26, fim.
— ★ ₊˚𝒮oonjin 𝒿eong⌗ 🍙’
Entro no quarto andando de um lado para o outro, nunca estive neste lugar antes. Cruzo meus braços e meus sapatos quase estão furando o assoalho diante do meu nervosismo.
Escuto a maçaneta da porta abrir e Bill entrar.
— E aí? Espero que tenha algo em mente — vou logo falando.
— Sabe manusear uma arma?
Lógico que não sei, como iria saber?
Não querendo pôr o plano dele a perder, acabo concordando com a cabeça.
— É meio em cima da hora, porém ouvi Tom e Georg conversando que terão uma reunião muito importante com um sócio no escritório. Tem que ser hoje, a próxima chance não sei quando será, e além do mais, sabe nadar?
É lógico que não, mas não iria pôr o plano a perder, iria me agarrar a qualquer coisa.
— Só tem uma alternativa para sair daqui e é pelo rio…
— Está louco, ele deve ser congelante! — digo exasperada.
Bill passa a mão em seu cabelo e anda em minha direção.
— Infelizmente este é o único meio que encontrei de sair daqui, Tom é muito astuto na sua segurança, muito dificilmente deixaria algo a desejar.
— Tá, onde este rio vai me levar? — questiono impaciente.
— Não sei… — Bill diz sorrindo nervoso.
— Que maravilha! — Dou uma risada sarcástica. — Tenho duas opções: ficar nesta casa à mercê desse homem, ou correr o risco de morrer de hipotermia.
— Duas alternativas adoráveis… — Bill conclui com pesar.
— Pois eu ficarei com a segunda alternativa — finalizo decidida, sabendo o risco que isso me traria. — Como vamos fazer? — questiono erguendo minha sobrancelha.
— Tem apenas um lugar que Tom não pode entrar no momento, não sem antes falar com Leonardo Vacchiano, o Don da máfia portuguêsa. Os dois têm uma rixa, portanto Portugal é o lugar mais apropriado no momento.
— Certo — confirmo com a cabeça. — Farei isso caso sobreviva ao rio.
— Agora vamos pôr o plano em prática, chegando na Itália, vai seguir essas coordenadas, elas te levarão a Lorenzo Rossi, que providenciará documentos falsos. — Bill me entrega uma folha dentro de um plástico. — Não retire do plástico, é um uma forma de manter o papel sem molhar.
Concordo com a cabeça, anotando mentalmente tudo que ele falou.
— Vá ao seu quarto, vista uma roupa mais confortável para correr. Em uma hora iremos pôr o plano em prática, oremos que Tom não descubra nada, saiba que não vou saber de nada e que pensou nisso tudo sozinha, está bem?
— Obrigada por tudo, Bill.
Caminho em sua direção, passo a mão em seu pescoço dando um abraço apertado nele.
— Agora pegue esta arma, pode precisar dela.
Pego o artefato em meus dedos.
— Está carregada? — pergunto sentindo o peso em minha mão com o frio do metal me causando calafrios.
— Sim, pronta para atirar.
Concordo nervosa.
— Agora vou nessa, não se esqueça daqui uma hora… — diz e sai me deixando sozinha no quarto.
Guardo a arma em minha cintura, respiro fundo e começo a andar em direção ao meu quarto, onde Tom ainda não tinha retirado minhas roupas.
Caminho a passos vacilantes pelos corredores, fazendo preces a todo momento para não esbarrar com ninguém.
Chego em meu quarto sã e salva. Fecho a porta atrás de mim, sento na cama, deito o corpo para trás e fico olhando o teto por um longo tempo com as imagens do meu amigo sendo morto latejando na minha mente.
Como pude pensar que poderia amar esse homem?
Que espécie de amor é esse?
Cheguei a cogitar que talvez esse sentimento, que ele diz sentir por mim, poderia mudá-lo.
Que tola eu fui, nada pode mudar a mente de um mafioso!
Uma lágrima solitária cai, tão solitária quanto eu. Viro a cabeça de lado e percebo que fiquei tempo demais deitada.
Sento, indo em direção ao closet.
Pego uma calça jeans preta junto com um casaco preto e os visto sem cerimônia.
Deixo meu cabelo solto, procuro por um par de tênis pegando o primeiro que acho. Não tenho nenhum documento meu comigo e seria um milagre conseguir sair deste país, porém o fato de me ver longe dele já me deixava com um pingo de esperança.
Tenho certeza de que quando estiver longe de Tom este sentimento que sinto por ele irá sumir.
Saio do closet colocando a arma em minha cintura, pego a folha de Bill e coloco no meu bolso da calça. Não podia levar nada comigo, isso poderia acabar dando sinais aos homens de Tom.
Caminho até a porta do quarto, passo a mão na maçaneta, fico alguns segundos segurando até que finalmente abro.
A cada passo que dou sinto minhas pernas cada vez mais pesadas.
Desço a escada e vejo os homens de sempre parados pela casa à espreita me observando.
Passo pela sala, noto o lindo piano e percebo que não tive a oportunidade de tocá-lo. Paro alisando o instrumento, olho em direção à porta dos fundos e vejo o segurança conversar com outro.
Prestes a pôr o plano em prática noto os dois se afastarem da porta indo em direção a outro lugar, neste momento aproveito a deixa.
Ando às pressas, saindo pela primeira vez durante o dia e agradeço por estar um tempo nublado quando o vento frio se choca com meu corpo.
Não penso e apenas continuo andando em direção ao rio.
Não olho para trás e minhas pernas tremem diante do nervosismo.
— Soojin, pare agora!
Ouço a voz autoritária de Tom atrás de mim.
Inferno!
Como ele me achou?
Não dou atenção e começo a correr em direção ao rio.
Chego em frente ao rio e as águas raivosas batem umas nas outras. Pego a arma em minha cintura, viro em direção ao meu marido, o encontrando ao lado de alguns homens, entre eles reconheço Bill. Ergo a arma em direção ao meu marido, fazendo com que ele pare de andar.
— Nem mais um passo, senão eu atiro! — digo nervosa.
— Soojin, podemos conversar, abaixa esta arma, vamos lá para dentro — Tom diz com calma começando a dar pequenos passos em minha direção.
— Mais um passo e eu atiro!
— Sei o quanto é pura, não fará isso — Tom diz fazendo gestos com a sua mão tentando me acalmar.
Olho para todos seus homens que estão com a arma apontada para mim.
— Todos abaixem as armas — Tom pede aos seus homens.
Dou um passo para trás sentindo o declínio do rio, mais um passo para trás e eu cairia.
— Soojin, me perdoe, vamos nos acertar…
— Não acredito mais nas suas promessas vagas, sempre fui apenas um projeto para você! — digo percebendo que ele não para de dar pequenos passos em minha direção.
— Fique longe de mim! — concluo mirando em sua perna.
Fecho meus olhos e aperto o gatilho sem pensar, preciso fazer com que ele pare.
— INFERNO, SOOJIN! — Tom berra.
Abro meus olhos, o encontrando com a mão em sua ferida que sangra.
— Chefe — um de seus homens diz querendo correr até ele.
— Todos em seus lugares, ninguém se mexa — Tom diz autoritário. — Agora já chega, Soojin, entra agora! — diz querendo endireitar seu corpo, mas não consegue por causa do tiro em sua coxa.
— Está vendo, é desta autoridade que estou fugindo, não quero isso, prefiro a morte a ser mandada por um homem o resto da minha vida.
Quando percebo que ele não desistirá, fecho meus olhos outra vez e sem ver direito o que acontece atiro novamente.
Definitivamente estou com sangue em meus olhos, pois nunca pensei que conseguiria usar uma arma, quem dirá atirar duas vezes.
Abro meus olhos sentindo um tiro passar de raspão em meu braço, o que me faz desvencilhar e cair na água.
A água gelada toma conta de mim, elas me puxam e sou levada pela correnteza. Tento me erguer e pegar fôlego, porém meu corpo arece me puxar para baixo.
Me debato, tentando sobreviver a todo custo, até que meu corpo já fraco se deixa levar, com a última imagem do meu segundo tiro que atingiu o peito de Tom, o fazendo cair.
Será que matei Tom Kaulitz?
001 — Se é uma surpresa ou não pra vcs, esse É O ÚLTIMO CAPÍTULO! Mas se acalmem pq mês que vem vou lançar a segunda parte da fic (daqui 1 dia).
002 — Espero que tenham gostando da fic até aqui e vejo vcs no próxima parte com um novo ciclo na vida de Soojin.
003 — Não esqueçam de votar!
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