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017

— ★ ₊˚𝒮oonjin  𝒿eong⌗ 🍙’

Abro meus olhos preguiçosamente, me perdi no tempo e nem notei o quanto havia dormido.
Deixo a claridade invadir minhas vistas, conseguindo enxergar com clareza e me deparando com intensas esferas castanho.

— Finalmente acordou.

— Dormi demais? — pergunto com a voz preguiçosa.

— Tempo suficiente para acordar e se arrumar, mas primeiro se alimente. Não comeu nada ainda.

— Tô sem fome, quero tomar um banho — digo teimosa.

Sento na cama ignorando a bandeja de comida que há ali.

— Preciso de você bem alimentada — diz em tom sério.

— Claro… — retruco feito uma criança mimada.

Pego um pedaço de bolo, levanto da cama, vou em direção ao banheiro, mastigando o alimento.
Entro no banheiro e fecho a porta atrás de mim.

Olho meu semblante no espelho, fecho meus olhos respirando fundo e como o último pedaço de bolo que há em minha mão. Bato uma mão na outra tirando o farelo que restou em meus dedos.
Abro o zíper do meu vestido, o deixando cair sobre meus pés, como estou sem peça íntima, entro no chuveiro, ligo e deixo a água cair sobre minhas costas.

Fecho meus olhos enquanto ensaboo meu corpo e a sensação da água morna me faz relaxar. Massageio meu couro cabeludo e demoro no banho rezando para que aquele homem saía do meu quarto.
Cerca de meia hora depois desligo o chuveiro, não estou me importando com o horário. Seco meu corpo com a toalha e pego um dos cremes que há ali. Com o intuito de procrastinar ainda mais dentro do banheiro passo creme em todo meu corpo com a maior tranquilidade. Pego o secador e ligo secando meus fios úmidos, devo ter ficado mais de uma hora no banheiro.

Quando me dá na telha saio.

Abro a porta, o encontrando parado ainda no mesmo lugar, sentado em uma poltrona. Não havia notado, mas ele já está pronto e usa um terno bem modelado ao seu corpo, ergo minhas vistas, encontrando em seus lábios um cigarro.

— Dá próxima vez fume fora do meu quarto — digo franzindo meu rosto.

— Pensei que estava acostumada com o cheiro — diz presunçoso.

— Em meu quarto não permitia essas coisas — concluo andando em direção ao closet, encerrando nosso assunto.

Passo a mão nos vestidos de noite e levo um susto quando sinto suas mãos em minha cintura.

— Que susto… — digo virando meu rosto em sua direção.

Vira meu corpo de frente para o seu, abre o nó do meu roupão e seu olhar avalia meu corpo nu.

— A partir desta noite seu quarto será o meu quarto. Não vai mais ficar aqui — diz beliscando meu mamilo.

— E minha privacidade? — pergunto querendo fechar meu roupão.

— Qual? Já está ganhando regalias demais, Soojin. Estão todos comentando pelos corredores, não que eu me importe.

— E quem disse que eu me importo, não entendo nada que eles falam mesmo.

— Sobre isso, Georg vai providenciar uma tutora para que você aprenda o nosso idioma.

Imediatamente abro um sorriso, pois isso tomaria um pouco do meu tempo. Quero abraçá-lo em agradecimento, mas me contenho, este homem ainda não merece meu agradecimento.

— Obrigada. — É tudo que eu digo. — Que horas são?

— Tem meia hora para se arrumar. Por mais que eu queira me aproveitar destas lindas curvas, temos que sair em tempo. É um jantar com associados importantes, por isso use algo comportado — diz e sai, assim como apareceu em silêncio some feito um fantasma.

Volto a olhar para os vestidos, pego um preto com decote em V e percebo que cairá bem em meu corpo.

Tiro a roupa, pego uma lingerie preta, uma das peças sexys presas na cinta liga, opto por ficar sem sutiã e usar somente um tampão. Pego o vestido do cabide, passando por minhas pernas, arrumo a alça de tecido em meu ombro e ergo o vestido andando até o espelho. O decote ficou perfeito, se eu me abaixasse de forma errada poderia pagar peitinho e era isso que eu queria, afrontar meu querido marido.

Ele não tem orgulho em falar que eu vim de um bordel?

Faço um penteado rápido em meus fios, prendo o cabelo em um coque frouxo no topo da cabeça, paro em frente a penteadeira, faço uma maquiagem leve, porém realçando meus olhos castanhos.

Por último escolho um colar com um pequeno pingente de pedrinha e calço um salto preto, alto o suficiente para não fazer o vestido arrastar no chão. Com uma última olhada no espelho, dou um giro e vejo que o vestido está perfeitamente desenhado ao meu corpo, parecendo ser feito especialmente para mim.

Pego uma echarpe preta, cubro meus braços nus e respiro fundo seguindo para fora do quarto.
Neste momento me bate um frio na barriga.
Tom pede para me comportar e aparentemente ele está cedendo com a aula. Mesmo assim, este homem me privou de ter uma vida e não posso deixar isso barato, por mais que o sexo com ele seja prazeroso, não me deixarei levar por desejos carnais.

Chego na escada, passo meus dedos frios no corrimão, desço um degrau por vez e olho para o chão com cuidado. Devido ao barulho do salto, ouço vozes vindo na minha direção.

— Pensei que teria que ir atrás — Tom diz bufando.

Ergo minhas vistas, olho em seus olhos, vejo sua rápida avaliação em meu vestuário e seu semblante fecha rapidamente.

— Não tem outro vestido mais comportado?

— O que você quis dizer com isso? — pergunto me fazendo de ingênua, mas por dentro dou uma gargalhada.

— Volte e vista outra coisa.

— Não temos tempo, Tom.

Olho para o lado sorrindo ao ver Georg falar e Tom bufa irritado.

— Vem, vamos — Tom diz contrariado e com seu toque quente pega minha mão.

Caminhamos em direção a porta de saída, assim que passamos por ela o vento frio sopra em meu rosto.

— Esta noite irá dormir com a bunda dolorida e ficará uma semana sem sentar.

Meu corpo arrepia ao ouvi-lo falar em meu ouvido feito uma sentença.

001 — Não esqueçam de votar!

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