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Capítulo 27

KATE

Seu polegar escorregou da minha bochecha, numa carícia sutil e delicada, como se escovasse minha pele, deixando suas digitais por toda parte. Chegou então à minha boca, cuidadosamente, contornou-a enquanto seus olhos não deixavam os meus.

O lábio inferior foi puxado para baixo, seu dedo, ininterruptamente, deslizando sobre ele. Dylan sorria de lado, visivelmente satisfeito com a visão que tinha. E não seria para menos, ele fazia o que queria e eu apenas deixava. Quando a ponta da minha língua tocou seu polegar, o vi trincar o maxilar e seus olhos escureceram de um jeito que eu ainda não tinha visto. Percebi o que aquilo fez com ele e me senti triunfante por saber o quanto eu o afetava.

Sua respiração ficou ruidosa e o que poderia ser uma brincadeira por parte dele se transformou.

Era o mais puro desejo, combinado a uma ânsia exorbitante que resultava em uma fome substancial que exalava de cada poro dele. Vontade de me possuir do jeito mais cru, carnal e visceral possível.

— Se você soubesse o que isso faz comigo, teria mais cuidado Ekaterina.

Ouvir meu nome ser pronunciado por ele, grave, rouco, cheio de uma maldade desmedida, mexia com emoções que me deixavam de ponta cabeça.

— E o que você quer fazer comigo? — sussurrei, minha voz era baixa e ansiosa, repleta de uma expectativa que tempos atrás me causaria espanto, mas naquele momento não. Naquele momento eu só o queria.

Seu rosto ficou sombrio. Seu outro braço estendeu-se e rodeou minha cintura, puxando-me para ele. Minhas mãos foram para seus ombros, ou eu me apoiava nele, ou fatalmente minhas pernas que mais pareciam gelatina fariam todo o trabalho de me levarem para o chão. Minha respiração quase afoita chocava-se em seu pescoço, sentia o gelado de seus piercings nos mamilos que imprensavam minha pele febril.

Não havia muita coisa que nos separava. Eu vestia uma camisola fina, o tecido se moldava perfeitamente ao meu corpo. O casaco que eu colocara não servira como barreira também. Com o nosso movimento de aproximação, abriu-se como um véu, revelando o tesouro escondido que repousava por detrás. Meu coração falhava algumas batidas, mas ele não ficava atrás. Sob a palma da minha mão sentia o ritmo acelerado da sua pulsação.

Com a ponta dos dedos fiz movimentos circulares sobre sua clavícula, como se fosse a primeira vez que estivéssemos tão colados, como se estivéssemos nos conhecendo, descobrindo um ao outro, desvendando cada pedaço de pele. Subi mais um pouco, usando as unhas para arranhar seu ombro. Seu aperto em minha carne ficou mais forte, a mão inflexível me agarrava com certa rigidez.

Era óbvio no que aquilo ali resultaria. E mais do que isso, ambos queríamos com a mesma intensidade e volúpia.

Assim como eu me sentia molhada, também notei sua ereção dura contra a minha perna. E mesmo por cima da calça que vestia, constatava o quanto pulsava. Meu olhar baixou e depois se ergueu, e a lembrança do que Dylan tinha em seu pau me fez salivar. Safado.

— Se quiser isso o que está na sua cabecinha nada pura, vai precisar deixar que eu entre primeiro — respondeu uma oitava abaixo, ainda tocando meus lábios – e a língua – com o dedo.

— Onde? — me fiz de desentendida — Na minha casa ou no meio das minhas pernas?

A indagação o fez dar aquele sorriso descarado de sempre. Minha boca foi deixada de segundo plano, e como serpentes que espreitavam a presa, seus dedos agarraram meu cabelo, forçando minha cabeça para trás, e meu rosto, consequentemente, para cima.

— Nos dois, se possível — afirmou. — E se você fosse uma menina boazinha, não deixaria. Mas como sei o quão má pode ser, vide a sua natureza pecaminosa, afinal, me lembro bem o que disse sobre se ajoelhar...

Prendi o sorriso. Não, eu não sou boa, quase falei. E sim, meu propósito quanto a se ajoelhar não era dos mais pueris.

Sua língua foi posta para fora e o piercing que eu mais lembrava surgiu. Minha memória era boa o bastante para recordar o que aquela pequena parte de metal era capaz de fazer, promover e instigar. Os dedos que usei em mim mesma foram ótimos, mas aquilo ali era diferente. Instantaneamente contraí meu núcleo e juntei as pernas, roçando-as devagar, para quem sabe melhorar a sensação de dor, sim, de dor desvairada que me tomava.

Lambeu despretensiosamente meu queixo, maxilar, até chegar ao ouvido. Pendendo a cabeça, murmurava baixinho conforme ele trilhava o caminho com precisão. Soprando na área sensível que ele conhecia de lambidas e chupadas passadas performadas em cima de um balcão, sugou fazendo pressão.

Uma, duas, três, quatro vezes. A saliva molhava, os dentes marcavam, a língua dançava, os lábios consumiam.

— E por isso vai permitir passagem para ambos — devolveu melindrosamente. — Porque sei que assim como eu quero te tocar, te provar, te sentir, e te enlouquecer, você que quer a mesma coisa. Ler você é uma porra complicada, mas nesse quesito, ah minha russa, nesse quesito eu sei exatamente o que o seu corpo e principalmente a sua boceta deliciosa querem.

Umedeci os lábios.

Duas vezes safado.

— Devia te dar uns tapas por isso.

— Dê — ironizou, puxando mais os fios, gerando uma pitada de dor em meu couro cabeludo. — Me mostre o seu pior lado. Quero ficar com as marcas de toda a sua fúria e descontrole como prova da foda bem dada que eu te darei.

Engoli a saliva.

Meu tesão aumentava mais e mais. A pequena sessão de toques na banheira se provava mais do que insuficiente para mitigar os meus anseios.

— E por que eu deixaria você entrar? — inclinei o rosto, caçando os seus olhos — Quem me garante que eu não sou apenas uma transa fácil? Quem me garante que não fodeu com a Rússia inteira quando esteve longe, e depois de cansar, decidiu recorrer à mim?

Mesmo que nos desejássemos, havia uma dúvida que rodava a minha cabeça. Não que devêssemos exclusividade ao outro, afinal, não tínhamos nada. Cumprimos o acordo de uma noite e só. Mas no fundo eu tinha a necessidade de saber a resposta. De saber que eu não era apenas uma foda qualquer.

Ele soltou uma quase risada, como se a minha pergunta fosse completamente desprovida de sentido e lógica. Soltou meus cabelos e amparou meu rosto com as mãos, me obrigando a encará-lo. Havia algo de novo quando me foquei em seu semblante e expressão. Calmo, sereno, absolutamente convicto do que faria. Nem mesmo sua respiração havia se alterado, manteve o equilíbrio, perfeitamente incólume.

— Não há ninguém, diaba. Só você.

Meu coração deu um solavanco. Não existia sinal de mentira em suas palavras.

— Só eu?

— Só você, minha devassa deliciosa — sorrimos juntos. — Ekaterina...

Falou aparentando estar angustiado.

— O que? — repliquei igualmente sôfrega, expelindo o ar com pequenos golpes que ao tocarem o ar gélido, faziam daquele momento ainda mais causticante.

— Eu tô com saudade pra caralho, e se não me parar agora e me mandar pra puta que pariu, eu não me responsabilizo por uma possível ardência extrema.

— É mesmo? — ergui uma sobrancelha e Dylan tomou a minha leve descrença muito a sério, seu semblante contraiu, eu podia brincar também. Estava confortável na cama quando ele apareceu esporrando a campainha.

— É — confirmou enquanto inclinava seu rosto para junto do meu.

— E eu ficaria ardida por causa do que exatamente? — envolvi seu pescoço, arfando e com a garganta seca.

Dylan foi me empurrando para dentro da casa, o frio da rua ficando para trás. Quando fomos envolvidos pela temperatura mais branda e confortável, escutei o baque da porta sendo fechada e presenciei a penumbra quase total nos tingindo. Seu rosto foi coberto, enxergava um simplório vislumbre de seu rosto, assim como o de sua boca continuava a se aproximar.

— Há alguma objeção da sua parte em ser comida gostoso essa madrugada? — ronronou enquanto esfregava o queixo em meu pescoço e arrastava o nariz abaixo da orelha.

Neguei, por dentro eu tremia. Como uma louca que precisava urgentemente ir para a cama e extravasar até que não houvesse mais voz capaz de ser produzida pelas cordas vocais.

— N-não... — limpei a garganta. — Nenhuma objeção.

Mais passos e Dylan colou minhas costas na parede. Suas mãos deslizaram para baixo, e encaixando-as em meus joelhos, ergueu o meu corpo.

— Eu e as paredes temos uma queda por fazer um sanduíche de você, russa. E estou completamente de acordo com elas, nada como um bom recheio para te fazer babar... — mais uma vez me lambeu, mas daquela vez foi no vão entre os meus seios — e te garanto que o meu pau precisa comer bastante, a fome é grande e só você pode resolver esse problema.

— Sabia que é uma tremenda falta de educação chegar na casa dos outros sem ser convidado e ainda falar esse tipo de coisa? — falei, minhas pernas o envolviam, e minha calcinha, que devia estar em um estado deplorável de tão molhada, se agarrava em minha pele.

— Pois é — deu de ombros. — Isso na verdade é parte de um teste.

— Que teste?

— De te ver puta. E acho que consegui. Devia ver a sua cara quando abriu a porta, parecia que ia matar alguém — riu. — Tão vermelha que quase desisti dos meus planos, mas melhor do que ter ver novamente, é te ver novamente e ainda por cima fora dessa sua zona onde controla tudo, igual quando eu apareci do nada da última vez. Se lembra, professora?

Estreitando os olhos, apertei os lábios e tomei a minha vez de puxar seu cabelo entre os dedos. Dylan gargalhou satisfeito.

Puto.

— Não devia ter me perturbado, americano.

— E por que não?

— Porque agora vai ter que pagar a penitência — enfatizei friamente.

— Diga — ordenou, seus dedos migraram para a minha bunda, amassando-a com as mãos sem nenhum tipo de pudor. A ação me fez remexer o quadril, forçando o contato da minha pélvis contra a sua.

— Ajoelha — soprei sem seu ouvido. — Ajoelha pra diaba.

Dylan mordiscou meu pescoço, os dentes puxando minha pele com uma força que provavelmente deixaria marcas.

— Sou apenas um súdito — afirmou. — E se o seu desejo é ter a minha língua na sua boceta, que seja feita a sua vontade.

Escondi o riso e relaxei os braços. Colocando-me no chão e tirando a peça de roupa grossa e pesada que vestia, a colocou de lado, e lentamente, me fitando com um brilho ácido brincando em seus olhos claros, se pôs de joelhos diante de mim.

— O que devo fazer agora? — indagou, os nós dos seus dedos roçando na parte interna da minha coxa direita, o hálito pincelando a pele sensível. Ele subia e descia com eles tão vagarosamente quanto possível. Meus joelhos não eram o sinônimo de intrepidez naquela hora, pelo contrário, queriam se dobrar.

Respirei fundo e toquei no topo de sua cabeça, bagunçando por completo o corte de cabelo diferente que tinha.

— Quero a sua língua dentro de mim.

Soltei um gemido fraco quando ele parou de acariciar e aprofundou os dedos.

— Porra, Ekaterina. Assim você me fode.

Foi a última coisa que disse.

Fechei os olhos e prendi a respiração ao sentir minhas pernas sendo abertas e sua língua lambendo por cima da calcinha. Ele puxava o tecido com os dentes e soltava, e lambia de novo. Depois mordia a coxa e chupava, alternando de uma perna para a outra. Minhas costas se arqueavam sobre a parede fria, mas o calor que me incendiava quebrava toda muralha de gelo.

Seus dedos substituíram a boca, e focados em me vez retorcer e contrair, gemendo que nem uma louca, passaram a acariciar minha boceta. Numa lentidão e sem se focar em meu clitóris que eu comecei a bufar. Subia e descia, esfregando como se o mundo estivesse à nossa disposição.

— Americano... — o chamei entre os grunhidos de insastifação.

— Sim? — erguendo os olhos, sorriu docemente, como se ele não fosse um filho da puta — Algum problema? — e sorriu novamente.

Expandi as narinas e enraizei as unhas da mão em seu ombro. Dylan grunhiu com o meu ataque, cerrou os lábios, expeliu o ar com força e se recompôs, sem dizer nada. E como se estivesse determinado a me deixar fora de si, usava apenas a ponta do dedo. Minha expressão endureceu e aquilo o deixou ainda mais animado e determinado. Mas eu saísse dali, seria o atestado de vitória de, como ele mesmo disse, me deixar puta.

Uma ideia brilhou.

— Se por acaso tenha esquecido como se faz, posso chamar alguém aqui para te ensinar — acariciei seu rosto. — O que acha? Só vou precisar ligar para um amigo e ele aparece aqui em pouquíssimos minutos. Quem sabe se ele me foder na sua frente, você não aprenda alguma coisa?

Eu era uma vadia sem coração quando queria.

Dylan parou de mover os dedos e vi que eu finalmente havia alcançado o ponto de ruptura onde ele deixava de ser o brincalhão e passava a ser feroz. Mas ao mesmo tempo em que ele sentiu o peso da minha pergunta, eu também senti. Primeiro, foi a sensação extasiante de tê-lo provocado com sucesso, e segundo, e mais alarmante, era que eu já não mais considerava ter ninguém além dele.

Eu estava arruinada para qualquer outra pessoa.

— Eu realmente considerei ser gentil e ir devagar — disse com aspereza. — Mas agora eu quero que se exploda, Ekaterina.

De repente, minha perna foi erguida e colocada sobre seu ombro. O tecido da camisola subiu, centímetro a centímetro, pele sendo exposta e emoções faiscando. A visão era uma das coisas mais sensuais. Um homem daquele tamanho todo, todo cheio de si, de joelhos perante mim, fazendo o que eu queria, prestes a me levar a um espiral de perdição extrema.

— Mudei de ideia — sua mão ascendeu, resvalando na parte interna na coxa, enviando ondas de arrepios e suspiros profundos em mim, até que encontrou a borda da calcinha. Dylan fazia questão de fitar meus olhos, provocando e estudando, ansioso por ver o que eu faria.

Seus dedos, como pequenos ladrões que agiam à noite, silenciosamente e sorrateiramente, afastaram o tecido fino – e muito úmido – me deixando exposta para ele. Seu olhar faminto angulou-se para baixo, sua atenção voltada para o que eu tinha no meio das pernas, pulsando e gritando por ele.

Parecia que Dylan agia em câmera lenta, mas a realidade e o meu martírio finalmente acabaram quando me tocou onde eu necessitava. Deitei a cabeça na parede e abri a boca para sugar o ar enquanto ele circulava o meu ponto de prazer.

Intenso e lento. Forte e fraco. Hora apenas roçando, hora me levando ao limite em que eu me perdia, no limiar de me partir em mil pedaços.

— Ligar para alguém, você disse — a pressão aumentou, meu sangue bombeava loucamente sob seu polegar. — Me ensinar, você disse.

Apertei meus olhos e contraí todos os músculos do quadril pra baixo.

— Alguém foder você, foi o que escutei? — cada pergunta feita com a voz fria e irritada. Era impossível não me remexer, o prazer aumentava, mas aquilo era insuficiente para suprir o tamanho do meu desejo e da minha saudade — Responda.

Balancei a cabeça.

— Negativo — seu toque foi afastado. — Quero ouvir a sua voz, se é capaz de me provocar, então é capaz de reafirmar o que falou.

A sensação de formigamento não me deixava.

Respirei fundo.

— Se você não souber o que fazer, terei o imenso prazer de chamar alguém que me foda do jeito que eu quero — ofeguei. — Quer uma confirmação maior que essa?

Grunhiu, agarrando a calcinha.

— Você é minha. E o responsável por te dar prazer de agora em diante sou eu.

— Sua? — sussurrei, franzindo a testa — Quando foi que isso aconteceu que eu não fui informada? Eu por acaso concordei em...

Era tarde demais.

O calor do meu corpo de reuniu na minha boceta que tinha a ilustre presença de seu rosto completamente imerso nela. Paraíso. Sorri lânguida entre os gemidos que involuntariamente escapavam. Lambeu toda a extensão, o maravilhoso piercing brincando em meu clitóris que adorava o carinho recebido. Agarrei-me na primeira coisa que alcancei quando seus dedos abriram espaço e deslizaram fundo, sendo recepcionados pela minha umidade e quentura.

A língua cálida pincelou nas laterais, na parte de cima e embaixo, sugou os grandes lábios e os pequenos. Moveu-a na vertical diversas vezes enquanto continuava o vai e vem dentro de mim. Contorcia-me. Ensandecia-me. Libertava-me.

A boca se fechou ao redor da pequena e importantíssima fonte de prazer e loucura e chupou. Dylan não mediu esforços ao usar os lábios. Cada flexionar e giro de sua língua insistente ajudava a me tirar mais o ar. Cima e baixo, ao redor, sobre e sob, sugando vorazmente. A visão anuviava e os sentidos se confundiam. Ouvia os sons da esfomeada consumação das nossas vontades. De uma maneira louca e quase inconcebível, tínhamos uma sintonia que dava mais do que certo. Mesmo ele sendo um pervertido doido, e eu a centrada – na maior parte do tempo – e séria.

Afastando-se em meio a uma respiração entrecortada, retirou os dedos e os substituiu pelo que eu tinha pedido. Mais e mais molhada. Com um puxão, meu corpo foi levado para frente, minha bunda sendo agarrada com sofreguidão. Minhas bochechas pegavam fogo e o vendaval de loucura me atingia. O sentia tão profundo que não sabia se aguentaria muito tempo. A ação era imparável, constante e implacável.

O que era suave foi crescendo. Ficou mais bruto, sem que me machucasse. A raiva por eu ter aberto a possibilidade de outra pessoa me possuir, além dele, o deixou como uma fera. Chupando como se me mostrasse que ele tinha o poder da situação, gemi seu nome. O ventre retorcendo, a cabeça gritando, os joelhos tremendo, o coração sacolejando totalmente fora do ritmo.

Meus lábios entreabertos emitiam gemidinhos baixos e longos, podendo ser comparados a um pedido de clemência. Além de arremeter com a língua, usava o dedão sobre o clitóris que vibrava. Como ele era capaz de me desestruturar tão fácil? Eu não sabia, mas o meu corpo se rendia como se pertencesse não mais a mim, mas a ele.

Acelerou. E mais. E mais um pouco. Mais intenso. Mais forte. Marcando. Entranhando. Deixando um rastro de prazer por onde tocava, nos envolvendo em uma atmosfera diferente. Sem conseguir me controlar, curvei-me. Os cabelos escorrendo pelos ombros, as pernas falhando, os olhos cerrados, a boca gemendo pelo caminho. Seu braço que envolveu minha cintura não deixou que eu caísse, mas figurativamente eu estava mais do que esparramada e entregue. Minhas unhas fincaram em seus ombros, meu quadril ondulando, o ar faltando.

— Dylan... — a voz fraca e cansada — eu vou...

Sugou e apertou. Mordi a boca e choraminguei. Por Deus, eu não tinha controle algum ali.

Derramei-me e amoleci. Minhas mãos deslizaram por sua nuca e torci a gola de sua blusa entre os dedos. Descansei a cabeça nele com o rosto virado para o seu pescoço. Arfando devagar, sentindo ele também relaxar, abri os olhos. E mesmo estando toda torta, não sentia dor, apenas o deleite e uma satisfação que sobrepunha qualquer queimação muscular.

Estiquei-me um pouco e plantei um beijo em seu pescoço, Dylan se arrepiou e riu, ainda com rosto entre as minhas pernas.

— Russa... — sussurrou.

— O que? — respondi, lentamente voltando ao normal depois de ser atingida por um orgasmo que me deixou um tanto aérea e zonza.

— Ainda precisa chamar alguém? — sarcástico, disse e mordeu minha coxa.

— Hum... — fingindo estar pensativa, sorri de lado — deixa eu ver...

Virando a cabeça para me olhar, semicerrou os olhos e eu gargalhei. Irritá-lo também era um passatempo divertido. Se ele gostava de me ver irritada, aprenderia que eu tão vil e maldosa quanto.

— Russa maldita — tirando-me dele, mas ainda sem me soltar, fez com que eu me ajoelhasse, ficando sentada em suas pernas. O encarei, tendo as costas acariciadas por dedos que seguiam minha espinha.

— Isso foi uma crise de ciúmes? — suscitei sombriamente, roçando nossos narizes — Ficou com medo de outro homem me tocar?

— Quem mostrou ciúmes primeiro não fui eu — replicou, não querendo que eu tivesse razão. — Ou esqueceu que ficou toda preocupada pensando que eu tinha fodido a Rússia inteira?

Sim, eu tinha.

Dei um resmungo que o fez rir alto.

— Ah, Kate... — encostou nossas bocas de leve, sem se aprofundar — a sua boceta tem um gosto maravilhoso.

— Mesmo? Vai me dizer agora que ela tem gosto de morango, de mel, de um coquetel de frutas, do céu, ou sei lá o que?

— Que? — estreitando os olhos e vincando a testa perguntou — Que porra de morango é essa? Boceta tem gosto de boceta, caralho. Se eu quisesse comer um morango eu comia um, e não uma merda de xota.

Engasguei. Rindo descontrolada. Dylan era único.

— Não sei, vocês homens tem cada uma — falei em meio à uma risada nada suave.

— Esse é ponto, eu não sou um homem qualquer.

Levantando-se do chão, se colocou de pé comigo em seu colo. Aninhei-me nele, entrelaçando os braços e pernas ao redor de seu corpo.

— E muito menos um idiota que não sabe diferenciar uma fruta de uma mulher. Agora... — fez uma pausa, olhando para o lado — onde fica o quarto senhorita? A não ser que queira que eu faça isso aqui na sala, não me importo muito. Mas os seus joelhos podem ficar um pouco esfolados com todo o atrito.

— Joelhos? Vai me colocar de quatro?

— É a ideia, cuidar da minha diaba como ela merece.

E mais uma vez ele usava um pronome possessivo.

— Isso não me parece nada cuidadoso — ergui a sobrancelha, escondendo o quanto aquilo me acendia. — Mas como perguntou dessa vez, corredor atrás de você, primeira porta à esquerda — contei.

— Viu como também sei ser um bom moço? — mentiu na minha cara antes de chocar nossos lábios, parando de vez com o meu riso. Me beijou com uma vontade louca, línguas se enroscando, bocas se consumindo, respirações cálidas se encontrando. Apesar da força e da cobiça, não deixava de ser delicado. A textura dos lábios tinha a mesma suavidade com a qual me recordava, nos moldávamos com uma sintonia misteriosa, como se tudo tivesse sido escrito para que nos encontrássemos em algum momento.

Meus dedos se fecharam em seus cabelos conforme ele explorava minha boca do modo mais devasso e malicioso. Meus seios estavam prontos, eriçados e duros. Gemia enquanto recebia o beijo mais ardente, esperado e delicioso. Dylan começou a andar, sem nunca nos desgrudar. Dava pequenos passos, tomando cuidado para não esbarrar em nada. Passou pelo sofá, pela entrada da cozinha, pelo pequeno armário preto que dava apoio para o telefone, mas o pé bateu na quina da parede e ele deu um solavanco.

— Porra! — desvencilhando-se, exclamou irritado, olhando para baixo.

Ri.

— Cuidado por onde anda, americano. Precisa de óculos?

— Difícil enxergar quando o meu pau tá louco pra entrar em você.

— Seus olhos e seu pau não tem relação alguma, então trate de não quebrar a minha casa.

— Ah, mas você verá o que eu quebrarei.

— Promessas e promessas... — ironizei.

— Espero que se lembre da última vez — disse em tom zombeteiro.

— Não me esqueço de nada relacionado a você.

Deitada sobre o colchão macio, já sem nada nos cobrindo, sentia sua língua passear por todo o meu corpo. Tinha sido um longo período de distância, e Dylan parecia querer provar e descobrir o tamanho da minha saudade. Ele mantinha seu percurso para baixo, beijando cada pedacinho de pele, selando toda a sua devoção. Ao retonar para o meu rosto, depositava mordidas e lambidas. No osso do meu quadril, no umbigo, nas costelas, nos meus seios, no ombro, no pescoço.

— Hoje... — disse, estava encaixado entre as minhas pernas, a um singelo movimento de se afundar em mim — vou usar os cinco sentidos para te mostrar porque é minha. E depois que eu te tocar, te cheirar, te ver, te escutar e te provar, mostrarei todo o poder do sexto sentido, e mais precisamente, em como usá-lo.

— Só preciso de você — escorreguei a mão por seu torso até chegar em seu membro, envolvi a carne macia, quente e latejante, deslizando o dedo sobre a cabeça melada e o piercing gelado. Dylan soltou um suspiro pesado, enrijecendo os braços que se apoiavam sobre a cama. Espalhava sua excitação conforme corria os dedos para cima e para baixo. Vê-lo tão entregue, permitindo que eu o deixasse daquele modo era maravilhoso.

— Kate... — apertei um pouco mais, percebendo o quanto crescia quando estava na palma da minha mão. Me encarando, vi a sombra de prazer tomar sua face — se continuar assim eu...

Trincou o maxilar.

Estreitando os olhos, mordisquei os lábios. Meu aperto era forte de propósito.

— Dentro de mim, Dylan. Me fode logo.

— Que mulher demoníaca.

Separando minhas pernas, pôs uma mão em minha cintura e a outra em meu pescoço, pressionando nossas bocas e exigindo a entrada da língua. O abracei pelos ombros e fui abrangida pelo seu calor. Sem mais delongas, estocou forte. Entrou todo de uma vez, me esticando ao máximo. Suspirei e rumorejei enquanto nossos lábios deslizavam um sobre os outros. Elevando o quadril e respirando dificultosa, deixei que fosse mais fundo. Seu corpo batia contra o meu, o som dos corpos excitados, de seu quadril se chocando nas minhas coxas, dos gemidos disparados.

Dylan deslizou a mão e segurou em meu seio, torcendo o mamilo entre o polegar e o indicador. Arqueei as costas, ele arremetia duro, sem espaços para sutileza. Com um estalar, soltou minha boca e arrastou os dentes por meu queixo. Ambas as mãos passaram a segurar meu quadril, e num movimento ligeiro angulou se corpo, passou a empurrar até as bolas.

Ofegava, com a cabeça pressionada contra o colchão, as mãos rijas de Dylan me apertando e os lampejos de prazer crescendo. Seu rosto pendeu para baixo, o nariz deslizando entre o meio dos seios, estufei o peito e ele entendeu o convite feito. Abocanhou o mamilo e chupou. A boca quente e exigente chupava minha pele afogueada, intercalando mordidas, sugadas densas e lambidas rigorosas. Era a batalha do calor contra o frio. O metal castigava, a língua movia-se sem parar. Foi para o outro, seguindo a risca plano de me torturar. Chupou a pele sensível repetidas vezes, abrindo bem a boca, umedecendo a área, esfregando a pequena bolinha prateada, e depois sugando impiedoso outra vez.

— Caralho... — respirou em meu pescoço, arrastando o rosto sobre a pele que suava, a barba que despontava pinicando levemente, apenas incrementando toda aquela nuvem de luxúria — apertada pra cacete.

— Mais, por favor... — pedi, sabendo exatamente o que significava aquilo para ele. Erguendo os olhos até meu rosto, aproximou-se lentamente e puxou meu lábio. Ele era intoxicante. A droga que eu não tinha intenção de me viciar, mas caí no erro de provar. Foi o suficiente. Puxando-me sobre ele, sentei em seu colo e comecei a rebolar, comandando a intensidade e a força das estocadas. Subia e descia sem parar, sentindo seu olhar pesar sobre meu rosto que pegava fogo. Dylan me devorava com os olhos enquanto eu sentava sobre seu pau, requerendo muito mais do que estava tendo.

Eu o comprimia dentro de mim, causando uma fricção que fazia seu peito vibrar e grunhidos roucos e graves escaparem de sua garganta. Vangloriei-me internamente, eu o deixava tão à beira do limite quanto queria. Quando a mão esquerda de Dylan envolveu meu pescoço, engoli a saliva e franzi a testa. Ele explicitou um quase sorriso, mas estava longe de ser algo bondoso que passava por sua cabeça.

— Confia em mim? — perguntou.

Dylan sentia a minha pulsação sob a mão, então sabia o quão rápido o sangue corria. Questionei-me se deveria mesmo acreditar nele, mas mesmo que a resposta fosse não, não fui capaz de dizer. Sabia que ele não me machucaria.

— Sim — assenti.

Sorriu.

— Relaxe e continue rebolando gostoso, garanto que vai gostar.

Os dedos começaram a infligir uma pressão leve, os dedos compridos rodeavam e apertavam devagar, mas a barreira para a passagem do ar era perceptível imediatamente.

— Relaxa — repetiu. — Não trave o corpo, apenas continue.

Balancei a cabeça e fechei os olhos.

Não tencionei o corpo, apesar de ser uma sensação nova para ele. E mesmo que o cérebro achasse tudo aquilo estranho e esquisito, aliviei a mente do modo como sempre fazia quando necessário. E foi a melhor coisa que fiz. A falta de ar foi ficando mais explicita, Dylan pressionava bem em cima da carótida. Foram pequenos segundos, mas a sensação explodia de maneira pujante. Parecia que o rosto estava em chamas e a cabeça explodiria. Mas então aconteceu, como se uma onda de euforia me atingisse, elevando todos os sentidos nas alturas. Sentindo que se continuasse a ser sufocada desmaiaria, olhei para Dylan e ele entendeu o recado. Soltou-me com cuidado e beijou meu pescoço.

Amparando meu corpo com os dois braços, me puxou para ele e passou a ditar o ritmo. As estocadas eram mais controladas, mas não menos enérgicas. Empurrei minha boca contra a dele e apoiei as mãos em seu peito. Eu cantarolava de prazer, sentindo toda a energia avassaladora explodir até que finalmente gozei.

Entrelaçando seus dedos em meu cabelo, puxou minha cabeça e me obrigou a fitá-lo. Dylan tinha a testa vincada e os olhos apertados, mas em sua boca brilhava todo o sentimento de satisfação. O senti crescer e pulsar violentamente. Dylan enrijeceu, estreitou o maxilar e me preencheu com o seu gozo.

Encostei nossas testas, saboreando a sensação de plenitude e a mitigação de nossas respirações pesadas. Rindo contra os meus lábios, tocou na mexa molhada de cabelo que caía sobre meu rosto e a afastou. Deslizando meus dedos por suas costas igualmente úmidas, fazia movimentos de vai e vem.

— A primeira foda da noite foi um sucesso — revelou enquanto acariciava minha face.

— A primeira? — devolvi, deitando o rosto na direção de sua mão — E quantas você tinha planejado?

— Não fiz uma conta — deu de ombros. —Me limitei na verdade a quantos orgasmos te daria.

— E que número mágico seria esse?

Beijou o canto dos meus lábios.

— Orgasmos suficientes que te façam falar que, assim como eu digo que você é minha, que eu também sou seu.

— Precisamos trabalhar essa sua possessividade — propus.

— Não há tratamento pra isso, aviso logo.

— Certo, mas quem disse que eu sou sua? — dei-lhe um olhar enviesado — Não concordei com esse título. Decisões importantes não são tomadas sem o meu consentimento.

— Ah, minha russa. Quer discutir a relação? — me beijou novamente e mordeu minha orelha. — Então se prepare para a segunda foda da noite, e essa vai ser com a diaba pagando por todos os pecados, bem bonitinha sobre os joelhinhos e com essa bunda deliciosa pro alto, na posição ideal para receber a vara da salvação. 

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