital, mas Miguel achou que seria demais e que ele precisava de um tempo para se preparar para a ideia. Robby concordou e ficou muito agradecido pela consideração.

Chegaram à casa de Carmen e Miguel levou Robby para seu antigo quarto, onde havia uma mala com algumas roupas e pertences pessoais.
"A gente não quis invadir muito sua privacidade, mas achei que você gostaria de ter algumas coisas confortáveis pra vestir. E seus documentos e coisas assim. A Tory trouxe."

Robby abriu a mala e viu algumas calças e blusas, pijamas, meias e cuecas. Ao lado da mala havia um par de sapatos. Embaixo das roupas, estavam seus documentos mais importantes e algumas fotos que ele guardava de lembrança. Ficou emocionado em tê-las de volta e passou a mão por uma das fotos de sua mãe, sentindo uma lágrima cair.
"Obrigado, Miguel. É muito importante pra mim. Vou agradecer à Tory assim que a encontrar." Disse, recebendo um sorriso em retorno.

Depois de tomar banho e trocar de roupa, Robby esperou Miguel fazer o mesmo e foram para a sala conversar com Carmen e Rosa enquanto a primeira terminava de preparar o jantar. Robby, Miguel e Rosa estavam sentados no sofá falando sobre a infância de Miguel há alguns minutos, até que Robby apertou o joelho do moreno e sorriu para ele como sinal de que estava tudo bem, se levantando em seguida e indo em direção à cozinha, onde viu Carmen em frente ao fogão assim que entrou, vigiando e mexendo o conteúdo de uma panela relativamente alta.

"Olá querido. Precisa de alguma coisa?" Ela perguntou, afável.

"Não, só vim ajudar a senhora." Robby não sabia como chamá-la e ainda não conseguia pronunciar o nome da família sem lembrar dos eventos do quarto metálico. Esperava poder fazê-lo um dia sem sentir o estômago revirar.

Para sua sorte, ela riu calorosamente. "Pode me chamar de Carmen, Robby. E não precisa se incomodar, você acabou de sair do hospital, precisa descansar."

"Não vou fazer muito esforço… Só queria ser útil. Sei que estou dando trabalho e já causei muitos problemas." Ele disse, e Carmen o olhou pronta para negar, então ele apenas completou rapidamente: "E eu gosto de cozinhar, senti muita falta disso." Fazendo esforço para sorrir e não despertar mais preocupações.

"Certo. Então vou deixar, mas nada de muito esforço. Estou fazendo llapingacho, já ouviu falar?" Ela perguntou, sabendo que ele era milionário e que provavelmente conhecia a culinária do mundo todo.

"Não, o que é?" Perguntou com genuína curiosidade, tentando ver o conteúdo da panela.

"É uma tortilha de batata acompanhada de abacate, ovos e carnes. É bem nutritiva!" Ela disse, como se ele precisasse ser convencido.

"Parece maravilhoso. O que posso fazer?"

"Pica alguns tomates e cebola pra mim, por favor?" Carmen pediu, e Robby a atendeu, feliz em poder ajudar.

Enquanto o agora namorado ajudava sua mãe na cozinha, Miguel via a avó se tremer toda pelo esforço colossal de conter a necessidade de fofocar. Ela quase parecia estar vibrando e ele não podia negar que a visão era muito engraçada. Suspirou conformado e disse, com um sorriso de canto: "Fala, yayá. Eu sei que a senhora quer."

"Ay, Miggy! Muy guapo, muy educado, me encanta!" Ela respondeu, parecendo aliviada. "Mas ele parece tímido."

"É, ele ainda está se acostumando a isso tudo. Mas ele é encantador, vocês vão ver." Miguel disse, com cara de bobo apaixonado, fazendo Rosa rir satisfeita.

"E pensar que você falou tão mal dele!" Ela julgou, sem dó.

"É, nem me lembre." Ele disse, sentindo um aperto no coração ao pensar na forma horrível que tinha tratado Robby. "Foi meu maior erro."

O rosto dela se suavizou ao ver a seriedade na expressão do neto. "Todo mundo erra, Miggy. O importante é que você fez o certo depois." Ela disse, apertando o ombro dele para consolá-lo.

Carmen e Robby saíram da cozinha, cada um trazendo algo. Ela com as comidas e ele com copos e talheres. Miguel foi buscar os pratos e a bebida enquanto eles se sentavam para comer.
"Miggy, Robby me disse que vocês estão procurando um lugar para morar." Carmen disse, surpreendendo Miguel o suficiente para que ele a encarasse por alguns segundos sem responder. Ele não esperava que Robby se sentisse tão à vontade para se abrir com ela.

Robby esperou Miguel dizer algo e, a cada segundo de silêncio, sentia como se tivesse cometido um grande erro. Seu coração começou a bater mais forte e ele se viu tentando controlar a situação antes que tudo piorasse. Estava pronto para dizer que ele não precisava se preocupar e que Robby iria achar um lugar para ficar se ele não quisesse realmente morar junto, quando Miguel respondeu, com um sorriso de tirar o fôlego:
"Sim, mamá. Eu queria pedir sua ajuda, você sempre sabe exatamente o que é bom ou não."

"Se o Robby não se importar, posso ir com vocês. Eu realmente sou ótima em saber quando tentam esconder vazamentos, vizinhos barulhentos e todo tipo de truque." Carmen disse, orgulhosa, aquietando o coração de Robby.

"Claro. Ficaríamos muito felizes." Ele respondeu, aliviado por ver as coisas indo bem.

"Ah, eu não acredito nisso." Rosa disse, com uma expressão de profundo desagrado, chamando a atenção de todos. "Vocês não vão planejar um programa desses sem mim, certo?" Ela cobrou, indignada, fazendo Miguel rir e Carmen tentar conter o riso e ser educada.

"Claro que não, yayá. É sempre bom ter uma vizinha fofoqueira junto pra ajudar a conseguir informações." Miguel disse, ganhando um sorriso cúmplice e uma piscada da avó.

"Não acredite nele, Robby. É uma calúnia terrível!" Ela disse dramaticamente, se fazendo de inocente, e Robby não resistiu e sorriu para ela.

"Não que ele tenha moral, Miguel é bem fofoqueiro!" Robby disse, rindo discretamente.

"Exatamente!" A mais velha respondeu, rindo alto por ter ganhado um aliado, mais ainda ao ver o biquinho que Miguel fazia. "Não é justo vocês se juntarem contra mim." Ele disse, e Robby deu um tapinha carinhoso em sua mão como consolo, se sentindo em casa e feliz como nunca havia antes.

Os dois dormiram juntos no antigo quarto de Miguel e, após muitos beijos e carinho, Robby disse para Miguel se comportar porque não queria desrespeitar a casa da mãe dele. Miguel achou tão fofo que nem reclamou, mas torceu para terem logo sua própria casa e ele poder dar pelo menos uns amassos no namorado.

O dia seguinte tinha tudo para ser ainda melhor, e teria sido, se Robby não tivesse acordado gritando às cinco da manhã após um episódio de terror noturno. Miguel acordou e o consolou até que ele se acalmasse, mas quando eles saíram do quarto, Robby estava totalmente retraído, se sentindo terrível por ter acordado Carmen e Rosa, que estavam claramente cansadas. Ele se sentia um lixo, elas o tinham recebido tão bem e ele havia ficado tão confortável, e de repente estragou tudo. Sentou no sofá apenas porque se ficasse trancado no quarto, faria uma desfeita enorme e já estava sendo um péssimo hóspede, tinha que pelo menos manter a educação.

Passou a manhã olhando para baixo o tempo todo, apenas respondendo quando falavam direto com ele, numa voz baixa e insegura. Carmen se aproveitou da hora do almoço para tentar resolver a situação.
"Robby, não vai me ajudar?" Ela chamou, indo para a cozinha.

"Não quero atrapalhar…" ele disse, sem jeito.

"Não atrapalha, tenho muita coisa pra fazer. Vem." Ela chamou e ele foi, ainda cabisbaixo e calado.

"Robby. Eu não vou fingir que não sei por que você está assim. Mas não precisa ter vergonha." Ela disse, suavemente.

"Eu realmente não queria incomodar. Vocês me ajudaram tanto e eu estou atrapalhando. Eu nem sei se o Miguel devia mesmo ir morar comigo. Ele não vai me aturar nem duas semanas." Ele disse, vocalizando o medo que sentia desde o primeiro dia de cativeiro.

"Meu deus, não diga isso. Eu nunca vi o Miggy assim, sabia? Ele ama mesmo você. E você não atrapalha, todo mundo precisa de ajuda. Você passou por coisas horríveis, precisa de apoio." Ela disse, se aproximando dele. "E o Miggy está com você, e nós também. Ok?"

"Obrigado, Carmen. Vocês são incríveis, eu… nunca imaginei…" nunca havia imaginado que alguém se importaria com ele, era o que queria dizer, mas não sabia como, não sem parecer patético.

"Você merece, querido. Agora vamos fazer esse almoço que estou com fome. E depois podemos ir olhar a primeira casa, se vocês quiserem."

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Tá acabando! Obrigada a quem estiver aqui depois de quase 20 caps 💖💖


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