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008

— ★ ₊˚𝒮oonjin  𝒿eong⌗ 🍙’

Minhas pálpebras pesam e sinto meu corpo sobre uma cama fofinha.

Será que estou sonhando?

Abro meus olhos e encaro o teto, não lembrando deste lugar.
Viro meu pescoço para o lado e imediatamente vem tudo em flashes na minha mente.

Isso não é um sonho, e sim o meu pior pesadelo!
Como vim parar aqui?
Não dormi no avião?

Sento na cama, passando a mão em meu cabelo, vendo que pelo menos uso a mesma roupa, ninguém tocou em mim ao menos.

O quarto é enorme, olho em volta, todo trabalhado em cores claras, um lustre no meio dele, com uma porta toda de vidro na lateral, que é coberta com uma cortina em tom caramelo. Minha curiosidade me faz levantar, ando até ela e sinto minhas pernas fracas, deve ser o efeito do calmante.

Por quantas horas eu dormi?

Chego na cortina, a empurro para o lado e arregalo os olhos ao ver a neve fina cair.

Que lugar é este?

Não se vê nada além de montanhas e parece ser os fundos da casa. Pego na maçaneta, mas está fechada. Passo a mão no vidro, tiro a umidade e olho com mais clareza. Um rio corre no final do terreno e a água é agitada.

Pensei que neve congelava água, pelo visto deve ter começado a nevar recentemente.

Volto a andar pelo quarto, meu pé arrasta pelo assoalho e percebo o quanto está frio. Vejo uma porta, passo a mão a empurrando para o lado e abro.

Nunca tinha visto closet maior que este.

Entro caminhando ao lado da primeira prateleira e vejo muitas roupas no meu tamanho.

Como isso é possível?

Isso me faz lembrar que não tomei banho.

Procuro peças íntimas e encontro uma gaveta com vários tipos de lingerie, incluindo as mais sexys possíveis. Torço minha boca e pego um conjunto de calcinha e sutiã simples.

Volto a andar procurando por uma roupa ao menos normal, que não fosse esses vestidos chiques, em um canto havia um conjuntos de moletom e é o que pego.

Com a roupa em mão saio do closet, rezando para que houvesse um banheiro no quarto e como suspeitei, tem.
Ando até a porta, passando a mão na maçaneta e abrindo.

O banheiro assim como o resto é exagerado, com uma banheira na lateral e um chuveiro na outra ponta. Coloco minhas roupas sobre um pegador.
Começo a tirar minha calça jeans acompanhada do resto das minhas vestimentas. Entro no chuveiro, ligo a ducha, deixo a água cair sobre meu corpo e fecho meus olhos, pensando em meu pai.

Será que ele está tomando seus remédios?
Como ele está se virando naquele ninho de cobras eu estando longe?

A imagem de Amy morta sobre o nosso sofá faz um nó se formar em meu estômago. Não conheço esse homem e com certeza são pessoas piores do que imagino.

Ensaboo todas as partes do meu corpo e enquanto faço isso penso no quanto preciso ser forte e não mostrar minhas fraquezas para esse homem, não sei até que ponto ele pode chegar.

Desligo o chuveiro, abro o box e piso em cima do tapete fofinho, lembrando que não peguei uma toalha. Há um armário embaixo da pia e talvez ali houvesse alguma. Quando vou dar o primeiro passo, passo o ombro em minhas roupas as fazendo cair, molhando minhas vestimentas limpas.

Droga!

Junto tudo vendo que não iria dar para usá-las molhadas.

Volto a pendurá-las, caminho até o armário, abro e vejo que tem um roupão ali. Pego passando meus braços sobre as mangas, olho meu reflexo no espelho e passo minha mão desembaçando o espelho.

Passo a mão em meu pescoço e vejo os hematomas que tinham ficado do apertão.
Deixo meu cabelo úmido solto e respiro fundo caminhando em direção a porta. Passo a mão na maçaneta e abro.

Estou de cabeça baixa quando sinto alguém me observar, ergo meus olhos, me deparando com intensas esferas castanho a me analisar.

— Finalmente acordou — diz me fazendo o ignorar.

Se eu dormi por todo esse tempo a culpa é toda dele!

Aperto o roupão com força, seguindo para o closet. Passo pela porta, sentindo sua mão segurar meu braço, seu toque não é suave e sim forte.

— Vai por mim, não é a melhor escolha ficar me ignorando — o homem diz em tom ameaçador.

Viro meu rosto em sua direção, encarando suas feições duras.

— Não tenho medo de você! — cuspo palavra por palavra.

Ele abre um sorriso de lado, mordendo o canto da sua cicatriz, o que me faz arrepiar. No fundo estou com medo, mas não deixo meus medos transparecem.

— É melhor que tenha, senhorita Jeong. Não me queira ter como seu inimigo.

Sem esperar, ele me prensa na parede e tento empurrar seu corpo, o que é em vão. Com muita agilidade, ele segura minhas mãos sobre minha cabeça e minha respiração está ofegante.
Com sua mão vaga, ele começa a passar a ponta dos seus dedos em meu pescoço e a cada toque eu ficava mais ofegante, até que sua mão foi descendo para o meio do roupão.

— Não — rosno a palavra ao ver que ele está chegando perto dos meus seios.

Seus olhos que antes estavam abaixados, erguem em minha direção.

— Acredita que darei importância ao que você quer? — Tom pergunta em deboche.

Sua mão volta a acariciar minha pele, fazendo meu coração bater descontroladamente.
Não sei o que está acontecendo comigo, isso tudo é loucura.

— Alguém já te tocou, Soojin? — Sua voz é um sussurro.

Faço que não com a cabeça.

— Você se toca? — volta a perguntar.

Faço novamente que não com a cabeça.

— Apenas eu tocarei seu corpo, está entendido? Se eu descobrir que alguém sonhou em tocar no que é meu, eu mato!

— Não sou sua! — digo ofegante, vendo-o aproximar seu rosto do meu.

— Quanto mais resistir, mais excitante ficará. É minha desde o momento que bati meus olhos em você.

Seus lábios encostam nos meus com uma mordida suave, me fazendo suspirar. Não sei o que acontece comigo, mas quero mais.

Nunca beijei um homem mais velho, por isso quem dá início ao beijo sou eu.
Minha língua logo pede passagem e ele não nega. O beijo é calmo, em ritmo lento e torturante. Tom beija divinamente bem, tanto que estou começando a perceber meu corpo lânguido.

Quando dou um berro com a mordida que ele dá em meu lábio inferior.

Este homem é louco!

Sinto o gosto do sangue em minha boca.

— Isso é para aprender a nunca tomar iniciativa — diz sério.

— Maluco! — digo me debatendo com força e querendo sair de perto dele. — Não te entendo, você é DOIDO, MALUCO, IDIOTA! — berro tentando me esquivar dele.

— Não tente me entender, aprenda apenas uma coisa, não me desafie. Quanto ao beijo, vejo que teremos um casamento muito revigorante.

— TE ODEIO!

— Realmente, sua opinião não me interessa. Enfim, passei aqui para dizer que nosso casamento será amanhã. O mais rápido possível para ter esse casamento consumado, e se acaso não for virgem pode se considerar uma mulher morta.

— Então me mate de uma vez, qualquer coisa para não estar em seus braços imundos.

— Engraçado, não foi o que pareceu alguns minutos atrás.

Ele finalmente me solta, dando um passo para trás e no pico da minha adrenalina começo a socar seu peito.

Sem que eu espere sinto sua mão estralar em meu rosto.

— Nunca mais volte a encostar em mim de tal forma — Tom diz irritado.

Cambaleio para trás, voltando a encostar na parede com a mão em meu rosto.

— Se não aprender por bem, será por mal!

— Te odeio, odeio… — digo virando meu rosto, segurando minhas lágrimas com toda força.

— Apenas coloque na sua cabeça, que se for submissa a mim, nada disso irá acontecer.

— Nunca serei, NUNCA!

Com uma gargalhada estrondosa no quarto ele me deixa sozinha. Sinto minhas pernas moles, caindo no chão e permitindo que as lágrimas caíssem.

Nunca vou ser submissa a ele e serei resistente até minha última força.

001 — Não esqueçam de votar e até o próximo cap!

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