02/06
★ ₊˚ 𝓒aterina 𝓜arino⌗ 🍙’
(Soojin Jeong)
Levo Tom ao meu apartamento porque sei que bem provavelmente Yuto estará no apartamento da Ruby. Tiro meu celular do meu bolso, quando Tom o pega da minha mão.
— Me dê isso aqui agora! — digo decidida.
— Como sei que isso é seguro, hein? — diz abrindo o vidro do seu carro, prestes a jogar meu aparelho.
— Não, vou contar para quem? Não tem ninguém, pode ficar tranquilo — digo estendendo minha mão.
Com muita relutância entrega meu aparelho.
Não sabia como falar isso, mas não irei para a Suíça e não ficarei lá, não nas mesmas condições de antes. Não irei confiar de primeira na sua palavra, da última vez, foram apenas promessas vagas.
Desbloqueio meu celular e há muitas mensagens de Sofia e Ruby. Respondo que estou bem e peço para a babá ficar mais um tempo com Yuto.
Finalmente o carro para em frente ao prédio, um edifício antigo que não tem muito luxo.
— Mora nisso aqui? — Tom questiona.
— Alguma coisa contra? — digo erguendo uma sobrancelha e saio do carro ao abrirem a porta.
Tom pede aos seus homens para ficarem no carro, em um alemão que agora eu entendo. Quando aprendi o idioma italiano aproveitei e emendei o alemão, não querendo ficar por fora se acaso voltasse para aquelas terras.
Caminho na frente de Tom e cumprimento alguns moradores que passam por mim olhando de cara feia para o homem que me segue.
— Esqueci de mencionar, aqui não tem elevador — digo parando no parapeito da escada.
— Ah, não! Vou ter que chamar um dos meus homens para me levar no colo.
Olho admirada imaginando a cena.
— Precisava ter gravado a sua reação, eu consigo subir escada.
— O Tom 2.0 vem com versão debochada agora? — pergunto e o vejo abrir um sorriso subindo a escada junto comigo, porém em uma velocidade mais devagar.
— Está mais para versão 1.0… — resmunga diante da sua perna manca.
— Desculpa, da próxima vez miro no meio das suas pernas — digo em tom de deboche.
— Agradeço todos os dias por ter acertado minha perna, ainda preciso de um herdeiro, e como dizem o tempo está ficando curto.
Engulo em seco lembrando que ele já tem o seu filho tão aguardado.
Finalmente chegamos ao segundo andar, paro em frente a porta do meu apartamento, passo a mão na maçaneta e percebo que está aberta, Sofia deve estar em casa.
— CHEGUEI — berro entrando.
Não demora muito minha amiga aparece com os olhos apavorados me dando um abraço forte.
— Sei que mandou eu manter a calma caso isso acontecesse, foi o que fiz, porém foi como se meu coração pudesse sair pela minha boca — diz em meio ao nosso abraço.
— Estou bem — digo vendo que ela se afasta. — Bem, Sofia, esse é o Tom, você já sabe quem é.
Minha amiga olha de olhos arregalados para meu marido.
— Merda, isso não é um bom sinal?
— Fica calma, se puder nos deixar a sós... Pode ir à casa da Ruby?
Minha amiga concorda olhando com a cara feia para Tom ao passar por ele e fechar a porta.
— Presumo que esta sua amiga saiba de mim? — Tom diz caminhando em direção à sala junto comigo.
Faço que sim e sento no sofá.
Neste momento me arrependo de ter vindo para cá, há alguns brinquedos de Yuto espalhados pelo chão.
— E ela é de confiança?
— Não vai encostar um dedo seu nela. Sofia sempre soube de tudo e ficou calada — digo autoritária e ele senta ao meu lado.
— Acho que a versão 2.0 ficou para você. Anda com a língua mais afiada do que imaginava — Tom diz em tom ameno. — Quanto a sua amiga fique tranquila, não posso encostar o dedo em ninguém daqui.
— Descobri que sou mais forte do que pensava quando fugi de perto de você — digo olhando em seus olhos, vendo que ele morde o canto da sua cicatriz como sempre faz.
— E quanto as suas roupas? Desde que a vi rebolando sua bundinha perfeita nesta calça justa fiquei com vontade de fodê-la com força.
Seu olhar penetrante me deixa levemente úmida, tanto que cruzo minhas pernas em uma vã tentativa de me manter sóbria sobre seus encantos.
— Não vou cair na sua lábia, pode tentar o que quiser.
— Então quer dizer que cruzar suas pernas não foi porque também está com saudade? — Tenta segurar minha perna, mas o contenho segurando seu braço.
— Já disse que não! Agora sou eu que dou as cartas.
— Não posso virar um cachorrinho seu, Soojin — sussurra revirando os olhos.
— Infelizmente esta é a sua única opção se me quer realmente, Tom. Fez esta aliança apenas para ter a mim novamente? — pergunto mordendo o canto dos meus lábios.
— Estou disposto a fazer tudo por você, esses dois anos longe só me fizeram perceber o quanto fui um tolo agindo daquela maneira contigo. Vi o que aconteceu com meus pais, como meu pai definhou quando minha mãe faleceu, tem ideia o quanto é difícil? Me entregar a alguém quando são os outros que se entregam a mim? Me ver tão fraco, impotente diante desse sentimento, perceber que meus inimigos podem usá-la apenas para me atingir? Já disse uma vez e vou repetir, Soojin, você é meu ponto fraco. Vivi o inferno longe das suas birras, dos seus toques e da sua fala doce, a qual eu estraguei, destruí com o que você tinha de melhor. Percebeu? Tudo que toco eu estrago, mas sou egoísta, a quero, com tudo que há dentro de mim, ódio, bem, mal, alegria... Não dá, não consigo mais ficar longe de você — desabafa me fazendo ficar boquiaberta, o que não durou muito tempo, pois logo ergo minhas barreiras.
— Então prove, prove que me fará feliz.
— O que eu preciso fazer para você entender?
— Me dê a liberdade, se esse sentimento for real ele virá à tona.
— Não, isso não! — Tom passa a mão em seu cabelo impaciente.
— Não vou voltar para aquele lugar e correr o risco de ser prisioneira novamente — digo lutando contra a minha vontade de me entregar a ele.
— Não será, prometo, dou a minha palavra. Darei a você o céu e a Lua se for necessário, mas não me abandone novamente. — Sua voz contém uma súplica.
— Então faremos um acordo — digo sendo dura e não abaixando a guarda para ele.
001 — Será que dessa vez tudo começa a dar certo?
002 — Não esqueçam de votar!
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