007
— ★ ₊˚𝒮oonjin 𝒿eong⌗ 🍙’
O carro estaciona em frente a uma enorme mansão, daquelas estilo casa de artista de Hollywood, um homem abre a porta e desço do automóvel respirando fundo, sentindo o cheiro das flores que haviam por todos os lados, isso em nada se parece com a casa de um mafioso.
Levo um susto ao ver outro carro estacionado atrás e sai de dentro dele três homens incluindo o irmão de Tom, não tinha prestado atenção nele, seu semblante carrega uma aura sarcástica.
Minha avaliação é interrompida quando mãos fortes puxam meu braço.
Caminho contra minha vontade.
— Aí! — reclamo tropeçando em um degrau da varanda. — Sei andar sozinha. Não precisa ficar me puxando igual a uma boneca.
— Estou doido para ver no que isso vai dar — o irmão dele diz passando ao nosso lado.
— Vá se fuder, Ethan! — Tom olha na minha direção. — Qualquer gracinha sua amarro uma coleira em seu pescoço para que se comporte.
— Não sou um cachorro! — exclamo boquiaberta.
Ele não diz nada, apenas solta sua mão do meu braço.
Caminho atrás dele, analisando seu porte, ombros largos, usa apenas uma camisa dobrada até o cotovelo, colete preto terminando no início da sua calça social, onde ele usa um cinto.
Este é o primeiro homem que vejo que tem bunda.
Dobro minha cabeça para o lado analisando o volume que aquela bunda tem, podendo ser até maior que a minha. Tom pode até ser um homem bonito, em certas partes gostoso, tá legal em todas as partes, mas é sujo e tem dentro de si um monstro.
Entramos na residência e sigo os homens para o que parecia uma sala. Homens andam por toda parte com o mesmo semblante fechado.
— Kevin, o jatinho já está pronto? — Tom pergunta a um dos seus homens.
— Sim, chefe!
— Tudo bem, Ethan me dê os documentos dela. Vou voltar agora mesmo, não aguento mais um minuto nesta cidade.
Seu irmão entrega minha bolsa enquanto fico olhando boquiaberta, nem parece que estou ali.
— Isso não vai ficar assim e minha aula? — pergunto atraindo a atenção deles.
— Seu pai vai ligar avisando que teve que se mudar. Agora vamos.
— Espera, vamos aonde? — volto a perguntar puxando meu braço.
— Garota, calada você é um diamante.
Tom me puxa pelo braço, caminha comigo para os fundos da casa e nem consigo olhar direito os detalhes da casa. Ele aperta meu braço com força e faço careta diante da dor.
— Qualquer coisa me mantenha informado, Ethan — Tom diz assim que chegamos no gramado nos fundos da residência.
— Pode ficar tranquilo, irmão, queria muito presenciar este casamento de perto. Mas como não vou poder estar presente, quero fotos.
Olho seu sorriso debochado.
Ethan é um tanto estranho e vive sorrindo, ao contrário do irmão.
Tom volta a andar puxando meu braço, chegamos próximo ao jatinho e subo os degraus primeiro passando pela porta. Respiro fundo, sentindo o cheiro de couro predominar o ambiente, e vejo algumas poltronas espalhadas todas em tom caramelo.
Tom empurra minhas costas me guiando para uma poltrona, onde praticamente me empurra me obrigando a sentar.
— Vai ficar sentada quieta?
Viro meu rosto para a janela sem respondê-lo.
— Tudo bem, você é quem pediu. — Puxa o cinto, literalmente me amarrando, me impedindo de qualquer movimento, deixando minhas mãos amarradas no meio das minhas pernas.
— Vai me manter amarrada aqui a viagem inteira? — pergunto o olhando séria.
— Não respondeu a minha pergunta, e não estou a fim de me estressar só quero sentar e descansar.
— Aonde estamos indo? — volto a perguntar, pois quero saber.
— Isso não tem importância. Sabe o que é o melhor, a menos que saiba falar italiano não terá ninguém para conversar.
— Como? — pergunto boquiaberta.
— Acredito que não seja surda.
Tom fala em outro idioma com um dos seus homens e não entendo o que falam, por isso viro para a janela, sentindo uma lágrima, que há tanto tempo estou segurando, teimando em cair.
Fecho meus olhos evitando que alguém veja esta cena.
A porta é fechada e ninguém senta ao meu lado, o que é um alívio. Os homens que estão junto de Tom falam com a voz exaltada no idioma deles, não conheço nada em italiano, mas sei que é o idioma que falam.
O jatinho decola, e a posição é desagradável para dormir, além do mais como dormir diante de tal loucura?
Minha garganta está seca, mas não quero dar o braço a torcer e pedir água. Sem contar que o ar-condicionado do ambiente está gelado demais me fazendo arrepiar.
Olho pela janela, vejo o avião sobrevoar as nuvens e me perco naquelas que eu sempre achei que eram feitas de algodão quando era pequena. Sorrio lembrando minha mãe dizer que algodão-doce era feito de nuvem.
Fecho meus olhos, se mamãe estivesse viva, talvez teria evitado esse incidente, ou talvez não.
Sinto alguém sentar ao meu lado e ignoro seu contato visual.
— Está com frio? — pergunta sentando ao meu lado.
Não respondo nada, não quero falar com este homem.
— A viagem é longa e se não tiver a sua resposta ficará passando frio.
Olho para o lado, encarando suas esferas castanho e seu cabelo loiro.
— Será que pode me desamarrar? — pergunto.
— Vai se comportar?
— O que farei, tem seus homens por toda parte, acha que sou retardada? — digo sendo sarcástica.
— Retardada, não, mas imprudente, sim — Tom diz soltando o nó da minha mão, liberando o cinto.
Vejo que em meu pulso ficou a marca da fivela e estico meu braço.
Tom estende uma garrafa de água para mim, a qual pego sem pestanejar. Abro tomando tudo de uma vez só, sentindo o líquido descer feito elixir dos deuses.
— Vejo que estava com sede — Tom diz, levanta, pega um cobertor e estende para mim.
— Durma, a viagem é longa, não quero ter que me estressar com você.
Pego a coberta, sentindo meus olho pesarem, logo eu que estava tão desperta a minutos atrás, estou caindo de sono neste momento.
— Havia algo na água? — pergunto bocejando.
— Apenas um calmante, agora durma.
— Te odeio chefinho de mer… — Não consigo finalizar a frase, pois o sono me embala.
001 — Boa noite gente! Mais um episódio para vocês, espero que tenham gostado e até o próximo.
002 — Não esqueçam de votar, muito importante!
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