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Batalha no trono


Tralfagir aproximou das muralhas e viu ambos os portões abertos.

Tralfagir: O plano deu certo.

Entrou no castelo e escutava o som dos escravos por todo lado. Ele segue em direção à sala do trono e chegando lá e encontra com Guzlin e Balder.

Balder: Tralfagir! Pelo jeito você conseguiu.

Tralfagir: Vocês também.

Guzlin: Foi difícil?

Tralfagir: Foi. Onde está Daivock?

Guzlin: Nenhuma informação. Desapareceu.

Tralfagir: Melhor entrar apenas nós então.

Tralfagir abre as duas portas e todos que entraram em posição de luta assustaram ao ver Litius sentado no seu trono, a perna esquerda dele estava em cima de Daivock que estava caído sem uma mão.

Guzlin: O que você fez com ele?

Litius: O mesmo para você, o mesmo para todos os traidores. Todos irão sofrer.

Daivock: Sa... em.

Tralfagir: Nós fizemos um trato e espero garantir ele. Litius, nós comandamos essa revolta, nos derrote e acabou, mas peço para que deixe tirar Daivock daqui para que possa ter os devidos cuidados.

Litius: Tire esse traste daqui, de nada me serviria.

Tralfagir: Vai lá Balder.

Balder: Mas...

Tralfagir: Eu estou aqui. Não se preocupe.

Balder foi até Daivock e puxou seu corpo apoiando em seu ombro. Chegando perto de Guzlin e Tralfagir, Guzlin se apressou e pegou Daivock e verificou se ainda estava vivo.

Tralfagir: Coloque-o do lado de fora e peça para alguém ajudar ele e volte Guzlin.

Guzlin: Mas tenho que ficar do lado dele.

Tralfagir: Olhe a mão, não foi cortada, mas queimada. Creio que Litius tenha algo forte aqui. Vou precisar de você.

Guzlin: Quem ficará com ele lá fora?

Balder: Eu fico, posso fazer os primeiros cuidados.

Guzlin: Dê-me duas adagas e esse arco e flechas.

Balder saiu da sala do trono e fechou as portas.

Tralfagir: Vamos dar um jeito nisso.

Litius: Dois contra um. Espero que morram dolorosamente.

Guzlin: Não fique fazendo graça cretino.

Litius: Com ele eu peguei leve. Agora com vocês, ainda mais Tralfagir, algo me diz que as coisas ruins não morrem.

Tralfagir: Talvez isso mude com você hoje.

Litius: Quanto tempo planeja isto?

Tralfagir: Não sei, apenas aconteceu.

Litius levanta do trono e direciona o cetro para eles.

Litius: Acaba hoje...

Litius pressiona um botão no centro e dava para ver uma luz saindo de dentro do cetro. Tralfagir percebeu que não era algo bom e começou a correr para a sua direita e Guzlin percebeu isso e correu para a sua esquerda e um feixe de luz foi lançado do cetro até onde eles estavam e fez um buraco no chão.

Guzlin (pensamento): Será possível que seja...

**

Do lado de fora da sala do trono, Balder descia as escadas com Daivock apoiado em seu ombro e andando com grande dificuldade.

Balder: Estamos quase lá.

Daivock: Ele tem... que sair de lá.

Balder: Não se esforce.

Daivock: Não tem como... vencer.

Balder: Tralfagir é bem forte, ele consegue.

Daivock: Canhão.

Balder: Não entendi.

Daivock: Litius... tem um canhão de luz com ele.

Balder: Está enganado, não vi nada desse tamanho lá dentro.

Daivock: Cetro...

Balder: Como assim?

Daivock desmaia novamente e Balder tem um sentimento forte que deveria voltar lá. Apressa-se para levar ele até onde estavam os escravos. Chegando lá eles o acolhem e leva ele para o lado de fora das muralhas e vão para um médico. Balder de dentro das muralhas escuta uma explosão vinda de dentro do castelo e parece vir do lado que Tralfagir e Guzlin estavam. Do lado de fora das muralhas Preimor aparece andando com dificuldade e tentando entrar no meio dos escravos para chegar até em seu exército. Com dificuldade ele chega até ele e os soldados ficam espantados com o estado dele, todo cheio de sangue com alguns hematomas e cortes.

Capitão: O que aconteceu?

Preimor: Tive uma luta.

Capitão: Perdeu?

Preimor: Ela não acabou ainda.

Capitão: O que posso fazer senhor?

Preimor: Dê-me um soco na cara.

Capitão: Não posso fazer isso.

Preimor: Apenas faça o que eu mando e me bata logo.

O capitão deu um soco em Preimor.

Preimor: Essa a sua força? Quero que me bata com toda a força ou terei que te matar e arrumar outro?

O capitão prepara o soco, fecha os olhos e soca Preimor com toda a força no rosto. Preimor cambaleia para trás, para, vira para o lado e cospe sangue.

Preimor: Obrigado.

Preimor começa a ter um melhor equilíbrio no corpo e voltar a ficar de costas de eretas.

Preimor: Onde estão meus homens?

Capitão: Estão todos em formação para pegar os escravos.

Preimor: Não os quero.

Capitão: Mas estão invadindo aqui.

Preimor: Vamos atrás de Tralfagir, procure por ele ou por alguém jovem com um bastão nas costas.

Capitão: Mas tem tantas pessoas aqui.

Preimor: Não me importa. QUERO ALGUM DELES AGORA.

Capitão: Como Tralfagir é?

Preimor: Usa uma máscara vermelha.

Capitão: Certo, vamos procurar eles agora.

**

Tralfagir: Uma arma interessante essa Litius.

Litius: Isso porque só cliquei, espere quando não tirar meu dedo daqui.

Guzlin: Como foi possível reduzir o canhão a isso?

Litius: Linquins consegue o que quer sempre. E vocês vão ficar escondidos atrás desses pilares?

Guzlin puxa o arco e coloca uma flecha. Respira fundo e saí de trás do pilar já apontando na direção de Litius que virou o cetro para Guzlin. Guzlin solta à flecha que atinge o peito de Litius, mas nada acontece, pois a armadura de Litius era bem resistente. Guzlin correu para o próximo pilar e escondeu. Litius pressionou o botão e o segurou fazendo com que o feixe de luz durasse mais tempo e fosse tirando pedaços da parede e focou no pilar de Guzlin. Tralfagir correu em direção à Litius que percebeu sua movimentação e redireciona o feixe nele. Tralfagir estava com as duas espadas nas mãos e usa ambas para se defender do feixe. As espadas conseguem parar o feixe, mas logo começam a ficar vermelhas.

Tralfagir: Guzlin!

Guzlin sai de trás do pilar e atira uma flecha na mão do rei que acerta por não ter proteção ali. Isso faz com que ele tire o dedo do botão por um instante. Tralfagir prefere recuar a ir para cima, temia que se avançasse Litius pressionasse o botão novamente.

Litius: Bela flecha rapaz, - puxando a flecha da mão - mas não ache que será suficiente.

Guzlin: A próxima será no seu olho.

Litius: Espadas, flechas, adagas. Vocês acham que isso realmente é algo maior que esta arma. A melhor criação.

Guzlin: Nós te acertamos, você sangra, não é nenhum deus ou berseck. É apenas uma pessoa que tem um brinquedo poderoso.

Litius pressiona novamente o botão e um feixe de luz continua foi novamente para o pilar Guzlin.

Guzlin: Tralfagir!

Tralfagir foi sair do pilar, mas não conseguiu porque Litius redirecionou o feixe antes dele levantar as espadas. Tralfagir nada pode fazer, mas Guzlin conseguiu se mover para outro pilar mais próximo de Tralfagir.

Litius: Se juntar não vai ajudar em nada.

Guzlin: Tralfagir consegue me ouvir nessa altura?

Tralfagir: Sim.

Guzlin: Tenho um plano, apenas faça o que eu pedir.

Litius: Vão vir ou ficaram sussurrando ai?

Tralfagir sai de trás do pilar, dá tempo para erguer suas espadas, pois a um tempo de resposta entre o pressionar o botão e o feixe sair. Tralfagir se defende novamente do feixe com suas espadas. Guzlin sai do pilar e atira duas flechas juntas. Uma acerta a lateral do elmo e a outra raspou seu nariz fazendo sangrar pouco.

Litius muda a direção do feixe para Guzlin que volta para o pilar. Tralfagir tenta se aproximar, mas Litius percebe e volta o feixe a ele, que recua para o pilar.

Litius: Se você não tivesse se revoltado poderia ser meu novo general. - limpando o sangue do nariz.

Guzlin: Envolver-me com você foi uma das piores coisas que já fiz.

Tralfagir: Não sei se as espadas irão durar mais.

Guzlin: Eu sei que vai funcionar, mas não sei quanto tempo.

Litius pressiona o botão novamente e deixa o feixe no pilar de Guzlin. A porta da sala do trono se abre e aparece Balder.

Tralfagir: Saía dai!

Balder: Que estrondo foi aquele?

Litius: Alguém que você se preocupa.

Litius vira o cetro para Balder e pressiona o botão. Tralfagir sai rapidamente do pilar e tenta entrar na frente do feixe. Guzlin sai do pilar e atira uma flecha em direção a mão de Litius. Nenhum deles conseguiu parar o feixe antes de chegar à Balder. Podia ver o feixe atravessando o peito de Balder. Tralfagir parou o feixe com as espadas tarde e a flecha acertou o rei novamente tirando seu dedo do botão.

Tralfagir olhou para trás e viu Balder caído no chão. Em sua fúria avança em Litius, que não teve tempo de pressionar o botão. Com um salto, Tralfagir acerta o joelho no rosto de Litius que cai em seu trono sentado. Tralfagir enfia as duas espadas nele, uma em cada ombro e com sua mão direita afunda os dedos no metal da armadura e a puxa, arrancando um pedaço, e assim faz alternando as mãos até arrancar todo o peitoral da armadura. Litius tenta virar o cetro em sua direção, mas Tralfagir da uma tapa com as coatas da mão esquerda que tira o cetro da mão de Litius. Coloca a mão esquerda sobre o ombro direito de Litius e leva a mão direita para trás. Lança a mão direita muito rápida na direção do coração de Litius, mas para ao ouvir a voz de Balder.

Balder: Pare!

Tralfagir para próximo ao peito de Litius e olha para trás lentamente e vê Balder em pé. Volta a olhar para Litius e tira as mãos dele, puxam suas duas espadas e as guarda.

Tralfagir: Todo seu Guzlin.

Tralfagir dá alguns passos para trás e Guzlin se aproxima olhando para Tralfagir que estava com as duas mãos para trás e peito aberto, como em posição de respeito. Guzlin volta sua atenção para Litius que está no trono sangrando muito pelos ombros e com a cabeça baixa.

Guzlin: Olhe para mim.

Sem resposta de Litius.

Guzlin: Eu disse para olhar para mim.

Litius levanta a cabeça com dificuldade e para os olhos de Guzlin.

Guzlin: Agora você terá o que merece.

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