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10/20

Robby conseguiu esconder muito bem a novidade sobre a mãe, foi à visita na segunda-feira junto com Miguel e conversaram com um dos médicos, que deixou a equipe alerta para caso houvesse qualquer mudança. Ele disse que avisaria se isso acontecesse, e Robby teve medo de a comunicação ser interceptada por Silver. Miguel se ofereceu para receber as notícias e passou seu telefone e o de Carmen, para o caso de ligarem e ele não estar conseguindo atender.

"Tem certeza que sua mãe não vai se incomodar?" Robby perguntou.

"Claro. Ela e Yaya já até rezaram juntas pela sua mãe. Não se preocupe."

"Obrigado. Você tem sido tão bom pra mim, nem acredito." Robby disse, acariciando o rosto do mais alto suavemente.

"Eu queria poder fazer mais. Mas estou tentando. E então, já posso saber aonde vamos amanhã?" Miguel tentou de novo.

"Não! Não tenta me enrolar, Miguel. Já disse que não vou contar. Na hora de sair vou te dar o endereço e é isso." Robby respondeu.

"Desgraça! Eu sou muito curioso." Miguel se lamentou, brincando.

"Eu sei muito bem disso. Já preparou seu livro?"

"Tenho alguns no celular. E jogos também. Não se preocupe, pode fazer o que quiser, não vou ficar entediado e nem te encher o saco pra ir embora logo." Miguel prometeu.

Robby e Miguel foram à escola naquela terça e avisaram que só ficariam meia hora porque tinham um compromisso, mas viriam na semana seguinte, como sempre. Era engraçado como Kenny era simpático e o quanto tinha se afeiçoado a Miguel nesse pouco tempo. Robby tinha um pouco de receio de as coisas darem errado e ele se magoar, mas não queria cortar laços.

"Miguel..." começou, no caminho para o destino misterioso "se você cansar de mim, ou se a gente brigar ou algo do tipo. Você ainda pode ir ver o Kenny de vez em quando, você sabe, né? Ele gostou muito de você." Robby disse, determinado.

Miguel queria dizer que não cansaria de Robby e nem iria deixá-lo, mas sabia que a vida às vezes tomava rumos imprevisíveis e nunca tinha tido costume de fazer promessas que não pudesse cumprir.
"Claro. Eu gostei muito dele também. Não se preocupa com isso, eu nem teria aceitado conhecer ele se não estivesse disposto a conviver. Não se faz isso com alguém dessa idade." Aparentemente, era a coisa certa a dizer, pois Robby sorriu abertamente e voltou a olhar pela janela, contente.

Miguel finalmente chegou ao endereço indicado e não entendeu muito bem o que estava fazendo ali. Estavam em North Hills, uma das partes mais pobres e perigosas da cidade, em frente a um abrigo de animais. Ia perguntar se era o lugar certo, mas a óbvia felicidade no rosto de Robby era resposta suficiente. Abriu as portas e o mais baixo nem esperou por ele para sair, circulou o carro imediatamente e praticamente puxou Miguel junto com ele, fazendo o moreno rir baixinho de surpresa. Nunca tinha visto ele tão animado.

Entraram e Robby deu oi à senhora que ficava na recepção, recebendo um olhar chocado, como se ela tivesse visto um fantasma. "Robby? Meu deus, você desapareceu! Sua mãe também!" Ela andou até ele, ainda surpresa, e o abraçou longamente. "O que aconteceu?"

"Eu me mudei, Sarah. Minha mãe também. Mas eu queria muito vir aqui e agora tive a chance. Posso entrar?"

"Robby! Claro que pode, que pergunta! A gente deixa as pessoas visitarem por tempo limitado agora. Mas não você, claro. Seu amigo vem junto?" Ela perguntou, olhando para Miguel curiosamente. A mulher devia ter entre cinquenta e sessenta anos, era um pouco mais baixa que Robby e tinha um rosto redondo e bondoso que inspirava confiança.

"Sarah, esse é o Miguel. Miguel, Sarah. Ela é uma das donas do abrigo. Você vai querer entrar ou prefere ficar aqui? Você trouxe seu celular, né?" Robby perguntou, atencioso.

"Prazer, Sarah. Parabéns pelo trabalho. Eu trouxe sim, mas vou entrar com você. Se não tiver problema."

"Não, claro que não. Podem vir." Ela disse, pegando um corredor em direção aos fundos. "A gente usa vários cômodos diferentes porque aqui era um galpão antigamente. Tivemos que dividir com dry wall. Não era o ideal, mas fizemos funcionar. As coisas são um pouco complicadas por aqui."

"Eu sei como é, eu sou de Reseda." Sarah riu, e a resposta atiçou a curiosidade de Miguel: "Claro que é. Ia me surpreender ver Robby andando com gente de Encino, ele nunca gostou de gente rica."
Robby deu um olhar intenso a Miguel, pedindo por favor para ele ficar quieto e não dizer que ele próprio estava morando lá agora, e casado com um milionário.

"Vocês querem fazer o tour? Ou você quer ir logo pro seu cantinho?"

"Quero ver o que mudou. E Miguel nunca veio aqui, então..."

"Na verdade, mudamos bastante coisa. Não quisemos mudar de endereço porque trabalhamos muito pra levantar esse lugar, mas você vai ver que a estrutura está bem diferente. Recebemos algumas doações muito generosas nós últimos cinco anos."

"Jura? De pessoas famosas?" Miguel perguntou, curioso.

"Não sei. Foram anônimas. Sempre da mesma fonte, mas não sabemos quem é. Mas foi uma benção!" Ela disse, feliz e agradecida.

Miguel apenas olhou para Robby enquanto ele fazia o melhor possível para manter a expressão neutra. Podia apostar um dedo que o dinheiro de Silver vinha sendo usado para financiar o lugar. Ia descobrir isso mais tarde, com certeza.

Sarah os levou para ver as diferentes seções do abrigo e mostrou onde faziam os tratamentos e aplicavam vacinas, onde cuidavam da higiene e aparência dos animais, onde ficavam aqueles que precisavam de isolamento ou quarentena. Depois levou eles para onde os gatos estavam, de várias raças, tamanhos e idades. A maioria era sem raça definida e havia muitos animais adultos e idosos, os primeiros a ser abandonados. Havia muitos filhotes também, de pessoas que não queriam ter trabalho de achar um destino para as ninhadas de seus próprios bichos de estimação.

Robby olhava, acariciava e até falava com todos, fazendo perguntas a Sarah sobre cada um. Miguel estava encantado com esse lado tão feliz, aberto e amoroso; já sabia que Robby era uma pessoa carinhosa e paciente, mas vê-lo tão entregue era absolutamente adorável e ele sorria o tempo todo observando as interações. No entanto, nem isso poderia ter preparado seu coração para o que viu quando Sarah os levou para a seção onde ficavam os cachorros, o que era aparentemente o cantinho de Robby.

O rosto do loiro se iluminou e a suavidade em sua expressão, o brilho em seus olhos e as covinhas à mostra com aquele sorriso doce foram um tiro certeiro bem no centro do peito de Miguel. Era realmente a coisa mais linda que já tinha visto e ia lutar com unhas e dentes para isso não se perder. Robby agora não apenas acariciava os animais, também os abraçava e fazia voz de neném para eles, como um pai orgulhoso. Quando chegou à área onde ficavam os filhotinhos abandonados, sentou no chão sem um segundo de hesitação, não se importando com as roupas caras que vestia, e começou a brincar com eles, rindo alegremente quando tentavam lamber sua cara e pulavam em cima dele.

Sarah parou ao lado de Miguel e olhou de Robby para ele, gentilmente. "Ele sempre foi assim. Quando a gente abriu o abrigo, ele vinha sempre aqui brincar com os cachorros. O sonho dele era ter um, mas a mãe dele não tinha dinheiro pra arcar com as despesas. Na verdade, ela não parecia muito boa em cuidar de nada." Ela suspirou tristemente.

"Eu acho que ela melhorou nisso depois." Miguel disse, pensando no que Robby já havia dito a ele e para a própria Shannon.

"Vou ficar lá na frente, pro caso de alguém aparecer. Você pode ficar à vontade, querido." Ela disse, indo em direção ao corredor e desaparecendo de vista.

Miguel se aproximou de Robby e se sentou ao lado dele, sendo surpreendido imediatamente por um pequeno vira-lata caramelo que se jogou animadamente em seu colo. "Oi..." ele disse, procurando a etiqueta com o nome "Pietro? Que nome chique." Ele disse, rindo inesperadamente.

"Ele gostou de você." Robby disse e parecia incrivelmente satisfeito. "Eles são ótimos juízes de caráter, sabia?" Ele disse despretensiosamente, enquanto afagava o pelo do filhotinho que tinha o focinho enfiado em seu pescoço.

"É, eu sei." Miguel disse, observando a cena. "Você pode ter um agora. Quer dizer, eu entendo que você não tinha dinheiro quando era criança e..."

"Não é só dinheiro, Miguel. Não era um bom ambiente. Eu já tinha que cuidar de mim e da minha mãe, não ia poder cuidar de um bichinho também."

"Mas agora você pode, não? Você tem tempo. E você precisa... de amor e de atenção. Sem ofensa." Miguel disse, percebendo que havia soado meio babaca.

Robby apenas sorriu tristemente. "Eu sei que eu sou carente, não tem problema. Mas eu jamais levaria um neném desses praquele lugar de novo." Miguel o olhou curioso. "Podemos falar disso depois. Não quero pensar nisso agora." Robby disse, categoricamente e o moreno ficou feliz e impressionado com a firmeza que ele estava demonstrando ao impor seus limites, nem parecia a mesma pessoa de um mês atrás.
"Claro. Só vamos aproveitar o tempo." Miguel disse, sorrindo de volta.
"Tem certeza que não está entediado? Você pode realmente ir fazer outra coisa, se quiser."
"Tenho. Eu gosto de animais. E eu gosto de ver você feliz." Miguel disse, impulsivamente.
"Gosta, é?" Robby perguntou, interessado, chegando mais perto de Miguel.
"Gosto. Muito." Miguel disse, entrelaçando seus dedos com os de Robby e botando ambas as mãos em seu colo. "Você fica ainda mais lindo quando sorri assim." Miguel disse, levantando as mãos e beijando a de Robby.

Aproximou seu rosto do dele em seguida, pronto para beijar aqueles lábios cheios e deliciosos, quando ouviu um pequeno latido e um tufo de pêlos apareceu bem à sua frente, fazendo com que ele se afastasse, rindo. "Acho que alguém está com ciúmes."

"O momento é dele, Miguel. Você devia fazer seu trabalho e fazer carinho nele, é pra isso que ele acha que a gente existe." Robby disse, com aquela risada gostosa.

"Tem razão, como posso ser tão negligente? Vem cá, Breno. Deixa eu te dar um abraço." Miguel disse, puxando o cachorrinho preto e branco para mais perto dele.

"Se você não estiver cansado, podemos levar alguns dos adultos pra passear. É bom pra eles e é divertido. Tem uma praça aqui perto." Robby disse, com o tom quase voltando à velha insegurança e Miguel reconheceu imediatamente o medo de rejeição. Ele sempre agia assim quando queria alguma coisa, como se sempre se preparasse mentalmente para receber um não.

"Claro. Vamos lá." Miguel ofereceu prontamente, e chamaram Sarah para oferecer a ela, que ficou muito feliz de ter alguém para passear com alguns dos cães de graça. "Vocês são dois anjinhos. Podem ir, vou deixar uma bola e um frisbee com vocês também, assim podem brincar com eles na praça. Obrigada, queridos."

"Obrigado a você. Está sendo uma ótima tarde." Robby disse, gentil e amável. Miguel ia mordê-lo em breve, era demais para ele.

Passaram mais de uma hora na praça, brincando e correndo com os quatro cães que haviam levado para passear. Algumas crianças que estavam presentes se animaram muito e vieram interagir com os animais também, se juntando a eles. Miguel teve um leve flash de como seria ter uma família feliz, com filhos e cachorros ao invés de ver Robby preso naquela maldita mansão. O sentimento o assustou um pouco. Sempre tinha sido mais sério e não era de ficar com qualquer pessoa, mas também nunca tinha pensado realmente em um futuro com alguém ou um compromisso mais sério, não desde que terminara com Sam anos atrás. Sentir isso agora era quase aterrorizante, principalmente por saber que era impossível. Mas não ia deixar esse momento de fraqueza estragar seu dia. Engoliu a sensação estranha e a guardou bem no fundo de sua mente, procurando se concentrar no presente e no que podia ter.

Quando retornaram ao abrigo, Miguel pensou que talvez pudesse ter mais do que imaginava. E conversando com Sarah, descobriu que Pietro era uma mistura de golden retriever com alguma outra raça que não conseguiam definir e que tinha sido abandonado porque era muito carente e precisava de mais atenção do que a pessoa que o pegou achava que precisaria despender, o que parecia ser muito comum. Miguel olhou para ele, que no momento estava no colo de Robby, brincando com um ossinho de borracha que o loiro segurava, e pensou em como eles se pareciam. Em como era surpreendente que ainda pudessem confiar e mostrar afeição mesmo depois de tanto abandono e sofrimento, e só queriam amor e atenção. E Miguel perguntou a Sarah se podia adotá-lo e ela ficou exultante, mas ele pediu a ela que fosse discreta pois seria uma surpresa. E que não poderia levá-lo agora pois ia para o trabalho, mas passaria mais tarde antes de ir para casa para buscá-lo. Ela disse que era melhor ele voltar no dia seguinte, pois ela queria reunir toda a documentação e ter absoluta certeza de que ele estava bem e com todas as vacinas em dia, além de dar um banho nele e tosar seu pelo para que Miguel não precisasse se preocupar com isso por um tempo. Também ia fazer uma lista com as preferências dele, ração, brinquedos, hábitos e tudo mais. Ele ficou muito agradecido por toda a consideração e contente em ver o quanto ela realmente se dedicava ao que fazia.

A hora de ir embora foi a única parte difícil do dia, Robby claramente não queria sair desse pequeno oásis e voltar para sua rotina normal, e Miguel odiava ser a pessoa a levá-lo de volta. Prometeram a Sarah que voltariam em breve e ela ficou muito feliz. Disse que ia avisar à outra dona, sua irmã, que havia visto Robby e que ele estava bem. North Hills era afastado o suficiente para que se sentissem seguros, e assim que voltaram ao carro para irem embora, Miguel entrou com Robby e se sentou ao lado dele na parte de trás, se ajoelhando por cima dele e sentando em seu colo, o pressionando contra o banco e segurando seu rosto para beijá-lo apaixonadamente até perderem o fôlego. Queria poder fazer muito mais, mas não tinham tempo e nem poderiam fazer algo assim durante o dia no meio da rua. Mas fez questão de usar o pouco tempo que tinham para beijar o outro de novo, quase sugando sua alma de tanta animação.

Se afastou dele e olhou para aquele rosto lindo, os lábios entreabertos e os olhos pesados, como se estivesse tonto. "Wow, Miguel. É até maldade me deixar querendo mais desse jeito."

"É isso que você faz comigo sempre, oras. Só estou me vingando." Miguel disse atrevidamente, fazendo Robby rir. Nunca tinha visto ele rir tantas vezes num dia. Seria capaz de passar horas fazendo palhaçadas e falando besteiras só pra ver e ouvir isso.

"Miguel..." Robby disse, antes de segurar a nuca de Miguel e tomar sua boca mais uma vez, sentindo o gosto viciante que adorava, se preparando para a despedida. "Temos que ir."

"Não quero." Miguel disse, teimoso, puxando o cabelo de Robby levemente para virar sua cabeça e beijar seu pescoço, depois dizer em seu ouvido: "quero você."

"Eu também quero, mas não temos tempo."
Miguel ouviu isso e sentiu vontade de gritar por tal injustiça, mas não iria enrolar Robby. Sabia que cada passo errado era uma armadilha no caminho dele e nunca mais o botaria em risco, havia prometido a si mesmo.
"Certo. Vamos. Mas isso não acabou. Tenho uma surpresa pra você."

"Ah, é? Que surpresa?" Robby disse cheio de curiosidade e Miguel sentiu o gostinho da vitória quando respondeu:
"Ah, não. Você me deixou esperando, agora você vai esperar também. Na quinta você descobre." E riu abertamente quando Robby cruzou os braços e fez beicinho em protesto. "Um dia da caça, outro do caçador, Robby." Saiu pela porta e deu a volta logo, antes que Robby pudesse tentar convencê-lo, Miguel não era tão forte assim para resistir às artimanhas dele.

-

Robby passou o final do dia na curiosidade, e ficou tentando fazer Miguel falar na quarta-feira enquanto iam para a clínica também, mas ele estava preparado e mordeu a língua para não deixar nada escapar. Robby parecia tão feliz que nem foi difícil provocá-lo, era até engraçado ver ele tão contente e tentando fazer caras tristes, o contraste era impagável.

Chegaram à clínica e a recepcionista disse que o médico de plantão queria falar com Robby assim que ele chegasse. Miguel teve um leve receio e viu no olhar de Robby o medo de algo ruim ter acontecido e estragar seu momento de felicidade. Foi autorizado a entrar junto com ele e ambos se sentaram para ouvir o que o profissional tinha a dizer.
"Tivemos algumas mudanças, Sr Keene. Nada drástico, mas muito animador. Depois daquele primeiro episódio, a Sra Keene está demonstrando melhora. O tratamento neurológico parece estar surtindo efeito. Ela conseguiu direcionar o olhar nos exames e piscar sob comando. Ainda não conseguiu dizer nada, mas movimentou a boca e os dedos da mão direita."

"Quando?"
"Ontem e hoje. Ontem durante a sessão, hoje durante os exames. Preferi esperar para lhe dizer pessoalmente."
Robby sorriu e agradeceu, perguntando se podia ir vê-la. Se dirigiram ao quarto dela e ela estava na cadeira, perto da janela, como de costume, mas dessa vez parecia estar claramente olhando para o lado de fora e vendo alguma coisa. A diferença era notável.
"Olá, mãe! Estou tão feliz de ver você melhorar. Eu disse que você ia! Eu tinha certeza." Robby disse, abraçando a mãe ternamente.
"Oi, Sra Keene. É um prazer vê-la de novo." Miguel disse, não apenas por educação. Robby falou e falou, animadamente, agora com a certeza de que estava sendo ouvido. Contou tudo para a mãe sobre o dia anterior e os dois se surpreenderam enormemente ao ver uma lágrima solitária escorrer pelo rosto dela. Ao final da visita, Robby fez como sempre e deixou um beijo na testa da mãe, dizendo que precisava ir mas que estaria de volta na sexta.
"Boa sorte no tratamento amanhã. Vai dar tudo certo." Ele disse, esperançoso.
"Até sexta, Sra Keene. Melhoras."
Ela claramente tentou dizer algo, mas ainda não podia. Robby teve a impressão de que não iria demorar muito para que conseguisse.

-

A quinta finalmente chegou e Robby estava tão contente e animado que teve que se controlar para não descer as escadas da mansão saltitante de alegria, afinal estava supostamente indo a um cemitério. Passou por Kyler e deu boa tarde, nem sentiu vontade de dar um soco nele, o que visivelmente desconcertou o mordomo.

"Boa tarde, Diaz!" Disse animadamente assim que se aproximou do carro, ainda sob o olhar curioso de Kyler e dos seguranças de Silver.

"Boa tarde, Robert. Belo dia, está fresco." Miguel disse, tentando conter o riso e abrindo a porta para ele, depois entrando em seu lugar cativo no banco do motorista.

Se afastaram da mansão e Robby disse: "belo dia, Diaz. Está fresco mesmo, uma brisa gostosa. Mas aposto que faço você suar mesmo assim." Miguel estava amando essa ousadia toda.

"Ah, é? Que delícia." Disse, olhando pelo retrovisor e lambendo os lábios.
"E você só precisa fazer uma coisinha..." Robby disse, abrindo os botões da camisa lentamente enquanto o encarava pelo espelho.
"O que?" Miguel disse, hipnotizado.
"Me contar logo qual é a maldita surpresa, Miguel! Anda logo!" Ele disse, impaciente, e Miguel apenas riu em resposta.
"Achei que você ia avançar em mim aqui mesmo! Calma, já estamos indo pra lá."
"Pra onde?" Robby insistiu.
"Você vai ve-er." Miguel cantarolou e Robby bufou. "Babaca."

Chegaram ao destino e Robby saiu do carro em velocidade recorde, olhando para o prédio em frente ao qual haviam parado, confuso. Era inegavelmente um bairro residencial e o prédio era um complexo normal de apartamentos. Ele realmente não entendeu o que estavam fazendo ali até Miguel tirar um chaveiro do bolso e abrir o portão de fora. "Você primeiro", disse abrindo o portão e esperando Robby passar e depois tomando a frente enquanto o mais baixo o seguia, intrigado. "Você mora aqui?" Perguntou .
"Sim. 706." Miguel disse, abrindo a porta do elevador para ele e entrando logo depois, enquanto Robby apertava o botão do sétimo andar, num misto de felicidade e ansiedade. Era maravilhoso que Miguel quisesse que ele conhecesse sua casa, mas Robby estava tentando não se apegar tanto e perdendo a batalha.

Miguel abriu a porta e eles entrarem, sendo imediatamente recebidos com latidos baixos e lamentosos, aquela já conhecida bolinha de pêlos cor de caramelo vindo em sua direção com toda a empolgação. Se não fosse tão pequeno, poderia ter derrubado um dos dois, mas apenas colidiu com a perna de Robby e tentou escalá-la, sem sucesso. Miguel riu da expressão de carinho e se abaixou para pegar o filhote no colo, afagando sua cabeça enquanto Robby acariciava o pelo lustroso.
"Você... você... quando?" Robby estava absolutamente surpreso.

"Falei com a Sarah antes de sairmos e voltei lá ontem pra buscar ele. Pietro mora comigo agora." Miguel disse, rindo do beijo babado que ganhou no nariz. "Já estou me arrependendo." Brincou.

"Você adotou um cachorro?"
"Você disse que não podia. Eu pensei que talvez fosse uma boa ideia. Ele é nosso agora." Miguel disse, nervosamente. Ele sabia que era um compromisso grande e não queria parecer precipitado demais. O entusiasmo de Robby foi a melhor reação que poderia receber. Ele gentilmente botou Pietro no chão e empurrou Miguel contra a parede, dando um beijo digno de cinema nele. Depois de ter o ar arrancado de seus pulmões, Miguel sentiu a cabeça vazia. Segurou Robby pela cintura enquanto o mais baixo envolvia seu pescoço com os braços, puxando-o para outro daqueles beijos profundos e intensos, a língua quente e macia explorando cada parte de sua boca, as mãos acariciando os cabelos negros e apertando sua nuca.
"Você vai me mostrar seu quarto, Miguel?" Robby perguntou, sedutor.
"Claro. Vou te mostrar a casa toda. Você tem que conhecer, vai vir aqui muitas vezes ainda." Miguel disse, confiante.
Robby apenas sorriu e segurou sua mão, sendo guiado até o quarto de Miguel enquanto Pietro descansava inocentemente em sua caminha.

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Obrigada por lerem 💞💞 só felicidade

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