Capítulo 12
O que vcs estão achando desse casal??
(Eu amo elas haha)
Boa leitura!
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POV LUDMILLA
Abri meus olhos com uma certa dificuldade por causa da claridade que se instalara dentro do meu quarto, lembrando-me da noite passada em que havia esquecido de fechar as cortinas – merda – resmunguei para mim mesmo sentindo minha ereção matinal, era sempre assim toda manhã. Me levantei da cama me espreguiçando sentindo meus músculos relaxarem. Olhei para o relógio e arregalei os olhos proferindo todos os tipos de palavrões possíveis por ter dormido demais. Peguei meu celular olhando o mesmo e constatando três ligações perdidas de Daiane e duas mensagens de Brunna e no mesmo momento me fazendo sorrir ao lê-las.
BRU: Boa Noite Cariño, acabei de chegar em casa, o jantar transcorreu perfeitamente bem. Tenha bons sonhos, beijos te amo.
BRU: Bom Dia meu amor, estou morrendo de saudades, assim que puder me ligue. Beijos te amo.
Resolvi que ligaria para ela depois, pois precisava tomar um banho rápido e voar para a empresa, antes que Daiane colocasse sua tropa atrás de mim, hoje eu teria uma reunião importantíssima, onde iremos fechar um contrato com os empresários e futuros donos de uns dos hotéis mais caro de Miami.
Assim que terminei meu banho me troquei rapidamente, comi qualquer coisa, me apressando em descer para o estacionamento onde avistei meu lindo carro, entrei no mesmo dando partida e nem me importando de passar em alguns sinais vermelho, teria que me preparar psicologicamente para enfrentar aquele demônio em pessoa. Falando nela, Dai ficou de me ajudar a fazer uma surpresa para Brunna, precisava apresenta-la aos meus pais, o que me fez lembrar de que ainda teria que ligar para eles depois o que acabei esquecendo desse detalhe.
Assim que estacionei meu carro em minha vaga da empresa, saí do mesmo caminhando em passos rápidos, dando um aceno de cabeça para os seguranças me fazendo notar a correria dos funcionários assim que os mesmos me avistaram, não sou uma chefe ruim, muito menos arrogante, pelo ao contrário, trato-os normalmente, mas claro que não é só porque não fico no pé deles que vou deixar de ser exigente, comigo é tudo ou nada, se eu pedir tem que fazer, odeio atrasos e gosto de pontualidade, o que não ando seguindo ultimamente desde que conheci uma certa latina. Adentrei ao elevador e suspirei assim que me vi ao grande espelho que havia nele, qual é, não é por nada não, mas eu estava gostosa pra caralho. Usava uma calça bege escura cintura alta, uma blusa manga cumprida amarela com a manga dobrada, nos pés usava um salto alto também na cor preta, e uma maquiagem extremamente leve, realçando apenas os meus olhos e deixando meus cabelos soltos com um pequeno penteado de tranças.
Assim que a porta do elevador se abriu, dei de cara com o meu pior pesadelo.
- Isso são horas Oliveira?! – esbravejou Daiane apontando para o relógio.
- Desculpa Dai ...
- Disculpa el carajo Ludmilla ... – interrompeu minha amiga antes que pudesse terminar a frase – Usted es la mierda de una empresaria, tiene que tener más responsabilidades en su trabajo – vociferou falando em seu perfeito espanhol.
- Desculpa Daiane – pedi baixinho – Eu me atrasei, isso não irá mais se repetir – falei colocando as mãos em seus ombros tentando acalmá-la.
- Tudo bem, desculpa por te insultar, não era minha intensão – disse soltando um longo suspiro.
- Mas você tem toda razão – balancei a cabeça concordando com suas palavras – Eu sou a dona dessa empresa, e não posso jogar as minhas responsabilidades em suas costas o tempo todo.
- Ludmilla ... não foi ....
- Não, tudo bem – sorri fraco – Vamos? Temos um contrato para assinarmos assim que nossos advogados terminarem de averiguar, e se tudo der certo, esse grande planejamento será nosso – falei convicta caminhando em direção a sala de reuniões.
(...)
- Foi um prazer fechar negócios com você Srta. Oliveira – disse Franklin Scott uns dos empresários me estendendo uma de suas mãos em um cumprimento.
- O prazer foi todo meu Sr. Scott, pode apostar que não iremos lhe decepcionar – disse convicta retribuindo o aperto em nossas mãos.
- Tenho certeza que não – sorriu-me simpático.
- Assim que o planejamento e o gerenciamento de nossas obras começarem comunicaremos o senhor – comuniquei vendo o mesmo assentir em concordância.
- Faça isso, queremos acompanhar a obra de perto – avisou-me ansioso – Vamos filha?
- Claro ... – disse Srta. Trinity Scott fitando-me com um sorriso malicioso – Foi um enorme prazer em te conhecer Ludmilla – frisou a palavra mordendo seu lábio inferior. É impressão minha ou essa garota está dando em cima de mim? – fiz uma careta com os meus pensamentos.
- Obrigada por confiar em nosso trabalho Srta. Scott – cortei-a imediatamente – Sr. Franklin, minha secretária irá acompanha-los até o elevador, obrigada mais uma vez – agradeci vendo o mesmo abrir um sorriso amigável se despedindo de Daiane e Fernanda junto com sua filha para logo em seguida se retirarem da sala de reuniões junto com minha secretária e o restante dos empresários.
- Se prepara Ludmilla, ao que tudo indica você terá uma pedra em seu sapato – alertou-me Fernanda me fazendo arquear uma de minhas sobrancelhas não entendendo onde a mesma queria chegar – Trinity ... só faltou te engolir durante a reunião toda – explicou me fazendo revirar os olhos. Estava tão interessada nesse novo contrato que nem se quer percebi o que se passava ao meu redor.
- Toma cuidado Ludconda ... – pronunciou Vero dessa vez – Brunna já deixou bem claro do que é capaz – brincou balançando suas sobrancelhas sugestivamente.
- Verdade ... pelo pouco que conheço sua namorada, é melhor você andar na linha – disse Fernanda entrando na brincadeira – Brunna é um furacão ... você viu que ela soube pôr Isabelly em seu devido lugar.
- Nem me fale – sussurrei mais para mim do que para elas mesmas imaginando do que a latina seria capaz de fazer caso pegasse a Srta. Scott dando em cima de mim, espantei esses pensamentos não querendo nem imaginar umas cenas dessas.
Conversei com Dai e Feer mais um tempo e as mesmas deram a ideia de sairmos naquela noite para comemorarmos nossa mais nova conquista. Eu realmente estava feliz, tenho o emprego dos meus sonhos, amigos amorosos, uma família maravilhosa e uma namorada que seria o sonho de qualquer um, não poderia estar mais radiante com o que anda acontecendo em minha vida, só tenho a agradecer.
Me despedi das meninas saindo da sala de reuniões e caminhando em direção a minha sala, ainda teria muitas coisas para fazer, começando em ligar para meus pais.
Minha mãe é uma mulher encantadora, podendo-se dizer assim. Dona Silvana sempre supriu as minhas necessidades, sempre me deu amor, cuidou de mim, enxugou minhas lágrimas, corrigiu meus erros, me levantou dos tombos que eu levava da vida, me deu conselhos nas horas que eu mais precisava, e sempre dizia não nas horas certas, além de tudo, minha mãe é e sempre irá ser minha amiga confidencial. Meu pai não era diferente, sempre me apoio em cada decisão que eu tomei em minha vida, mas sempre puxou minha orelha quando era preciso.
Peguei meu celular discando o número de minha mãe quando no terceiro toque a mesma atendeu.
- Mi Hija – cumprimentou-me com entusiasmo assim que atendeu a ligação o que não durou muito tempo – O que você fez dessa vez Oliveira? – perguntou acusatória me fazendo revirar os olhos.
- Boa Tarde para você também Dona Silvana, eu estou ótima, obrigada por perguntar, e estou com muitas saudades da minha mãezinha querida – falei debochadamente.
- Você me respeita Oliveira – advertiu-me séria – Você só é maior idade, mas posso muito bem arrebentar a sua cara – se eu não conhecesse minha mãe, poderia jurar que estaria falando sério o que só me fez sorrir de sua fala – O que você quer para estar me ligando agora e atrapalhando meu dia no spa? – perguntou com indiferença, mas aposto que tinha um sorriso nos lábios.
- Como sempre – revirei os olhos para sua ironia – Hum ... mãe e-eu q-queria ...
- Desembucha logo pequeña – cortou-me me fazendo soltar um longo suspiro, limpei a garganta e resolvi falar de uma vez.
- Eu queria marcar um jantar com todos vocês para poder apresentá-los minha namorada – falei com nervosismo na voz ouvindo minha mãe soltar uma risadinha do outro lado la linha já podendo imaginar o que estaria por vir em seguida.
- NÃO ACREDITO QUE MINHA FILHA DESENCALHOU – disse me fazendo tirar o telefone imediatamente de meu ouvido pelo seu grito inesperado – Pelo menos agora vai saber como usar a cabeça de baixo – gargalhou com sua piada sem graça.
- MÃE! – exclamei envergonhada – Por Deus eu não sou mais criança.
- Mas continua sendo meu bebê Ludmilla, não se esqueça que quem trocava suas fraldas era eu.
- Você não pode levar a sério o que estou te falando pelo menos uma vez na vida? – perguntei indignada.
- Claro que sim hija – disse suavizando sua voz – Eu estou tão feliz que finalmente você encontrou a pessoa certa – soltou um gritinho animado – Não vejo a hora de conhecer a bela jovem que conquistou seu coração. Ai hija eu estou tão orgulhosa de você ... e muito brava por estar me contando só agora Ludmilla – esbravejou do outro lado da linha me deixando confusa com sua mudança de humor.
- Desculpa mãe – engoli em seco com o seu temperamento – Mas Brunna realmente é uma mulher maravilhosa e ...
- Filha ... – interrompeu-me Dona Silvana agora com um tom mais sério – Se você à ama, faça o que tem de ser feito, não se esqueça que a sua felicidade será a minha e a de seu pai, e lhe garanto que será a dos seus irmãos também – disse me confortando – Não deixe que as suas inseguranças te sufoque e não se acomode nelas, não deixe que o seu medo te impeça de tentar, apenas acredite em você mesma, gaste suas horas sonhando, planejando, vivendo e espere para que o futuro lhe dê a resposta que você mais espera. Não tenha medo do seu destino mi pequeña, e nunca se esqueça que sempre estaremos ao seu lado.
- Obrigada mama – agradeci enxugando uma lágrima solitária que teimava em cair de meus olhos – A senhora não sabe o quanto sua palavra me deixou aliviada, e posso lhe garantir que irá amá-la.
- Eu sei que sim filha.
- Obrigada mais uma vez mama ... irei conversar com Brunna para marcarmos a data do jantar, e mãe ... – chamei-a cautelosa engolindo em seco – O jantar é simples ok? Brunna não gosta de coisas luxuosas.
- Eu já imaginava ... – deixou a frase no ar soltando uma risada do outro lado da linha.
- Mãe ... você não ...
- O que você acha sua desnaturada? – alterou seu tom de voz cortando minha fala – Acha mesmo que eu não iria investigar a pessoa com quem você escolheu passar ao seu lado? – perguntou debochada.
- Mãe! Por Deus, vocês não podem ficar investigando a minha vida assim, eu juro que irei matar a Daiane – ralhei nervosa.
- Você não irá fazer nada Oliveira. Eu sou sua mãe, e ainda mando em você sua irresponsável – pigarreou deixando sua voz mais suave – E eu quero netos hija, por favor não demore, seja uma mulher e coloque esse seu pintinho moreno para funcionar, ou então irei cortá-lo e terá de satisfazer sua mulher com seus dedos – gargalhou do outro lado da linha.
- Mãe ... por favor ...
- Eu te amo hija – me interrompeu novamente – Agora me deixe em paz, eu tenho mais o que fazer – disse por fim desligando a ligação na minha cara sem dar tempo de me despedir.
- Eu com certeza tenho a família mais louca do mundo – bufei sentando em minha cadeira.
- Falando sozinha Oliveira – disse Dai entrando em minha sala me fazendo se assustar ao ouvir sua voz.
- Estava falando com minha mãe.
- E como tia Sil está? – perguntou sentando na poltrona à minha frente.
- Adivinha? – devolvi a pergunta com ironia em minha voz.
- Já era de se imaginar – respondeu dando de ombros – Contou as novidades para ela? – perguntou me fazendo levantar uma de minhas sobrancelhas com sua cara deslavada – Não é minha culpa – defendeu-se levantando suas mãos em sinal de rendição – Mas fique você sabendo, que ela amou sua namorada sem ao menos conhece-la.
- Você acredita que ela disse que arrancaria meu pau fora se eu não lhe desse netos logo – falei revoltada lembrando da conversa que tive minutos atrás com minha mãe. Ouvi a gargalhada estrondosa de minha amiga soar sobre os cantos de minha sala – Não ri sua idiota porque isso não tem graça – bufei me levantando de minha cadeira e caminhando em direção ao bar despejando whisky em dois copos entregando um para Dai.
- Desculpa nega – tomou folego minha amiga – Mas quem tem um pênis aqui é você Ludconda – disse tomando um gole de sua bebida ainda com um sorriso cínico nos lábios me fazendo revirar os olhos – Não revire os olhos para mim, você sabe que sua mãe sonha em ser avó.
- Só que acontece que é muito cedo para isso Daiane – tentei lhe explicar – Preciso primeiro pedi-la em casamento e depois conversamos sobre isso juntas em um futuro próximo. Brunna e eu temos muitas responsabilidades Dai.
- Eu sei nega – concordou minha amiga – Mas você já se perguntou se Brunna quer ter uma criança? – perguntou minha amiga me fazendo pensar nessa hipótese, mas de qualquer forma ainda era cedo para se pensar no assunto.
- Não – suspirei pesadamente me sentando em minha cadeira novamente – Não irei descartar a possibilidade de conversar com Brunna sobre isso – completei vendo Dai concordar com a cabeça.
- Mas então ... já conversou com as meninas? – perguntou Dai mudando de assunto e me fazendo arregalar os olhos por ter esquecido completamente de ligar para a latina.
Peguei meu celular às pressas discando o número de Brunna, vendo minha amiga negar com a cabeça pela minha falta de atenção, ouvindo sua voz suave do outro lado da linha quando a mesma atendeu no quinto toque.
- Buen día cariño – saudou-me com sua voz manhosa em seu perfeito espanhol.
- Bom dia meu amor – sorri mesmo ela não vendo o meu ato – Desculpa não ter te ligado mais cedo e nem lhe mandado uma mensagem, estava ocupada no trabalho.
- Tudo bem cielo ... estava pensando em te ligar agora mesmo, precisava falar com você – disse me fazendo notar um certo receio em sua voz.
- Está tudo bem? Aconteceu alguma coisa? – disparei as perguntas uma atrás da outra preocupada.
- Sim ... não ... hum ... não aconteceu nada ... quer dizer não ainda ... tudo irá depender de você – comentou cautelosa.
- Estou aqui para lhe ajudar amor ... pode falar – pedi gentilmente tentando lhe passar confiança.
- Eu queria saber se você não queria passar esse final de semana comigo? – perguntou com um certo nervosismo em sua voz.
- Claro meu anjo – respondi prontamente – E onde seria?
- Bom ... – ouvi a latina soltar o ar com força do outro lado da linha – Será em casa ... – Brunna ficou em silêncio do outro lado da linha e poderia dizer que havia mais alguma coisa para a mesma me dizer, notando o meu silêncio a latina resolveu dar continuidade – Hum ... eu queria apresenta-la para os meus pais ... eles chegarão esse final de semana, e eu queria aproveitar a oportunidade para você conhece-los.
Ouvi a latina terminar de se explicar e me remexi desconfortavelmente em minha cadeira sem reação alguma, me petrifiquei no lugar pousando meus olhos em algum lugar especifico daquela sala e sem dizer absolutamente nada deixei com que meus pensamentos vagassem ao que acaba de ouvir.
"Brunna queria me apresentar para seus pais ... Meu Deus, e se eles não gostarem de mim? O que ... "
- Ludmilla ... você ainda está aí? – perguntou a latina apreensiva do outro lado da linha me tirando de meus pensamentos.
- Desculpa amor – pedi pela falta de atenção – É que eu não esperava por isso.
- Você não quer ir? – perguntou em um tom desanimado.
- Claro que não Bru ... – me aprecei em lhe responder – Eu irei sim.
- Sério? – perguntou para ter certeza ouvindo eu murmurar apenas um "Uhum" – Você não imagina o quanto eu estou feliz por você ter aceitado o convite. Irei ligar para os meus pais confirmando a sua presença.
- Ok, fico feliz por isso! Obrigada – agradeci um pouco ansiosa pelo final de semana, o que me fez lembrar do real motivo pela ligação – Bru ... eu queria saber se você não queria sair comigo hoje á noite ... quer dizer ... as meninas também, eu e Daiane fechamos um importante contrato essa manhã, e queríamos sair para comemorar ... o que você acha? – perguntei ansiosa pela sua resposta.
- Eu acho uma ótima ideia Cielo, irei falar com as meninas.
- Ok amor, nos vemos a noite então ... te amo, beijos.
- Guarde todos eles para mim ... te amo Cariño – disse encerrando a ligação do outro lado da linha.
Suspirei alto fechando os olhos com força tentando pôr meus pensamentos em ordem e só notei que minha amiga ainda continuava em minha sala quando a mesma resolveu quebrar o silencio.
- Que cara é essa Ludmilla? – perguntou Dai dando um gole em sua bebida.
- A Bru-Brunna q-quer me a-apresentar para sua fa-família – praguejei-me internamente por gaguejar e ouvir logo em seguida a estrondosa gargalhada de minha amiga.
- O que isso tem demais Pocahontas? – perguntou após se recompor – Você já enfrentou coisas piores.
- Realmente, já enfrentei coisas piores, mas estamos falando da família da Brunna. E se eles não gostarem de mim? E se os pais dela acharem que não sou suficiente para a filha deles? – perguntei afobada – Meu deus estou me sentindo uma completa idiota.
- Calma nega ... – pediu minha amiga preocupada – Você tem que relaxar e parar com essa mania de sempre pôr o "e se" em suas falas, você está nervosa atoa, nem conheceu os pais de sua namorada ainda, não vá colocando a carroça na frente dos bois, tente respirar e faça o seu melhor, você a ama, ela te ama, isso é o que importa. Você é uma boa pessoa, eles irão te amar, vai por mim – piscou-me tentando me passar tranquilidade.
- Não sei – admiti soltando um longo suspiro – Eu tenho medo Dai, eu quero que saia tudo perfeito, entende? Eu amo aquela mulher mais do que a mim mesma. Brunna me completa, ela me traz paz, tranquilidade ... – falei divagando em meus pensamentos vendo minha melhor amiga me escutar atentamente – Aquela latina é quente como o inferno ... – grunhi fazendo gestos com as mãos – Ela me deixa completamente louca – suspirei frustrada.
- Pelo jeito deixa mesmo ... – brincou minha amiga à minha frente – Eu mesma presenciei o grande espetáculo que ocorreu no dia anterior em sua sala.
- Nem me lembre Dai ...
- Lud ... – chamou-me minha amiga agora mais séria – Não fique colocando coisas em sua cabeça ... tudo irá transcorrer perfeitamente bem ... – levantou-se da poltrona à minha frente deixando seu copo sobre a mesa – Aproveite desta oportunidade e converse com o pai de Brunna sobre os seus planos – concluiu soltando-lhe uma piscadela e se retirando de minha sala logo em seguida.
Daiane tinha razão, terei que manter a calma, afinal se eu realmente queria me casar com Brunna, o mínimo que terei de fazer será enfrentar seus pais de qualquer jeito, não tinha por onde eu escapar, e seria isso que eu faria.
Deixei meus pensamentos de lado dando continuidade em meu trabalho de onde tinha parado, não vou mentir que estava muito feliz por conseguir fechar mais um grande negócio com uns dos grandes empresários o que me faz desmanchar o sorriso ao lembrar de sua filha abusada se atirando para cima de mim – Ah se ela conhecesse o temperamento latino de minha namorada – pensei comigo mesma me arrancando uma risada anasalada ao pensar na mesma. Mas o bom é que com esses novos contratos me faz afirmar de que minha empresa está crescendo ainda mais.
A hora do almoço chegou e resolvi almoçar em minha sala mesmo, ainda teria vários papeis para analisar durante a tarde toda e não queria perder tempo em atrasar o serviço e então resolvi almoçar por aqui mesmo. Estava analisando algumas plantas sobre as obras, quando escuto minha secretária pedir licença adentrando minha sala.
- Sra. Oliveira, com licença – pediu educadamente – Quero lhe pedir permissão para passar seus compromissos durante os próximos dias.
- Por favor Srta. Andrade – falei apontando a poltrona à minha frente para que a mesma se sentasse – O que teremos para essa semana? – perguntei interessada.
- Bom Sra. Oliveira – pigarreou abrindo sua agenda – Na terça-feira, a senhora precisará visitar algumas obras que estão quase terminadas e na próxima sexta-feira, a senhora terá o grande evento de gala com os empresários, será preciso confirmar sua presença junto com a da Srta. Daiane, e o restante da semana não tem nada marcado.
- Pode confirmar a minha presença e a de Daiane no evento, enquanto ao restante eu irei comparecer, eu precisava mesmo estar a par de como anda as obras – conclui lhe fitando – Por favor, me traga um café – pedi assim que a mesma já havia se levantado de sua poltrona.
- Um instante Srta. Oliveira – disse se retirando de minha sala.
Apenas acenei com a cabeça em concordância voltando minha atenção para os papeis em cima de minha mesa, alguns minutos depois Bia voltou com o meu café se retirando logo em seguida. Eu precisava de extrema urgência averiguar como anda as obras, não é porque sou dona de uma empresa de construção civil que deixaria nas costas dos encarregados, sou o tipo de pessoa que não admito falhas em minhas obras, e muito menos erros pequenos, tendo assim que satisfazer meus clientes fazendo um ótimo orçamento para que exista as possibilidades de um grande retorno financeiro não só para eles como para minha empresa também. Por isso a viabilidade executiva deve atender todos os estudos definidos analisando totalmente todos os três aspectos mais importantes. A engenharia, a economia e por último o financeiro.
Vocês devem estar se perguntando como eu consegui chegar até aqui com a minha idade. Simples, por ser filha do maior empresário de todos os tempos, consegui entrar dois anos mais cedo na escola, sempre me dediquei nos estudos, sendo assim uma aluna muito exemplar, pela minha inteligência e a capacidade de ter um ótimo raciocínio já foi o suficiente para que assim terminasse o ensino médio mais cedo, o que me ajudou muito, pois entrei na faculdade e me formei dois anos com antecedência. Meu pai já tinha a filial em Miami junto com a de Londres, assim que terminei minha pós-graduação o mesmo me nomeou como presidente da "Construction Executive Oliveira" de Miami, meu irmão Marcos já tinha sido nomeado presidente da "Construction Executive Oliveira" de Londres, o que fez meu pai abrir uma filial na França que segundo ele assim que minha irmã se formasse o mesmo irá prestigiá-la como a nova presidente de lá.
Claro que essas conquistas vieram com muito esforço e suor, nada viria fácil quando você persistisse em algo que muito deseja, o mesmo que aconteceu comigo, aconteceu com Brunna, com uma única diferença é que a latina estudou fora por persistência de seus pais querendo dar um estudo melhor para ela.
Lendo e relendo os contratos, foi que perdi totalmente a noção do tempo, teria que ir embora para que assim não me atrasasse para o meu compromisso. Guardei os papeis em minha pasta saindo às pressas de minha sala me despedindo de Bianca com um simples aceno de cabeça adentrando no elevador descendo para o estacionamento onde se encontrava o meu carro, adentrei o mesmo dando partida dirigindo caminho ao meu apartamento.
Eu tinha combinado de pegar Brunna em sua casa, para isso liguei para o meu motorista particular pedindo sua presença naquela noite, pois não queria que acontecesse nenhum acidente. Reservei uma mesa em uma das melhores boates de Miami e por uma grande sorte a mesma estaria com o tema da "Noite Cubada", o que me fez sentir um grande formigamento no meio de minhas pernas pois aquela noite iria pegar fogo.
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Ihaa quem vai conhecer os sogrinhos?? Haha
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