A proposta
Ao ouvir estas palavras Sishfit saiu em fúria de sua casa.
Sishfit: Balder não vai a lugar algum! Ficará aqui que é o lugar dele.
Roudrir: Calme Sishfit! Tralfagir, que tipo de pedido é esse?
Tralfagir: Você disse que aceitaria. Estou esperando pelo sim.
Sishfit: Você não ouvirá essa palavra!
Roudrir: Sishfit, por favor, se acalme. - voltando a atenção para Tralfagir - Eu tenho dinheiro, posso lhe dar o que você quiser.
Tralfagir: Apenas quero Balder.
Com os gritos de Sishfit, Balder acorda e vai para a porta da casa e sai.
Balder: O que vocês tanto gritam?
Sishfit: Volte para dentro de casa.
Balder: O que está acontecendo?
Roudrir: Nada filho, só entre em casa.
Balder: Não vou entrar até vocês me explicarem tudo.
Tralfagir: Você virá comigo.
Balder: Para onde?
Tralfagir: Não saberá se não vier.
Roudrir: Ele não vai!
Sishfit: Você não vai leva-lo.
Balder: Chega! Eu posso escolher por mim mesmo e não vou a lugar algum.
Tralfagir: Entendo. Estou na saída da cidade. Se precisar de mim.
Balder: Não precisarei.
Tralfagir se afastou e seguiu caminho para a saída da cidade enquanto os três restantes se entre olhavam.
Balder: Por que ele queria me levar?
Roudrir e Sishfit: Não sabemos.
Balder: Tem algo haver com o que você deve?
Roudrir: Tenho que te contar uma história.
Todos entraram na casa onde Roudrir contou á Balder sobre o seu nascimento
Balder: Então ele salvou minha vida...
Roudrir: Salvou de todos nós.
Balder: Muita informação... Vou passar um tempo na floresta.
Roudrir: Mesmo os animais ficando mais calmos perto de você, toma cuidado.
Balder: Tomarei.
Balder partiu par a floresta para ficar um tempo sozinho. Ao passar pela saída da cidade viu Tralfagir sentado bem na saída, esperando. Apenas o ignorou e continuou.
Duas horas depois de Balder ter saído para a floresta Lisci chega a sua casa à sua procura. Roudrir lhe informou sobre o que aconteceu e para onde Balder foi e a advertiu dos perigos da floresta. Lisci saindo da cidade vê Tralfagir sentado na saída da cidade.
Lisci: O senhor viu Balder passar por aqui?
Tralfagir: Senhor?... hahaha... Foi por ali.
Lisci: Desculpe, mas com toda essa vestimenta não da para saber a sua idade e obrigado!
Tralfagir: Cuidado com a floresta. Tem muitos animais perigosos, como cobras venenosas.
Lisci: Tudo bem. Obrigado de novo.
Tralfagir: Essa garota, devia tomar muito cuidado.
Lisci partiu para a floresta atrás de Balder. Ela não conhecia muito bem a floresta que tinha ao redor da cidade, apenas algumas partes. Entrou na floresta chamando por Balder.
Como Luz do Ouro era uma das poucas cidades que sobraram sem a visita dos exércitos então teve um grande acúmulo de animais e criaturas ao seu redor. Com o cintilar de ouro que a cidade tinha foi um grande chamativo para todos eles. Quando começaram a ter o número de ataques e invasões aumentados fizeram um grande muro ao redor da cidade para evitar invasões, mas fora desses muros e dos caminhos de entrada da cidade tudo poderia acontecer.
Balder estava sentado em uma grande pedra no meio de um raio de luz que atravessava as folhas das grandes árvores ali. Estava pensando sobre seu nascimento e para onde iria se Tralfagir o levasse.
Balder...
Balder: Alguém está me chamando?
Balder...
Balder: Parece ser a Lisci, por que ela iria vir aqui?
Balder...
Balder: A voz, está vindo do lado das...
Balder se impulsiona da pedra dando um salto dela até o chão e sai correndo em direção à voz gritando.
Balder: SE AFASTE! LISCI SE AFASTE!
Aviso tardio.
Lisci: Aaaaaah! Socorro!
Balder: LISCI!
Ao chegar no local Balder encontra Lisci caída no chão com uma cobra manuan enrolada em sua perna. Balder a tira rapidamente.
Balder: Lisci! Acorde! Lisci!
Lisci: Bald... er...
Balder: Vou te levar para a cidade.
Balder pega-a em seus braços e corre em direção à cidade. Ao passar pela entrada da cidade Tralfagir viu o que havia acontecido com a moça. Balder não tinha visto ele ali, apenas passou correndo em disparada para o hospital.
Tralfagir: Eu avisei para tomar cuidado com as cobras venenosas. Agora vou tentar outra oferta.
Tralfagir se levanta e segue a mesma direção que Balder. Chegando ao hospital, Balder procura desesperadamente alguém que possa ajuda-lo.
Trinsfi: O que aconteceu com ela?
Balder: Uma cobra manuam se prendeu a ela.
Trinsfi: Tragam rápido uma maca para ela.
Trinsfi era um dos refugiados da guerra. Ele era especialista em criar remédios e trouxe o hospital a cidade baseado em uma ideia que existia no primeiro reino.
Assim que a maca chegou Lisci foi colocada nela e levada para uma sala separada. Balder não sabia o que fazer, mas temia muito que poderia acontecer com Lisci. Ele conhecia bem os animais que viviam ao seu redor e sabia que a manuam era um dos mais perigosos. A cobra manuam possuía presas que não tinham veneno, o seu verdadeiro perigo era em baixo dela, havia espinhos que ficavam escondidos e apenas apareciam no momento em que elas atacavam o alvo. Elas procuram algum lugar para se fixarem e criam seus ninhos ali, o veneno causa paralisia quase de imediato e se a vítima não fosse cuidada de imediato poderia morrer em até duas horas. Lisci já havia perdido vinte minutos, então o veneno já estava mais avançado.
Cerca de vinte minutos após a chegada de Lisci ao hospital Trinsfi aparece para dar as notícias.
Trinsfi: Tenho duas notícias.
Balder: Quais são?
Trinsfi: Vamos conseguir parar o avanço do veneno, mas a outra notícia já traz informações não muito boas, como uma perfuração dessas deve ser tratada de imediato e pelo o que você me informou demorou cerca de vinte minutos... Teremos que amputar parte de sua perna por ter putrificado, o seu coração ficará mais fraco porque o veneno havia chegado nele, mas como não ficou muito tempo o coração não ficou tão ruim e talvez apareça outras complicações que só poderemos ver quando ela despertar.
Balder: Mais algo?
Trinsfi: Por enquanto nada mais. Preciso voltar lá para ficar de olho nela, acaso aconteça algo eu esteja lá.
Balder: Posso vê-la?
Trinsfi: Pela situação dela é melhor deixar ninguém entrar. Qualquer pequena bactéria que seja pode piorar.
Balder: Bactéria?
Trinsfi: É uma coisa muito pequena que você nem consegue enxerga-la. No primeiro reino estudavam elas. Não tenho tempo para explicar tudo.
Balder senta no chão e leva suas mãos aos seus olhos e começa a chorar. Em meio as suas lágrimas e entre as brechas de seu dedo surge um pé que ele reconheceu.
Balder: O que... faz aqui?
Tralfagir: Uma proposta.
Balder: Que seria?
Tralfagir: Eu a salvo, mas você terá que partir comigo ao anoitecer. Seguirá tudo o que eu pedir e só poderá fazer o que você quiser assim que eu dizer que não preciso mais de você.
Balder: Se eu aceitar, terei que ficar sem ela e não quero isso.
Tralfagir: Não é melhor ficar sem por algum tempo do que ter pedaços para o resto da vida?
Balder se levanta furioso e encara Tralfagir.
Balder: Não fale assim dela! Ela nunca será apenas pedaços.
Tralfagir: Venha comigo e faça tudo que eu mandar, irei cura-la, você volta depois de cumprirmos o que eu quero. Se deixa-la assim estará a fazendo sentir mal todos os dias, se sentir imprestável e você irá ficar a vendo querer morrer todos os dias. Eu posso ajuda-lo apenas se concordar comigo.
Balder:... Eu... eu... vou com você.
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