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— ★ ₊˚𝒮oonjin 𝒿eong⌗ 🍙’
Depois de revirar o quarto inteiro achei três malditas câmeras e fico me perguntando se no closet e no banheiro tem também.
Entro no banheiro olhando tudo em volta e não localizo nada, em seguida parto em direção ao closet e tiro muitas roupas do lugar, me sentindo uma verdadeira louca.
Encontro uma câmera localizada no canto de uma gaveta.
Como não tinha visto antes?
Pego a câmera na mão, mostro o dedo do meio para o objeto, jogo no chão e piso em cima.
Diante da adrenalina, começo a me sentir melhor.
Volto ao quarto e sento na cama respirando com dificuldade, estou com fome tanto que minha barriga começa a dar pequenos sinais de fome.
Há alguma chance de sair daqui sem ser vista?
Bem provavelmente não!
Mesmo assim tentarei.
Saio do quarto me sentindo vitoriosa. Sigo pelo corredor e passo na mesa de café onde não há mais nada de comida. Vejo outra porta, passo por ela e encontro a cozinha onde três mulheres trabalham, ao me ver elas arregalam os olhos.
— Estou com fome — digo sorrindo de lado.
As três não entendem nada, é óbvio que ninguém entende o que falo aqui.
— Ela tem fome, mamãe! — uma garota diz passando por mim usando roupa de serviço.
— Obrigada — agradeço.
— Não há de que.
— Posso preparar meu café, é só me falar onde estão as coisas — digo não querendo incomodá-las.
— Não incomoda, quer que arrumemos a mesa para você? — a menina pergunta.
— Não, posso comer aqui no balcão mesmo e olhá-las trabalhar.
A menina conversa com as mulheres e elas concordam, não sem antes me olharem com medo.
Sento em uma banqueta, uma senhora serve café com bolo e algumas torradas.
— Qual seu nome? — pergunto para a menina.
— Cecília, comecei a trabalhar aqui há um mês. O salário dos Kaulitz é um dos melhores e preciso ajudar em casa, agora que meu pai não está mais conseguindo exercer os seus serviços para a In Ndrangheta.
Cecília aparenta ter a minha idade, porém é mais alta, seu cabelo loiro e a pele é clara feito giz.
— É bom saber que alguém fala meu idioma aqui…
Cecília começa ajudar na cozinha e aproveito o momento para aprender algumas palavras com elas.
Passo boa parte da minha manhã com elas, não tive minha aula de idioma, mas pelo menos aprendi algo com as senhoras da cozinha e com a ajuda da Cecília.
Aproveito e almoço com Cecília, logo subo para o meu quarto, assim não precisarei almoçar com Tom.
Chego aos meus aposentos, deito na minha cama e acabo me perdendo em pensamentos.
Não sei qual será o próximo passo de Tom, porém não faço questão de obedecer.
Algumas horas passam quando ouço alguém bater em minha porta. Levanto da cama e vou abrir.
— Tom a aguarda em seu escritório — Georg diz sério.
— Pois fale ao seu Don que não vou.
Sem que eu espere ele me puxa pelo braço.
— Você quem pediu.
Vejo que outra vez não tenho escolha.
— Tá tudo bem, me larga, sei andar sozinha. — Me debato fazendo com que ele solte minha mão.
Georg me solta e eu ando atrás dele. Paramos em frente a porta do escritório e ele me empurra para dentro.
Entro feito um saco de batatas, a porta é fechada atrás de mim, olho em volta observando como o ambiente é sombrio até meu olhar encontrar Tom com um charuto em sua boca.
— O que quer comigo? — vou logo perguntando.
— Sente-se — diz com calma.
— Não quero.
— Sente-se na porra da cadeira — desta vez diz de forma mais grossa.
Contra a minha vontade sento.
— Tenho algo para dizer a você. — Desvia seu olhar de mim, folheando algumas folhas.
Pensei que ele iria falar sobre o ocorrido de hoje.
Estende uma folha para mim e a pego imediatamente.
Em negrito está escrito, "PRONTUÁRIO DE ÓBITO, CHARLES JEONG".
Automaticamente as lágrimas começam a cair pelo meu rosto.
Não pode ser, falei com ele hoje de manhã!
Sem ler o resto da folha, olho em direção ao Tom.
— Foi você, não é mesmo? Quis me punir — digo cuspindo cada palavra.
— Por mais que eu queria aquele verme morto, desta vez não tive o prazer de fazer isso. Olha o motivo da morte.
Meu olhar varre a folha e lá está, "Causa da morte:
envenenado por excesso de remédios."
Não pode ser é muita coincidência, bem no mesmo dia da minha briga com Tom.
— O obrigou a tomar esses remédios.
Tom gargalha ecoando no escritório, sem se importar com a dor que estou sentindo neste momento.
— Não mato ninguém desta forma.
— Preciso ir à Seattle — digo sem pensar.
— Vá para o seu quarto, chora o luto do seu pai, mas a noite irei te comer com força. A partir de hoje será tudo da forma que tem que ser.
— Não fará isso! — digo em recusa.
— Te dei a oportunidade de ter o melhor de mim e desperdiçou me desafiando na frente dos meus homens.
— Bateu no seu irmão… — digo descontrolada.
— Não se envolva em meus assuntos, por isso que a máfia não é para mulheres.
— Machista prepotente!
Tom me ignora como sempre faz.
— Não sei como pude acreditar que dentro de você tinha algo bom.
— Parece que nem tudo são flores, não é mesmo? — diz e dá uma tragada em seu charuto, voltando a olhar suas folhas.
— O que vão fazer com o corpo do meu pai?
— Não sei, talvez jogar em algum rio, ou deixar para os cachorros comer, ou melhor, os urubus… — Dá de ombros como se fosse um assunto qualquer.
— Não, por favor…
Seu olhar ergue das folhas.
— Não merece, Soojin. Mas para a sua sorte mandei preparar um enterro para ele, aquelas putas vão velar seu corpo e será levado a um cemitério.
— Obrigada — digo em agradecimento, limpando as lágrimas. — É só?
— Sim, se não estiver no nosso quarto às 20 horas, a buscarei com chibatadas em sua bunda.
Engulo em seco sem falar nada, estou sem forças para falar algo e me levanto da cadeira.
— A propósito, seu curso foi cancelado, até pensei em deixar, mas diante do dedo do meio mostrado na câmera foi o ponto final para o cancelamento.
Não digo nada ao observar seu sorriso sarcástico.
Como pude pensar sentir algo por este monstro?
001 — É galerinha, nem tudo são flores né.
002 — Não esqueçam de votar, e até o próximo cap!
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