Templo do senhor das chamas
No outro dia, quando os primeiros raios de Apolo surgiam. Mausle estava de pé ajeitando sua vestimenta e colocando pedaços da armadura em seu corpo.
Caek: Armadura?
Mausle: Sim, não sei o que tem lá dentro então é melhor me proteger.
Caek: Essa armadura parece ser tão ruim.
Mausle: Foi o que deu para arranjar com alguns corpos de soldados que haviam ficado para trás no campo de batalha.
Caek: Espero que não encontre nada lá, com isso ai você morre rapidamente.
Mausle: Tudo bem, posso não ter o melhor equipamento, mas tenho muita habilidade.
Caek: E a arma?
Mausle: Tenho duas adagas.
Caek: Eu sei que o seu pai está quase morrendo, mas se você morrer ali dentro não vai trazer peso na consciência dele?
Mausle: A escolha foi minha de vir aqui. Ele não terá o que pesar. Muito obrigado pela estadia, mas devo ir.
Caek: Se conseguir pode passar aqui antes de voltar para sua casa.
Mausle: Agradeço, mas se eu conseguir quero voltar rapidamente ao meu lar e mostrar ao meu pai o que consegui antes que ele parta.
Caek: Eu entendo jovem. Que você consiga e que o senhor das chamas te proteja.
Mausle: Você também acredita nele?
Caek: Não, mas você vai entrar no templo dele então é melhor que ele lhe proteja.
Mausle: Eu entendi.
Mausle estendeu a mão a Caek que fez o mesmo e ambos apertaram às mãos e sorriram. Mausle abriu a porta e colocou seus pertences em cima do cavalo e montou. Estava distanciando de Caek e despedindo de longe até estar floresta adentro.
Caek: Então Muniex realmente estava juntando os pedaços da coroa. Vai ser uma surpresa para ele em Muniex quando chegar e a coroa estiver completa e Ykar mais poderoso que nunca.
Uma luz azul surge na cabeça de Caek e produz uma fumaça cinza que tampa seu corpo. Dessa fumaça surgiu Nisfter com sua armadura prateada, uma grande espada na sua mão e capa azul nas costas com o brasão da sua casa, uma fênix de chamas azuis.
Nisfter: Ficar nessa forma me causou muito desconforto. Agora vamos para Talfstar e fazer algo diante disso.
Guardou a espada em suas costas e ergueu a mão direita com a palma para baixo. Sua mão inteira ficou azul e soltando uma neblina extremamente densa.
Nisfter: Espero que isso o atrase um pouco.
Cerrou seu punho e a neblina tomou conta de toda a região e espalhou para toda a floresta.
**
Balder acorda desesperado e olha para o lado e vê Tralfagir sentado do seu lado.
Tralfagir: Mas um daqueles sonhos.
Balder: Sim.
Tralfagir: Mandei Preimor pegar o café da manhã. Se quiser me contar somos só nós aqui.
Balder: Sonhei com a minha família e Lisci.
Tralfagir: Você tem pesadelos por sonhar com eles?
Balder: Não foram eles, foi Ele.
Tralfagir: O que ele estava fazendo?
Balder: Eu sempre via um dele e sempre o via apenas conversando comigo, mas agora eu vi vários dele e não só isso, eles estavam aproximando de Lisci e dos meus pais.
Tralfagir: Tem como você me detalhar melhor o local exato que estavam?
Balder: Minha família e Lisci estavam em Loustre e eles estavam na entrada de Cidade do Ouro, minha cidade.
Tralfagir: Pelo jeito você e esse ser negro estão conectados mentalmente, então ele sempre estava na sua cabeça, mas dessa vez você entrou na dele.
Balder: Será que assim eu consigo saber quem ele é?
Tralfagir: Duvido. Dessa vez Ele não era mais apenas um, mas vários. Isso me faz pensar que ele consegue se dividir em vários, mas o principal não deve estar no meio deles.
Balder: Por que você acha isso?
Tralfagir: Se você fosse capaz de fazer isso entregaria o original tão facilmente? Se o principal cair todos os outros cairão. Então não é ele ali.
Balder: Droga, nem com essa abertura consigo fazer algo.
Tralfagir: Quer fazer algo? Não deixe tão livre sua cabeça. Ele pode ver o que você vê, sonha e pensa.
Balder: Se eu sonhei com eles... Isso quer dizer que...
Tralfagir: Sim, ele pode estar indo atrás deles.
Balder: Precisamos voltar lá e ajudar eles.
Tralfagir: Acho que não precisa.
Balder: Esse cara vai pegar a Lisci e meus pais e você quer que eu não faça nada?
Tralfagir: Como eu disse se quiser acabar com isso vai ter que ir atrás do principal. Mesmo que voltemos lá e defendemo-los desses que estão lá, quantos mais ele poderá mandar? 50? 200? Não importa o que fizermos lá eles sempre estarão vindos mais e mais.
Balder: E vou ficar de braços cruzados?
Tralfagir: Você entrou na cabeça de uma das partes dele. Vai entrando em outras até achar o principal e vamos lá finalizar isso.
Balder: Mas e eles?
Tralfagir: Se os pegar vão levar até o principal, aí estaremos lá fazendo todo o estrago.
Balder: Você sabe que não será tão fácil assim eu deixar eles.
Tralfagir: Sei, mas você sabe que é o melhor a se fazer.
Balder: Mesmo eu sabendo ainda assim iria voltar para protegê-los. Fico porque confio em você.
Tralfagir: Se levante logo Preimor já está chegando.
**
Com atraso para chegar ao templo, Mausle prendeu seu cavalo a uma árvore na frente do templo. O templo era grande, mas uma parte sua estava afundada na terra, sinais que o tempo passou por ali e foi cobrindo tudo. Todo feito de mármore vermelho, que estava quase preto, e tomado pela flora local. Mausle parou diante de sua entrada e conjurou um feitiço que fez toda a sua armadura ficar com um espectro roxo e conjurou outro em sua espada a fazendo ficar vermelha. Como Mausle era da realeza, seu sangue o fazia ser capaz de obter mais de um tipo de magia e quando ele as misturava conseguia produzir outra nova. Em sua armadura feitiço de proteção e em sua espada feitiço de reforço.
Mausle: É agora.
Cortou as trepadeiras que tampavam a entrada do templo. Eram grossas e enraizadas profundamente nas portas. Foram necessários três cortes com sua espada para corta-las juntamente com a porta. Entrou no templo e viu a escuridão que havia ali, colocou sua mão no solo e pôde sentir a grande quantidade de magia que havia ali em baixo.
Mausle: Iluminus.
Bolhas saíram de sua armadura e espalharam entre a escuridão. Ao estalar de seus dedos elas foram acendendo e revelando todo o templo internamente. Nas paredes podia ver algumas inscrições antigas e imagens. Mausle aproximou de uma delas e viu a imagem de várias pessoas levantando os braços para uma bola de fogo que estava no céu. Mausle não era bom em escritas antigas, mas ele apenas entendia que aquela imagem falava algo sobre O caído. Mais adiante ele viu outra imagem, mas esta as pessoas estavam ajoelhadas diante de alguém que saia dessa pedra e novamente estava escrito O caído e também tinha algo de chamas. Seguindo seu caminho ele encontra uma escrita enorme no topo de um portal "Ao Senhor das Chamas, todos os sacrifícios aqui feitos".
Mausle: Ainda bem que não participei disso.
Ao atravessar o portal sentiu uma forte fonte de magia que o atraía para o fundo do templo, foi caminhando lentamente como se estivesse hipnotizado. Lançou suas bolhas luminosas à frente para revelar o que tinha em sua frente. Encontrou um corpo enrolado em pano e a fonte de magia que vinha era dele. Ao tocar no corpo sentiu que um pouco de sua energia foi puxada para o corpo e foi direcionada ao coração do corpo. O templo começou a tremer e o corpo começou a produzir grunhidos e a se mexer um pouco. Mausle afastou-se sentindo perigo e o teto do templo desabou.
Lá fora, no reino de Talfstar, Nisfter havia acabado de chegar ao reino.
Chefe da guarda: Bem vindo de volta general.
Nisfter: Junte alguns soldados e vão para o antigo templo do senhor das chamas.
Chefe da guarda: Mas o que tem naquele lugar abandonado?
Ao dizer estas palavras teve uma explosão e uma enorme nuvem de poeira subiu no meio da floresta, na direção do templo.
Nisfter: Por causa daquilo. Leve bons homens, é de Mausle que estamos falando.
Ao ouvir esse nome o chefe da guarda sentiu medo e sua mão direita tremia.
Nisfter: O que está fazendo ai? Vamos logo.
Chefe da guarda: Tudo bem senhor.
O chefe da guarda saiu correndo e Nisfter olhou para a grande nuvem e deu um sorriso.
Nisfter: Aproveite esse presente.
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