Chapter Twenty Seven
Oi Oi!
Espero que gostem do capítulo de hoje
Uma mistura de emoção e coisas boas estão por vir sz
Boa leitura
E eu não consigo enxergar em meio a esse clima tempestuoso
Não parece que vou conseguir continuar
E eu não consigo nadar num oceano assim para sempre
E eu não consigo respirar
— Head Above Water —
Louis Tomlinson
— Onde estamos? — perguntei ao notar a devasta escuridão. Que me fazia se sentir vazio, triste, com medo e ter dor.
Zayn estava na minha frente e Harry segurava minha mão. E por mais que eles estivessem ali, eu não conseguia ter esse controle dos sentimentos que estou sentido. Eu queria chorar mas estava me segurando para não fazer isso, meu peito estava queimando e apertava tanto que tinha que passar a mão na tentativa de aliviar toda a dor.
O que é muito difícil de passar.
Meu amigo se virou para mim após para sobre uma poça de água que escorrida pelo chão e seguia o caminho para o nada. Difícil explicar isso mas parecia que eu a conhecia.
— Estamos em você. — Zayn explicou. Olhei para ele não entendendo o que queria dizer com aquilo.
— Como assim?
— Estamos dentro do seu interior, Louis. A parte obscura que matou tudo o que havia de bom em você, a pequena luz que deixou se perder ao longo dos anos.
— Eu tinha alguma coisa boa? — indaguei e recebi seu olhar reprovador.
Harry estava quieto ao meu lado sem opinar. Parecia curioso ao que fosse acontecer ali assim como eu estava.
— Feche os olhos, Louis. — pediu Zayn ainda parado no seu lugar.
Eu não queria fazer aquilo por achar estúpido, pra que fechar os olhos? Pra quê fazer tudo aquilo? Aonde estava a porcaria das respostas que ele jurou me mostrar? Por que tanto mistério?
— Apenas feche a droga dos olhos e para de reclamar. — Meu amigo bradou comigo.
Então ele podia ouvir meus pensamentos?
— Até eu posso, amor. — Harry enfim voltou a falar com a mão pousada nas minhas costas. Ainda estava tentando me acostumar o som pacífico da sua voz. — Feche os olhos que eu estarei aqui segurando sua mão, não vou te deixar.
Assenti com a cabeça com um sorriso fraco. Respirei fundo para tirar a toda a tensão que estava carregando no corpo e fechei meus olhos esperando por ordens seguintes de Zayn. Mas tudo o que eu ouvi foi um silêncio extenso e sentindo Harry apertando a minha mão apertando minha. E saber que ele estava ali me confortava.
— Abra os olhos.
E eu fiz isso. Deparando comigo mesmo através de um reflexo, foi um susto porque não estava ali aquele espelho e eu não estava esperando ele. Na verdade eu não esperava por muita coisa.
Observei Zayn colocando a mão sobre o detalhe de madeira que havia ali e me encarou com um olhar sereno.
— O que está vendo?
Engoli em seco, não gostava daquele tipo de coisa. Não gostava de estar passando por tudo isso.
— Zayn por que estamos fazendo isso? Onde estão as respostas?
— Apenas me responda, fantasma.
Bufei me concentrando na imagem diante de mim.
— Eu.
— E pode se descrever?
Olhei para ele pedindo para não prosseguirmos mas Zayn me encarou como se não fosse arredar o pé dali enquanto eu não falasse. E como uma boa pessoa que sou, apenas me voltei para o reflexo.
— Eu vejo um garoto horrível, gordo, sinto raiva dele, vejo um garoto fraco, feio, sem vida e que era mesmo melhor que esteja morto. Eu odeio esse garoto, eu odeio o que vejo porque me da enjoo é uma droga! Sou um lixo, sou ridículo e eu não sou nada. — dizia para minha imagem e de alguma forma aquilo fez meus olhos se encherem.
Zayn olhou para Harry e meu namorado se afastou. Foi quando sentir um pouco de desamparo.
— O que você quer Louis?
— Do que está falando? — olho para Zayn.
— O que você quer? — voltou a perguntar ficando de frente para mim. Eu estava começando a me deixar com raiva. Zayn pareceu não se importar. — O que você quer ver?
— Você não entende — funguei — Mesmo que eu deseje alguma coisa eu nunca vou ter porque nada tem dado certo na minha vida! — dessa vez me vi elevando o tom de voz. — Eu sou o verdadeiro monstro aqui, eu sei. Eu não posso evitar. Eu sou essa merda que estão vendo e não vou mudar.
— Você sabe que não é assim...
— Então como é? — o interrompi. — Como é que tem que ser? Eu tenho que me aceitar? Eu tenho que bater palmas? Me diga, Zayn! — bati meus punhos no seu peito e o fiz cambalear para trás. — Você me disse que daria as minhas respostas, cadê elas? Onde estão?
— Eu não posso te dar as respostas.
— Ah que ótimo! — exclamei. — Então o que eu vim fazer aqui? Brincar de fantasminha?
Zayn agora me pareceu diferente. Com o olhar carregando dor e raiva também.
— Beleza! É isso que você quer então prestes a atenção. — ele deu um passo para o lado e eu acompanhei com o olhar. Sairá detrás dele uma criança, eu a conhecia, cada traço do seu rosto porque ela era eu.
Ele estava com o olhar baixo e tímido, parecia temer algo e parecia ter medo.
— Diga agora para ele, olhando em seus olhos tudo o que disse para seu reflexo. Vamos! — Zayn gritava comigo e eu odeio quando gritam comigo.
Olhei para o garotinho que abraçou o copo e ergueu o olhar para mim, esperando para ouvir o pior.
— Eu não posso.
— Diga que ele é inutil! — Zayn insiste.
— Eu não quero. — dessa vez minhas lágrimas escorriam.
— Diga que ele é feio, que ele é gordo. Que ele é uma farsa ou que ele não é capaz de absolutamente nada.
— Pare! — o interrompi. — Eu não posso ta legal? Eu não vou dizer aquilo para ele.
Silêncio.
Apenas o som dos meus soluços e a vontade de ter alguém comigo.
— O que você quer dizer a ele então? — Zayn deixou a voz mais franca e calma.
Olhei para o garotinho que assim como eu estava chorando. Engoli em seco mantendo meu olhar sobre ele e vendo que ele não iria parar.
— Desculpe. — eu disse. — Você é um garoto incrível! Você não tem que se importar com o que as pessoas vão dizer de você. Você pode ser forte quando tudo parecer que vai te derrubar. Você pode ter medo mas pode ser maior que ele. Você é lindo do jeito que você é. Você pode realizar seus sonhos e você pode fazer isso. E que quando alguém te quebrar em caquinhos você poderá contar seu futuro anjo. — por um momento olhei para Harry que sorria. — Você nunca estará mais sozinho, pequeno Louis por você é o que você tem que ser. Deixe que eles ouçam sua voz porque você tem o direito de fazer isso. Você tem o direito de querer lutar para seu bem.
Eu estava de joelhos dessa vez, com as mãos na perna em prantos porque eu estava tão cansado. Minha alma estava cansada de suprir tanta dor que eu só queria poder seguir em frente para poder esquecer tudo de ruim que fui capaz de fazer comigo. Queria a dose de um antídoto para não lembrar do passado. Para que não precise sofrer por conta disso.
Eu só quero tentar seguir a minha vida sem ter que sentir dor ou que sou um problema na vida das pessoas da qual faço parte. Eu tenho esse direito, não tenho?
Permaneci na mesma posição até sentir as mãos de Harry ao redor do meu corpo. Afagando meus braços e seus lábios pousando na minha testa.
— Estou orgulhoso do que você fez. — Harry também estava em lágrimas. Perto dele me sinto bem, todo aquele vazio fora preenchido pelo seu amor. — Ele foi embora feliz!
Olhei para frente e meu eu garotinho sumia como uma fumaça de luzes brilhantes. Ele — eu — sorria sem nenhuma lágrima. Aquilo me fez se sentir bem, como se parte de mim estivesse perdoada. Foi quando entendi que aquela foi uma resposta para minha pergunta.
Eu não sabia como fazer isso, eu não sabia como poderia lidar comigo e o que acabei fazendo mostrou que eu posso conseguir cuidador de mim. Como cuidaria da minha criança. Sou eu ali. Eu.
Cessando meus soluços, segurando a mão de Harry, encarei Zayn que sorria para mim como um pai que acabara de ver seu filho conquistando algo na vida.
— Você entendeu? — ele me questiona após se agachar na minha frente.
— Desculpe. — foi o que disse. — Fiquei revoltado e não tinha necessidade.
— Você precisava liberar isso e foi o que fez. Lou suas respostas estão no seu interior — ele tocou no próprio coração. — A resposta de todos nós está no nosso interior. Quando você começar a tratar a si mesmo como tratou seu eu criança, você consegue caminhar e consegue dar longos passos para sua paz. E não precisará morrer para que isso aconteça.
Assenti com a cabeça porque eu entendi que aquele ocorrido foi uma resposta reflexiva, foi algo flexível para mim. E acredito está entendo o motivo de todos os pedidos para que eu lutasse, para que eu passasse a cuidar de mim. Era cuidar daquela pequena criança. Ela só queria ser cuidada e ao longo desse tempo eu só vinha a machucando.
Eu...eu quero cuidar mais dela para que não sofra mais e que ela possa conseguir o que sempre desejou. Acredito que.. Eu posso tentar. Eu quero tentar.
— Para onde vamos agora? — perguntei curioso.
Zayn ficará sério e eu sabia do que se tratava.
Iríamos caminhar pelas chamas de um passado que incinerou a minha morada interna, onde todos os meus cômodos foram queimados e perdidos. Pertences particular que me foram tomados e que eu não poderia mais recuperar. Uma parte da minha morada interna que está destruída. E existe um cômodo que ainda está inteiro ali e esse cômodo é o mais sombrio daquela casa e eu tinha medo de entrar nele. Por tanto tempo que passei o evitando agora teria que enfrentar.
Quando mais pensei nisso, acabei não prestando a atenção que estava dentro dele.
Harry não estava ali, eu senti falta dele e eu queria saber onde estava.
— Pra onde Harry foi? — pergunto ao Zayn que estava sentado em uma cadeira. Meu corpo começou a ficar trêmulo a medida que eu ouvia passos mas não obtinha resposta.
E os cômodos surgiram, era dentro de um banheiro porém ele estava velho, continha um grande espelho e divisórias. Estava tudo tão velho, enferrujado, quebrado, mofado e vazio. Que eu não conseguia sentir tanto medo, apenas desconforto. Agoniado porque eu não sabia o que estava acontecendo comigo.
— Zayn?
Dessa vez nem meu melhor amigo estava ali. Comecei a entrar em pânico pensando que a qualquer momento iria ser atacado. Meu desespero foi tão grande que eu comecei a caminhar para fora do banheiro. Porém um corrente de ar me jogou para trás e meu corpo bateu contra a parede.
Minhas costas doeram e latejaram. Mas aquilo não foi pior e sim ver ele parado do outro lado. Com a mão no cinto e aquele olhar doentio lançado na minha direção. Parecia que estava em um filme de terror e não sairia vivo dali. Eu estava com medo igualmente no passado. Eu queria que alguém estivesse ali comigo mas estava sozinho.
Como eu sempre estive...
E David parecia um monstro que está prestes a tirar sua vida. Me encolho por saber que algo estaria por vir e mesmo que lutasse ele consegue me segurar. Infelizmente ele tem esse controle sobre mim.
— Vamos nos divertir. — sua voz era rouca e assombrosa.
— Não, por favor. — lagrimei.
— Eu não vou te deixar em paz!
Algo dentro de mim lembrou daquela criança, algo dentro de mim naquele desespero a medida que ele se aproximava lembrou que essa criança tinha medo. E que ela precisava de mim. Aquela criança não poderia ser tocada outra vez.
Embora meu corpo estivesse tremendo e com medo de fazer alguma coisa que me causa consequências. Eu levantei do meu lugar, e ao fazer isso, vi uma arma na minha mão. Ela estava carregada porque estava pesada e David se intimidou, me olhando com ódio e meu dedo formigou querendo apertar o gatilho.
Eu queria muito matá-lo, eu queria poder tirar sua vida. Porque ele havia me matado todas as vezes que tocou no meu corpo e dentro de mim somente alimentei o ódio por esse ser.
Não tinha nada a perder com aquilo, ele sim perderia a vida.
Meu coração estava quase saindo pela boca do tanto que estava nervoso e trêmulo com aquela arma na minha mão. Meu peito subindo e descendo, uma tensão se estendia por todo meu ser até que parei.
Encarando bem David, ouvi a minha criança falar: “Não se iguale a esse monstro”.
“Ele tem medo de você de outra forma”
Fitando a arma gélida entre meus dedos. Fui capaz de soltá-la e assim que fiz isso, mesmo com o coração apertado, consegui formular meu outro modo de acabar com David. De tirá-lo da minha vida.
— Eu não tenho mais medo de você! — sorri embora estivesse chorando. — Você pode ser a parte mais dolorosa da minha vida. Você pode me humilhar, você pode querer me destruir querendo estar por cima por ser você. Mas você não é minha parte inteira e nunca será. Você é a porra de um buraco que será tapado. Você é um cômodo que será destruído e reformado da minha vida. De minha casa.
Dei meus passos da mesma forma que ele fez comigo no passado. E eu podia ver que ele tinha medo porém se fazia de duro para não mostrar isso.
— Você me destruiu mas ao fazer isso você mesmo se auto-destruiu. Você tem medo porque sabe suas consequências e você me culpa mas porque você mesmo dorme com ela, sabendo que sua vida pode acabar no mesmo passo que começou. E eu não sou mais seu refém. Eu não estou sob suas correntes e nem preso naquela caixa que me deixou.
David tentou avançar mas não conseguiu. Pela primeira vez, olhei nos seus olhos sem medo algum. Pela primeira vez eu me vi com coragem e não estava mais com medo.
— Você nunca mais será capaz de tocar em mim. Porque desse cômodo o único que se queimará é você. O único que está se queimando é você.
Sem ar, eu vi uma chama se espalhando por todo o cômodo e uma porta aberta. David não tinha mais audácia, não tinha mais fala... Ele apenas tinha raiva. E eu consegui caminhar em prantos até a porta mas não olhei para trás. Eu não queria.
E quando me vi fora. Todo o quarto que me assombrada se tornou chamas, tudo queimava com tanto fluxo que eu só fiquei ali observando tudo e chorando. Por me sentir aliviado por ter tirado um pouco daquela dor. A verdade é que não vou esquecer de nada do que ele me fez porque não posso. Infelizmente se tornou uma parte de mim. Mas não me sinto na carne viva e recebendo a onda de dor como antes. Ela estava cicatrizando e por mais que doesse me fazia bem.
Eu estava lá. Vendo a parte ruim da minha vida desmoronar, aquela morada não existia mais e eu a queria bem longe de mim. O coração que bate contra meu peito acelerou e eu baixei a cabeça aborto por lágrimas e mais lágrimas. Até sentir uma mão sobre a minha e seu toque me fazer encarar quem fosse.
E não era Harry, Zayn ou Eva.
Mas sim minha mãe, Johannah e logo atrás dela meu padrasto Daniel cujo segurava a mão de Ernest e Brian — meus irmãos. Não conseguia acreditar que estavam todos ali. Mais minha mãe que tanto me brigou me abraçando. Eu sentia falta dela, tanta falta dos seus toques e do seu carinho. E quando Daniel tocou meu rosto, ele estava vermelho do tanto que chorava, mesmo que no começo eu tivesse sem reação não me segurei ao me jogar nos braços da minha família, todos juntos.
Como eu sempre quis um dia. E eu quero. Porque quando eu senti o amor deles e quando descobri a resposta. Eu decidi que eu quero viver e que eu tenho esses direito.
— Estamos esperando você, filho. — Daniel segurou meu rosto. — Nós te amamos. E por favor não caia novamente... Você é mais forte que isso, Lou, meu filho.
— Sinto sua falta. Todos os dias e são de todos. — funguei. — Não ficar sem minha família.
— Louis, agora estamos juntos. — Ernest arrumou minha franja.
— Somos sua força.
— Eu vou voltar. — disse a eles. — Prometo.
E assim como a criança, vi todo o cenário e a mim já família dispersar. Abracei meu corpo porque eu tenho tanta saudade de saber o que era aquilo. Eu tinha mas faz tanto tempo que eu fui embora que tinha perdido essa parte. Por causa de uma pessoa, quase perdi quem eu amo. Porque eu falei a verdade quando decidi que queria voltar. E eu vou.
Ao meu lado surgiu Harry e Zayn.
Dessa vez estamos em um campo muito bonito com uma árvore e um balanço, igual ao internato. Flores e ervas daninhas. Eu conseguia me sentir acolhido naquele lugar. Eu conseguia me sentir disposto.
Harry me envolveu no seu abraço outra vez, e eu busquei meu refúgio neles. Lembrando que ele estava comigo e não desistiu de mim. Zayn não desistiu de mim, Eva não desistiu de mim e nem meus amigos. E todo tempo que jurei estar sozinho... Eu não estava. Descobri que não estava.
Segurando o rosto de Harry, se tiver meu coração sorri e lentamente fui aproximando nossos lábios até que fossem somente um. Estivessem apenas em um toque. Eu queria ser capaz de retribuir tudo o que Harry fez por mim porque eu sou tão grato por ele existir, por ele ter entrado na minha vida e por ele viver. Eu de certa forma não teria conseguido sem o Harry. Não teria pensado se ele não estivesse ali ou se não fosse paciente comigo.
Porque eu sei que eu fui muito teimoso e turrão, que eu fiz muita coisa mas ele não desistiu de mim quando disse que não acreditava em mim. Não somente ele mas à aquelas pessoas que ficaram ao meu lado.
Harry retribuiu o beijo com carinho, tão macios e quentes. Que passam um conforto que eu não sei explicar. Apenas naquele momento não queria desvencilhar dele. As mãos de Harry estavam me fazendo um carinho no rosto e tudo o que eu senti foi seu amor.
Ele sempre me faz sentir isso.
Separando nossos lábios, eu apenas estava lagrimando porque me sentia feliz.
— Obrigado. — disse a ele. — Obrigado e me desculpe por tudo o que eu já te fiz.
— Você não tem que pedir desculpas amor. Estamos juntos nessa e é isso que importa.
Sorri, arrumando a minha franja no lugar e me voltei para Zayn que estava com a mão no bolso nos fitando. Meu rosto começou a ficar corado por saber que ele assistiu toda a cena. Da mesma forma que me senti estranho por estar ali lado de duas pessoas que me relacionei e amo. Não se trata de um sentimento divido mas mútuo.
— Zayn! — me levantei junto com o Harry e caminhei para perto do meu amigo. — Isso que aconteceu — olhei para baixo com os lábios entreabertos. — Eu entendi o que quis me dizer.
Ele abriu um doce sorriso com a mistura de mistério.
— Não posso te dar respostas Louis. Você quem as encontra por si só. Tudo o que eu posso fazer por você é estar aqui. — ele tocou no meu peito ao ficar bem pertinho de mim. — É o que Harry pode fazer ou qualquer pessoa que faz parte da sua vida.
Assenti com a cabeça, ainda emocionado.
— Temos mais uma coisa para ver mas prometo que não vai machucar ninguém. — ele segurou a minha mão e confiei no que fosse me dizer.
Harry vinha logo atrás com as mãos no bolso. Não parecia enciumado mas pensativo. A medida que caminhamos estava pensando em chamar sua atenção mas Zayn quem chamou a minha primeiro.
— Olhe bem para o meio daquelas flores. — ele apontou para o campo de rosas vermelhas muito lindas. — Agora não tire sua concentração delas. Há um tempo elas querem te mostrar algo muito bonito.
— O que...
— Shiu! Apenas olhe.
Suspirei após a interrupção e a encarei. Por enquanto eu não via nada, apenas as pétalas delas voando como se dançassem uma bela valsa, bem sincronizado. Até então era somente isso mas depois tudo começou a mudar, era como se eu estivesse na sala de cinema, porém assistindo meu filme. Porque eu estava sendo o protagonista da trama assistida. Porém parecia uma cena futura, onde estou sorrindo com um buquê nos braços e meu eu estava bem, minha saúde parecia boa e meu cabelo estava de volta, tudo o que a anorexia tirará de mim, eu havia recuperado.
Foi quando me vi correndo, olhando para trás e rindo de alguma coisa. Mais atrás vinha um gatinho filhote e um cachorrinho também filhote, era um biggle muito fofo. Minha franja estava sempre caindo no rosto e meu olhar vidrado no que vinha além deles.
E era Harry quem estava correndo atrás de mim. Seu cabelo estava longo, caindo nos ombros com cachos tão lindos nas pontas. Usava uma camisa vermelha estampada e de botões, uma calça preta bem colada e estava descalço. E ele é lindo do jeito que é, vendo-o adulto só comprovava aquilo. Olhei para trás e meu namorado estava sorrindo para mim e fez um sinal com a cabeça para que eu continuasse olhando para frente.
Voltando para a cena, vi que estávamos felizes. Eu arrumava minha jaqueta que parecia cair abaixo do meu ombro e Harry me segurava pela cintura, colocando-me no seu colo. Minha risada ecoou por todo o campo. Minhas pernas entrelaçadas na sua cintura. Pude ver um anel dourado no anelar esquerdo e Harry tinha também.
OMG!
“Não importa o que aconteça, eu amo muito você, nós conseguimos”, eu dizia para Harry.
“Eu te amo”
Segurando meu rosto, Harry me beijou e automaticamente toquei nos meus lábios lembrando que acabara de fazer isso com ele. Olhando aquela cena, desejei tanto poder viver aquele momento. Querer uma vida ao seu lado. Meu coração estava sensível a toda a cena.
Enquanto ela acontecia, Zayn se aproximou seus lábios do meu lóbulo:
— Se você morrer isso não existirá. — ele passou a mão no ar e toda a cena se evaporou. — Estar morto não é nem sempre uma boa opção.
De repente minha imagem volta a aparecer, ruim estava escrevendo alguma coisa e contente, começava a cantar e me esforçava para conseguir chegar a nota certa. E ainda sim, um quadro branco enorme apareceu no mesmo lugar onde meu eu estava cantando e pareceu uma sala com alunos. Sorrindo eu tive a sensação que estava estudando música.
Será?
Depois dessa cena, eu estava com a minha família e Harry, sentados todos nós ao redor de uma mesa com comida. Mamãe tocando na minha mão e meu pai Daniel lançando um olhar fraterno para Harry e um cheio de amo para mim. Podia senti paz vindo daquela cena. Pois eu sempre a quis.
Tudo mudará e dessa vez aquele meu eu estava na minha frente, o que era muito estranho. Mas estava bem ali, colando o rosto no meu, me fazendo ter a sensação de que queria me falar algo. Mas tudo o que fiz comigo foi me abraçar, ele — eu — tomou essa iniciativa. Assim como aquela criança que defendi apareceu para me abraçar. As duas versões de mim mesmo e eu, naquele único momento. Me fez chorar ainda mais.
— Eu perdoo você. — disseram. — A culpa não é sua. Nós te amamos.
Foi quando eu entendi a outra parte da história. Eu tinha que me perdoar, eu tinha que dizer aquelas palavras pois eu estava sentindo-as. Era a cena que acontecia. Eu sou humano, eu tinha aquele direito, eu podia errar também, amar, chorar, de sentir e de querer o bem para mim, poder cuidar do meu eu. Havia entendido aquela ação.
— Você está aqui Louis e somente Deus deve dizer que você deve estar morto. E quanto mais pedia para estar morto e quantas vezes tentou suicídio que não deram certo? — Zayn falava quando as minhas duas versões foram embora. — Deus não quer te ver morto, Louis, senão ele já teria feito. Porque Deus te ama Louis e por te manter vivo, tendo que enfrentar essas coisas é porque ele quer te mostrar que através de toda tempestade existe um céu limpo a sua espera. Ele sempre esteve contigo. Certas coisas acontecem na nossa vida que não entendemos o motivos e estamos sempre nos julgando por culpados e merecedores dessa dor, esquecendo que certas coisas não nos tem explicação e somente Deus sabe o motivo. Não somos culpados mas somos humanos. E isso nos faz seu filho. E por isso Deus quer que acredite e tenha fé, pois a verdadeira cura é o amor, Deus agente através das pessoas boas que permanecem conosco e se elas tem amor para dar, é o amor dele. É a cura. Deus é a cura.
E parando para pensar nas palavras de Zayn, refletindo sobre elas podia saber que fazia sentido. E tantas coisas faziam sentindo agora que estou começando a entender o que queriam dizer para mim sobre não estar vendo as vantagens de me cuidar. Não era por eles mas por mim mesmo.
[...]
— Vou deixá-los a sós. — Zayn falar quando voltamos para o hospital. Dessa vez estávamos no terraço dele.
— Você vai voltar? — Perguntei apreensivo.
Zayn estava morto e aquela era a única forma de estar com ele um pouco. Era doloroso para mim saber que a qualquer momento vou me despedir dele outra vez.
Ele segurou minha cintura e meu rosto, fazendo um carinho como quando ficamos sozinhos antes. Harry estava olhando para o outro lado mas acredito que sabia o que Zayn estava fazendo comigo. E não vou mentir, eu tenho mesmo um carinho enorme pelo que vivi com o meu amigo. Porque tudo foi verdadeiro. E isso era o motivo do meu coração acelerar ao seu toque.
— Fique tranquilo, Lou. Isso nunca será um adeus, eu sempre estarei com você. — disse olhando nos meus olhos. Podia sentir a pureza que vinha dos seus. — Estou feliz que entendeu o meu recado da carta e deixou Harry entrar na sua vida.
Sorri jogando a cabeça para o lado.
— Eu o amo tanto. Ele é tão maravilhoso e luta tanto que acho que nunca serei capaz de agradecer por tudo o que ele me fez e — mordi os lábios. — você também.
Zayn sorriu.
— Eu sei, fantasma. — ele apertou meu nariz e fiz uma careta. — Assim como para mim, sei que Harry não quer que agradeça apenas continue aqui. Ou — ele riu. — Continue vivo ao lado dele.
— Vocês são tão maravilhosos!
— Você é. — Zayn deu um selinho no canto dos meus lábios. — Agora vai ficar com ele porque vocês precisam desse tempo até decidirem o que realmente querem.
Meu amigo deu as costas e foi andando até a porta vermelha, abrindo-a ele deu outro sorriso e sumiu.
Meus ombros relataram e me senti calmo. Girei meu calcanhar para poder seguir meu caminho até Harry que continuava de costa para mim. Lentamente passei a minha mão ao redor da sua cintura e o abracei por trás. Ele se mexeu parecendo sair dos seus devaneios, beijei sua costa e ele abriu o sorriso mais lindo de todos. Aquelas covinhas fundas que me fazia suspirar.
— Como se sente? — Harry me pergunta colocando a mão sobre a minha.
Ele me rodou para que eu ficasse na sua frente, me sentou na mureta e ficou entre minhas pernas quando matinha minhas mãos na sua nuca.
— Pensativo mas por incrível que pareça, bem. Foi muita coisa de uma vez só que mexeu comigo, sabe? — ele concordou com a cabeça. — Mas elas foram necessárias para que minha mente começasse a trabalhar.
— Eu sempre acreditei em você e hoje você me mostrou que não estava errado ao fazer isso. — seus dedos passam na minha franja para que ela ficasse no lugar. — São muitas coisas e elas são suas, vocês as sentiu e enfrentou. É um pequeno processo que temos que fazer na vida real.
Balancei a cabeça, deitando minha cabeça no seu ombro.
— Não quero te perder, Hazza. — voltei a ficar ereto para o encarar. — Quando eu despertei e te vi naquela cama de hospital, eu tive medo de nunca mais podermos viver nossas vidas. Imaginar um mundo sem você aqui não tem graça. Eu acho que não sobreviveria.
Funguei, ultimamente tenho me sentido sensível demais.
— Viva por você e faça as coisas para você. Para te agradar, Lou. E eu estou aqui e estarei aqui ao seu lado da mesma forma.
— Eu te amo tanto — pisquei meus olhos pois as lágrimas estavam deixando a minha visão embaçada.
— Eu te amo, Louis. — Harry juntou nossos lábios outra vez.
Era uma imensidão que ele me fazia mergulhar de cabeça sem ter medo do que vou encontrar. Isso era quando nossos lábios estavam juntos em movimento. Que ainda me faz ter a sensação da barriga tremer quando penso que meus sentimentos por ele crescem. Que toda nossa distância e desejos de toques foram supridas por aquele a ato carinhoso. Meus dedos perdiam por com completo nos seus cachos e se embolavam naquela onda dourada deles. Harry mantinha as mãos no meu rosto, movendo a cabeça para um lado e eu para outro.
É tão bom quando estamos juntos, pois somos só nós e uma vida inteira voltada para nosso momento.
Somos como dois fantasmas no mesmo lugar. Tentando lembrar como é sentir o coração bater.
Fomos fuçando sem ar e separamos nossos lábios em meio de selinhos.
— Você é a melhor parte da minha vida, sabia disso? — comentei ofegante.
— Você foi anjo que apareceu na minha vida e dela eu quero que permaneça. — Harry sorriu. — Obrigado por existir.
Neguei com a cabeça.
— Obrigado você.
Harry piscou como se lutasse para que as lágrimas não escorressem pelos seus olhos contudo não conseguiu.
— Eu quero estar com você, eu quero poder todo real do que viu. Eu quero cuidar de você mas eu sei que se voltar não poderei falar como estou fazendo agora parece egoísta mas eu não quero voltar.
— Amor... — meu peito apertou, me quebra ver ele daquela forma. Trouxe seu corpo para mais perto do meu deixando com que ele liberasse suas lágrimas. Sei que para ele ter a fala era muito importante, o fazia se sentir “normal” mas quero mostrar para ele que ele é perfeito do jeito que é do outro lado. — gosto de você do jeito que você é, Harry amei você e não precisou ter uma voz para me dizer o que sentia. Seus atos foram suas palavras, estar na minha vida foi o suficiente para mim saber que é uma pessoa incrível. Quero que saiba que não precisa falar porque você é o que você é. E ta tudo bem isso.
Harry engoliu em seco, e respirando lentamente.
— Viva. — pedi mantendo dessa vez nossas mãos juntas. — Preciso de você.
— Eu vou voltar. — Ele sorriu triste. — Lou?
— Hum?
— Vai ser diferente agora. — Não foi uma pergunta e eu estava contente por dizer que concordar com meu namorado.
— Sim, meu amor. — o abracei bem forte como se nunca tivesse feito isso antes e arranquei um suspiro dele. — Eu quero poder viver ao seu lado e vamos.
Nunca me vi positivo e posso dizer que não era o fim do mundo sentir essa positividade e que não me sentia iludido por pensar dessa forma.
Harry fez um sinal com a mão para que eu ficasse no meu lugar pois ele iria fazer algo. Fiquei esperando curioso porque eu sei que ele gostava de me surpreender e sempre consegue. Me deixando sem palavras. Porque se não me deixasse não seria meu Hazza
Logo ele voltou com um violão na mão e eu me perguntei como ele o conseguiu.
— Zayn me deu. — ele disse sorridente. — Não sei como mas ele me deu.
Dei uma risada. Claro que era o Zayn.
— E o que você vai tocar?
— Uma música que nós vamos cantar. — ele encheu para dizer. — O que acha de Say you won't Let go?
— É maravilhosa.
— Então será essa e eu cantarei uma somente para você.
— Vou adorar. — puxei Harry pela gola da blusa e dei um selinho demorado nele.
Ele ficou perto de mim, colocando o violão no seu colo e como sempre fazia, começou a dedilhar a melodia do compositor e cantor, James Arthur.
Fechei meus olhos para poder começar a cantar o início. E digo uma coisa, Harry trouxe a música para mim quando ela havia se afastado de mim — que eu tenha a afastado de mim. Mas Harry pediu para cantar primeiro e eu deixei, afinal estava curioso para saber como ela era quando ele fazia tal ato:
Eu te conheci no escuro
Você me iluminou
Você me fez sentir como se
Eu fosse suficiente
Nós dançamos a noite toda
Nós bebemos demais
Eu segurei seu cabelo enquanto
Você vomitava
Minha pele estava arrepiada porque Harry tem uma voz linda que fazia todo o meu ser tremer. Era tão boa que eu não queria que ele parasse. Poderia pedir para ele mas era minha vez de cantar:
Então você sorriu sobre seu ombro
Por um minuto, eu estava sóbrio como uma pedra
Eu te puxei para mais perto do meu peito
Então você me pediu, para ficar mais
E eu disse, eu já te disse
Eu acho que você deve descansar um pouco
Eu já sabia que te amava naquela época
Mas você nunca saberia
Porque eu me calei com medo de perder
Eu sei que eu precisava de você
Mas eu nunca demonstrei
Harry então me acompanhou e eu sorri continuando a cantar:
Mas eu quero ficar com você
Até que nós fiquemos bem velhinhos
Apenas diga que você não vai embora
Apenas diga que você não vai embora
Pausei com lágrimas nos olhos e deixei ele me abraçar com a sua voz:
Eu vou te acordar com café da manhã na cama
Vou te levar café
Com um beijo na sua testa
E eu vou levar as crianças para a escola
Me despedirei deles
E agradecerei minha estrela da sorte por aquela noite
Harry me deu um beijo na bochecha para me fazer rir e aquela música parecia muito conosco.
Quando você olhou sobre seu ombro
Por um minuto, esqueci que sou mais velho
Eu quero dançar com você agora
E você estava lindo como sempre
E eu juro que todo dia estará melhor
De alguma maneira você me faz sentir assim
Dessa vez nos juntamos para cantar o refrão. Fechei meus olhos colocando a mão perto do peito e o encarei quando os abri:
Eu sou tão apaixonado por você
E eu espero que você saiba
Querido, seu amor vale mais que todo ouro do mundo
Nós chegamos tão longe, meu bem
Veja como nós amadurecemos
E eu quero ficar com você
Até que fiquemos bem velhinhos
Apenas diga que você não vai embora
Apenas diga que você não vai embora
Harry dedilhou as cordas e não tirou os olhos de mim. Parecia que as pessoas podiam nos ouvir mas não era isso, apenas nós dois e nosso mundo particular:
Eu quero viver com você
Até quando nós virarmos fantasmas
Eu cantei:
Porque você sempre esteve lá por mim
Quando eu mais precisei de você
Harry cantou o começo do refrão e eu o acompanhei logo em seguida. Sentindo cada palavra daquela música entrando na minha vida.
Eu vou te amar até que
Meus pulmões parem de funcionar
Eu prometo até que a morte nos separe
Como em nossos votos
Então eu escrevi essa música para você
Agora todo mundo sabe
Porque é só você e eu
Até que fiquemos bem velhinhos
Apenas diga que você não vai embora
Apenas diga que você não vai embora
Apenas diga que você não vai embora
Oh, apenas diga que você não vai embora
Paramos de cantar e tudo que consigo sentir é uma vontade de voltar para nossa vida e poder concertar o que eu acabei deixando desconcertante.
— Minha vez. — ele sorriu com a voz arrastada.
— Vou te ouvir. — limpei minhas lágrimas me sentindo um bobo por chorar demais.
Harry mudou a melodia da música para uma mais lenta e suave. Do seu estilo e eu estava gostando de apreciá-la.
Dois Fantasmas
Os mesmos lábios vermelhos, os mesmos olhos azuis
A mesma camisa branca, algumas tatuagens a mais
Mas não é você e não sou eu
É tão doce, parece tão real
Soa como algo que eu costumava sentir
Mas não consigo tocar o que vejo
Não somos quem costumávamos ser
Não somos quem costumávamos ser
Somos apenas dois fantasmas no lugar de você e eu
Tentando nos lembrar de como é sentir o coração bater
A luz da geladeira deixa este quarto branco
A Lua dança sobre seu lado bom
Era tudo o que costumávamos precisar
Calados como se não nos conhecêssemos
Contando aquelas histórias que já contamos
Porque não dizemos o que realmente queremos dizer
Não somos quem costumávamos ser
Não somos quem costumávamos ser
Somos apenas dois fantasmas no lugar de você e eu
Não somos quem costumávamos ser
Não somos quem costumávamos ser
Somos apenas dois fantasmas nadando em um copo meio vazio
Tentando nos lembrar de como é sentir o coração bater
Não somos quem costumávamos ser
Não somos quem costumávamos ser
Somos apenas dois fantasmas no lugar de você e eu
Não somos quem costumávamos ser
Não vemos o que costumávamos ver
Somos apenas dois fantasmas nadando em um copo meio vazio
Tentando nos lembrar de como é sentir o coração bater
Tentando nos lembrar de como é sentir o coração bater
Estou tentando me lembrar de como é sentir o coração bater
Ele largou o violão e eu pulei para o chão, motivados pela necessidade de termos um ao outro naquele momento. Harry me pressionou contra a parede quando eu abracei sua nuca. Era a primeira vez que eu agia daquela forma.
— Acho que sabemos qual é nossa resposta. — dei uma risada quando Harry começou a beijar meu pescoço.
— Eu também acho. — ele sorriu.
— Está na hora. — juntei nossos lábios, trazendo seu corpo mais para baixo a medida que ficava na ponta dos pés.
Notas Finais
Espero que tenham gostado e desculpem os erros recorrentes aqui.
Como estamos perto do fim, estou trazendo uma surpresa pra vocês!!
Ela é muito importante :)
Nos vemos no próximo capítulo!
All the love, A.
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro