016
☆ ⊹ 𝒯om 𝒦aulitz ๑ * 🖋️
Deixo Soojin sozinha na biblioteca e sem me dar privacidade Georg já está na minha cola.
— Já estava à sua espera.
— O que houve desta vez? — pergunto coçando minha cabeça.
— Lembra aquele rebelde que invadiu nossa propriedade, hoje pegamos outro, está no calabouço.
— Conseguiram extrair algo dele? — pergunto caminhando em direção ao calabouço.
— Ele está irredutível.
— Pois falará por bem ou por mal — digo subindo um lance de escada que divide a sala da parte externa. — Mande chamar Bill — concluo ouvindo Georg falar com um dos soldados ali presente.
Chegamos ao lado onde é proibida a passagem de funcionários da casa, quem já trabalha aqui há algum tempo sabe o que se trata este lugar. Digito a senha, a porta abre e o cheiro do lugar invade meu olfato, me fazendo sentir vivo. Sorrio de lado descendo a escada de pedra.
As paredes são todas de pedra, meus antecessores mandaram fazer este calabouço para podermos mutilar esses pestes sem que ninguém ouvisse seus berros pela casa. Uma área subterrânea, com pouca luz como eu gosto, assim como um leopardo gosta de atacar a espreita. Quando menos esperam ali estou eu.
Desço o último lance de escada, pisando no chão de piso bordô.
— Hoje é um belo dia para se tirar vidas — digo sorrindo, estralando meu pescoço.
Georg gargalha atrás de mim, passo pela primeira grade e não avisto ninguém ali. Há quatros celas espalhadas pelo cômodo, em um dos cantos tem uma mesa com quatro cadeiras e no outro dois sofás vermelhos, para assim termos nossas conversas prazerosas.
Vejo a luz acesa em uma das celas, caminho até ela, onde sou recepcionado por um soldado.
— Chefe, ele não fala nada, não atrevemos tocar nele... Nada além de umas chibatadas, porém nada saiu.
— Sabem o nome? — pergunto em um sussurro.
Olho o homem sentado em uma cadeira, seus olhos vendados e boca tapada com uma fita.
— Nada.
Concordo com a cabeça, notando meu irmão barulhento se aproximar.
— Este é seu, Bill — digo sem olhar seu semblante.
— Não farei isso.
Dou uma risada sarcástica.
— Lógico que fará.
Tiro minha arma da cintura, viro meu corpo em sua direção, pego em sua mão, contra sua vontade e coloco em seus dedos minha arma.
— Abra a cela.
Sem pestanejar o soldado libera passagem e caminho até o homem o analisando. Já é o segundo a tentar invadir meu recinto, alguma coisa eles estão querendo aprontar e preciso prever cada movimento deles.
Suas mãos e pernas estão presas na cadeira. Tiro a fita da sua boca, o homem tenta cuspir em minha direção, mas como está vendado erra a pontaria, o que me faz desferir um soco na sua bochecha.
— Qual seu nome?
Ele não diz nada e é sempre assim, muito dificilmente falam algo.
— Me deem o soco inglês! — digo recebendo em minha mão o metal, passo em meus dedos, alisando as pontas finas e tiro a venda dos seu olho.
— Tem certeza que não falará nada, garoto?
Me olha abrindo um sorriso presunçoso.
— Ora, ora, se não é o grande Tom Kaulitz, é um prazer, vossa senhoria.
Diante do seu deboche desfiro um soco em seu maxilar, vendo o metal enterrar em seu queixo, o que o faz berrar de dor.
— QUAL SEU NOME? — berro sem paciência.
— Matteo Bianchi, não tenho medo de você. Minha intenção era matá-lo, mas como não consegui, saiba que somos muitos e acabaremos com essa In Ndrangheta — o garoto que aparenta ter uns 20 anos diz na maior cara de pau.
Ele está falando e isso é um bom sinal.
Chuto o pé da cadeira, o fazendo cair no chão e com um ímpeto chuto seu estômago, fazendo com que ele cuspa sangue.
— Quem são vocês? — pergunto dando outro chute.
Abaixo, batendo com meu cotovelo em sua cabeça. Então ouço um disparo e o garoto perde a vida bem diante dos meus olhos. Ergo minhas vistas e vejo que Boll havia acabado de atirar no garoto.
— Que merda você fez? — pergunto levantando e indo em sua direção.
— Estava torturando o garoto, quis acabar com isso o quanto antes — Bill diz dando um passo para trás.
Paro na sua frente apertando meu punho cerrado, odeio quando fazem algo sem a minha permissão. Sem pensar direito dou um soco no rosto, esquecendo do soco inglês que havia em meus dedos, tão logo o sangue jorra da sua boca.
— Merda, Tom — Georg diz vindo em minha direção.
Ele é o único que me chama assim.
— Da próxima vez aprenda a nunca mais me desafiar.
Jogo a merda do soco inglês no chão deixando tudo para trás e caminho em direção ao meu escritório.
Bill precisa disso para aprender que aqui quem manda sou eu. Ou dança conforme eu quero, ou eu faço dançar a valsa da morte.
Tiro um maço de cigarro do meu bolso, acendo um, dou uma longa tragada e sinto o gosto do tabaco que em certos momentos me acalmam.
O que esse tal de Matteo disse ficou preso na minha mente, preciso reforçar mais minha escolta, embora sejam apenas alguns rebeldes, não posso dar bobeira.
Pego meu celular com a outra mão e acesso a câmera do quarto da minha bucetinha de ouro.
Lá está ela, até parece inofensiva deitada daquela forma. Dou um zoom em sua mão, querendo saber o que ela está lendo.
Respiro fundo ao ver o que ela tem em suas mãos, um dicionário, pelo visto ela quer aprender nosso idioma, isso demonstra o quanto ela está se esforçando, bem acredito eu.
Preciso dar a ela um agrado.
Embora saiba que ela mentiu sobre Bill, não sei o que estavam falando, mas por estarem sussurrando não deve ser sobre livros.
Estou saindo do escritório quando ouço os passos de Georg atrás de mim.
— Como ele está?
— Na enfermaria, nada que uns pontos não resolvam.
— Quero o Bill na minha sala assim que estiver melhor. Ele precisa entender, que neste mundo não tem espaço para ser bom. Ou é mais inteligente ou é comido. Aquele trouxa pensa que vão poupar a vida dele se cair na mão de algum inimigo — finalizo dando uma tragada no meu cigarro.
— Tem razão, ele tem levado tudo na brincadeira, por isso é meu medo vê-lo como subchefe!
— Isso está fora de questão — digo sem querer tocar no assunto.
— É cabeça dura feito seu avô.
— Obrigado pelo elogio — concluo lembrando que meu avô assim como eu, adorava tirar vidas lentamente, principalmente quando se tratava de tirar informações.
— A propósito, procure uma professora para Soojin, quero que ela aprenda nosso idioma.
— Tem certeza que isso é uma boa ideia? Ainda não sei se essa garota aqui é uma boa…
— Apenas faça o que estou pedindo — digo o cortando.
— Estou prevendo um Tom apaixonado.
— Isso não é para mim, apenas a quero ao meu lado. Gosto do prazer que Soojin me proporciona.
— Isso tem nome e com certeza em breve saberá.
— Vá se fuder!
Georg gargalha enquanto ando à sua frente.
001 — Rapaz, tomzinho apaixonado? Será possível mesmo?
002 — Não esqueçam de votar!
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