Capitulo 20
Helloo, pessoal não desistam kkk estou tendo ajudinhas para continuar postando 🥰
Boa leitura!
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POV LUDMILLA
POLÊMICA
Sexta-feira passada, foi realizado uma das maiores premiações de Miami, o ABA (American Business Awards), e não foi surpresa para ninguém que as empresárias Ludmilla Oliveira e Brunna Gonçalves ganharam a premiação como as empresárias do ano.
Ludmila Oliveira e Brunna Gonçalves chegaram juntas ao evento não escondendo a felicidade estampada na face de ambas, com direito de até selinhos entre ambas, o que foi a deixa para os curiosos de plantão saberem que as duas realmente estão namorando.
Segundo anonimato houve uma pequena discussão entre a empresária Ludmilla Oliveira e um funcionário cujo esse trabalha na empresa de sua namorada Brunna Gonçalves, o motivo? Ninguém soube relatar, mas segundo as imagens ao lado, o "pequeno problema" pareceu que foi mais sério do que imaginávamos.
A nossa equipe foi atrás de relatos mais objetivos do que realmente teria acontecido, mas nenhuma das duas se manifestaram até o momento, identificamos que o rapaz que aparece nas fotos caído ao chão se chama Caio Duarte e trabalha no setor financeiro da empresa Technology Program BG.
Mas o que realmente sucedeu durante a discussão nós não sabemos, por motivos dos administradores da festa proibir a entrada de quaisquer paparazzi. Segundo fontes, Isabelly Costa também compareceu a grande premiação como mostra a foto abaixo na hora de sua chegada.
Mas e vocês, o que de fato aconteceu dentro do local? Como será que foi o reencontro entre Ludmilla Oliveira e Isabelly Costa? E qual teria sido a reação de Brunna Gonçalves ao se deparar com a ex-namorada de sua atual? Isso é o que ainda não sabemos. Mas esperamos que tudo esteja bem com o casal mais badalado do momento.
- Merda ... – rosnei ao terminar de ler a matéria no jornal.
- Eu ainda não sei porque o espanto nega – disse Daiane sentada na cadeira a minha frente.
- Você não entende Daiane – ralhei nervosa olhando o jornal ainda em mãos – Eles estão expondo a imagem da Brunna, imagina quando ela ler esse monte de merda que está escrito nesse jornal? – perguntei não gostando nada do que a latina poderia fazer.
- Ludmilla, a premiação foi privada, alguém deve ter tirado essas fotos e vendidas para o jornal – argumentou minha amiga, me fazendo parar para pensar em sua linha de raciocínio.
- Mas eu não entendo Day, não tinha ninguém por perto além de nós quando aconteceu a discussão – falei lembrando-me do ocorrido – Eu me lembro perfeitamente que só estava Brunna, Ohana, Caio e eu no local, não tinha mais ninguém – afirmei fitando Daiane, e como se alguma luz iluminasse em sua cabeça a mesma se levantou rapidamente de sua cadeira caminhando em direção a porta, e antes de sair ela me encarou com uma de suas sobrancelhas arqueadas.
- Me dê meia hora, e resolvo esse problema para você – disse por fim se retirando de minha sala sem nem me dar chance de argumentar o que me fez apenas bufar em minha cadeira encostando minhas costas sobre a mesma.
No dia seguinte depois do ocorrido, eu e Brunna resolvemos passar o final de semana em minha casa de praia que não usava a muito tempo, para tentarmos esquecer os ocorridos que aconteceram durante a semana, o nosso final de semana foi maravilhoso, o que aproveitamos bastante a companhia uma da outra, para chegar na segunda-feira e me deparar com uma notícias dessas.
Meus pais me ligaram no domingo dizendo que já estava tudo certo para o que estava objetivando com Brunna. Por Patrícia conhecer a latina melhor do que eu e por ser sua amiga de longas datas, resolvi pedir sua ajuda para comprar o anel de noivado. Já estava tudo planejado, e para esse grande passo de nossas vidas, queria a presença de pessoas importantes nela, como os pais e os amigos da Brunna, o que a latina acha é que só nós duas iriamos para França. Não sei se estou sendo precipitada demais, mas irei saber depois da resposta da latina, o que me deixa ainda mais nervosa. Eu amo Brunna com todo o meu ser, e o mais importante é que terei o apoio de amigos e familiares.
Eu queria que tudo fosse uma surpresa, e com a grande ideia de Fernanda, acabamos por marcarmos uma reunião às escondidas com as amigas de Brunna para sabermos melhores os seus gostos, eu já tinha uma noção de como Brunna planejaria uma casa devido a uma conversa que tivemos dias atrás, caso a mesma se casasse algum dia, o que também não foi difícil de adivinhar, e com a ajuda de Patrícia, eu mesma fiz a planta de nossa casa e contratei uma equipe de obras para pôr em ação o meu planejamento, claro que eu tinha dinheiro para comprar uma já toda planejada e mobiliada, mas acontece que eu queria algo que seria só nosso, queria inovar algumas coisas. Patrícia, Juliana e Larissa ficaram encarregadas com a arquitetura da casa, por isso, contratamos a melhor arquiteta de Miami, onde levamos a mesma as escondias para ver a casa de Brunna, para ter uma noção do que a latina gostava.
Saí de meus pensamentos quando tiro meus olhos dos papeis que estava em mãos para fitar Daiane e Fernanda adentrando em minha sala vendo-as com largos sorrisos.
- Olha você deveria agradecer o seu pai nesse exato momento – se gloriou Daiane parando a minha frente com sua namorada ao seu lado.
- E então, conseguiu? – perguntei não escondendo a minha ansiedade.
- Meu amor, você está falando com Daiane Oliveira, o que você acha? – perguntou gabando-se o que me fez revirar os olhos.
- Eu acho que você deveria logo calar a boca, e mostrar o que descobriu! – exclamou impaciente Fernanda ao seu lado.
- Calma mulher – disse Daiane instalando o pen drive em meu notebook para logo em seguida achar o que queria – Olhe você mesma – apontou para o vídeo assim que deu play no mesmo. Olhei para a tela do notebook e conforme ia assistindo as filmagens meu sangue fervia com o que via, fechei minhas mãos em punhos socando a mesa com toda a raiva que estava me consumindo.
- O que você irá fazer Lud? – perguntou Fernanda assim que o vídeo finalizou.
- Irei conversar com Brunna – afirmei já me levantando, pegando o pen drive, as chaves do meu carro e o jornal, saindo em disparada de minha sala ouvindo os protestos de minhas amigas me chamando, o que apenas ignorei adentrando o elevador, para logo em seguida sair assim que o mesmo abriu as portas indicando o estacionamento onde entrei em meu carro, ligando-o e dirigindo até a empresa de Brunna não me importando em passar em alguns sinais vermelhos.
Minha cabeça estava a mil, o que não conseguia me concentrar em nada naquele momento a não ser querer arrancar a cabeça daquele filho da puta de merda fora. Eu o avisei de todas as formas para que não se metesse em meu caminho, mas o infeliz escolheu levar seu joguinho adiante. Saí de meus pensamentos assim que estacionei meu carro no estacionamento do prédio da latina saindo do mesmo e caminhando em direção ao elevador que dava acesso ao último andar, ouvi meu celular tocar e apenas rejeitei a ligação assim que avistei a foto de Daiane aparecer no mesmo enfiando-o no bolso novamente, me retirei da caixa de metal ignorando os chamados de sua secretária assim que passei por ela abrindo a porta da sala de Brunna sem nem ao menos bater dando de cara com quem eu menos queria ver naquele dia, vendo o espanto na face de Brunna assim que a mesma me fitou.
- Ludmilla! – exclamou a latina se levantando de sua cadeira caminhando em minha direção – Aconteceu alguma coisa? – perguntou com um semblante preocupado.
- Amor ... – selei nossos lábios em um selinho demorado – Será que podemos conversar? – perguntei tentando conter o nervosismo em minha voz.
- Claro – respondeu prontamente encarando Caio que ao me ver fechou a cara me dando visão de um pequeno hematoma abaixo de seu olho esquerdo – Sr. Duarte você está dispen ...
- Não! – cortei sua fala antes mesmo que ela terminasse – Eu quero que ele fique, ele será o assunto principal de nossa conversa, pode ser? – perguntei fuzilando Caio vendo o mesmo arregalar os olhos já imaginando do que se tratava a conversa.
- O que está acontecendo cariño? – perguntou a latina com o cenho franzido.
- Amor você já leu o jornal de hoje? – perguntei vendo a mesma negar o que prontamente lhe estendi o que havia em mãos já separado na página de fofocas. Brunna pegou o jornal de minhas mãos e começou a ler em silencio.
- O que isso tem a ver comigo? – perguntou Caio com a cara mais deslavada em que já vi na vida.
- Ainda pergunta Caio? – perguntei com um sorriso irônico nos lábios.
- Mas isso é um absurdo! – exclamou a latina ao meu lado chamando-nos atenção – Como eles conseguiram essa notícia? Se eu me lembre bem a festa foi privada, proibido a entrada de jornalistas – disse a latina com uma expressão irritada em sua face.
- Concordo, o que você acha de perguntarmos para o rapaz ali ... – apontei para Caio vendo o mesmo enrijecer seu corpo.
- Eu não fiz nada! – exclamou Caio alterando seu tom de voz.
- Tem certeza? – perguntei com sarcasmo em minha voz vendo o mesmo fechar suas mãos em punho.
- Ludmilla ... – chamou-me a latina me encarando – Amor, o que Caio tem a ver com isso? – perguntou apontando para o jornal qual ainda se encontrara e mãos.
- Caio contratou alguém para tirar fotos nossas durante a discussão, e vende-las para o jornal – falei de uma vez notando Brunna ficar estática em seu lugar tentando digerir o que acabara de lhe dizer.
- ISSO É MENTIRA – gritou o rapaz exasperado se levantando de sua cadeira – Você não sabe o que está dizendo – apontou o dedo em minha direção.
- Claro que eu sei – falei abrindo um sorriso irônico – Eu sei que você é um aproveitador barato, que quer de todas as formas conseguir se dar bem na vida usando pessoas igual você estava fazendo com Ohana.
- Você está blefando – disse com desdém.
- Veja você mesma Brunna – lhe estendi o pen drive onde a mesma instalou em seu computador e voltei a encarar Caio – Vai negar que você mandou tirar fotos na hora da discussão, e vendeu-as para o primeiro jornal que lhe ofereceu por uma merreca? – perguntei arqueando uma de minhas sobrancelhas – O que você ganhou com isso Caio? Você achava mesmo que fazendo isso teria alguma chance com Brunna? Se passando de coitado para os jornalistas e tentando me envenenar contra minha namorada? – observei-o trincar sua mandíbula demonstrando sua irritação – Caio, pelo amor de Deus, olha para mim, sou uma mulher de família, com minha agenda abarrotada de compromissos, você acha mesmo que eu tenho tempo para ficar brincando nesse seu joguinho infantil? Eu te avisei Caio, você não sabe com quem se meteu, e mesmo eu te avisando você não quis me ouvir, olha para mim! – exclamei andando em sua direção a passos calculados – Eu sou a porra de uma empresária, tenho um nome a zelar, você achou mesmo que eu não iria descobrir esse seu plano de merda? – cuspi as palavras em sua cara lhe encarando.
- VOCÊ É UMA VADIA – gritou o homem caminhando em minha direção raivoso, mas parou no mesmo instante assim que uma voz muito bem conhecida por mim ecoou dentro do cômodo.
- O QUE ESTÁ ACONTECENDO AQUI? – gritou Patrícia adentrando a sala da latina intercalando seu olhar sobre nós – Está dando para ouvir essa gritaria lá de fora.
- Ludmilla ... – chamou-me a latina com preocupação em sua voz – Amor, eu não sabia que ...
- Está tudo bem Bru – afirmei tentando lhe passar tranquilidade – Nenhuma de nós sabíamos – conclui caminhando em sua direção fazendo um leve carinho em sua face.
- Alguém pode me explicar o que está acontecendo? – perguntou a polinésia novamente impaciente.
- Caio mandou alguém filmar o ocorrido que teve na saída do evento e vendeu as fotos para os jornais – tomou a frente minha namorada fitando Caio com os olhos raivosos.
- Bem que eu desconfiava que você não era uma boa pessoa – disse a polinésia encarando-o.
- E você vai fazer o quê, me processar? – perguntou com um sorriso cínico em seus lábios – Eu fiz mesmo, e faria de novo se fosse possível – confessou debochadamente – Brunna, será que você não vê que essa daí só está te usando? – apontou para mim com cara de nojo.
- E você seria a pessoa certa para mim? – perguntou a latina soltando uma gargalhada sarcástica – Caio, pelo amor de Deus, não tem nem cabimento você me dizer umas coisas dessas – disse sessando sua risada para logo fita-lo com o seu olhar mortal – Eu deveria ter deixado Ludmilla socar a sua cara novamente, eu sempre deixei claro para você, que não aconteceria nada entre a gente, eu amo a Ludmilla, e não vai ser você e nem ninguém que irá mudar esse meu sentimento – confessou com um largo sorriso – E mesmo que você seria a minha única opção, eu preferia morrer sozinha ao invés de ter que conviver com você – concluiu encarando Caio onde o mesmo não deixava de transparecer sua raiva.
- Você não era assim Brunna, essa daí fez questão de fazer sua cabeça – apontou para mim novamente me arrancando uma risada anasalada.
- Você que se iludiu achando que Brunna iria dar uma chance para você Caio, o que você queria era usar Brunna como um fantoche ao seu lado, se vangloriando para todos como se ela fosse um mero troféu para você, não é? – perguntou a polinésia corrigindo sua fala.
- Eu não sou obrigado a ficar aqui e ouvir essas suas calúnias – advertiu encarando Patrícia.
- Então aproveita que já está de saída e passa no RH para assinar a sua demissão que já está pronta – retrucou a latina com convicção em sua voz notando Caio arregalar os olhos para o que a latina lhe disse.
- Brunna, por favor, você não pode fazer isso comigo – advertiu com o semblante preocupado – Eu preciso desse emprego.
- Isso não é da minha conta, como eu disse, pensasse antes de fazer suas burradas – disse com seu tom de autoridade – E pense muito bem o que você irá fazer, porque desse vez não irei impedir que Ludmilla lhe processe – concluiu apontando para a porta onde eu e a polinésia apenas observávamos – Agora saia de minha sala, que eu tenho mais o que fazer.
- Me desculpe Bru ...
- Eu acho melhor você fazer o que ela mandou, antes que eu te jogue pela janela – constatou a polinésia vendo Caio apenas concordar com a cabeça e sair da sala sem pestanejar, ficando um silencio constrangedor na mesma, olhei as horas em meu relógio de pulso arregalando os olhos ao notar que já estava ficando tarde.
- Amor, eu tenho que ir agora, vou visitar algumas obras, qualquer coisa que precisar não hesite em me ligar – afirmei selando nossos lábios em um selinho demorado – Eu te amo.
- Eu amo você cariño, tome cuidado – pediu selando nossos lábios novamente para logo em seguida separa-los o que apenas concordei com a cabeça me despedindo de Patrícia e saindo de sua sala caminhando até o elevador.
Que o mundo já está cheio de problemas, eu já estou cansada de saber, como dizia minha falecida abuela "respeito é bom e eu gosto" – Ah abuelita, se você soubesse o quanto está difícil de encontrar esse tal respeito nos dias de hoje – pensei comigo mesma saindo do elevador adentrando em meu carro ligando o mesmo e dirigindo até o meu apartamento, peguei meu celular discando o número de minha amiga que no segundo toque atendeu.
- E então? – se apressou em perguntar no outro lado da linha.
- Transcorreu tudo bem, um problema a menos a ser resolvido – respondi soltando uma lufada de ar – Os carros já estão prontos? – perguntei dando para ouvir sua risada ao telefone.
- Sim, mandei modificar os motores, e aumentar a potência do nitro – ficou alguns segundos em silencio para logo mais dar continuidade – Temos duas horas para estarmos no local em que ocorrerá a corrida.
- Você disse que havia um galpão abandonado lá perto certo? – perguntei escutando a mesma engolir em seco murmurando apenas um "sim" do outro lado – Ótimo, é para lá que iremos leva-lo.
- Ludmilla, você não está pensando em ...
- Conversa encerrada Daiane – cortei-a ouvindo a mesma suspirar audivelmente – Você já deveria ter imaginado o que iria fazer, odeio estupradores.
- De novo não – ouvi minha amiga sussurrando – Te encontro no local combinado, e não se atrase – concluiu desligando o telefone após nos despedirmos.
A "Ro Central Agency" me convocou para fazer uma operação hoje um tanto quanto arriscada, o que envolve dinheiro, tráfico de drogas e muitas mulheres. Fukuda Sugiyama, mais conhecido como FUKU era o meu alvo dessa noite, o mesmo era braço direito de uns dos maiores traficantes do país, diversas passagem pela polícia como: Tráfico de entorpecentes, crimes hediondos, estelionatário e por último o mais repulsivo de todos, é estuprador. De acordo com pessoas próximas, as mesmas alegaram querer a cabeça de FUKU em bandeja, o que com certeza não será necessário, pois já tenho algo planejado em mente em quesito sua morte.
Terei de dar um jeito de atrai-lo até o galpão abandonado, o que não será impossível de conseguir. Meu único problema será seus capangas que de fato não o deixava sozinho por um segundo sequer, minha sorte seria que na hora da corrida os mesmos não participariam, o que me deixava mais despreocupada. Precisaria me concentrar e torcer para que nada desse errado, caso contrário, não estarei pondo só minha vida em risco, mas sim de minhas amigas também.
Sai do banheiro já tomada banho e caminhei em direção ao meu closet me arrumar. Separei meus pertences necessários que iria usar naquela noite e verifiquei minha arma Ruger Super Warhawk silenciadora, terminei de me arrumar quando recebi uma mensagem de Daiane me informando de que nossa equipe infiltrada na quadrilha já estavam no local ao nosso aguardo. Peguei minha bolsa com meus equipamentos e saí de meu quarto descendo as escadas para logo em seguida adentrar o elevador apertando o botão que dava acesso ao estacionamento do prédio.
Daiane e Fernanda estariam me esperando em uma estrada de terra que daria acesso ao local onde aconteceria a corrida. Assim que as portas do elevador se abriram, sai do mesmo adentrando em meu carro deixando minha mochila no banco do passageiro pegando meus óculos escuros e pondo o mesmo em meu rosto dando partida em meu carro seguindo as instruções do GPS até o local combinado onde as meninas já se encontravam posicionadas.
Não foi difícil de achar o local e de longe avistei minhas amigas escoradas no capô de um Ford Mustang que de quebra já pude notar que era todo modificado, assim como o Porsche 911 turbo S estacionado mais à frente. Estacionei meu carro ao lado do Mustang saindo do mesmo para logo mais cumprimentar as meninas.
- Não sei como você aguenta usar jaqueta de couro em um calor infernal como está hoje – disse Daiane assim que nos cumprimentamos.
- Eu não sei como você aguenta uma mulher dessas Fernanda – rebati para a morena vendo a mesma apenas dar de ombros.
- Porque eu sou gostosa meu amor – vangloriou-se Daiane mandando-me uma piscadela o que me fez revirar os olhos.
- Lud ... – chamou-me Maciel tendo toda a minha atenção – Poe esse ponto de escuta em seu ouvido e testa para ver se está funcionando bem – me entregou o minúsculo aparelho me fazendo apenas concordar com a cabeça alegando de que estava tudo ok – Nossa equipe já está em suas devidas posições, não será segredo para ninguém como irá funcionar o plano – disse Fernanda com seu semblante sério agora me encarando – Já conseguimos te pôr na corrida, tome muito cuidado, FUKU é muito articuloso e não perdoa quem se mete em seu caminho, não estamos para brincadeiras, você participará de uma corrida suja – completou sem desviar seus olhos dos meus.
- Eu sei, por isso iremos terminar o nosso trabalho e se mandar – falei jogando as chaves de meu carro para Vero vendo a mesma pegar no ar – Cuide do meu xodó, não quero um arranhão nele – informei vendo-a assentir.
- Tudo bem nega, agora vamos que já está na hora – alertou onde todas nós concordamos com a cabeça e me direcionei ao Ford Mustang todo preto com duas faixas brancas acima de todo o seu comprimento. Olhei pelo retrovisor e avistei Fernanda entrando em seu Porsche e ao meu lado Daiane em meu carro. Dei partida no carro abrindo um sorriso torto quando ouvi o ronco do motor, essa sem dúvidas, será a melhor corrida de todos os tempos, ajustei meus óculos escuros em meu rosto para logo em seguida arrancar com o carro dali com Daiane e Fernanda atrás de mim nos dirigindo até o local da corrida.
POV NARRADOR
Assim que as meninas chegaram no BECO, cujo nome era dado pelos corredores, as mesmas avistaram de longe as aglomerações que eram feitas ao redor de inúmeros carros de corrida que havia ali chamando-as atenção das pessoas à sua volta.
A informação de que teria uma nova corredora no pedaço se espalhou rápido ao olhares curiosos do BECO, e assim que Ludmilla e suas parceiras saíram de seus devidos carros foram recebidas calorosamente por mulheres quase seminuas, o que acabou deixando-as um pouco deslocadas não sabendo como reagirem, afinal elas só tinham uma única coisa em suas cabeças: matar o FUKU, que não demoraram muito para avista-lo a alguns metros de distância. Fukuda Sugiyama era um japonês de estatura alta, musculoso, e com numerosas tatuagens espalhadas pelo seu corpo. Uma em questão chamou atenção de Ludmilla, já que a mesma já viu a enorme tatuagem que havia no braço esquerdo descoberto de FUKU, onde o mesmo estava com uma regata branca bem colada ao seu corpo, sua tatuagem era um dragão de ponta cabeça com os olhos vermelhos o que afirma que o traficante é membro da facção. O homem estava rodeado de mulheres rindo de algo que as agentes não conseguiram identificar. Ludmilla estava escorada em seu carro conversando qualquer coisa entediante com uma de muitas mulheres que estavam ao seu lado e as vezes se esquivava quando algumas delas dava em cima de si descaradamente.
Fernanda trocava informações necessárias com sua namorada enquanto elas disfarçavam de vez em quando para formular algum plano em quesito atrair FUKU para o galpão, já que elas mesmas ficaram responsáveis nessa parte. O que não foi difícil de conseguir, já que as corridas daquela noite iriam ser separadas, o que ocasionou de que cada corrida participaria apenas cinco integrantes. Foi então que Adam, um dos organizadores de racha anunciou de que já estava na hora da primeira competição. Ludmilla era a única "mulher" a participar da corrida no meio de quatro homens, entre eles: Bruce, Franklin, Jimmy e o mais cobiçado por todos ali, FUKU, o que o mesmo não sabia era que os outros três concorrentes eram agentes secretos infiltrados em sua quadrilha, o que facilitaria para atrai-lo até o galpão onde nem ele mesmo imaginaria que depois daquela noite, o único lugar que iria conhecer, seria o inferno como disse Ludmilla.
Quando os carros já estavam posicionados até a largada dando para ouvir os motores rugindo, Adam aproveitou para escolher uma das mulheres que estavam ao lado da faixa esquerda onde a mesma cederia seu sutiã sinalizando a partida.
- Ludmilla, se concentra e não faça nenhuma besteira por favor – anunciou Fernanda pelo seu ponto de escuta.
- Isso ai nega, mostra para eles como é que se dirige um carro – brincou Daiane para logo mais levar um tapa de sua namorada arrancando uma leve risada da morena de olhos verdes após ouvir os resmungos de sua amiga.
Ludmilla estava concentrada demais na corrida, apesar de ser tudo simulado por não valer em nada, ela olhou para o lado dando um sorriso cumplice para Franklin quando o mesmo mandou-lhe uma piscadela, mas o que ouvira logo após acabou chamando-lhe atenção.
- E aí gata – chamou-lhe FUKU com um sorriso asqueroso em seus lábios – Pronta para perder pro papai aqui? – perguntou apontando para si mesmo passando sua língua por entre seus lábios em um gesto que fez o estomago de Ludmilla embrulhar.
- Que tal a gente conversar depois que eu ganhar dessa sua lata velha? – reformulou a pergunta acenando com a cabeça para o Nissan GT-R alaranjado vendo o homem trincar a mandíbula não contente com a resposta da morena.
- Vou te mostrar o que essa belezinha faz sua puta – rosnou ele com um sorriso debochado.
- Veremos – foi a única coisa que a morena disse quando ouviu a voz de adam pelo megafone.
- Vocês estão prontos? – perguntou vendo todos do carro assentir – Então que ganhe o melhor, lembrando que vale tudo na corrida – afirmou por fim vendo os carros acelerarem ainda mais alto ouvindo os roncos mais fortes dos mesmo para logo em seguida dar sinal para a mulher vendo-a retirar seu sutiã, rodopiando entre seus dedos e por fim joga-lo para o alto com um sorriso malicioso em seus lábios quando viu os carros acelerarem em perfeita sincronia assim que a peça caiu no chão.
Todos os carros estavam acirrados lado-a-lado, alcançando suas velocidades altíssimas em menos de segundos. A estrada era toda deserta, então a corrida baseava-se em uma linha reta até alcançarem uma pequena quantidade de pneus até o final da pista, onde teriam que contornar os mesmos voltando para a linha de chegada.
Ludmilla passou a marcha acelerando o máximo que pôde tendo a visão de Jimmy já posicionado à frente de FUKU e evitando o máximo para que o mesmo não o ultrapassasse.
- Bruce, posicionamento à esquerda e não deixe ele te acertar – disse Ludmilla em seu ponto de escuta vendo o homem trocar de marcha acelerando o carro e passando por ela já em sua posição.
- Franklin, agora é a sua vez, não podemos deixar ele escapar – anunciou a hispânica fechando suas mãos ao redor do volante com força dando visão de suas juntas ficarem avermelhadas. Quando avistou seu alvo acertar em cheio na traseira de Jimmy tentando ultrapassar o mesmo, a morena trincou sua mandíbula tirando sua arma do cós de sua calça e mirou bem no vidro traseiro do carro de FUKU atirando no mesmo, vendo o homem imediatamente abaixar a cabeça desesperado não conseguindo raciocinar direto sobre o que estaria acontecendo.
- Jimmy, mantenha o controle e não deixe ele de acertar novamente – advertiu a morena com os olhos faiscando de raiva.
- Mais que porra – gritou FUKU pegando sua arma e mirando para o carro de trás, disparando diversas vezes seguidas, o que fez com que Ludmilla saísse de sua traseira seguindo para a esquerda tentando desviar-se das balas – Morre desgraçada – vociferou o homem soltando uma gargalhada sórdida que foi quebrada assim que sentiu o carro da morena se colidir na traseira do seu deixando a arma cair de suas mãos para o assoalho de couro do mesmo.
- Todos em seus lugares – ordenou Ludmilla quando a mesma avistou os pneus atirando mais uma vez sobre o carro de Fukuda quando ele tentou passar pela brecha entre o carro de Bruce e Jimmy que estava à sua frente, mas Bruce foi mais rápido e virou seu volante com tudo para a direita acertando-o em cheio a lateral do Nissan GT-R, Franklin aproveitando da situação fez o mesmo procedimento virando o volante de seu Dodge Charger R/t para a esquerda de modo que o Nissan GT-R ficasse prensado sobre os outros dois carros.
- Seus desgraçados – vociferou FUKU socando o volante ao notar que seu carro estava todo dilacerado – Eu vou acabar com vocês, seus filhos da puta de merda.
Bruce e Franklin parearam seus carros ao lado do carro de FUKU onde Franklin apertou um botão no painel de seu carro e imediatamente foi lançado um cabo de aço com uma ponta aguda atravessando as laterais dos carros de Fukuda e Bruce onde o mesmo se abriu em uma ancora reforçando os três carros pareados. Fukuda arregalou os olhos quando percebeu que não teria para onde correr já que seu carro estava sendo prensado sobre os outros dois.
- Agora – gritou a hispânica reduzindo o carro trocando de marcha, puxando o freio de mão e acelerando ao máximo que podia virando o volante para a direita sentindo seu carro derrapar sobre a rua de terra e aproveitou para olhar pelo retrovisor abrir um largo sorriso ao ver os outros carros derraparem em uma sincronia perfeita. Esperou pelo momento certo e então trocou de marcha novamente tendo a visão de suas amigas posicionadas atrás de seus carros com suas armas já em posição. Ludmilla parou seu carro saindo do mesmo rapidamente sacando sua arma para no fim apontar em direção a Fukuda que tinha pequenos cortes sobre seu rosto devido o ocorrido de minutos atrás, a morena fez um gesto com a arma que estava em suas mãos para Bruce, Jimmy e Franklin, vendo os mesmos com suas armas miradas para o traficante saindo de seus carros lentamente. Bruce atirou sobre o vidro da frente do carro de Fukuda vendo-o se assustar posicionando suas mãos ao redor de sua cabeça abaixando a mesma por precaução, Jimmy aproveitou do momento e subiu sobre o capô do carro puxando FUKU sem nenhuma pena por seus cabelos arrastando-o para fora do veículo vendo-o gritar em desespero pelo ato inesperado – do até então desconhecido homem para ele.
- Mais que porra é essa? – gritou o homem sendo jogado ao chão mais especificamente aos pés da morena de olhos castanhos.
- levante – pediu a hispânica com toda sua paciência.
- Quem é você? – perguntou FUKU se levantando a contragosto passando suas mãos sobre suas roupas tentando inutilmente limpa-las – O que vocês querem comigo? Por algum acaso vocês sabem com quem estão lidando? – disparou suas perguntas novamente sem deixar transparecer um sorriso lascivo em seus lábios.
- A pergunta certa seria: Você sabe com quem está falando? – Ludmilla reformulou a pergunta e antes mesmo dele responder, Franklin agiu rápido acertando-o com uma coronhada em sua cabeça vendo o homem cair ao chão desmaiado.
- Oliveira, porque você não atira logo e acaba com isso de uma vez? – perguntou Daiane saindo detrás de seu carro junto com sua namorada caminhando em direção a morena.
- E qual seria a graça disso? – devolveu a pergunta para sua amiga com um sorriso nos lábios para logo em seguida fitar os rapazes a sua frente – Levem ele para dentro e o amarre – ordenou vendo os mesmos assentirem arrastando o homem desmaiado sobre o chão caminhando em direção ao galpão.
- Eu não acredito que você irá mesmo fazer isso Ludmilla – interveio Fernanda dessa vez indignada – Nós não temos tempo, daqui a pouco seus capangas irão começar a dar falta dele – advertiu com o semblante sério fazendo a hispânica apenas revirar os olhos para aquela possibilidade.
- Não irei demorar – afirmou a morena seguindo para a entrada do galpão – Vocês vem? – perguntou vendo suas amigas darem de ombros acompanhando-a.
Ludmilla Oliveira nunca fora uma mulher que apreciara daquilo que iria fazer naquele momento, em suas diversas missões, apenas fazia o que tinha de ser feito e dava por finalizado, mas sempre abria exceção quando seus alvos era, estupradores. Ela se lembrara até hoje quando matou um homem pela primeira vez não demonstrando nenhum arrependimento ou fraqueza, o mesmo estuprava crianças menor de idade, e poderia dizer que a hispânica nunca mais esquecera os gritos de sua última vítima quando o pequeno ser implorava para que o verme não fizesse o ato, o vídeo mostrava cenas fortes e a hispânica não aguentando acabou por vomitar no pequeno balde de lixo que havia ao lado de sua mesa. Lembrara até hoje das palavras nojentas do maldito homem quando terminou de violentar a pobre criança onde a mesma se encontrara com seu lindo rostinho banhado em lágrimas. "Porque você está chorando? Foi divertido." E foi ouvindo essas palavras que a morena jurou para si mesma que aconteça o que acontecer, sempre faria justiça com suas próprias mãos pelas vítimas indefesas de estupradores.
E lá estava ela, jogando um balde de água gelada na cara do estuprador a sua frente.
- Acorda! – exclamou a morena assim que viu o homem acordar assustado balançando a cabeça de um lado para o outro freneticamente.
- O que você quer de mim? – perguntou Fukuda ao notar que estava todo acorrentado sem nenhum vestígios de roupas em seu corpo.
- De você? – perguntou a hispânica com um sorriso macabro em seus lábios – Nada.
- ME SOLTA SUA VADIA – gritou o homem desesperado tentando inutilmente afrouxar as correntes de seus pulsos – Eu vou acabar com você sua vagabunda – ralhou se debatendo entre as correntes amarradas em seu corpo. Daiane e Fernanda estavam assistindo as cenas caladas em uma distância razoável dali, as mesmas já estavam com seus estômagos embrulhados para o que viria a seguir, o que não estava diferente para os rapazes.
- Você sabe qual o lugar que pessoas como você vai? – perguntou a morena com um bisturi em mãos caminhando em direção ao homem para logo em seguida parar a sua frente, quando notou o que Ludmilla estava segurando o mesmo arregalou os olhos intercalando seu olhar entre as mãos da morena e seus olhos.
- Vo-você, o que vo-você é? – perguntou FUKU desesperado com sua voz trêmula vendo a morena vestir um par de luvas de borracha para logo em seguida direcionar uma de suas mãos até o membro do homem apertando-o sem benevolência ouvindo seus gritos roucos de dor.
- Eu sou o seu pior pesadelo – sussurrou a hispânica em seu ouvido para logo mais passar a lâmina afiada ao redor de seu membro cortando-o vendo Fukuda uivar agoniado em sofrimento e se debatendo sobre as correntes abundantemente.
- DESGRAÇADA – gritou sobre suas cordas vocais alucinado pela dor tentando-a conter de algum jeito – SUA PUTA, O QUE VOCÊ ESTÁ FAZENDO COMIGO? – perguntou se contorcendo notando que seu sangue estava sendo jorrado pelo seu ferimento.
- Isso é o que acontece com pessoas como você – disse a hispânica não esboçando nenhuma compaixão ao ver o homem a sua frente se agonizando em dor, com o membro do rapaz em suas mãos a morena levantou as mesmas na direção dos olhos de Fukuda curvando seus lábios em um sorriso sarcástico – Abre a boca – ordenou a morena fitando o homem a sua frente com os olhos arregalados com uma expressão de angustia em sua face, e sem nenhuma pena, Ludmilla apertou suas bochechas com força fazendo a boca de Fukuda se abrir para logo em seguida enfiar seu pênis em sua boca para logo após fecha-la novamente – Agora mastigue e engula – exigiu vendo-o se repugnar e quando pensou em cuspir seu próprio órgão – Ludmilla foi mais rápida enfiando sua mão para dentro de sua boca empurrando o membro até o final de sua garganta vendo-o se engasgar dando indícios de que iria vomitar – Engole, ou eu mesma farei você engolir de um jeito que não irá gostar – decretou a morena fazendo com que o homem notasse que a mesma não estava para brincadeiras, e com muito custo obedeceu sem pestanejar sentindo repulsa ao mastigar seu próprio pênis – dolorosos minutos depois para o rapaz – Ludmilla ouviu o barulho de sua garganta constatando de que FUKU engolira seu órgão.
- Você irá se arrepender sua vagabunda – disse o homem com fúria em seus olhos cuspindo na face da morena que apenas fez que não com a cabeça se virando de costas tirando suas luvas e deixando o bisturi sobre a mesinha velha que havia ali pegando um pano para limpar a sujeira em seu rosto.
- É com vocês meninos – disse a morena acenando com a cabeça para que Daiane e Fernanda lhe seguisse até a saída do galpão ouvindo os gritos de Fukuda que com toda a certeza naquela noite teria uma morte bem lenta.
- Eu não sei como você tem estomago para fazer esses tipos de coisa – admitiu Daiane com seu rosto pálido caminhando em direção ao carro de Fernanda.
- Se fosse um filho seu que aquele verme teria estuprado, lhe garanto que teria estômago para fazer coisa pior – respondeu a hispânica simplesmente adentrando em seu carro deixando uma Daiane sem resposta e pensativa para o que acabara de ouvir.
Assim que todas as meninas adentraram em seus carros, as mesmas deram ré nos mesmos, seguindo uma outra rota diferente, e saindo daquele lugar rapidamente. A única coisa que elas queriam nesse momento seriam suas devidas camas, o dia fora de lá agitado para ambas. Quando Ludmilla avistou as grandes avenidas de Miami, se despediu de Daiane e Fernanda com um sinal de luz alta de seu carro dirigindo até seu apartamento.
POV LUDMILLA
A medida em que o tempo passa para nós, convivemos om pessoas diferentes o que acabamos por valorizar a nós mesmo. Com o tempo não nos importamos com o que vamos pensar, mas disponhamos nossos corações se alguém estiver a intensão de conversar. E geralmente é alguma coisa bem mais interessante. Nos conhecemos o suficiente para sabermos quem somos e o que queremos. Não demos atenção em quem não confiamos.
Você nunca precisa confessar seus pecados, quando já sabemos deles. Nunca precisamos se preocuparmos onde nossas vidas se encaixam. Basta agirmos como pessoas honestas e o resto deixe que a vida se encarregue em fazer. E que finalmente as pessoas nos entendam com o que somos, ou o que devemos ser. Não sou a mulher-maravilha, mas sou apenas um ser humano fazendo justiça por aqueles que não tem com o que se defender. Sou apenas uma mulher vulnerável e forte, incapaz e gloriosa, assustada e audaciosa – apenas uma mulher.
Sai do banheiro já tomada banho quando escuto o barulho estridente de meu celular tocando, olhei para o visor estranhando por ser Patrícia quem estava me ligando.
- O que você quer torre de babel? – brinquei assim que atendi a ligação.
- Onde você estava chocolate? Estou tentando ligar para você à horas e só dava na caixa postal – gritou a polinésia do outro lado da linha de modo que fizesse afastar o celular de meu ouvido.
- Estava visitando algumas obras da empresa – menti dando um tapa em minha testa ao esquecer que meu celular estava desligado.
- Vem agora para a casa da Brunna, ela não está bem – informou com sua voz um pouco mais calma, mas não deixando transparecer sua preocupação sobre a mesma.
- O que aconteceu Patrícia? – perguntei preocupada correndo em direção ao meu closet vestindo uma roupa qualquer.
- Ela passou mal hoje na empresa depois que você saiu, e não quer ir ao médico – disse dando-me para ouvi-la soltar um longo suspiro – Não demore Ludmilla – completou para logo em seguida desligar o telefone sem me dar tempo para lhe responder.
- Merda ... – resmunguei ao notar inúmeras chamadas perdidas de Patrícia e Brunna. Terminei de me arrumar saindo do quarto a passos rápidos descendo as escadas de dois em dois degraus até adentrar ao elevador apertando o botão me direcionando ao estacionamento do prédio.
Pelo visto estaria acontecendo alguma coisa, Brunna não era de passar mal tão fácil assim, nesses meses em que estamos juntas, nunca vi a latina pegar um resfriado sequer.
Sai do elevador caminhando apressadamente até meu carro adentrando o mesmo para logo em seguida arrancar com ele dali dirigindo à casa de minha namorada. Não me importei em passar por alguns sinais vermelhos, eu só queria ver como estava a latina. Passei pelos seguranças de seu condomínio e estacionei o carro de qualquer jeito em sua garagem, e sai do mesmo e nem me importei em apertar a campainha, passei pela porta subindo para o segundo andar adentrando em seu quarto onde avistei Brunna deitada em sua cama com a cabeça apoiada no colo de Patrícia.
- Amor ... – chamei-a tendo atenção das duas sobre mim – O que aconteceu? – perguntei caminhando em sua direção sentando na beirada de sua cama podendo notar a latina um pouco pálida.
- Não é nada demais cariño – suspirou a latina um pouco cansada – Patty que fala demais – disse fazendo a loira revirar os olhos para o que acabara de ouvir.
- Brunna, você quase vomitou suas tripas, e eu que falo demais? – perguntou a polinésia chocada.
- Foi apenas um mal-estar – retrucou se levantando e sentando sobre a cama.
- Vamos ao médico amor, você precisa ser diagnosticada – falei retirando meus coturnos engatinhando até ela me sentando ao seu lado.
- Não precisa amor – prontificou em dizer encostando sua cabeça em meu ombro esquerdo o que prontamente passei meu braço por detrás de suas costas puxando-a mais para mim – Acho que foi pela agitação que passei devido ao que aconteceu – confessou fazendo-me lembrar do acontecido de mais cedo.
- Assim que você saiu da empresa, ela quase pós sua sala abaixo – protestou a polinésia recebendo um olhar de reprovação da latina.
- Eu disse para você que estava tudo bem – afirmei acariciando seus cabelos ainda úmidos.
- Mas sua namorada não compreende chocolate, ela é teimosa – disse com um semblante sério.
- Está tudo bem gente – irritou-se a latina – Já até passou o meu mal-estar.
- Eu sei bem o porquê ... – divagou a loira fazendo-me rir com o duplo sentido de sua fala.
- Você só sabe pensar em sexo Patrícia? – perguntou Brunna em deboche.
- Não quanto você – retrucou para logo mais desviar do travesseiro que a latina jogara em sua direção – Já que você não quer ir ao médico, irei embora – disse pegando sua bolsa para logo em seguida me fitar com um olhar sério – Cuide dela Ludmilla, ela realmente não estava muito bem – avisou o que apenas concordei com a cabeça vendo Patrícia se despedir de nós e se retirando do quarto.
- Bru ... – chamei-a após alguns minutos em silêncio – Você não quer ir ao médico? – perguntei novamente preocupada.
- Não precisa cariño, foi apenas um enjoo momentâneo – falou adentrando suas mãos em minha camiseta fazendo um leve carinho em minha cintura – Pode ter sido a comida do almoço, não me caiu muito bem.
- Tudo meu anjo, mas você precisa ficar bem para a nossa viagem – falei lembrando-a de que dali dois dias iríamos finalmente para França.
- Eu sei, mas não se preocupe, já estou bem melhor – afirmou fechando seus olhos – Dorme aqui comigo? – pediu fazendo um biquinho charmoso em seus lábios o que acabei não resistindo e selei os mesmos em um selinho demorado.
- Claro, me deixe apenas retirar minhas roupas – pedi levantando-me e retirando minha calça e minha jaqueta, ficando apenas de camiseta e cueca box, tudo sobre os olhares pecaminosos da latina – Nem pensar – alertei-a me deitando ao seu lado quando a mesma abriu um sorriso malicioso em seus lábios.
- Mas eu não disse nada – falou deitando sobre meus ombros e entrelaçando suas pernas sobre as minhas.
- Não disse ... mas pensou em fazer – aleguei soltando uma risada anasalada – Está com sono? – perguntei vendo-a abrir a boca em um bocejo.
- Sim – afirmou soltando uma grande lufada de ar – E você? – devolveu a pergunta. Confesso que eu realmente estava cansada, meu dia foi muito alvoroçado, então a qualquer hora poderia capotar no sono.
- Estou – concordei com a cabeça beijando-lhe a testa.
- Então vamos dormir – concluiu a latina selando nossos lábios sentindo-o a maciez de nossos bocas coladas – Boa noite meu amor. Eu te amo – disse após separar nossos lábios para logo em seguida se acomodar melhor em meus braços soltando sua respiração pesada e fechando os olhos logo após.
- Boa noite meu anjo – desejei-lhe afagando seus cabelos – Eu te amo – completei soltando o ar dos meus pulmões ao imaginar que dali a dois dias iria pedir minha namorada em casamento, o que só aumentava ainda mais a minha ansiedade. Já estava tudo planejado, como eu, a latina também tinha um jatinho particular, então decidimos ir no seu, e as meninas e seus pais iriam no meu, já que era um pouco maior. Não poderia estar mais feliz do que ter pessoas que realmente amo ao meu lado, abri um sorriso singelo ao notar de que a latina já tinha adormecido em meus braços, inclinei minhas mãos até a cabeceira da cama apertando o botão vendo as luzes do quarto se apagarem e só assim me deixar levar pelo sono.
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Agradeçam as meninas que estão me ajudando hihi bjs Beloveds
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