Um nome conhecido
O gigante media cerca de cinco metros, carregava em seu cinto um martelo de guerra muito grande que poderia arrancar metade de um ser humano em apenas um golpe. Balder rapidamente tirou seu rosto da janela e se escondeu, ficou com medo do gigante vê-lo e resolvesse ataca-los, Tralfagir continuou olhando o gigante que estava ali, andando pelas grandes ruas, trombando em algumas construções que ali tinha. Ele parecia ser muito forte e estava escoltando algumas pessoas da vila para o centro.
Balder: Como se derrota isso?
Tralfagir: Não vamos nem enfrenta-lo. Continuaremos com o plano. Seguir de casa em casa e sair daqui.
Balder: E deixaremos essas pessoas serem levadas para a guerra?
Tralfagir: Não vamos discutir de novo.
Balder: Dessa vez não vou com você, vou ficar para salvar quem eu conseguir. Espero que todos.
Tralfagir: Se tentar fazer isso vai morrer. Não sabe atacar ninguém, apenas se defender, isso não garante vitória alguma.
Balder: Não precisamos entrar em conflito, chegamos despercebidos e atordoamos os guardas e libertarmos todos.
Tralfagir: E se aquela coisa gigante nos vir, maioria das pessoas que iríamos salvar vão morrer.
Balder: Andamos do lado oposto dele. Onde ele passa o chão treme, apenas vamos pelo lado contrário.
Tralfagir: Ele pode ver de longe e jogar algo.
Balder: Você está com medo? Se não tentarmos nunca saberemos.
Tralfagir: Não estou com medo, já disse que não quero chamar atenção.
Balder: Desculpe-me, mas vamos ter que nós separar aqui.
Tralfagir: Você irá junto comigo, você prometeu.
Balder: Ainda vou para a guerra, mas temos que ajudar essas pessoas.
Tralfagir: Vá e morra, venha comigo e realmente você pode fazer algo por eles.
Balder: Você se quiser ir vá. Eu vou fazer algo.
Balder saiu pelo lado da casa oposto que Tralfagir queria seguir. Ele foi seguindo entre as casas até que avistou dois soldados entrando em uma das casas.
Balder: O que farei com eles?... Posso bater neles para que possam desmaiar e assim poderia pegar as pessoas e sair.
Balder não pensou duas vezes e foi atrás deles. Entrou na casa tentando não fazer barulho, no pé da escada já encontrou um dos soldados que havia entrado, ele estava de guarda e observando tudo que se movia na entrada. Balder pegou uma pedra que tinha próximo dele e a arremessou, no momento em que o guarda virou sua atenção ao barulho, Balder avançou correndo para cima dele o pressionando contra as escadas que o fez bater a nuca e desmaiar. Ouviu sons de vozes no andar de cima, foi andando lentamente até chegar lá. Encontrou o segundo guarda que estava de costas para a escada e gritando com os moradores.
Guarda: Vocês viram conosco, quem não servir para guerrear irá ajudar na construção de armas.
Balder colocou o dedo nos lábios como se estivesse pedindo silêncio. Chegou bem próximo do guarda e o sufocou com os braços, apenas deixando ele desacordado.
Balder: Vamos! Se conseguirem sair da cidade este é o momento.
Ridril: Muito obrigado!
Balder: Vamos não percam tempo.
Ridril: Eu e minha esposa, Mercleia, agradecemos.
Balder: Vão, ainda preciso libertar os outros.
Os moradores saíram rapidamente dali. Ficando apenas Balder que voltou a observar da janela. Ele via onde os pássaros estavam voando, mostrando onde o gigante passava. De repente cai o corpo de um guarda ao seu lado.
Balder já se vira em movimento defensivo.
Tralfagir: Abaixe essas mãos.
Balder: Por que voltou?
Tralfagir: Preciso de você para o meu plano.
Balder: Aquele que você não entra muito em detalhe.
Tralfagir: Não reclame, eu acabei vindo para te ajudar.
Balder: Por enquanto ele está do outro lado da cidade. Precisamos acabar com esse lado rápido antes que ele volte.
Tralfagir: Sim, mas, tenho que te mostrar algumas coisas antes. Esses soldados tem muita pouca armadura, são apenas soldados rasos. Já aqueles que estavam com o gigante têm armaduras melhores, devem ser capitães de pelotão. Devemos ataca-los primeiro para enfraquece-los.
Balder: Mas eles estão com o gigante.
Tralfagir: Vamos usar distração.
Balder: Que tipo?
Tralfagir: Eles devem ter um posto de troca de mensagens aqui. Vamos lá e espalhamos mensagens que os moradores estão se revoltando por todos os cantos. Eles terão que agir e aí os separamos.
Balder: Mas isso faria eles irem para lugares variados, seria uma área muito abrangente para podermos capturar todos.
Tralfagir: Temos a população do nosso lado. Liberte as pessoas e faça que elas lutem por nós.
Balder: Mas queremos protege-los.
Tralfagir: Precisamos finaliza-los rápido. Se demorar um pouco eles poderão se reorganizar e com aquele gigante matar vários.
Balder: Entendi. Precisamos achar os moradores.
Tralfagir: No caminho libertei muitos e até chegarmos à central podemos libertar mais. Já organizei os meus em seus locais.
Balder: Você matou algum soldado?
Tralfagir: Não. Como você parou esses? Conversando?
Balder: Não queria usar violência, mas parecia que eles não aceitariam outra coisa. Apenas os deixei inconsciente.
Tralfagir: Apenas está conhecendo um pouco mais da guerra. Já pensou em usar uma espada sem corte ao menos?
Balder: Uma espada sem corte de nada serve.
Tralfagir: Para alguém que quer imobilizar e não matar serve muito.
Balder: Quem sabe. Vamos logo.
Tralfagir: Creio que estejam ali.
Balder: Por quê?
Tralfagir: Aqueles pássaros são pássaros imitadores. Usam eles para transmitir mensagens algumas vezes. Já vi três deles saírem dali.
Balder: Já temos nosso alvo.
Saíram daquela casa e foram em direção ao ponto. Libertaram alguns dos moradores que aceitaram juntar a eles. Ao chegar ao local onde Tralfagir havia apontado, tinha uma grande tenda toda fechada que acabará de sair um pássaro imitador de lá. Havia apenas dois guardas que foram facilmente imobilizados. Entraram na tenda e encontraram uma pessoa que cuidava de todos os pássaros.
Kirkran: Onde estão os guardas?
Tralfagir: Tirando folga.
Kirkran: Mataram eles?
Tralfagir: Sim e iremos fazer o mesmo com você se não fizer o que eu pedir.
Kirkran: Do que vocês precisam?
Tralfagir: Quero que mande para os soldados de maiores cargos aqui para eles seguirem essas localidades, fale que os moradores se revoltaram e precisam de uma ajuda estratégica. Qualquer código, você já era.
Kirkran: Tudo bem.
Balder: Vou arrumar as coisas.
Tralfagir: Vá e não esqueça. Sempre longe do gigante.
Balder: Não vou me aproximar.
Tralfagir: Você mande as mensagens a cada cinco minutos.
Os pássaros imitadores conseguem imitar perfeitamente a voz humana, eles eram usados para transmitir mensagens. Você dizia algo para o pássaro e lhe guiava um caminho, quando ele chegava a esse local, ganhava comida e reproduzia o último som de voz humana que ouviu. A cada pássaro enviado um capitão de pelotão saia de perto do gigante e iria ao local mencionado, mas antes de chegar ao local era emboscado pelos moradores que o obrigavam a se entregar. Um por um os capitães foram sendo pegos, sobrando apenas dois que não saiam de perto do gigante.
Tralfagir ficou encantado com a armadura que o gigante usava, era toda de cobre e protegia apenas seu peitoral, pés, joelhos e tinha garras nas mãos, elas tinham o formato de dentes afiados.
Tralfagir: Agora mande uma mensagem pedindo que os capitães e o gigante vão para esse ponto.
Kirkran: Sim, sim. Só um estante.
Balder havia acabado de chegar e já foi entrando na tenta.
Balder: Preciso falar com você.
Tralfagir: Não posso deixá-lo sozinho.
Balder: Vamos deixar um dos moradores vigiando ele.
Tralfagir: Certo. O que precisa?
Balder: Venha aqui fora. Ridril fique de olho nele, não deixe mandar nenhuma mensagem.
Ridril: Certo.
Tralfagir e Balder saíram da tenda, deixando Ridril sozinho com Kirkran.
Tralfagir: O que precisa?
Balder: Aqueles dois capitães não iram sair de perto daquele gigante.
Tralfagir: Tudo bem. Já conseguimos incapacitar a maioria deles. Agora vamos pegar algumas informações.
Balder: Sem tortura.
Tralfagir: Já sabia que diria isso.
Ambos foram em direção aos capitães capturados.
Tralfagir: Qual seu nome?
Capitão de pelotão: Iellio.
Tralfagir: Como derrotamos aquele gigante?
Capitão de pelotão Iellio: Não tem como.
Tralfagir: Como ele se chama?
Capitão de pelotão Iellio: Nazszar.
Tralfagir: Entendi um mercenário.
Balder: Como você sabe?
Tralfagir: Existem alguns grupos mercenários que adotam o nome do seu grupo como se fosse seu próprio nome.
Capitão de pelotão Iellio: Então você sabe que o grupo dele é famoso.
Tralfagir: Não me importo com mercenários, são apenas idiotas atrás de dinheiro.
Capitão de pelotão: Vocês não mataram ninguém. Ainda temos um exército vivo para afugenta-los.
Tralfagir: Qual o seu nome?
Capitão de pelotão: Bancio.
Tralfagir: Bancio, eu posso derrotar cada um de vocês facilmente, mas ele aqui não gosta de violência.
Capitão de pelotão Bancio: Aquele gigante é muito forte, se conseguisse sobreviver já seria milagre e para imobilizar ele é mais difícil ainda.
Tralfagir: Hoje é dia de milagres.
Balder: O que você vai fazer?
Tralfagir: Vamos afastar deles primeiro... - tomaram distancia do grupo capturado - normalmente eles tem um joelho fraco. Vamos acertar ali.
Balder: Com o que?
Tralfagir: Aquelas cordas. O derrubando e amarrando.
Balder: Ele pode nos parar antes de realmente conseguirmos.
Tralfagir: Você está desistindo antes de tentar
Balder: Mas você não entende...
Tralfagir: Por que aquele pássaro está saindo da tenda?
Tralfagir foi rápido para tenda, entrando bufando de furioso. Olha para a direita e vê Ridril caído no chão com vários cacos de vidro. Olha para a esquerda e vê Kirkran sorrindo.
Tralfagir: O que você mandou para eles?
Kirkran: Falei que estávamos sendo invadidos. Você não vai me matar, não matou os soldados, não é mesmo? Ele ali me falou.
Tralfagir: Vou te matar sim.
Balder: Não vai.
Tralfagir: Tire a mão do meu ombro.
Balder: O gigante chegará aqui rapidamente, precisamos ir.
Tralfagir: Pegue Ridril e vamos.
Kirkran: O reino de Riosmar agradece pela visita. Hahahaha
Balder pegou Ridril que estava tonto e o levou par a fora, Tralfagir foi logo atrás dos dois.
Tralfagir: Vamos sair daqui rápido. Corram, corram!
Todos se levantaram e saíram correndo para sair da cidade. Balder e Tralfagir estavam logo atrás deles. O chão começou a tremer, Balder e Tralfagir se entre olharam como se estivessem dizendo um para o outro que ele estava chegando. Olharam para trás e via a poeira que levantava entre as casas, os pássaros a levantar voo, o chão tremia como se estivesse tendo início de um terremoto e pode se ver o topo da cabeça de Nazszar. Estavam quase saindo da cidade quando pedaços de pedregulhos começaram a cair perto deles. Algumas pessoas foram acertadas e começou a se ter sangue espirrando para todo lado, pedaços de corpos arrancados.
Quando um desses estilhaços vinha para cima de Ridril, que estava sendo carregado por Balder, Mercleia empurrou ambos sentenciando a sua própria vida.
Ridril: NÃO! MERCLEIA... não!
Ridril entrou em desespero e começou a chorar por sua recém falida esposa. Balder ficou paralisado sem saber o que fazer. Tralfagir cerrou os punhos e começou a gritar.
Tralfagir: PARE DE JOGAR ESTILHAÇOS SEU DESGRAÇADO! VENHA E LUTE COMO HOMEM!
Nazszar: ENTÃO TEMOS UM HEROI ENTRE NÓS. QUAL O SEU NOME?
Tralfagir: ENFRENTE-ME E SABERÁ.
Nazszar: ALGUÉM ME DESAFIANDO? QUANTO TEMPO NÃO VEJO ISSO.
O gigante saiu de entre os prédios e foi caminhando até Tralfagir. Tralfagir tinha um pouco mais que dois metros e o gigante dava o dobro dele.
Nazszar: Você? Ser minúsculo ousa me desafiar? Hahaha. Melhor chamar aquelas comidas que acabaram de fugir.
Balder: Você estava comendo eles?
Nazszar: Sim e estava ótimo.
Tralfagir: Não interfira Balder. Se tentar me parar terá sérias consequências. Não estou lhe pedindo dessa vez, é uma ordem.
Balder: Você não pode mata-lo.
Tralfagir se virou para Balder e lhe deu um chute no abdômen.
Tralfagir: Falei para não intervir.
Nazszar: Batendo na sua própria companhia? Hahaha. Está mesmo querendo morrer?
Tralfagir: Nem vou precisar usar tudo de mim para te derrotar.
Nazszar: Se acha bem forte em, que tal... o que é esse vermezinho me dando socos.
Ridril: VOU TE MATAR! VOU TE MATAR!
Nazszar: Não atrapalhe seu mísero verme.
Nazszar armou o soco com a sua mão esquerda para acertar Ridril. Quando sua mão estava chegando perto de Ridril ele a sentiu parando.
Tralfagir: Não gaste seu esforço com ele, seu inimigo sou eu!
Tralfagir apertou o dedo do gigante com tanta força que o quebrou fazendo o gigante cair para trás de dor. Tralfagir abriu sua capa e sacou as espadas. Uma era toda vermelha com o corte na parte de baixo da espada, seu punhal tinha o símbolo de uma chama e seu apoio tinha o formato de uma lua crescente virado para o lado da lâmina. A outra era toda branca, com o corte na parte de cima, o punhal era igual ao da outra espada e seu apoio era virado para o lado do punhal.
Nazszar: SEU MERDINHA! COMO PODE FAZER ISSO COMIGO?
Tralfagir: Ridril, saia daqui ou também te matarei se entrar em meu caminho. Balder, se interferir ficará seriamente ferido, apenas olhe e aprenda.
Ridril saiu de perto, os moradores que estavam fugindo pararam longe para ver o que causou o grito de dor do gigante. Balder em seu silêncio apenas observava o tamanho da força de Tralfagir.
O gigante se levantou, pegou seu martelo de guerra com a mão direita.
Nazszar: Agora você irá MORRER!
Tralfagir: Boa sorte.
O gigante fez o primeiro movimento movendo o seu martelo pelo chão da direita para a esquerda, destruindo tudo que estava pela sua frente. Tralfagir deu um salto fazendo com que ficasse acima do martelo. Nazszar tentou pega-lo no ar, foi em vão, ao aproximar sua mão esquerda de Tralfagir, ele a partiu no meio com as espadas, fazendo com que a parte de cima da mão sumisse. Começou a jorrar sangue para todo lado e os gritos de Nazszar ecoavam pela vila. Nazszar se apoiou com o martelo no chão.
Tralfagir: Já desistiu?
Nazszar: Como você conseguiu fazer isso? Quem é você?
Tralfagir: Prazer, Tralfagir.
Nazszar: Hahaha. Seu nome é lendário em nossas viagens e também temido nos reinos. Por isso não queria aparecer.
Tralfagir: Se souberem que voltei, estragaríamos toda a surpresa.
Nazszar: Não precisa preocupar. Eu ainda estou de pé e vou te derrotar.
Tralfagir: Arrancarei seu pé direito.
Nazszar fez outro movimento com o seu martelo, tentando bate-lo de frente com Tralfagir. Tralfagir pulou para o lado esquivando do golpe e ao tocar no chão correu em direção ao pé direito de Nazszar. Tralfagir era muito rápido e Nazszar nada pode fazer, seu pé direito foi arrancado. Nazszar deu outro grito de dor e com fúria ele bateu o seu martelo com toda a força no chão que criou uma onda de impacto. Ao abrir o olho viu Tralfagir em cima de seu braço, na região do cotovelo, que rapidamente foi arrancado de seu corpo. Nazszar não consegue mais lutar e caído de costas no chão, seu sangue escorre para todo lado. Tralfagir sobe em cima de Nazszar, vai até seu peito.
Tralfagir: O que achou desse pequeno ser?
Nazszar: Realmente subestimei você.
Tralfagir: Agora morra.
Tralfagir enfiou ambas as lâminas no pescoço de Nazszar e o deixa caído e sangrando até a morte. Nesse momento chegam os capitães e Kirkran, se espantam ao verem Nazszar caído no chão todo ferido daquela forma. Alguns soldados correram de medo, os que ficaram estavam muito surpresos.
Tralfagir: Kirkran, já que está aqui, leve essa mensagem para Litius, "Tralfagir voltou.".
Kirkran: Tralfagir? Vamos embora daqui.
Balder: Por que fez isso?
Tralfagir: Não queria chamar atenção deles, mas não funcionou.
Balder: Estou falando de Nazszar. Por que fez isso com ele?
Tralfagir: Merecia e não se fala mais nisso.
Balder ficou em silêncio. A vila estava livre novamente. Naquela noite os moradores fizeram uma grande festa em comemoração. Balder e Tralfagir foram convidados para a festa, Tralfagir achou melhor recusar o convite.
Tralfagir: Você irá Balder.
Balder: Quero conversar com você antes.
Tralfagir: O dia já foi muito tumultuado, apenas aproveite agora.
Balder: Tudo bem. Amanhã conversamos.
**
Muito distante dali, no reino de Riosmar.
Empregado: Rei Litius, uma mensagem para a majestade.
Litius: Dê-me para ouvir.
Enquanto ouvia, Litius deu um grande sorriso.
Litius: Hahahaha. Ele voltou. Mande uma resposta pedindo todas as informações.
O funcionário sai e fica apenas Litius na sala.
Litius: Quais serão seus planos Tralfagir? Hahaha.
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