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Chapter Twenty Six

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Obrigado a todos que estão lendo, muito obrigado mesmo ❤😢
To muito feliz, espero que gostem do capítulo de hoje ✨

Boa leitura!

“E um dia acordei e não me pertencia mais. Foi quando o mundo parou para mim e eu soube que havia sido beijado pelos lábios negros da morte.”

— SweetOnlyAngel

Narradora

— O que aconteceu de verdade doutor? — Anne perguntou debruçado em lágrimas não acreditava que estava passando por tudo aquilo novamente. Faz poucos meses que Harry havia saído do hospital por causa do atropelamento e de repente ele sofre um acidente pior.

Segundo testemunhas que pararam para prestar o socorro um homem corria mais de cem por hora e ingeria álcool durante o trajeto. E assim seu carro colidiu brutalmente contra o de Harry, o mesmo que ao ser atingido capotou duas vezes até ficar virado perto de um porte. Durante as viradas, o casal de namorados fora arremessado para frente batendo fortemente o rosto contra o vidro e o crânio chocou-se contra o chão, o carro fora arrastado pelo asfalto até que o motorista tomasse o controle, ambos foram encontrados banhados pelo sangue e com as as mãos entrelaçadas. Desacordados e com a respiração fraca.

O motorista esta inconsciente no hospital mas não levou ferimentos graves, por esse motivo uma escolta de polícias — cerca de cinco — o levaria direto para a cadeia pois Anne e Eva o denunciara, desejando a justiça.

A primeira a ficar sabendo do acidente fora Anne que tentava ligar para o filho mas não obtinha nenhum retorno. Afinal ela o ligava para que ele visse e mandasse uma mensagem de imediato e Harry sempre fazia isso. E desesperada, chamou Eva para saber de Louis, a mulher também não tinha notícias. Após várias tentativas de contato, atenderam a ligação no celular de Harry e lhe disseram a tragédia.

As mulheres devastadas e Robin, foram imediatamente para Park Hill Hospital. Eva já esteve ali e acabará retornando por conta de mais uma tragédia. Seu coração estava aflito e preocupado como de uma mãe. Pois Louis era como um filho para ela e sempre seria — assim como os outros. Anne e Eva estavam de mãos dadas sendo apoio uma da outra. Pouco se sabiam o que tinha acontecido com seus meninos afinal chegaram e ambos estavam na sala de cirurgia. Demorara cerca de três horas e meia até que o médico voltasse com notícias.

E lá estava ele acompanhado de uma enfermeira, deixando a família preocupada pois não conseguiam decifrar a expressão de seus rostos.

— Doutor, diga logo! — a mesma insistiu.

O senhor Jackson pegou sua prancheta com o olhar fico nas palavras que estavam ali escrito.

— Sinto muito. — ele as encarou.

— Oh céus não! — Eva e Anne se abraçaram em meio a soluços.

— Eu quero meu filho de volta! — Anne exigia com o rosto pálido. Eva não conseguia formar as palavras. — Faça o voltar!

Negando com a cabeça, o Doutor pediu gentilmente que as mulheres ali se acalmassem. E embora o ocorrido tenha vindo como um baque forte e lhe dando uma rasteira, Robin estava com o olhar desolado, escorrendo as lágrimas mas sendo forte para questionar o homem de branco:

— Doutor nos explique melhor... Esse “sinto muito”. — ele queria acreditar que tudo não era um simples mal entendido da parte do profissional. — Por favor... São nossas crianças.

— Queiram respirar meus caros. — ele apontou para as poltronas e sofá vazio.

— Você acha que estou em condições de respirar? — Anne refutou.

— Anne, vamos nos sentar amor. — Robin lhe afagou as costas.

Em meio a soluços as mulheres foram guiadas por Robin que derramava suas lágrimas. Assim que repousaram os corpos, mantiveram o olhar no médico.

— Fizemos o máximo para que tudo ocorresse bem na cirurgia, seus filhos sofreram muito com a pancada e o capotamento. O mais estranho é que se feriram igualmente, não teve proporção maior de gravidade pra um ou outro. Tudo igual. — repetiu. — Infelizmente, sofreram traumatismo craniano, três costelas fraturados pela pancada, inchaço no fígado, ombros deslocados e por perderem muito sangue, acabará por resultar no acúmulo de água no pulmão, não sei o motivo mas acredito que a gravidade de todo o acidente a fez subir ali. Exatamente por isso que sinto muito — ele negou. — Por mais que horas de cirurgia tenha saturado esses ferimentos, eles estão fracos demais para acordar.

Por um lado, Robin respirou aliviado.

— Eles ficaram em coma? — perguntou o homem.

— Sim. Infelizmente esse coma não podemos dizer se voltaram a vida. Eles ficaram na UTI pois é muito grave. — afirma o médico. — Esse coma pode durar anos porém depende agora somente dos jovens, eles decidem se querem voltar ou não. Tudo o que fizemos já se esgotou... Eu sei que é estranho de se ouvir de um médico que ama ciência, mas, orem pois somente um milagre pode os ajudar. Só não percam a fé.

Anne não conseguia digerir aquilo, não conseguia acreditar que passaria por tudo aquilo de novo. Para ela que era mãe lhe causava angústia e ansiedade, medo de Harry não poder voltar. Pois não se tratava mais de doar um coração e sim de esperar para que seu filho reaja. Estava lhe doendo mas era grata por ele ter sobrevivido a cirurgia. Ele e Louis. Acabando também por ela alimentar uma raiva do causador do acidente com aquele casal.

Um milagre...

Eva pensava nele pois Louis sofrera muito com o acidente e ainda sim conseguiu sobreviver a cirurgia. Se não era obra de Deus ela não sabia explicar o que era. Naquele momento em meio de lágrimas, ela agradeceu aos céus por Louis está vivo e Harry também. E pensando como as coisas mudaram depois da vinda de Harry, em como os dois passaram tempo demais longe, se levantou com o olhar sereno.

— Doutor... Posso pedir uma coisa? — ela ergue a mão.

— Faremos o possível para te atender.

Eva engoliu o choro para fitar Anne e Robin, voltando-se para o homem.

— A única coisa que peço é que os deixe juntos na UTI, no mesmo quarto porque sei que quando acordaram a única coisa que vão querer é saber um do outro. Claramente se Anne e Robin concordarem comigo.

— Estamos de acordo. — Disse os dois.

— Eu não sei se será possível...

— Por favor. — Eva o corta. — Sei que é pedir muito mas não é pedir demais. Eu sei que Louis vai querer saber do Harry e ele não manterá o controle até que esteja ao lado do seu namorado.

Todos estavam o encarando a ponto de intimidar o profissional e a mulher que estava ao seu lado.

— Eu farei isso. — cedeu com um aceno. — Mantenham-se fortes.

Em pensamentos distantes e melancólicos. Eva pensava e repetia mentalmente para si mesma “Uma frase não acaba em uma vírgula ou sem ela, assim como as palavras a vida de Louis e Harry não poderiam acabar em uma vírgula. Existe uma reticências que necessita de uma palavra para a completar, continuar escrevendo a história porque ela está no desenvolvimento.”

— Obrigada. — Anne se arrastou até a mulher que estava em prantos. — Eu sei que eles vão sair dessa.

— São nossos meninos. — Eva segurou sua mão e a apertou. — Estaremos aqui por eles.

***

“A vida parece irrelevante, escassa, horrível e sem sentido até que você não a tenha fazendo parte de si.”

Louis

Eu estava cansado de lutar contra aquela escuridão. Estava me entregando de vez a seja lá o que fosse que estava querendo me levar porque eu realmente não quero mais tentar alguma coisa. Não consigo mais seguir em frente, estou fraco demais para dar algum passo. Deito a cabeça no chão e espero a morte. Cansado demais para sentir algum medo. Está um breu descontento e escuto vozes gritando e mais alto, dessa vez uma luz muito forte me invade fazendo com que eu force meus olhos e dê alguns passos para longe da morte que se aproxima.

Lou”

“Levante, levante, levante. Ora levante

Aquele chamado era pertinente e me deixava bravo. Mas eu cedo porque era como um despertador que insiste até que você realmente ceda. E era o que estava fazendo. Abri meus olhos e senti uma leveza estranha, todos meus sintomas de dores de cabeça haviam sumido, não consigo recordar o que aconteceu ou porque estou deitado em algo gélido demais, gemendo sonolento, encaro o chão de um corredor de hospital?

Mas o que eu fazia dormindo no chão do hospital? Meu Deus que vergonha, não sei o motivo de estar ali mas com certeza é constrangedor para mim. Tantos lugares e justo o chão?

Tratei de me levantar logo para que ninguém viesse caçoar de mim ou achar que sou um morador de rua — O que seria até engraçado se eu não me encontrasse em uma situação embaraçosa com meus pensamentos e memórias perdidas. Assim que meus pés passam a sustentar meu corpo, me encaro de cima a baixo, estava com uma calça jeans apertada, moletom vermelho e meus velhos vans. Estranhamente me vi, eu, tipo quando não estava.... Quando não tinha anorexia. Fechei os olhos e percebo que ao levantar também não sentir vertigem, outra vez algo estranho e desconfortável. Passei a mão na cabeça e me assustei, sentindo meus cabelos inteiros e caíram no meu rosto...

Como?

Desesperado corro até uma janela com vidros escuros e fico boquiaberto me vejo bem. Tudo estava ali, cabelos fortes, crescidos, com cor, nenhuma clavícula amostra, sem manchas... Cheguei a sorrir para meu reflexo vendo meus dentes tão fortes e um olhar com mais vida. Nenhum osso exposto pois a carne cobria e eu não sentia dores no estômago, não estava com enjoo e não tinha medo. Não tinha medo do que estava vendo sendo que passei a minha vida inteira o sentindo.

Mas o que se passa aqui?

Estranho é olhar para mim mesmo. Depois de tanto tempo que assusta mas não causa medo — pelo menos era o que estava sentindo agora. Me questionando se dormir por tanto tempo e fui capaz de encontrar a cura para mim. Mas será que ela existe mesmo? Não é um fato ilusório? Um sonho?

Eu estava confuso e absorto ao que acontecia. Não tinha ninguém passando naquele corredor então eu resolvi caminhar para longe do meu reflexo. De tanto que eu pensava minha cabeça também não doía.

Parecia que minha alma havia saído do meu corpo e diluído ao outro mundo. Mas acredito que tudo isso seja apenas um sonho.

Virando a esquerda, me deparo com a real movimentação de um hospital e as pessoas passavam por mim e não me encaravam. Outra vez comecei a estranhar porque o que mais elas fazem e encarar o esqueleto humano que me tornei. Então uma mão me da um tapa na testa e lembro que não estava assim. Por isso não encaravam tanto.

Mas ainda assim estava perdido. Precisava de alguma informação.

Uma enfermeira caminhava na minha direção, mordi meus lábios pensando se era uma boa ideia portanto a insegurança não me afetou.

— Com licença... — a chamei mas a mesma passou por mim não me dando atenção. O que foi uma falta de educação da sua parte.

Ta certo que não sou grande coisa não precisava ser tratado daquela forma. Suspirei olhando para ademais pessoas que por ali circulavam... Teria que tentar falar com alguém.  

...

E eu tentei mais de dez pessoas e eles passaram por mim sem me encarar. Aquela falta de escrúpulos estava me deixando nervoso. Eles todos estão demasiados a demência humana comigo, só pode!

Estava prestes a gritar para tentar fazer alguém me ouvir quando ouvir o seguinte:

— Harry Styles ficará nesse quarto também. — dizia um homem alto com avental branco.

Meu corpo ficou rijo e meus braços sentiram aquela pressão leve dos pelos se eriçando. Deixei de lado o que estava procurando e segui os enfermeiros cujo empurravam uma maca para um quarto e havia outra cama nele. Meu coração acelerou quase saindo pela boca. Não sei o que houve mas se Harry estava internado algo ruim aconteceu.

Preocupado, virei no corredor que estava escrito “UTI”, foi quando algumas coisas pareceram perder o foco pra mim. Embora eu não sentisse isso, apoiei minhas mãos na parede para que me sustentasse e continuei seguindo os homens que se quer notava minha presença ali. Também não me importei com esse detalhe, na minha mente só vinha “Harry”.

Chegando perto do quarto com a porta aberta, entrei em silêncio e me escondi quando os enfermeiros estavam saindo do quarto. Atrás da porta eu ouvi:

— Nossa parece que senti uma presença aqui. — engoli em seco após isso.

— Calma, deve ser porque tem duas pessoas quase mortas aqui. — respondeu seu parceiro.

Fiquei pálido diante aquele comentário cético. Como assim, coma? Duas pessoas? Quem era que também estava naquele quarto com o Harry? Por que ele estava em coma?

— Isso não foi engraçado. — disse o que comentou primeiro. — Vamos voltar ao trabalho.

A porta fora fechada e assim soltei uma respiração brutal. Eu nem sei como consigo me controlar ao saber que meu namorado estava em coma e eu se quer fui notificado disso. Meus olhos de encheram ao mesmo tempo que se arregalaram diante aos corpos que eu via. Na verdade eu não queria que fosse real e que se fosse um sonho ruim pudesse despertar logo pois tudo parecia uma tortura particular que me fez soluçar e uma expressão pasma cruza meu rosto. Meus dedos entre meus lábios e os lábios tremiam me fazendo perder minha sanidade mental.

Cambaleei duas vezes para trás e me segurei em uma barra de ferro da maca. Olhando não somente para o Harry coberto por aparelhos como para mim mesmo na outra cama. Pálido, sem meus cabelos, eu estava literalmente morto olhando bem. Exaurido ao coma.

Por um segundo... Veio toda a cena... O carro, Harry sorrindo para mim depois de nos beijarmos, eu querer seguir o tratamento... Uma luz forte e ele apertando minha mão e tudo desfocar.

Não... Sofremos um acidente?!

NãoDeus, não. Olhar para aquelas feridas me causavam injuria no estômago. A ânsia subia cada vez mais porém não tinha como. As lágrimas escorrem pelo meu rosto a medida que eu caminhava até a cama do meu Hazza. Meu lindo, Harry. Meu grande amor estava em coma também, meu coração apertou pois estava o vendo com o rosto inchado, ferido e sem vida. Molhei a garganta negando com a cabeça e tentei o tocar. A máquina ligada ao meu coração acelerou ao mesmo tempo que o meu acelerou.

Não sentia nada, absolutamente nada. O quente da sua pele ou o quão ela era macia. E em meu peito apertou como uma chacina em brasa, corroendo minha carne viva e aberta. Nem a morfina projetada foi capaz de me conter. Meus joelhos bateram contra o chão e derramei mais lágrimas — não sabendo como era possível.

Por que eu estava passando por isso? Por que estava sendo obrigado a ver isso?

— Amor... Eu... Sinto muito. — o encarei. — Harry... Harry... Por favor não me deixe. Por favor... — não conseguia formular palavras. Tudo me indignava e estava afogando, deixando-me sem ar.

Eu só queria estar em seus braços nesse momento e saber que estava tudo bem. Mas eu não sabia o que estava acontecendo comigo ou porque estava sendo o único vendo toda a cena. Eu não quero ser o único a carregar uma dor, eu não quero dor... Eu quero Harry.

Coloquei minha cabeça entre as pernas e mergulhei em lágrimas cada vez maiores que transcendiam a essência do espaço vazio que ficou dentro mim. Sem ele não parecia ter cores, vida, realidade, felicidade ou quaisquer coisas boas que pude sentir ao seu lado.

Existem vários tipos de dores, vários tipos de relações que nos ligam a elas; as internas são as mais fortes. Cada vez que elas passam a significar algo pessoal seu com você que ligam a outrem. E quando liga não é para se sentir roubado quando é alguém que ama, na verdade é ser retirado com ela. Dores... Não existe escala de menor ou maior grau. Congruente e a bruta bate na nossa porta sem ser convidada. E se te fere, se faz com que seus sentimentos reajam a ponto de expelirem através de você, é porque simplesmente é sua. É para sentir e machuca. E a da perda parece que te cerra com agulhas de tantas pontadas que lhe deixam... Dilacerado.

— Lou!

Eu despertei. Como se fosse a bela adormecida após o príncipe tomá-la em um beijo de amor verdadeiro. Olhando por cima do ombro, eu o vi me encarando perdido, os reluzentes olhos azuis ainda estavam brilhando porém eu acredito ser as lágrimas que dele brotaram. Seus cachos estavam de volta, embaladinhos como se fossem macarrão e jogados no rosto. Harry usava uma blusa branca de frio acredito ser de algodão, calça jeans e all star branco. Dessa vez ele encarou nossos corpos debilitados na cama sob macas.

Porém eu não me importei com aquilo, não me importei dele estar olhando para meu corpo na maca, tudo o que fiz foi correr até meu namorado e envolver meus braços ao redor da sua nuca e afundar meu rosto ali. Harry estava comigo, de alguma forma, era tudo o que eu precisava. Certificar que meu amor estava bem.

Demorou um pouco para ele retribuir meu abraço mas o fez, apertando minha cintura de modo que eu suspirasse. Em prantos tudo que eu conseguia era soluçar, inalando seu perfume que ainda estava permanente no seu corpo. E ele não reagiu diferente por isso estamos sincronizados em dor.

 O que aconteceu com a gente? — arregalo os olhos ao ouvir sua voz. Harry fez o mesmo se afastando de mim e colocando os dedos entre os lábios.

Claramente, não estava esperando que ele falasse e céus... Que voz linda ele tem. Tão grossa ao mesmo tempo que suave e traz conforto. Harry negava a todo instante enquanto o encarava.

— Sua voz... Amor... — tentei dizer.

— É estranho. — ele fazia expressões ao falar. — Eu nunca a ouvi assim.

— Ela é linda. — sorri em meio a lágrimas.

Foi quando seu olhar passou por mim de cima a baixo, daquele modo que Harry consegue me deixar sem graça.

— Esse é você? — Indagou surpreso.

— Sim. Horrível? — ele negou. — Não?

— Você é maravilhoso! — Harry sorriu vindo para mais perto de mim. — Muito lindo. — selou seus lábios na minha testa.

Encarei meu corpo na maca, tão debilitado que dava vergonha de deixar Harry o encarar quando se afastou de mim.

— Estamos mortos? — perguntou sem entender muito.

— Em coma. — molhei a garganta. — Nossos corações ainda estão batendo. — afirmei. — Você lembra...

— Sim, lembro do acidente. — como primeiro ato segurou minha mão como fez no carro. Tive uma vontade maior de chorar por lembrar do que nos aconteceu.

Parecia uma coisa de filme mas não era brincadeira. Não era uma história fantasiosa, é a vida real vista de outro ângulo. Estar olhando para você e não sendo através de um espelho, mas como se tivesse duas versões minhas. E daqui eu conseguia ver o que fiz comigo, o que causei no meu corpo e na vida que fui tirando do garoto que parecia sem vida na maca.

De alguma forma estava me sentindo um monstro por... por tudo.

Olhando para mim mesmo daquela forma e para minha “alma” aqui. Eu queria abraçar aquele garoto e me desculpar por tudo o que o fiz passar.

— Hey, não chore. — Harry limpou minhas lágrimas. Ainda estava me acostumando com o fato dele ainda está falando. — Estou aqui amor, estou aqui com você.

— Como voltaremos para nossos corpos?

— E-Eu não sei. — ele me abraça mais um pouco.

— Eu sei. — dei um pulo ao mesmo tempo que Harry.

Eu conhecia muito bem aquela voz. Olhando para a janela, vimos uma silhueta masculina emergir e o garoto de cabelos negros abrir um sorriso para nós dois. Tudo parecia um sonho profundo e real. A sensação que eu tinha era de não querer acordar dele.

— Acabamos nos encontrando os três. — Zayn se aproximava e me encarou. Não posso fingir que meu coração não acelerou ao vê-lo tão perto e novamente. Não vou fingir que não estava com saudades.

Após essa troca de olhares me joguei nos seus braços chorando muito mais do que antes. E ele me aconchegou entre eles.

— Oi fantasma. — ele sussurrou beijando meu rosto.

— Oi zumbi. — sorri fraco, dando um pouco de distância para poder o encarar. Zayn parecia bem, com seu cabelo de volta, pele morena muito corada. Como eu disse antes, com mais vida.

— Senti sua falta tanto, tanto.

— Eu estava com você. — ele acariciou meu rosto ao encarar Harry. Foi quando entendi que ele estava agindo através do coração doado a Harry porém os dois em conjunto.

Me afastei dele por lembrar que o amava e do que tivemos. Também entendo que Harry fora capaz de preencher isso de uma forma divina com seu amor.

— Harry!

— Zayn!

Ambos se abraçam e juntos pareciam um. Tudo que me vi fazendo era os encarar com um sorriso fraterno.

— Estão um pouco perdidos? — perguntou olhando por cima dos nossos ombros e passando para ficar entre as macas.

Harry e eu trocamos um olhar que pode responder sua pergunta. Zayn sorriu assentindo a cabeça.

— Vamos ter que passar por algumas situações e então vocês vão decidir se vão querer voltar aos seus corpos.

— Como? — dessa vez eu que me mostrei confuso.

— Lou — me encarou. — Harry — desviou o olhar para meu namorado. — Estou aqui porque me enviaram, na verdade eu sou um guia, uma luz espiritual. Tudo o que vimos foram a insatisfação que sentem por viver ou a autodestruição de si mesmo. Então vamos pensar... E se vocês tivessem a chance poder decidi se querem mesmo continuar vivendo? Se vocês tivessem a oportunidade de verem a si mesmos numa “viagem” do tempo? Ser as pessoas que estão nas suas vidas? Buscarem a resposta? A oportunidade de um recomeço?

Nada dissemos porque era muita coisa adentrando a minha mente que chegava a me deixar confuso. Porém acredito entender o que ele queria dizer.

— A vida parece irrelevante, escassa, horrível e sem sentido até que você não a tenha fazendo parte de si. — Zayn comento. — Estou aqui para mostrar o real motivo de ser vida.

Harry entrelaça nossos dedos um no outro e aquilo me passou uma segurança. Zayn sorriu para nós.

— Aqui parece perfeito, não é? — ele aponta para tudo ao nosso redor. — Não me refiro ao lugar mas por não estar mais vivos.

— Talvez seja menos doloroso estar morto. — fiz minha análise.

— Claro, porque está morto é melhor do que viver o inferno na terra. — me respondeu com tom seco.

Foi nesse momento que a porta do quarto se abriu e entrou Eva; com os olhos marejados e vermelhos, assim que me viu na maca, caiu de joelhos chorando em soluços segurando minha mão. Eu pude sentir seu toque e encarei minha própria mão assustado. Conseguia sentir sua dor.

— Meu Louis. — ela choramingou. — Meu menino...

Logo atrás entrou Anne desesperada indo até Harry. Ele fitou seu braço pois Anne segurava aquela parte do seu corpo na maca e Robin acariciava sua cabeça. Ambos chorando e acabou fazendo com que meu namorado também se debruçasse em lágrimas.

— Não nos deixe, ok? — Anne beijou seu rosto. Uma mãe que estava desesperada e com medo. Ela encarou ao meu corpo e foi até ele, beijando minha bochecha. Foi quando senti seus lábios e levei minhas mão no rosto. — Sei que você tem medo, mas lute para viver porque você também é importante para nós. Para Eva ainda mais.

Ambas trocam olhares chorosos.

Sabe, aquilo mexeu muito comigo.

— Porque estamos tão mergulhados na escuridão, insatisfação de estar vivendo que ela nos faz ficar cegos e nos jogamos na armadilha de estarmos mortos fará bem a quem acreditamos causar tormento. — Zayn falou enquanto eu e Harry chorávamos. — Essas pessoas parecem felizes? Vocês estão felizes?

Era mais uma tortura ter que ouvir isso mas eu sabia o motivo dele estar agindo assim. Aonde ele queria chegar.

— O inferno não é maior do que uma vida perdida. Quando você percebe que ela acabou de vez. Desejar morrer pode ser um caminho sem volta para quem ainda está na escuridão porque você se entrega. Algumas situações nos levam a isso mas não é a única escolha. Temos outras portas abertas que negamos entrar por medo, insegurança e estamos presos na mesmice que essa escuridão nos causou.

Ele estende sua mão para mim e Harry.

— Querem respostas? Eu sei onde as encontrar mas precisamos deixar essa sala por enquanto.

Parecia brincadeira mas eu tenho certeza que Zayn não falou aquilo tudo para um tipo de diversão. Harry fungou ao meu lado e segurou sua mão. Enquanto eu travei em Eva com um crucifixo rezando com os pais de Harry. Eles estavam sofrendo e pra mim era horrível.

Preciso de respostas, tinha muita coisa perdida na minha mente que preciso saber. Entrelaço meus dedos nos de Zayn, segurando a de Harry e absorvendo uma luz dentro do meu ser. O que quer que fosse, sei que devia ter um motivo.

Notas Finais

Perdão pelos erros...: (
Espero que tenham gostado, não sei o que esperam dos próximos capítulos mas da minha parte torço para que reflitam.

Amo vocês.
Fiquem bem.

All the love, A.

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