Hello Beloveds!

Boa leitura!
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POV BRUNNA

Casa da Brunna

Sala de estar

Escada segundo andar

Quarto de Brunna

Quarto de Hóspedes 1

Quarto de Hóspedes 2

Sala de vídeo

Sala de lazer

Área de lazer (fundo)

Cozinha de Brunna

***

Já era tarde quando sai da empresa com minha melhor amiga. Pegamos o elevador e apertei o botão direcionado para o estacionamento, onde se encontrava meu carro e adentramos o mesmo. Eu estava cansada demais, o dia foi muito cansativo, por isso resolvemos ir para minha casa e jantar por lá mesmo. Enquanto dirigia pelas avenidas de Miami em silêncio ouvindo uma música qualquer que tocava nas estações da rádio, Patty me perguntou:

- Então Cancho, sua namorada aceitou jantar conosco amanhã na sua casa?

- Patty, pelo amor de Deus - disse espantando-a - Ludmilla não é minha namorada, nos conhecemos apenas a três dias.

- Qual é Brunna - levou as mãos para o rádio do carro mudando a estação - Você está apaixonada por ela e aposto que ela também está.

O fato é que eu realmente não sei o que nós duas somos ainda. Mas não pretendo apressar as coisas e ir rápido demais.

- Respondendo sua pergunta - falei entrando em meu condomínio e acenando para o segurança liberar minha passagem, fazendo assim a cancela se levantar - Sim, ela aceitou jantar conosco.

Patty me olhou com seus olhos brilhantes com uma expressão nada boa ao meu ver, eu sabia que a mesma estava querendo falar alguma coisa, mas preferi não comentar nada. Saímos do carro assim que estacionei em minha garagem adentrando minha casa, onde aprontei-me de deixar minha bolsa em cima do sofá da sala de estar vendo minha amiga fazer o mesmo. Como Patty já era da casa, informei que iria tomar banho rápido, porém relaxante, assim que terminei de me vesti com um short de tecido fino confortável e uma blusa de mangas curtas e calcei meus chinelos havaianas com a estampa do Brasil. Sempre amei aquele país e espero um dia conhecê-lo. Desci as escadas em direção a sala de estar onde Patty se encontrava toda jogada em meu sofá assistindo qualquer programa de televisão m. Sentei-me ao seu lado e a mesma fingiu não notar a minha presença, fitei-a com um olhar mortal e falei:

- Desembucha Chris - antes que a polonésia falasse algo me adiantei - E não adianta me dizer que não é nada, porque eu sei que se passa algo nessa sua cabeça.

Pela primeira vez naquela sala, Patty tirou sua atenção da televisão me fitando para logo soltar um suspiro e falar:

- Eu não queria entrar nesse assunto ... - começou com cautela - Mas você sabe dos seus compromissos, e você realmente está apaixonada por ela e pretende ter algo sério ... - desviou o olhar para a TV - Você sabe Brunna ... Você sabe que é um caminho sem volta. - completou me fitando novamente.

Antes que eu falasse algo, ouvimos a campainha tocar indicando que a nossa pizza tinha chego. Como o entregador já era acostumado a entregar as encomendas em minha casa, não foi preciso o segurança anunciar sua chegada. Abri a porta pegando a caixa de pizza do entregador e lhe entregando uma bela gorjeta e vendo o mesmo abrir um largo sorriso agradecendo e por fim se retirando. Segui para a cozinha sendo acompanhada pela minha melhor amiga, onde pegamos o suco na geladeira e dois copos depositando o mesmo ao balcão e se sentando nos bancos que tinham ali. Peguei um pedaço de pizza, olhei para Patty e me pronunciei.

- Chee ... Não precisa se preocupar, Ludmilla não irá descobrir nada - falei lhe passando tranquilidade, Patty pegou um pedaço de pizza levando a sua boca e quando terminou de mastigar falou:

- Chan ... - Disse engolindo o restante da pizza - Você sabe o que acontece se alguém descobrir a nossa verdadeira identidade, certo? - hesitou em perguntar. Patty estava certa, seria suicídio se alguém descobrisse, mas ao meu ponto de vista, Ludmilla era apenas uma empresária, ou seja, uma Executiva de Construção Civil, mexe com obras e entre essas coisas, não teria como ela descobrir a minha verdadeira identidade, bom pelo menos é o que eu pensava.

- Eu sei Patty - engoli mais um pedaço de pizza - Relaxa que está tudo sobre controle. Pelo menos para mim - Completei em meio aos meus pensamentos.

- Assim espero Walz - disse bebendo um gole de suco.

- E como você e Juliana estão? - perguntei mudando um pouco o foco daquele assunto.

Juliana é minha outra melhor amiga, e uma das morenas mais lindas que Patty me apresentou a alguns anos atrás. Elas são casadas a mais de dois anos. A morena sabe das nossas vidas duplas que levávamos, e não só sabe, mais como também trabalha em minha empresa no departamento de TI, e além do mais, ela é uma das melhores é uma excelente profissional, entende tanto quanto eu sobre computadora e é uma administradora nata, além de entender sobre computadores a morena é formada em advocacia.

- Estamos bem - respondeu com um pouco de receio, senti que algo não estava se saindo bem entre as duas, e antes que eu abrisse minha boca para perguntar algo, Patty prontamente foi mais rápida em responder, me deixando ainda mais confusa - Ah você sabe Bru ... Elaquerterumfilho ...

- O quê? - perguntei não entendendo praticamente nada pela a mesma ter falado rápido demais - Patty fala um pouco mais devagar, que eu não entendi a última parte - falei com uma de minhas sobrancelhas arqueadas. A morena deu um longo suspiro, deixando seus ombros caírem, e me fitou com um semblante sério.

- Ela quer ter um filho - murmurou a polinésia baixinho. Em um rápido movimento, me levantei do banco para abraçar a minha amiga com um enorme sorriso nos lábios mostrando o quanto eu estava feliz pela notícia que acabara de ouvir.

- Patty ... - me desvencilhei do abraço agora encarando minha melhor amiga - Essa notícia é maravilhosa - concluo à encarando.

- É sim Bru - disse a morena concordando com a cabeça - Mas ..., mas você acha que eu serei uma boa mãe? Não sei sabe, acho que não irei se ... - não deixei ela terminar aquela frase dando-lhe um tapa em sua cabeça- Touché, isso dói bunduda - resmungou esfregando a mão no local.

- Para de pensar besteiras Cancho, você com toda certeza será a melhor mae para o seu filho - falei dando o meu melhor sorriso.

- É que as vezes eu penso que não serei suficiente para Juliana e para o nosso filho entende? - perguntou com um semblante triste - E também estou ansiosa com os preparativos para a inseminação ... Juliana quer fazer a fertilização In Vitro - respondeu preocupada.

- Não se preocupe com isso Patty, não tem o que vocês terem medo, ocorrerá perfeitamente bem. E pode ter certeza que quando Juliana disse o sim para você no altar, ela já imaginava que seria com você que ela queria passar o resto de sua vida. Você é uma boa esposa - falei com convicção nas palavras tentando lhe passar segurança. Patty deu um pequeno sorriso mostrando que estava satisfeita ao escutar o que eu acabara de dizer para a mesma atendendo a ligação no mesmo instante.

- Agora eu é que te pergunto ... - brinquei assim que atendi a ligação - Isso tudo é saudade de ouvir a minha voz? - perguntei ouvindo sua risada do outro lado da linha.

- Convencida - disse ela sarcástica - Er ... Bru, eu queria te pedir uma coisa - soltei um som nasal para que ela continuasse ao perceber seu nervosismo em sua voz - Eu queria saber se eu poderia levar duas amigas minhas amanhã no jantar? - percebendo minha demora para responder, ela logo se pronunciou - Hm ... tudo bem se você não quiser, eu irei entender se vo ...

- Tudo bem cariño - interrompi sua fala me sentando no sofá - Pode trazer elas sim, será uma honra conhecer suas amigas.

- Obrigada Bru ... E você como está?

- Estou bem, mais ainda com saudades - falei manhosa - E você, está bem?

- Sim amor ... amanhã Bru ... - ouvi Ludmilla pigarreando do outro lado da linha - Amanhã teremos uma noite maravilhosa - Não sei porque, mas senti um formigamento em minha intimidade com seu duplo sentido na frase.

- Irei cobrar Oliveira, pode apostar, estarei lhe esperando amanhã - sussurrei concordando com a mesma. Nos despedimos da ligação e deixei meu celular na mesinha de centro percebendo que minha amiga estava com uma cara de desdém para mim, sabia que ela iria provocar, por isso não me importava mais para suas implicâncias.

- Credo, que melaço vocês duas ... O nível do açúcar em meu corpo subiu lá em cima agora - provocou sarcástica.

- Cala a boca Patty - apontei o dedo na cara dela - Não venha falar de mim, que só eu sei o que passei quando você conheceu a Juliana, você fazia pior - provoquei soltando uma gargalhada quando a mesma apontou o dedo do meio para mim.

- Mas então ... - começou mudando totalmente de assunto o que me fez rir ainda mais - Ela é boa de cama? - perguntou maliciosa me deixando completamente sem jeito. Patty era minha melhor amiga, então eu confiava plenamente a ela qualquer assunto. Por isso respirei fundo, colocando um sorriso torto na boca e mordendo meu lábio inferior antes de encara-lá.

- Mais do que isso Cancho - falei sem hesitar na resposta.

- Aposto que aqueles dedos dela deve fazer milagres, pelo que eu te conheço você é um furacão na cama é essa sua cara de sonsa aí não engana ninguém - falou soltando uma risada alta por ver uma expressão de confusão que se formou em meu rosto.

Acontece que eu não tinha comentado com Patty que Ludmilla era interssexual, não que isso seria um problema, pois a mesma me disse em Cuba que praticamente Miami inteira sabia de suas condições, por isso Ludmilla tinha tantas mulheres aos seus pés, e a maioria era tudo por curiosidade para saber como era. ela nasceu assim por problemas que sua mãe teve durante a sua gestação, mas esse problema não impede Ludmilla de ser uma pessoa normal - Muito pelo ao contrário - disse comigo mesma fazendo meu corpo se arrepiar com mais pensamentos que surgiam em minha mente. Vendi minha demora em lhe responder minha amiga se prontificou.

- Está tudo bem bunduda?

- Hum ... Er ... E-eu pre -preciso te dizer uma coisa - tentei inutilmente não gaguejar o que foi impossível - Er ... Ludmilla ... ela ... ela ... - passei a mão na nuca sem jeito para dizer aquilo.

- Fala logo Brunna! - exclamou minha amiga impaciente.

- Ludmilla é interssexual - soltei de uma vez, e no mesmo instante vi sua expressão confusa, e então eu me prontifiquei a falar - Ela nasceu com um órfão genital masculino, devido algumas complicações na gestação de sua mãe - explique para logo em seguida ouvir a morena soltar uma gargalhada que eu não consegui decifrar o motivo.

- Puta que pariu Cancho - disse tomando fôlego - Além de sortuda por ter uma deusa grega daquelas ela ainda tem um pênis? - perguntou me fazendo corar violentamente com sua pergunta indiscreta, a polinésia sessou sua gargalhada de repente e colocou uma expressão na cara como se estivesse pensando em algo - Então quer dizer que ela consegue fazer filhos? - perguntou novamente me deixando ainda mais tensa.

Eu não tinha parado para pensar em tal assunto, apesar que se Ludmilla fizesse filho, eu estria completamente tranquila, afinal nós duas transamos apenas uma vez sem camisinha, e nas outras vezes a mesma gozava fora, quer dizer não exatamente, mas lembro-me muito bem de ter tomada a - pílula do dia seguinte - no dia seguinte, claro que eu não costumava fazer isso, foi a primeira vez, e também não iria cair na besteira de ficar tomando essas pílulas porque geralmente elas não funcionam direito. Estava fitando qualquer canto naquela sala em meus próprios pensamentos quando Patty me chamou atenção.

- Você sabe que pode correr riscos de você engravidar caso ela faça filhos, afinal é a primeira vez que você tem relação com uma pessoa que tem um órgão genital masculino - disse arregalando os olhos com o que acabara de passar em sua mente - E isso conclui que você não tomava anticonceptivos, Brunna não vai me dizer q ...

- Claro que não Patty - interrompi a polinésia entendendo seus pensamentos - Isso está fora de cogitação, a gente usou camisinha ... - me remexi no sofá desconfortavelmente - A gente transou só uma única vez sem ... - sussurrei baixinho vendo minha melhor amiga me encarar pasma com o que acabara de ouvir, mas antes que falasse algo logo me apressei em dizer - Não se preocupe ela gozou fora ... Quer dizer ... Não exatamente ... Mas eu tomei a pílula - completei vendo ela respirar em alívio e enrugar sua testa.

- Também não preciso saber dos detalhes - afirmou me fazendo gargalhar.

(...)

Continuamos nossa conversa sobre coisas aleatoriamente e sobre o jantar que ocorrerá no dia seguinte, quando já estava ficando tarde minha melhor amiga resolveu que já estava na hora de ir embora antes que sua mulher ligasse querendo saber o motivo de sua demora, Juliana com ciúmes, não era Juliana, a morena tinha o seu limite, mas nenhuma outra mulher séria louca de ficar em seu caminho, nem mesmo eu. Me despedi de Patty, e subi as escadas adentrando ao meu quarto e me jogando na cama, estava cansada, e precisava tirar uma boa noite de sono e me fazendo ter uma leve impressão que algo me dizia que aquele jantar sairia uma bela de uma amizade entre as meninas. Fechei meus olhos vendo o sono me dominar, e a última coisa que vi foi uma mensagem de Patty dizendo que já tinha chego, e que estava tudo bem.

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Essa conversa é engraçada kkk

Amo essa amizade! Votem aí galera ;)