Espólios da batalha
Balder aproveitou a festa e se tornou grande amigo dos moradores, se tornou um herói. Tralfagir não gostava muito de pessoas, preferia ficar sozinho, foi para a tenda onde mandavam as mensagens. Os soldados fugiram e deixaram tudo para trás, Tralfagir achou melhor verificar tudo que tinha ali. Havia arquivos de cada soldado ali, tudo sobre eles, nomes, família, posto, habilidades, tudo de cada um.
Tralfagir: Enfim esse Kirkran não era apenas um mensageiro, pelo jeito ele também é grande estrategista, inventor, renomado na área de criação de armas, deve ter sido ele que criou aquela armadura do Nazszar. O que mais teremos por ali...
Tralfagir mexeu, leu, interpretou e rasgou vários documentos ali. Foi mexendo em tudo até achar uma caixa fechada, pegou ela, arrancou a tranca e abriu. Tinha apenas um pequeno pedaço de papel que abriu e viu que era um papel em branco.
Tralfagir: É um pedaço de papel branco? Por que tanta proteção para um pequeno pedaço? Onde ele leva? Parece que Litius queria muito ele, deve ter as outras partes, vou guardar comigo.
Tralfagir pegou aquele pequeno pedaço de papel e guardou. Saiu da tenda e foi para o lado destruído onde Nazszar havia passado. Lá encontrou o local onde Nazszar comia as pessoas, ainda havia algumas presas em correntes nas paredes. Tralfagir as libertou e foi muito agradecido. Continuando sua ronda pela cidade ouviu em uma casa um choro e foi até lá conferir. Chegando vou Ridril preparando uma forca, que Tralfagir deduziu ser para ele mesmo.
Tralfagir: Não consegue suportar a dor.
Ridril: A quanto tempo estava aí?
Tralfagir: Acabei de chegar. Deduzo que está forca é para você.
Ridril: Não consigo mais achar motivo para não fazer isso.
Tralfagir: Que tal o motivo de viver?
Ridril: Viver pelo o que e por quê?
Tralfagir: Porque você ainda está vivo. Fazendo isso estaria fazendo do sacrifício dela tornar-se em vão.
Ridril: Mas não sei o que fazer sem ela.
Tralfagir: Apenas viva pela oportunidade que ela te deu.
Ridril: E essa dor intensa que não passa?
Tralfagir: Essa dor, apenas duas coisas, esqueça ou aguente. A dor que ela passou por você foi muito pior. Você escolhe se vive ou se morre, mas não esqueça os motivos de estar vivo ainda, no que as pessoas já te ajudaram e o quanto ela te deixou feliz.
Tralfagir deixou Ridril sozinho e partiu para algum lugar solitário, onde pudesse ficar só para pensar em seus próximos movimentos, agora um de seus inimigos sabia de sua existência.
A noite passou, Balder acostumado a acordar cedo levantou antes de todos, menos de Tralfagir que já espera em pé do seu lado.
Tralfagir: Vamos para a saída da vila, conversar. Já traga suas coisas prontas, pois já partiremos logo depois da conversa.
Balder: Já está indo para lá?
Tralfagir: Sim.
Balder: Temos que despedir de todos.
Tralfagir: Chegamos sem ninguém ter notado nós, sairemos do mesmo jeito.
Balder: Por que você é sempre assim?
Tralfagir: Agora eles sabem de mim, isso irá para todos os lados, não podemos ficar parados.
Balder: Como eles te conhecem?
Tralfagir: Na saída da vila, agora.
Balder ajeitou-se rapidamente e partiu para a saída da vila. Chegando lá Tralfagir já o esperava.
Tralfagir: Pergunte logo, não quero que tenhamos festa de despedida.
Balder: Eles também o consideram um herói.
Tralfagir: Não pertenço a esses títulos.
Balder: E que títulos são esses que você faz parte? Como aqueles caras sabiam exatamente quem era você.
Tralfagir: No início da guerra, eu estava lá, não fazia parte de nenhum reino, mas ambos os reinos brigavam por mim.
Balder: Por quê?
Tralfagir: Você viu a facilidade que derrotei Nazszar. Eles me queriam no exército deles, mesmo que à força, eles viam em mim a vitória. Mandaram vários soldados atrás de mim, matei todos e isso só fez crescer meu valor para eles.
Balder: Então eles te caçam para participar da guerra?
Tralfagir: Se ainda continuam assim, não sei, mas eles me temem muito também. Um grande poder que eles não podem controlar é temível.
Balder: Por isso você quer acabar com a guerra? Para pararem a perseguição atrás de você?
Tralfagir: Não, já disse, quero paz, quero um mundo melhor.
Balder: E matando pessoas como ontem não trará a paz que quer, trará o medo das pessoas.
Tralfagir: Não tive outra escolha, ou matava ele ou ele matava a todos. Confesso que perdi o controle.
Balder: Sim. Por que perdeu?
Tralfagir: Não é algo que você precisa saber.
Balder: Você não me conta nada e sabe de tudo sobre mim, como gera confiança assim?
Tralfagir: Simples, olhe como eu matei Nazszar, isso só mostra que poderia ter matado toda a sua cidade, incluindo você.
Balder: Você está falando para confiar em você baseado que você pode me matar ou não? Assim não se tem confiança. Preciso saber mais sobre você.
Tralfagir: Continue comigo e saberá.
Balder: Estamos juntos de novo?
Tralfagir: Nunca te expulsei você que foi contra as minhas ordens.
Balder: Aonde vamos agora?
Tralfagir: Cidade Rubritanhe, cinco dias.
Balder: Treinamento toda noite?
Tralfagir: Sim. Espero que essa cidade não esteja tão destruída, preciso que um ferreiro lá use sua forja para criar uma espada para você.
Balder: Não sei usar muito a espada.
Tralfagir: Com cinco dias da para treinar muito. Você aprende rápido.
Balder: Mas ainda não vou matar alguém.
Tralfagir: Ok, eu tive algumas ideias. Mas, vamos logo sair daqui.
Balder: Muito obrigado Linkgord.
Deram às costas a cidade e começaram a sua caminhada para Rubritanhe.
Ridril: OBRIGADO TRALFAGIR.
Balder: Espere, é o Ridril. Por que está te agradecendo.
Tralfagir: Você disse que sou considerado herói também, deve ser por isso.
Balder: ELE AGRADECE. Temos que agradecer a todos eles, sem eles também nosso plano não daria certo.
Tralfagir: Veja como quiser.
Balder: O que tem na estrada até Rubritanhe?
Tralfagir: Sobre o que quer saber?
Balder: Eu gostei de quando me mostrou as estrelas.
Tralfagir: Posso te ensinar muito mais se quiser.
Balder: Esta noite então.
Tralfagir: Está com saudade de casa?
Balder: Sim, mas depois que vi o que fizemos por essas pessoas, vejo também o que estou fazendo pelas pessoas que amo.
Tralfagir: Aprenda há ficar um dia todo sozinho e me derrube no treino que irei considerar termos cavalos para ajudar.
Balder: Como te derrubarei?
Tralfagir: Ao anoitecer verá.
Balder: Por que se chama Rubritanhe?
Tralfagir: Por que você está tão curioso?
Balder: Pela primeira vez me sinto parte do mundo, quero saber mais dele.
Tralfagir: Rubritanhe por causa da chama rubra, a cidade fica perto do local de onde as salamandras se reproduzem.
Balder: Como ela é?
Tralfagir: Quando estava inteira, havia duas estátuas enormes de salamandras na sua frente, o maior prédio tem um grande ovo de salamandra guardado em seu topo, dizem que é de uma espécie rara que ela iria nascer quando o antigo rei voltasse...
Balder: Antigo rei?
Tralfagir: Nunca ouviu falar dele?
Balder: Ouvi falar que ele matou muitas pessoas e que foi expulso do reino.
Tralfagir: Você escutou a velha lenda resumida.
Balder: Resumida?
Tralfagir: Isso é apenas um pequeno pedaço da lenda toda.
Balder: Pode me contar tudo?
Tralfagir: À noite, diante de uma fogueira é melhor.
Balder: Combinado.
Ambos continuaram o seu caminho com Balder muito curioso.
**
Enquanto isso, em Riosmar.
Rei Litius recebeu a mensagem que tanto esperava, todas as informações que Kirkran havia conseguido de Tralfagir.
Rei Litius: Interessante, ele tem um companheiro agora que ambos marcham para a guerra. Provavelmente virão para o meu reino por ser o mais próximo deles. Vou melhorar as defesas, mas quero saber mais informações e habilidades dele. Chamem Gilgrac.
Gilgrac era um dos generais do reino de Riosmar, o seu pequeno exército era responsável pela estratégia e reconhecimento de área. Ao todo tinham cinco generais em Riosmar, Gilgrac da divisão de estratégia e reconhecimento, Daivock da divisão de invasão, Preimor da divisão de batalha, Saultese da divisão de defesa e Linquins da divisão de armamento. Gilgrac era o mais cruel deles, mas não tão forte quanto Preimor, que se tornou uma lenda ao matar mais de quinhentos soldados de Muniex sozinho na guerra.
Gilgrac: Vossa majestade.
Rei Litius: Tenho uma missão especial para você.
Gilgrac: Aceitarei com o maior prazer.
Rei Litius: Você pode morrer nela, mas não será um sacrifício em vão. Preciso que me traga Tralfagir vivo ou morto.
Gilgrac: Então os boatos dele ter voltado são verdadeiros. Tenho permissão para dar opiniões?
Rei Litius: Sim.
Gilgrac: Não é melhor trazê-lo vivo? Porque assim poderemos usa-lo para nós fazer ganhar a guerra.
Rei Litius: Podemos tentar usar ele, mas ele não irá aceitar ordens como da última vez e é muito forte para ficar vivo.
Gilgrac: Entendo se possível o trarei de preferência morto.
Rei Litius: Ele está indo para Rubritanhe, use um flutuador para chegar lá em pelo menos três dias. Essa missão é quase certeza de que você irá morrer leve a mensagem de emergência, se acaso for morrer use ela para me mandar de imediato todas as informações de batalha dele.
Gilgrac: Possivelmente minha última missão. Irei servi o rei até mesmo em minha morte, será uma honra.
Rei Litius: Não chame atenção dele até ter certeza de que ele está lá. Quando tiver certeza, faça o que quiser com a cidade.
Gilgrac: Tudo mesmo?
Rei Litius: Não me faça ficar repetindo.
Gilgrac deu um grande sorriso.
Gilgrac: Com sua licença.
Gilgrac saiu da sala do trono e foi em direção à saída de Riosmar. Com o flutuador pronto e suas armas também ele partiu para Rubritanhe.
Após a saída de Gilgrac, Preimor aparece por de trás do trono.
Preimor: Mesmo sendo o mais fraco entre nós, ele é um bom estrategista para joga-lo fora apenas para uma experiência.
Rei Litius: Não me importo, temos vários estrategistas aqui que pode ajudar não igual ele, mas servirão.
Preimor: E assim encontraremos a paz. Eliminando pessoas iguais a ele.
Rei Litius: Assim espero.
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