Chapter Twenty Four
Oi oi!
Desculpa a demora... Eu estava tendo alguns problemas que não estavam me deixando com tempo mas estou aqui ❤
Espero que gostem do capítulo meus amores Sz
Boa leitura!
———— S L H ————
“Apenas me diga, eu estarei na porta, na porta
Esperando que você venha
Apenas me diga eu estarei no chão, no chão
E talvez possamos resolver isso
Eu quero melhorar, quero melhorar”
— Meet me in the Hallway
⚓ Harry Styles ⚓
Eu não consigo acreditar que vamos fazer isso...
Sou inseguro com as coisas que eu faço ou que planejo, tenho medo de assustá-lo, tenho medo de não saber amá-lo como ele havia pedido. Era a primeira vez que eu... Usava as minhas mãos.
— Hazza... — Louis gemeu baixinho, não parecia confortável naquela posição.
Mas eu precisava que ele não se movesse tanto senão acabaria dando errado. Meus dedos estavam molhados pela tinta e na outra agarrava firme o papel A4. Louis estava sentado perto da piscina me encarando com cansaço. Por um lado achei lindo e fofo — pois amo quando ele faz isso —, aquela carinha de “Me deixa ficar com você”.
Sorri para ele, erguendo meus dedos para indicar que estava terminando.
— Quanto tempo mais? — Ele bufou com um olhar agoniado direcionado a mim. — Meu bumbum está doendo nesse chão de madeira.
— Shiiii! — olhei feio para ele.
— Tá bom, tá bom! Vou me calar que é o melhor que eu faço. — bufou mal-humorado.
Tracei o lápis negro contra a folha esfumaçada e espalhei mais o borrão, em seguida fiz o mesmo com a tinta marrom. Terminando tranquilamente o desenho/obra prima de Louis.
Queria poder mostrar a ele que poderia amá-lo traçando cada detalhe do seu rosto, corpo e com meu coração que clamava pelo seu sorriso. Me levantei caminhando na sua direção assim erguendo a caricatura que eu fiz.
Louis a segurou olhando brevemente para si mesmo através de um desenho. Internamente eu gritava, me sacudia querendo não entrar em pânico porque meu namorado estava fazendo suspense e parecia não ter misericórdia nenhuma dessas pobre alma deficiente.
Isso é o que eu chamo de tortura pausada.
Comecei a andar de um lado para o outro com o coração quase saindo pela boca, só não iria além porque tecnicamente, não era possível.
As lágrimas se formavam na borda dos seus lindos olhos azuis cujo naquele momento finalizam um vermelho leve. Eu soube então que havia cometido um erro, Louis devia ter odiado. Eu sabia que não deveria ter feito algo estúpido...
— Você me vê assim? — sua voz saiu embargada. Engoli em seco, balançando a cabeça positivamente. — É tão....tão lindo ver esse seu talento, além de compor, tocar... Você também desenha. — sorriu molhado. — O que mais posso esperar de Harry Styles?
Respirei aliviado, chorando por dentro por saber que ele não odiou o que eu fiz. Me ajoelhei como fazem os príncipes da Disney e beijei o torço da sua mão.
— Obrigado, meu amor, eu amo tudo o que faz para mim. — Louis envolveu a mão na minha nuca após guardar o papel embaixo do travesseiro. Em seguida selou seus lábios no meu queixo. Segurei seu rosto nas minhas mãos vendo meu mundo inteiro nelas. — Quero um dia recompensar tudo o que faz por mim, é que ainda não sei como. — riu baixinho.
— Viva. — falei após seu silêncio. Acredito que posso falar algumas palavras sem errá-las. — Lute. — molhei a garganta, acariciando seu rosto, sentindo sua pele macia mudar para uma mais áspera. Não parei de fazer um carinho nele. — Tente. — mantive ele por perto. — Não desista. É...udo...tudo.
Mantendo nossos corpos cada vez mais próximos, selei nossos lábios ficando um longo tempo naquela forma sem pensar em desvencilhar-me dele. E quando começaram a se mover, meu coração reagiu descompensado, alegre por amar Louis.
Sou capaz de tudo por esse garoto, mostrarei para ele que viver vale a pena quando se está amando alguém que te apoia. Que esses dias que se passem, vou estar aqui segurando sua mão e ao seu lado, estarem aqui para tudo. O amo e sei que nosso amor, que juntos vamos vencer essa maldita doença. Somos mais fortes juntos, somos bons juntos.
Eu sei que podemos. Eu acredito em Louis e eu tenho esperança.
Nunca pensei que amaria alguém verdadeiramente como eu o amo; ou que me importaria com essa pessoa a ponto de fazer coisas por ela. Na verdade nunca tive a oportunidade de desfrutar do amor como ele deve ser. Já namorei pessoas que não me amaram de verdade, meu primeiro amor é com Louis Tomlinson, não quero mais ninguém além dele.
O amor é mesmo louco! Ele nos muda e ele nos traz vida quando achamos que a perdemos. O amor é a chama que encadeia os corações e aquece o corpo feio. O amor é um cair do sol para a passagem da noite, onde os maiores amantes de romance se permitem se apaixonar pela bela lua estendida no céu. É o que te muda completamente de várias formas; ele te faz sorrir bobo para a tela do celular quando conversamos com alguém que amamos, nos faz chorar de saudades... O amor é uma infinidade de infinitos e Louis é o meu infinito.
Eternamente meu verdadeiro amor.
— Estou com medo. — ele disse durante o beijo, suas mãos cada vez mais gélidas me causavam arrepios no mesmo tempo que a preocupação brota na minha mente ao ouvir essas palavras. — De cair e não conseguir levantar mais, medo de tentar e do que vou ver. Medo disso...disso tirar você de mim. Eu estou apavorado por tudo e não sei como explicar. — Louis me encarou. — Eu só tenho você, meu amor, obrigado por tudo.
Louis me beijou dessa vez entoando o doce dos seus lábios e o salgado das suas lágrimas.
Puxei meu celular do bolso para digitar umas palavras importantes:
“Não importa o que aconteça, anjo, vou estar aqui pra você/por você. A única verdade que eu sei é que essa caminhada vai ter muitos obstáculos e alguns podem nos derrubar como um terremoto quando faz desabar casa, prédios...deixando uma bagunça. Mas amor enquanto você tiver a mim se quer deixou suas feridas abertas por longo tempo. Acima de tudo confie em mim e confie no nosso amor, que ele pode ir além. E quando tudo voltar a sair do lugar, vou ajudá-lo a por as coisas no lugar.”
Louis juntou os lábios e soluçou:
— Se tudo piorar...se eu não quiser mais. Vai ser quando mais precisarei que insista. E-Eu sei dos meus atos ou do que posso fazer. — Louis segurou meu rosto. — Você quer mesmo ficar comigo mesmo depois de saber que eu posso desistir desse tratamento?
“Não vou a lugar algum. Você pode desistir mas não vou desistir de você e do que podemos construir.”
— Você é único. — Ele me beijou de novo. Sorriu envergonhado passando a ponta dos seus dedos nos meus inferiores.
Ainda tocava uma música de fundo, então vi como um pretexto à uma dança a dois. Pousei a minha mão na sua cintura quando a outra segurava seus dedos. Tocava More than words, e como eu adorava aquela música. Mesmo que eu não entenda bem sua melodia.
Louis me acompanhou embora de primeira negasse nossa dança, deitou sua cabeça no meu peito deixando a música nos levar para outro mundo.
Mais do que palavras
Dizer: Eu te amo
Não são as palavras que eu quero ouvir de você
Não é que eu quero você
Não diga, mas se você soubesse
Como seria mais fácil se você me mostrasse como você se sente
Mais que palavras
E tudo que você tem que fazer para tornar isso real
Então você não teria que dizer
Que você me ama
Porque eu já saberia
Girei Louis que deu uma risadinha quando o trouxe, o envolvendo em um abraço quente. Nossas pernas tomando vida quando a melodia da música introduzia e se instalava na nossa alma. Para mim era como ruídos distante e calmo.
O que você faria se meu coração se partisse em dois?
Mais do que palavras para mostrar que você sente
Que deu amor por mim é verdadeiro
O que você diria se eu jogasse aquelas palavras fora?
Então você não poderia criar coisas novas
Só para dizer que eu te amo
Mais do que palavras
Esta música mexia comigo ainda mais por eu saber a letra completa. Para mim ela possuía um significado maior do que se tratar de um amor que não é correspondido. Pra mim se trata de um amor que você está tentando viver mas não sabe como, você ama mas não encontra palavras, você quer mostrar esse amor mas tem medo. Você ama e quer que seja mais do que palavras e sim em ações.
Agora que eu tentei falar com você e te fazer entender
Tudo que você tem a fazer é fechar os olhos
E só estender suas mãos e me tocar
Me segure perto, nunca me deixe ir
Dançamos àquela noite quase madrugada. Gostaria que tal momento durasse para sempre embora eu saiba que “para sempre” é mais para contos de fadas. Então quem sabe um: “Para sempre limitado”?!
Eu estou vivendo o amor, com ele quero poder ir longe e quem sabe fazer Louis ir longe comigo. Eu só não quero que ele desista agora, estamos na caminhada — ele está —, ela é importante demais.... Queria poder encontrar as palavras certas... Mas como na própria música diz: “Então você não teria que dizer que você me ama porque eu já saberia”. Farei Louis saber disso, não sei como, mas vou.
×.×
— Não tenho muita certeza disso. — Louis encarou a piscina aquecida cuja a fumaça se dispersava no ar.
Fiz um beiço para ele tentando convencê-lo a entrar comigo dentro dela. Eu sabia nadar — se é o que querem saber —, apenas não queria ficar sozinho nadando naquela imensa piscina quando posso estar fazendo isso com o bonitão que me negava várias vezes.
Como sou uma pessoa persuasiva e insistente. Me aproximo dele, passando a mão no seu corpo, Louis suspirou quando meus lábios encontram sua pele e se movem na sua nuca. Estava tentando jogar o jogo da sedução com ele para ver se dava certo, afinal tenho algumas cartas manga para fazer isso. Fui subindo para seu queixo por onde dei uma mordida leve e continuei o caminho até que puxasse seus lábios com dente e depositasse um selinho demorado.
Louis apertou meus braços quando deu um passo para trás, contudo não ficou tão longe de mim.
— Aí Harry... Eu não sei. — Louis abraçou o próprio corpo. — Eu tenho vergonha.
“De mim?”
“Jamais vou falar algo. Eu não posso, tecnicamente.”
Louis me encarou dando uma risadinha.
— Amor... não fala assim.
Pisquei para ele pois estava feliz por arrancar um sorriso do seus lábios.
“Anjo eu só quero mandar com o meu namorado bonitão, beijar ele naquela água ali muito quente até virarmos frangos fritos... Mentira, mas quero poder curtir muito essa noite juntos. De várias formas, e eu juro que não fico peladão na sua frente”
— Harry! — Ele colocou a mão no rosto mostrando sua face corada. — Céus, você fala essas coisas e eu fico sem jeito. — mostrei minhas covinhas para ele mantendo um olhar travesso. Dos seus lábios um lamento saiu em forma de suspiro. — É que eu... — não deixei ele falar, tomando seus lábios para mim. Suas mãos seguram meu cotovelo pois eu havia avançado pegando-o de surpresa, Louis esquivou o corpo e quase perde o equilíbrio. Movendo nossas bocas naquele momento envolvente e intenso, me permitir saborear mais do seu gosto.
Separando nossos lábios em meio a selinhos, acaricio seu queixo e beijo a ponta do seu nariz.
“Confia em mim?”
— Sim, sempre.
“Então entre comigo porque vamos nos divertir muito. E eu amo cada parte do seu corpo e o que à de mais bonito dentro dele. São tudo para mim. Assim à aquele que vos pertence.”
Louis mordeu os lábios não conseguindo conter seu sorriso bobo no rosto quando comecei a fazer uma dancinha estranha para o divertir, movendo os ombros para frente e trás, girando meu corpo como aqueles dançarinos fazem contudo acabei tropeçando no meu próprio pé e quase caindo no chão de cara, aquilo fez com que Louis puxasse uma risada da garganta bem gostosa, acabei de ganhar o dia apenas com isso. O divertir pra mim também era uma forma de dizer a ele: “Estou cuidando de você, amor”.
— Ok. — ele pôs as mãos no rosto e deixou um braço cair ao lado do corpo. — Você venceu mas entre primeiro depósito vire de costa.
Bufei mas concordei com o que me foi proposto. Tirando minha gravata, mantive de frente para ele, em seguida comecei a desabotoar a camisa social, odeio botões porque eles são uma negação dos ternos. Louis tentava olhar para outro lado mas eu queria que ele olhasse para mim — gosto de ver suas reações quando está me observando —, ele pareceu ler a minha mente quando voltou a me encarar. Termino de desabotoar a camisa, e a deixou em cima da cadeira que tinha ali, esboçando minha cicatriz da cirurgia no meio do peito. Louis olha para ele e eu quis que ele tocasse. Mas não fiz isso. Despindo a parte debaixo lentamente, assim que ele encarou os próprios pés, dei uma risada nada discreta e retirei meus aparelhos do ouvido.
Corri até a piscina, mergulhando de cabeça naquela água aquecida cuja entrou em contato com a minha pele super-aquecendo meu corpo. Quando volto para superfície o vento gélido muda essa sensação passando para uma de frescor. Passo a mão no rosto para tirar o excesso de água e viro de costa fazendo um sinal positivo para ele.
Como estava sem o aparelho tive que o aguardar. Tentado a olhar por cima do ombro e encarar Louis mas o respeito e mantive-me quieto. Aguardei a movimentação na água por longos minutos até o momento em que gotas espirram em mim e a água se agita e a onda pequena se forma ao meu redor. Sorri porque sabia que ele já estava dentro, não demora muita até que eu sinta suas mãos gélidas dele fazendo um caminho pelos meus ombros e costa, descendo pela minha cintura e seus lábios encostando no meu ombro. Meus pelos eriçam com esse ato.
— Uh está muito frio. — Ele bateu os dentes.
Sorri encarando os poros que liberavam as gotas de ágar que pelo seu rosto escorriam. Me virei agarrando sua cintura e aproximo mais nossos rostos.
— Harry... — olhei para seus lábios os lendo.
Eu queria beijá-lo como nunca.
— Preciso dos seus lábios... — parece que ele havia lido a minha mente.
Sorri de orelha a orelha, quando juntei nossos lábios em um único beijo. Mantendo minhas mãos no seu corpo, com cuidado para não o machucar afundei nossos corpo, sentindo a pressão da água subir nas nossas cabeças e rodopio nossos corpos, Louis mantinha a mão segurando meu rosto. Sempre quis fazer aquilo, até então não tinha a pessoa certa para realizá-lo comigo.
E bem... Agora eu tenho.
×.×
— Eu não sei...— Louis estava com as mãos na cintura e o olhar apreensivo.
E passaram a encarar o closet do Tony com algumas roupas secas minhas pois havia planejado estar essa noite com Louis muito antes, claro que com o consentimento dos meus pais e Eva. Das roupas que foram deixadas ali, tinha de moletons a peças íntimas — novas para ele usar.
“Eu escolho”
Passei por ele com um sorriso sacana transparente. Mordi os inferiores após esticar mão, puxando o sweater branco de algodão, uma cueca do homem-aranha que comprei na loja — sabia como ele amava aquele personagem dos quadrinhos. Uma calça moletom preta minha; que espero que sirva nele, girei meu calcanhar e andei de volta na sua direção, coloquei as peças na sua mão.
— Você não precisava fazer isso.
“Uhum e você pretendia dormir nu?”
Vejo seu rosto ganhar cor.
“Agora você vai tomar um banho para tirar esse cloro do corpo.”
— Tudo bem. — Ele suspirou rendido.
Fechei os olhos quando ele se virou porque me doía ver os ossos expostos daquela forma, me doía ver as manchas no seu corpo enfermo. Me coisa saber que de alguma forma Louis não queria....na verdade, não conseguia uma melhora. E eu não posso obrigá-la, não posso o forçar, ameaçar partir porque eu não sou assim e seu que não é desse modo que as coisas funcionam. Colocar-me no seu lugar era uma parte importante de estar o ajudando. E assim eu farei, Louis vai conseguir melhorar e vou estar ao seu lado, não pretendo sair como já disse, eu o amo.
Quando ouvi o chuveiro ligar, peguei minhas peças de roupas — Short e blusa preta — me deitei na cama com a cabeça entre o travesseiro. Com os pensamentos distante acabo sendo dominado por uma memória que não me pertencia.
[...]
— O que você está fazendo? — Louis se desesperou. Olhando para a maçaneta da porta percebi que ele tentava abri-la. — Harry, isso não tem graça!
— Sente-se no chão, como estou fazendo agora. — eu disse e minhas costas roçaram contra a porta de madeira. — Eu vou falar de mim e depois, você falará de você.
Ele suspirou e ouvi o baque na porta.
— Harry...
— Só me escuta, eu não vou contar nada para ninguém e não vou te olhar diferente. Mas antes de qualquer coisa, quero que me ouça. Depois tire suas conclusões, pode fazer isso?
Não ouvi sua resposta porém escutei alguns barulhos e um suspiro vindo de Louis.
— Comece.
[...]
Eu não sei porque aqueles pensamentos de Zayn resolveram se manifestar agora. De alguma forma perdi o ar quando as memórias pairaram no fundo do meu consciente.
[...]
— Sua vez, Tomlinson!
— Muito legal da sua parte, jogar essa realidade em mim e querer que eu fale da minha. — Louis fungou.
— Foi o combinado.
[...]
Todos os detalhes, as palavras de Louis me acrescentaram como um golpe de box fui atingido em cheio pronto para meu nocaute. Meus olhos se encheram e eu não queria pensar mais. Todavia me paralisei e não sabia como sair daquela encruzilhada.
[...]
— Ele te estuprou? — Eu pergunto, estava com raiva desse David desgraçado.
Por que as pessoas são cruéis? Como puderam machucar o meu Louis? Por que monstros existem na vida real? Eu quero matar esse cara. Louis fungou ainda mais, parecia reviver toda a cena na sua cabeça. Não aguentei, me aproximei do seu eu frágil, abraçando seu corpo pequeno.
— Eu sinto muito por esse Desgraçado ter feito essa merda com você. — Eu dizia massageando sua costa. — Desculpa, eu não devia ter pedido para que falasse sobre isso.
[...]
Me leva feito da cama em trôpegos, me apoiando na cômoda por não conseguir acreditar naquilo. Um filho da puta machucou Louis e não foi punido. Louis viveu no inferno e não pode gritar por ajuda. Louis tem que carregar essa merda toda ainda assim. Ele tem marcas na sua alma e agora tudo faz um pouco de sentido na minha cabeça. Sobre ele não querer ser ele.
Oh Lou.. meu Louis.
Eu odeio esse cara!
Oh Deus, eu odeio esse infeliz!
O pior de tudo é que não sei como explicar para o Louis sobre isso e que estou com o coração de Zayn — ele me chamaria de louco, poderia pensar que estou brincando com uma situação seria. —, ainda não era o momento.
Mas eu precisava falar, apenas encontra as palavras certas para escrever a ele.
— Fale com ele! — Dei um pulo ao ver Zayn para bem ao meu lado.
Acabei derrubando algumas coisas no chão mas nada que fosse quebradiço. Ergui meu olhar na direção de Zayn que estava com uma aparência diferente das fotos que Louis me mostrou. Tinha mais vida ali.
O que eu não entendia era do motivo dele estar aqui.
— Como? — coloquei as mãos nos lábios ao ouvir a minha voz soar tão bem. — Estou sonhando?
Zayn caminhou em passos suaves até mim, pareciam deslizar deliberados pelo piso. Meu coração palpitou quando Zayn parou na minha frente. Seus olhos castanhos devoraram os meus verdes, aquele contato visual me deixava assustado pois parecia que eu olhava para mim mesmo em outra versão. Em todo o instante encarava a porta do banheiro da qual Louis poderia sair a qualquer momento. Não queria que ele me pegasse falando sozinho ou algo do tipo. Porém, as fortes mais de Zayn agarraram meu maxilar, quando o encarei novamente, vi que estava em prantos.
— Ele não vai aguentar. — negava com a cabeça, a circulação do seu sangue na veia estava tensionada. — Você não pode deixar essa doença matá-lo como me matou.
Eu comecei a ficar assustado.
— Zayn...
— Eu dei meu coração a você porque eu estava vendo como Louis estava tendo vida depois que você apareceu na vida dele... — seus punhos bateram contra o meu peito. Eu quem chorava agora. Não queria perder Louis como ele havia perdido Zayn. — Somente você, Harry, o Boo não está bem e ele não enxerga isso porque a pare obscura dentro dele não deixa, Harry!
— Pare. — tapei os ouvido ao cair de joelhos no chão.
Eu só queria que ele parasse de me apavora daquela forma, de alguma forma colar muitas coisas na minha mente. Meu corpo assim tremeu em descontrole. Voltei a erguer meu olhar para Zayn mas já não era ele e sim eu mesmo me encarando em prantos.
— Estranho, não? — Zayn estava ao meu lado outra vez, com as mãos apoiadas nos meus ombros. O encaro e depois volto para frente, notando que não havia mais ninguém ali além de nós dois. Eu...eu simplesmente não consiga ter fala. — Lidar consigo mesmo em uma situação desesperadora. — Ele segurou a minha mão mas eu não sentia a sua. — Harry...
Zayn sorriu fraco com uma lágrima escorrendo pelo seu rosto.
— Eu sei que não é fácil, eu sei que a cada momento o assusta mas não carregue tudo aquilo pra sua vida. Dei sim meu coração a você porque eu não tinha chance porque mesmo não tendo a mim...Louis teria você. Ele tem você.
Meus olhos se encheram ainda mais.
— Eu não posso salvá-lo? — embarguei a voz que eu tinha. — Eu não posso se quer impedir que ele sofra? Por quê, Zee? Por que eu tenho que ver o Louis sofrer e ficar de mãos atadas aqui?
Zayn segurou meus dedos.
— Você não pode. — afirmou. — Lois está ciente de tudo mas viveu tanto com isso que acredita estar bem ou algo neutro na sua vida. Como se já fizesse parte dele.
Eu ainda soluçava.
— Mas ele precisa que continue ali mas que seja compreensivo pois é muito complicado. Harry — Zayn fez um percurso com sua mão até meu rosto. — Eu vou estar aqui protegendo os dois, não vou deixar Louis vir para o mundo dos mortos. Agora viva com ele, permita viver mais o amor e o resto está nas mãos de Deus. Louis vai ficar bem, eu acredito nele e sei que você também. Não tenha medo.
Zayn olhou para os meus lábios e se aproxima juntando os seus com os meus, em um selinho demorado tive a sensação de beijar o nada porém uma energia percorreu as minhas veias.
Abri meus olhos e estava deitado na cama com meu pijama nas mãos, as lágrimas escorrendo pela minha face. Me sentei porque acabei de sentir algo tão profundo e estar completamente perdido. Funguei assim que Louis abre a porta e saiu lindamente vestido com o sweater e cueca do Homem-Aranha.
Sorri por ver que ele se encontrava tímido sem a veste debaixo. Percebi como suas pernas eram separada — porém não as encarei tanto — desviando o olhar para o seu e meu coração acelerou.
— A calça ficou caindo e é muito grande. — explicou. — Tudo bem eu dormir assim?
Assenti.
“Você está sexy”
— Harry... — sua voz quase falhou.
“Você é lindo”
Estava na sua frente, Louis passou os dedos gélidos na minha cabeça.
— Você é gentil. — neguei. — Não é?
“Eu apenas digo a verdade”
— Obrigado. — na ponta dos pés, ele me beijou.
Procurei pensar nas palavras de Zayn e no que descobri. Preciso falar com o Louis...
×.×
“Podemos conversar?”
Mandei a mensagem quando estamos na cama de casal abraçados embaixo do edredom após nosso banho. Louis estava com a cabeça deitada no meu peito e meus dedos circulando os ossos da sua costela..
Ele segurando o celular, respondeu:
— Hum... Sim. — sentou-se me encarando com o olhar desolado. — Eu fiz algo?
Neguei com um sorriso fraco.
Respire Harry, inspire...solte. Vai dar tudo certo, você precisa conversar com seu namorado.
Mordi minha bochecha procurando seu olhar e com as mãos trêmulas digitei:
“Amor, quem é David?”
A face de Louis ficou pálida, sua mão não parava de tremer. Eu sabia que fui direto demais, entregando não sabia como fazer aquilo. Sei como Louis tem manias de se esquivar de um assunto, não queria que fizesse isso agora.
— Harry... — ele engasgou com as palavras antes mesmo de soltá-las. — Como você sabe o nome do meu primo? — Indagou. — Eu nunca contei para ninguém além de Zayn.
Céus, eu estava com medo de prosseguir e ele nunca mais querer olhar na minha cara. Achar que sou um idiota por estar curtindo uma com sua cara.
Mas não vou omitir mais nada dele.
— Harry? — Louis chamou minha atenção balançando as mãos na minha frente.
Engoli em seco e pedindo mentalmente sua compreensão.
“Amor, existe uma coisa que descobri recentemente e não contei a você”
— Amor, você está me assustando. O que aconteceu?
“Apenas leia. Pode fazer isso?”
— Posso.
Suspirei mais uma vez e voltei a digitar:
“Como você sabe, meses atrás eu sofri um acidente, perfis minha consciência e meu coração ameaçou parar de bater mas graças a alguém, estou vivo. Depois da minha melhora, quis saber quem doou o coração para mim, sobre sua família, contudo a ‘família’ do doador negou as informações sobre ele. Tudo o que sabia era que veio de Doncaster, do Park Hill Hospital, no dia 13 de Fevereiro. O mesmo dia que Zayn doou o dele. Sei disso porque você me disse.”
“No começo eu não acreditei que seria Zayn meu doador a probabilidade disso acontecer é de dois por cento? Antes de tudo, eu tinha e tenho, sonhos como um moreno, havia sonhos que você aparecia nele, eram tão reais.... Parecia eu ali com você, não sei. E você me mostrou a foto dele, o que confirmou todos minha dúvida. Era o mesmo garoto que vi quando estava em coma e o mesmo garoto que estava nos meus sonhos. Lembro de uma praça, você e eu, seus amigos, eu de cadeira de rodas, você senta no meu colo. Lembro de você no banheiro, eu tinha acabado de vomitar e pedi para não contar a ninguém. Falamos sobre morte... Depois cantamos uma música do NF, I'm Lost in the moment.”
“Sei que essas memórias não são minhas, por isso eu não me sentia 100% com você no sonho. Para provar sobre a doação, tenho a documentação na minha casa e posso te enviar caso não acredite. Agora a pouco me deitei para pensar, você estava no banho e fechei meus olhos. Veio a cena que estamos conversando e pergunto qual sua história, você parecia não estar confortável a dizer, era no internato e eu lembro de fazer isso...”
Engolindo em seco, segurei sua mão quando Louis me encara com os olhos arregalados. O fiz se levantar e caminhamos pelo quarto, no banheiro o fiz entrar e fechei a porta na tranca.
— O que está fazendo? — Louis bateu os punhos na porta, tentando girar a maçaneta.
“No sonho...”
“No sonho você fazia o mesmo, eu disse para você contar sua real história depois que eu falei a minha. Mesmo contradizendo, você concordou. E foi quando você fala sobre sua família e sobre David, mas trava porque está chorando. E eu abro a porta”
Destranquei a mesma, vendo Louis sentado no chão em prantos.
“E eu abraço você, perguntando se ele tinha te estuprado, você chorou e pede desculpas por você tem caráter naquele assunto. E nos beijamos em meio a lágrimas”
Me ajoelhei na sua frente com os olhos marejados. Eu preciso que ele acredite em mim. Estou com medo mas precisava terminar.
“Eu não sei como é possível mas eu ando recebendo as memórias de Zayn, não sei como mas o coração que bate no meu peito é dele. Amor, não estou mentindo. Eu não contei nada ante porque você poderia achar que inventei tudo, pode estar pensando isso agora. E eu estou com medo, eu quero que acredite em mim, jamais brincaria com um assunto sério desses ainda mais porque Zayn significa muito pra você”
Eu não sabia se ele ia querer meu abraço agora. Louis estava paralisado com o celular na mão. Bati meu glúteo na bancada da pia. Eu chorava porque não sabia como ele iria reagir...o que dizer.
Contudo não me arrependo de lhe dizer a verdade.
Até então, ele enxugou as lágrimas com o olhar baixo e semblante pálido. Seus dentes batiam um no outro quando ele tentava controlar o seu choro e soluço.
— Eu... — Louis fungou. — Eu acredito em você.
O encarei mostrando meu olhar “Acredita mesmo?”
— Essas informações somente Zayn sabia, memórias... somente ele. E você relatou tudo e falou de...de David.
Louis parecia assustado, pelo seu olhar conseguia perceber que ele revivia cenas na sua mente.
— Você não sente nojo de mim? Porque eu sim.
Deixei meu celular sobre a pia e sequer minhas lágrimas, minhas pernas me levavam até meu namorado. Louis porém recuou um passo para trás.
— Eu amo você. — olhei nos seus olhos. — Amo muito você.
Louis largou seu celular no chão, parecia não se importar mais com ele quando veio na minha direção, avançando três passos para poder estar perto o suficiente de mim e segurar a minha nuca. Dedos frios que me vi colocando minha mão sobre eles.
Fechei meus olhos quando senti o doce dos seus lábios pressionados nos meus. Não houve língua apenas um selinho demorado com lágrimas envolvidas. Ele deslizou sua mão pelo meu peito onde estava a cicatriz da cirurgia que fiz meses atrás.
— Obrigado. — Louis disse choroso. — Eu sou grato por estar comigo, qualquer pessoas no seu lugar teria ido embora quando soubesse a verdade ou me julgaria. — meu coração acelera descompensado. Eu apenas queria o proteger do mundo. — Eu preciso ainda digerir muita coisa mas acredito no que me diz Hazza, meu Hazza. Eu amo você, Harry, jamais ficaria com raiva de você... apenas estou assustado com isso, pedido mas jamais com raiva. Eu só preciso de um tempo sozinho agora, pode ser?
Não queria mas assenti.
....
Fazia um tempo que estava sentindo meu coração doer. Louis estava na cama fitando alguma coisa, ele não queria falar nada e eu respeito. Podem estava quase indo até lá e o beijar, dizer que ao menos não continuasse com aquilo, porque eu precisava entender que estava tudo bem mesmo.
Talvez se eu tivesse me calado...nada disso aconteceria.
Estou com raiva de mim por estragar tudo assim. Era para ser uma noite especial mas eu pisei na bola e estou lidando com isso. Passei a mão na cabeça, fechei meus olhos e impulsio meu corpo para cima.
Com os músculos dos meus braços e costa contraídos, olhei para o céu e observei as constelações que sabia que existia. As minhas mãos estavam enterradas no bolso. Acho que não haverá mais nada.
Todavia...
Sinto uma mão deslizando pela minha costa e cintura, um corpo pequeno me abraçava e apertava a mim contra seu. Respirei fundo com uma vontade de chorar mas não fiz. O girando lentamente, observei Louis, seus cílios estavam molhados e os olhos inchados, assim como eu estava. A diferença era que ele segurou meu rosto manteve o nosso contato visual.
— Harry? — Louis sorriu fraco, um pouco triste mas fui capaz de captar sua mensagem de amor através do seu olhar. — Você pode me amar? Não quero que faça nada....
O beijei após envolver meus braços ao redor do seu corpo pequeno, pressionando cada vez mais contra mim, aspirei seu perfume de avelã — o creme que usou — ele por outro lado, lagrimou quando nossos lábios se moviam porém não paramos o beijo.
Curvei o meu corpo, subindo-o para que nosso beijo ficasse mais profundo. Meu coração batendo contra o peito parecia que a qualquer momento sairia pela boca. Esse é o efeito colateral de se estar amando; você simplesmente se perde em constância no amor do outro. Anseio o ter para sempre por perto.
Segurando-o firme, trouxe Louis para meu colo e ele entrelaçou suas pernas na minha quando caminhei até a cama de casal. Ele deixa suas pernas escorregam pela lateral do meu corpo, beijando minha nuca quando seus pés permanecem no chão.
Ter seus lábios em sincronia com os meus era um vício que ansiava naquele momento. E mesmo que Louis estivesse chorando, eu estava perdido no seu carinho.
— Desculpe. — ele sibilou. — Estou emocionado mas eu...eu quero você.
Antes que eu me expressasse, Louis me beijou. E eu gosto quando ele toma atitudes como fazia agora. Seus dedos prendem na minha camisa quando ele senta na cama e me puxou para mais perto de si....
💮 Notas Finais 💮
Perdão pelos erros :(
E pela demora, espero que tenham gostado.
Tenho que informar que falta pouco para a história chegar ao fim... Isso mesmo, estamos bem perto e eu sou grata aos 100 favoritos ❤ e quase 1K de Views!! E pelo carinho que tem por essa história.
Bem, espero que fiquem bem
Logo eu voltarei com mais
All the love, A.
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