Chapter Thirty One
Último capítulo <|3
Vou sentir muita saudade dessa história!
Espero que gostem e me desculpem qualquer erro e pela demora :(
Boa leitura 💚💙😗
.x
Nós estamos envelhecendo, baby
E estive pensando sobre isso ultimamente
Te enlouquece perceber
A rapidez com que a noite muda?
Tudo o que sempre sonhou
Desaparecendo quando você acorda
Mas não precisa ter medo
Mesmo quando a noite mudar
Ela jamais nos mudará
— Night Changes —
Narradora.
Louis não sabia como iria reagir. Na verdade ele não estava sabendo o que fazer naquele momento. Era uma coisa que ele não estava esperando e que nunca iria imaginar ver depois de tantos anos. Seus olhos estavam cheios e seu peito queimava ao lembrar de toda uma vida com a sua família. Embora tenha acontecido muita coisa ruim... Ele tinha vivido momentos bons.
De primeira, ele estava com os lábios entreabertos pois lá estava a Johannah; ainda com o olhar preocupado em cima dele, os azuis estava tão escuros que dava para ser confundido por um preto, lábios rosados devido ao uso de algum batom e as órbitas brancas derivadas do vermelho — mostrando que havia chorado muito como estava agora. Daniel estava logo atrás dela com seu olhar de pai, atencioso e cheio de amor, Louis se lembrava de quando estava com seu pai e lhe ouvia contar histórias ou recebia seus conselhos para vida. Era aquele olhar que ele carregava, aquele olhar que fez Louis lágrimas ainda mais. E seus irmãos estavam ali com os olhos molhados, mostravam-se emocionados por estarem o vendo outra vez. Louis não se lembra quando virá Bryan e Ernest juntos. E no fundo, a emoção de vê-los outra vez era grande. Simplória e importante.
Estavam todos ali e Louis se perguntou como aquilo era possível e como chegaram
— Lou! — Ernest foi o primeiro a se mover.
Logo que seus braços estavam envolta do corpo de Louis. Harry foi mais para o canto, segurando no batente da porta para dar mais espaço para a família e para o seu namorado.
— Senti sua falta, maninho. — Ernest tinha o cabelo castanho, olhos escuros como os de Daniel e estava mais alto, forte e amoroso. — Muita falta.— ele dizia fazendo um carinho no rosto de Louis.
O menor foi pego de surpresa no começo mas logo se soltou, liberando suas lágrimas e envolvendo seus braços ao redor da nuca do seu irmão. Ernest nunca mudara e aquilo era bom.
— Eu... — Louis soluçou, não sabia o que dizer ou como falar alguma coisa sem estar aos soluços. — Que saudades!
— Tem que ter espaço para mim também. — Bryan foi para mais perto deles e envolve os braços ao redor de Louis. Ernest permanece ali dando aquele ar de abraço entre irmãos.
E era bom. Era um momento único que Louis não queria que parasse. Ele estava emocionado o suficiente para ser consumido pelos soluços profundos e intensos. Fazia anos que ele não estava tão perto dos seus irmãos como naquele dia.
Depois do abraço desfeito, os três se entreolharam como se fossem estranhos se conhecendo depois de uma situação desastrosas.
— Você parece... — Ernest o encarou de cima a baixo. De certa forma era desconfortável para Louis receber aquele tipo de olhar das pessoas. Até mesmo de Harry era assim. —... diferente. Mas está mais bonito. — seu irmão tocou em seu rosto fazendo um carinho na sua bochecha.
— E está muito louco com esse novo corte de cabelo. — Bryan veio falando. — Parece um personagem de animação.
Louis rir pois seu irmão sempre tinha um humor inacreditável. Ernest também mas naquele momento ele estava mais sério.
— Eu não. — Louis rir. Sentindo uma leve dor na barriga que acabou resultando na sua careta de dor.
Suas lágrimas escorriam e foi uma mistura com a risada que dera. A situação era embaraçosa porém não muito. Ernest limpou-as com a mão, fazendo com que seu irmão fechasse os olhos para apreciar seu toque.
— É bom ver vocês aqui. — ele conseguiu dizer sem chorar. Demorou um pouco mas foi feito.
— É bom encontrá-lo depois de muitos anos, meu filho. — Daniel era quem se aproxima dessa vez, envolvendo seus braços ao redor de Louis.
Era muito difícil controlar sua emoção. Ele não conseguia porque se trata de algo de anos e do homem que era seu super-herói. O homem que o criou e lhe deu amor. O homem que sempre estava ali para fazer seu papel de pai e fazia isso muito bem. Louis sentia falta daquilo, ele sabe que sim. Ele chorava todas as noites pela saudade que sentia do seu pai e da sua família unida. Parecia que o tempo e a vida, juntaram-se de uma vez para tirar isso dele. Mas que por alguma razão estava trazendo a tona.
Então ele soluçou com o coração acelerado, após enterrar o rosto no peito do pai e deixar que toda a saudade estivesse perante ao abraço, ao aconchego de estar com uma pessoa que ele ama.
— Papai. — Louis conseguiu formar a palavra em meio a tantas lágrimas e soluços. Ele apenas queria que Daniel o apertasse mais e não soltasse. Que ele não fosse embora da sua vida.
Daniel estava chorando também. Seus ombros subiam e desciam a medida que ele supria cada detalhe daquele momento.
— Você não tem ideia do susto que deu na gente. — disse seu pai.
Envergonhado, Louis baixou o olhar procurando uma forma de não se sentir mal com essas palavras mas já se sentindo.
— Desculpe.
— Mas isso não me impede de te amar. — Daniel foi logo dizendo.
Àquilo foi suficiente para Louis desabar ainda mais nos braços do pai. Como se precisasse daquelas palavras para saber que poderia ter sua força.
— Lou? — Johannah aparece logo atrás arrumando os cabelos castanhos e parecia muito mais preocupada.
Apesar de todas as broncas que um dia deu no filho e em algumas atitudes duras demais, lhe deu uma ótima criação. Era acima de tudo sua mãe e ele sabia muitas bem daquilo. Louis então envolve seus braços ao redor da cintura da mulher que molhou seus ombros emocionada ainda mais pelo toque que anos foram tirados de si. E seu pequeno filho também estava na mesma forma. Seria um dia de lágrimas e era toda a sua família unida outra vez, como não poderia ser?
— Oh meu filho, eu te amo tanto.
....
— Tem certeza, Hazza? — Louis perguntou com o olhar preocupado.
Parte de si estava inseguro porque ele teria de ficar sozinho com sua família depois de anos e Louis estava com medo de não saber como se portar. Com Harry ele ficaria mais...confortável?
O maior puxou os lábios, segurando sua mão macia e que Harry tanto amava segurar. Em seguida ele beijou-a calmamente.
“Você vai se sair bem com eles, amor” disse por mensagem. “Acredito em você mais do que tudo e não tenha medo porque são sua família”
Era uma inacreditável como Harry sabia das coisas que Louis estava pensando. Ele a cada dia se surpreende mais com seu namorado.
— E você vai ficar fazendo o quê? — ele mordeu os lábios sorrindo curioso.
Harry segurou seu rosto com um sorriso maroto brotado nos lábios e da um selinho demorado em Louis.
“Vou estar no seu dormitório fazendo uma surpresa”
— Que surpresa é essa?
“Se eu contar vai deixar de ser uma surpresa”
— Você ama isso não é? — Louis rir, com o rosto vermelho.
“Eu amo você”
Harry segura o seu namorado mais firme em seus braços, o puxando pela cintura e assim colando seus lábios. Sempre pensando em o quanto os lábios de Louis são macios, doces e viciantes. Em como seu coração estava batendo rápido a medida que se perdiam naquele ato.
— Só não vai embora. — Louis pediu ao morder os lábios. — Porque preciso de você aqui.
“Eu não vou a lugar algum, amor.”
Harry sorriu, voltando a selar os lábios de ambos. Em seguida passou a mão na perna de Louis, descendo sua boca no pescoço do menor e o beijou ali. Ouvindo o gemido do pequeno. O que de fato fazia Harry ficar bastante.... excitado. E era um pouco tímido da sua parte admitir isso. Louis segurou seu rosto, ficando na ponta dos pés para beijá-lo outra vez.
— Eu te amo. — ele disse ao namorado.
— Eu te amo.
Após a troca de olhares. Harry some ao subir as escadas e deixa Louis ali, encolhido abraçando seu corpo. Completamente frágil por não saber como lidar com a sua família.
Antes de pensar em se afastar. Ele ouviu o barulho da notificação no seu celular. Rapidamente ele o pegou.
Amor: Não fica com medo de falar com eles pois são sua família. E não demora porque eu quero ficar com você sozinho ;)
Lou: É algum tipo de pressão?
Amor: Mais ou menos ;D
Lou: Hum .. entendi
Amor: Imagina eu peladão na cama e um buquê de flores
Lou: Você está?
Amor: Isso te agrada?
Lou: Deve ser uma cena maravilhosa ;)
Amor: Eis um motivo para não demorar com sua família mas... Sem pressão agora
Amor: Eu te amo de novo ♥
Lou: Eu também ♥
Amor: Hey não diga “Eu também” =_=
Lou: Pq?
Amor: É como se concordasse comigo e não fosse amor
Lou: Eu te amo, Hazza ♥
Amor: Agora sim
Amor: Qualquer coisa, eu vou descer pra ficar com você ♥
Lou: Okay ♥
Louis Povs.
Estou tão nervoso...
Não é como se eu esperasse sorri para eles depois de tanto tempo como se tudo fosse normal. Existe um passado que escondi por anos e ele é motivo de muita coisa estar acontecendo agora. E me deixa ainda mais nervoso pois o que eles iriam pensar de mim depois que eu contasse? Eu deveria contar? Eles iriam acreditar em mim?
Ninguém nunca acreditou e não sei... Exceto Harry que sabe sobre meu passado e Zayn Malik. Fora isso, tudo não passava de uma mentira para os outros. E isso dói. Dói porque você se vê sem mais ninguém, apenas você e você mesmo.
E passou tanto. Não sei onde ele está, não sei como foi a vida na minha casa depois que eu saí de casa. E minha garganta estava dolorida, seca e dolorida, se fechava quando eu me pegava pensando demais. E meu corpo estava tremendo demais e fora do necessário. Meus pés me guiaram para a sala, onde eles se encontram. Tive que puxar os lábios para mostrar empatia.
É tão ruim quando você se sente como um estranho na sua própria família.
— É um lugar confortável! — Mamãe comentou, olhando para os móveis da casa.
Apenas assenti com a cabeça, me sentando no sofá entre Ryan e Ernest. Engoli em seco sem saber o que dizer.
— Você está bem, filho? — Daniel me perguntou.
— Eu... — olhei para minha mão e depois para meu corpo. Sabendo que eu começaria a falar, minhas lágrimas iriam cair. Mas eu não podia mais mentir para eles. —.... aconteceu muita coisa aqui, comigo. Como vocês devem saber, hum... Esse é um internato para pessoas com transtorno alimentar, Anorexia e Bulimia. — olhei para baixo sem saber como olhar para eles. Ernest passou a mão na minha costa e de algum modo aquilo me fez bem. Mas nem isso foi capaz de preencher a necessidade de querer Harry aqui. — Estou aqui porque... bem, eu realmente tenho.
— Oh, nós percebemos que sim. — Bryan comenta.
— Você está comendo? — Minha mãe perguntou preocupada.
— Aos poucos eu estou. — eu disse.
Tossi e senti o gosto do remédio que tomei na quimioterapia. Meu estômago estava um pouco dolorido mas era o efeito.
— Como me encontraram?
— Bem... Seu amigo nos mandou mensagem. — Levantei a sobrancelha pensando em quem poderia ser. Mas de repente lembrei quem e ele estava no meu quarto me esperando. — Ele conseguiu nos encontrar pelo Facebook e disse que estava aqui. Ainda bem que ele fez isso, meu filho.
— Harry foi muito gentil ao fazer isso. — Sorri. Será que eu conto sobre nós? Meus pais vai aceitar? Tenho medo de eles não gostarem disso. Harry é uma pessoa incrível. Estou nervoso, estou tremendo e mesmo que eles não aceitem, ainda vou amar meu namorado. — Mas ele é meu namorado, não meu amigo.
— Deu para perceber. — Ernest disse. — O jeito que ele te olha já mostra bem isso. — meu irmão rir.
— Vocês formam um belo casal, ossinho. — Bryan me apelidou e eu rir.
— O mais importante é que seja feliz com ele. — Daniel me disse com um sorriso fraterno que aqueceu meu coração.
Minha mãe permaneceu com o olhar baixo. Mas não disse nada, eu sabia que ela seria esse tipo de pessoa que ainda sentiria com tudo. Eu só queria que ela pudesse me aceitar com meu namorado, queria que não fosse assim. Mas eu darei esse tempo para ela.... Isso infelizmente não é uma coisa comum para os pais, então não a julho por isso. Mas não quer dizer que esteja nervoso demais com o seu silêncio. Seria mais fácil se ela estivesse gritando comigo. Mas ela continuo quieta.
Apertei minha mão uma na outra sem mais saber o que dizer. Ainda tenho muito o que perguntar na verdade mas também não sei como tornar isso em palavras.
— E como foram esses anos? — Pergunto após molhar a garganta.
— Muita dor. — Daniel tocou no peito e começo a me sentir mal. Ernest me puxa para mais perto dele. — Estávamos a sua procura, foi muito doloroso pra nós porque você realmente sumiu. É como se não quisesse ser encontrado. — Olhei para a lareira e desejei a companhia de Harry. — Tentamos seguir nossas vidas contudo sempre tentando o achar. Foi quando percebi algo estranho pois David — De imediato meu corpo ficou rijo. Gostaria de não saber sobre ele ao mesmo tempo que sim. Queria saber se realmente estou livre. — começou a se comportar como um psicopata, a todo custo surtava em cautela por sua causa. E não era uma coisa boa. Eu peguei escondido fazendo isso hum.... Meu filho, acredito que tenha ido embora por causa dele, certo?
Sabe quando você não consegue mais segurar suas lágrimas? Mas também está cansado de chorar?
Foi exatamente assim que eu me senti quando voltei a soluçar, por toda a for que eu vivi. O verdadeiro inferno em silêncio quando minha voz falhava ao pedir socorro. Por mais que eu tente correr, não consigo sair do lugar. Minha vida inteira foi arruinada por causa de David. Ainda está sendo e eu odeio tanto, não quero ter ódio mas dele eu sinto um grande que me domina até às veias. Eu tenho medo entretanto ele só não é maior porque agora tenho o Harry e ele parece fazer isso sumir por um longo tempo.
Mas sempre estou chorando, se me pego lembrando de tudo que me aconteceu. E talvez se tudo fosse diferente... Se nada daquilo não estivesse acontecido, eu não estaria assim?!
Eu não sei.
Coloco minha mão no rosto quando Ernest me abraçou de lado, beijando minha testa. Eu não sabia o quanto eles sabiam mas estava com vergonha. Porque não tinha como não a sentir. Ela vinha tão fortes quantos os golpes que já recebi e que me deixaram marcas. E eu estava com marcas, mas elas são eternas dentro de mim.
Eu não consegui falar mais nada a partir disso, não sabia como reagir mas os braços do meu irmão não de sangue me deixaram acolhido. Bryan estava com os olhos cheios e passava a mão no meu joelho. Enquanto Daniel abraçou a minha mãe que lagrimou, acredito que minha reação foi a resposta que eles precisavam ou uma afirmação de uma coisa que pensaram.
— Ele foi embora para a casa da sua tia. — Daniel continuou falando. — Você não precisa dizer o que ele fez com você meu filho. Mas eu tenho raiva por ele ter feito você ir embora.
— Oh céus! — Enterrei mais a minha mão no rosto negando com a cabeça. — Se eu não fosse fraco...
— Não diga isso, sobre si mesmo. — Ernest segurou meu rosto dessa vez me olhando preocupado. — Ele foi um filho da puta!
— Ernest! — Daniel o repreende.
Meu irmão olhou para o pai como se não ligasse.
— Ele foi mesmo um filho da puta, não brigue comigo por isso. — Ele disse e me encarou de volta. — Hey irmão, não foi sua culpa mas sim daquela porra, acho que se eu o ver sou capaz de o matar. — resmungou.
— Você não fará nada, para de dizer tolices para o seu irmão, não vê o quão isso o machuca? — Daniel brigou com Ernest que rolou os olhos.
— Não tem que abaixar seu nível por causa de uma pessoa ruim.— Bryan falou mas noto que ele estava nervoso. — Por mais que ele mereça mesmo tudo isso, não somos como ele.
A sensatez na voz do meu irmão mais velho me tocou muito. Bryan tinha os melhores conselhos de irmão e isso é maravilhoso.
— Sim. — Minha mãe falou dessa vez. E eu tive que encará-la. Seus olhos estavam vermelhos e molhados. Mas ela estava séria. — Eu... Eu sinto muito meu filho.
Foi tudo que ela conseguiu dizer. Depois de cair em prantos com Daniel a abraçando. Meus lábios estavam tremendo e eu desvencilho dos braços do meu irmão e vou até meus pais. Ficando de joelho na frente dos dois depois de anos, eu me sentia muito culpado.
— Me perdoem. — soluço. — Me perdoa por fugir sem dizer meus motivos, me perdoem por eu deixar esses anos preocupados e... Eu estou errando todas as vezes, na verdade-
— Louis. — Daniel me encara com os olhos cheios. — Você está vivo meu filho, isso que importa.
— Nós te amamos. — Minha mãe me puxou para um abraço.
Posso dizer que as próximas horas foram compostas de lágrimas e muita conversa. Ernest e Bryan estão trabalhando, seguindo uma vida boa e meus pais estão também, lutando sempre para dar o sustento de casa. Temos uma gatinha e dois cachorros. E eles me pediram para voltar para casa, mas eu ainda não estou preparado, ainda mais porque estou terminando meu tratamento, ainda não avancei em nada além do peso que ganhei. Contudo prometi que iria os ver sim, agora mais do que tudo não quero ficar longe deles.
— E seu namorado? — Ernest pergunta com um sorriso após nossos pais saírem para falar com Eva. Ela apareceu segundos depois para falar sobre meu estado com eles.
Bryan estava ao meu lado sorrindo junto com Ernest.
— Harry é — olhei para o lado com um sorriso bobo no rosto. De repente o imaginei sensualmente na minha cama com aquele sorriso dele, meu coração até acelerou. — o grande amor da minha vida.
— Da pra ver através dos seus olhos. — Bryan me cutucou. Dei uma risada colocando a mão no rosto.
— Ele é surdo e mudo? — Ernest perguntou.
— Sim mas ele sempre tem algo a dizer para mim. Por isso estou aqui hoje. — eu disse brincando com meus dedos.
— Hum... Entendi. — Bryan sorriu.
— Estou feliz que estejam aqui. — Abraço os dois e beijo o rosto de cada um. — Obrigado por tudo. Eu amo vocês.
— Não tanto quanto eu. — Ernest beijou meu pescoço. Senti um arrepio mas foi algo fraterno.
— Eu amo uma comida. — olhei indignado para Bryan. — Mas tu sabe que te amo também.
— É eu sei.
Rir.
Era tão maravilhoso estar com a minha família. Era como se eu estivesse vendo os próximos capítulos da minha história. Nunca imaginei que veria isso, toda a minha vida pensei que morreria a qualquer hora ou desejava isso. Mas agora eu quero poder tentar viver porque acho que preciso da minha família e do meu namorado, são tudo o que tenho e quero estar com eles a cada natal, ano novo ou quaisquer confraternização que vier.
Pela primeira vez na minha vida, eu não quero perder tudo isso para a morte.
Não quero ter que perder para dar valor. Não mais, não como perdi o Zayn e lamentei não poder aproveitar tudo ao seu lado.
Xx
— Agora você tem nosso contato, vou também estar sempre ligando para você. — Daniel me abraçou outra vez e beijou a minha testa. — Quero que vá nos ver meu filho e o que precisar me peça.
Não gosto de despedida mas estou pensando que essa não será eterna. Eu vou vê-los mesmo que demore um pouco.
— Tudo bem. Eu vou sim. — Olhei para ele e beijo seu rosto. — Eu te amo, pai.
— Eu te amo, Louis. — Ele se afasta.
Ernest veio junto com Bryan, envolvendo os braços ao redor de mim. Eles disseram que me amam e pediram para mim porque estou muito magro. E eu disse que estou fazendo isso. Até porque Harry me briga também se eu deixar de seguir as refeições corretas.
— Se cuida, meu filho. Coma mesmo e não deixa de fazer isso. — Minha mãe me olhou protetora. — E fale comigo também, quero ver você bem para o nosso próximo natal e leve seu amigo junto.
Eu não vou corrigir ela ainda mas sei que ela sabe que Harry é meu namorado.
— Tudo bem, mãe. — eu disse e a puxo para um abraço de despedida.
— Fica bem, Boo. — recebo um beijo na cabeça e olho para minha família.
Não demora muito para eles sumirem de vista. Queria que eles ficassem mais mas entendo que não poderiam. Mas parte de mim estava feliz por estar com a minha família mesmo depois de tanta coisa ruim. Eu sou grato por eles estarem aqui. E tudo isso foi por causa do meu namorado.
Harry está me surpreendendo com alguma coisa e ele sempre consegue me fazer vem com essas coisas.
E me bateu a necessidade de estar ao seu lado. Já que se passou um bom tempo ficamos longe um do outro.
Estou caminhando para os degraus da escada. Quando Eva aparece e me abraça sem mais nem menos. Ela é como uma segunda mãe para mim, de algum modo ela também me criou.
— Estou orgulhosa de você, querido. — Ela disse chorosa. — Sempre acreditei você, meu amor.
— Obrigada, você foi muito paciente comigo. — apertei ela calmamente.
— Eu te amo. — eu disse.
— Eu te amo. — ela falou.
...
Cheguei no quarto, Harry estava deitado com a cabeça em cima de um caderno. Seus olhos estavam fechados e ele não estava pelado como me disse por mensagem mas aquilo não me deixou frustrado. Achei que fofo modo como ele se encolhe ao dormir. As mãos juntas ao rosto e as pernas estavam dobradas, os novos cachos caindo no rosto e uma respiração calma saindo dos seus lábios.
Me aproximo dele e vejo que ele havia me escrito algo ali. Lentamente pra não o acordar, puxei o caderno e olhei para ele que apenas segurou minha cintura. Dei uma risada baixa, Harry voltou a dormir e eu beijei seu rosto.
— Meu amor. — o admirei por algum tempo, depois voltei a minha atenção para o caderno.
Era uma carta.
“Oi amor, :)
Acho que você já deve saber que eu falei com seus pais para que eles te encontrassem. Desculpa por ser essa pessoa evasiva mas lembro que me pediu isso ou que desejava isso, não necessariamente pediu pra mim falar com eles. Mas amor, eles são sua família e eu sei o quanto a família é importante.
Você é a minha família, Louis. Agora que estou morando em Doncaster consigo me sentir vivo outra vez.
Somente você sabe a minha história, somente você ligou com coisas que jamais...jamais diria para alguém. Eu amo amar você. E vamos ainda construir uma vida juntos.
E foi por isso que eu disse a minha irmã que sairia da casa dos meus pais. Você é o motivo de muitas coisas, Louis William Tomlinson. Ainda é o começo de uma longa história secreta de amor. Você sabe que sim.
Eu estou orgulhoso de você, muito mesmo. Sempre estive e agora não muda, apenas aumenta. Espero que esteja feliz ^_^
Pois eu estou feliz por você.
Pode abrir um sorriso agora?
Amo quando sorri. :-*
Eu te amo”
Harry é tão bom pra mim. Me pergunto sempre se ele é real e com ele foi capaz de me amar. Me amar do jeito que eu sou e sabendo de tanta coisa. Mas ele me ama e eu sou grato por isso. Também não quero perder o grande amor da minha vida. Ele é tudo para mim.
Alguns meses depois...
— Harry? — Pergunto assim que ele some do meu campo de vista.
Estou na sala da sua casa, em cima da sua cama. Tínhamos acabado de terminar um beijo intenso e ótimo, quando ele me pediu para ficar na cama sem me mover. E é como estou, embora curioso.
Espio o corredor no meu lugar mas ele não estava ali. Comecei a ficar preocupado até que ele voltou com um lenço preto na mão e algo escondido atrás de si.
— Fecha. — Ele disse e com a mão livre, aponta para meu rosto. Entendi que ele se referia aos meus olhos.
Mesmo achando aquilo estranho, fechei eles. Sinto o colchão se afundar e o calor do seu corpo atrás de mim. Harry tocou no meu ombro fazendo um carinho e deixei um gemido escapar dos meus lábios, gosto quando ele está me tocando. Em seguida sinto ele colocar algo nos meus olhos e amarrar firme.
— Não está apertando, amor. — eu disse a ele.
— Bom. — ele falou.
— O que está aprontando, Hazza? — eu pergunto quando sinto o colchão afundar na minha frente.
— Shii.
Eu ri e ele me deu um tapinha na bunda. Harry tem uma estranha obsessão pela minha bunda que eu acho admirável da sua parte. Em seguida ele segura a minha mão e coloca sobre algo de veludo.
— Amor? É para mim abrir?
— Sim.
Balancei a cabeça ainda bastante curioso. Procurando como fazer aquilo, acho o que queria, então levanto a tampa da caixinha. Assim que está aberta eu paro.
— Posso tirar essa venda?
— Eu...iro...tiro. — ele falou.
Estou gostando desses últimos dias, Harry tem usado mais o diálogo comigo do que as mensagens de texto. E eu estou aprendendo libras por causa dele. Assim ambos conseguem se comunicar de um jeito melhor.
Harry desfez o nó e pisco os olhos, recuperando a visão e pego meu óculos na caixinha.
— Ou céus! — olho boquiaberto para o presente que ele me deu.
Harry sorriu nervoso. Dava para ver o quão suas pupilas estavam dilatadas e o suor na sua testa. Ele segurou a caixinha e tirou o anel dourado que nela estava. E calmamente se ajoelhou na minha frente, ainda estava completamente sem reação alguma.
— Eu..Amo...ocê... você. — ele falou engolindo em seco. — Anos...eu...Arg. — ele parecia frustrado.
Sorri de lado para ele, olhando para a estante e peguei o celular que estava ali. Depois coloquei na sua mão.
— Amo quando fala comigo por aqui também. — Eu disse beijando seus dedos. Não quero que ele se sinta mau por não conseguir falar perto de mim.
Harry suspirou e abriu um sorriso fraco.
“Desculpe por isso”
— Amor, tá tudo bem. — eu disse fazendo carinho no seu rosto. — Pode falar, eu sei que vai me dizer as palavras certas.
“Okay... Bem, como você pode me ver...eu estou nervoso demais com tudo isso mas é porque é algo bom. Passamos por tanta coisa, amor... E eu sou tão grato por tudo isso que dê certo modo comecei a fazer planos para nossa vida. Eu sei que é loucura mas não é tanta quando você para pra pensar com carinho. Eu tenho te amando desde a nossa troca de mensagens constantes, tenho te amando até quando ainda não me amava, tenho te amando quando lágrimas saíram de mim, tenho te amando quando discutimos e tenho te amado a cada consulta que vamos juntos. E por isso quero poder fazer isso mas com algo mais intenso.”
Harry largou o celular e segurou bem a aliança na mão.
— Louis William Tomlinson, você que casar... omigo? — perguntou-me.
Eu acho tão fofo o modo como ele fala. Da mesma forma que fico até surpreso por Harry querer viver uma coisa séria comigo. Assim como sei que não estamos indo rápido demais. Se ele soubesse como meus sentimentos estão tão maiores por eles do que antes. É por isso que estou chorando e tremendo.
— Eu...aceito, amor... Eu aceito me casar com você. — Harry coloca o anel no meu anelar e eu faço o mesmo com ele.
Em seguida pulo na sua direção. Harry abraça forte e me aperta a cintura. Ainda me surpreendendo com a sua força cuja me faz soltar uma lufada de ar pela boca.
— Eu te amo tanto. — eu disse a ele.
— Eu amo você.
Ele segurou meu rosto e juntou nossos lábios. É tão lento quando mas tão romântico, o modo suas mãos estão massageando minha cintura e a costa, meus pelos ficam eriçados a medida que ele está me puxando para mais perto e respirando durante o beijo. Fico nas ponta dos pés e entrelaço meus dedos nos seus cachos. Harry soltou um gemido baixo quase inaudível. Estou me viciando cada vez mais nos seus beijos.
— Harry... — O chamei.
Ele apertou mais a minha cintura, dessa vez me deitando na cama e ficou por cima de mim. Eu sou inquieto, estou sempre me movendo ou balançando meu corpo. Mas isso é por causa dele que fica me enlouquecendo com seus toques. Harry desceu os lábios até minha nuca, sugando a minha pele de modo que estou gemendo e apertando seus ombros.
Todas as vezes que estamos nos beijamos. Não estamos tendo o controle dos nossos atos. Isso de alguma forma é imprescindível. Eu gosto também porque somente com ele isso acontece e eu me dou conta de que isso é mesmo real. Quando ele está passando a mão por cada curva do meu corpo, quando ouço sua respiração ou quando estamos roçando nossas intimidades uma na outra. Harry sempre me faz um leve tortura antes de ir adiante, o que posso dizer é que em constância estou sem ar.
Ele para o beijo e olha para mim, parecia estar estudando meus traços e aquilo me deixava sem jeito. Eu sinto falta da sua boca, porque ela é macia e quente, assim como seu corpo. Portanto, desço minhas mãos até sua cintura, colocando ela por debaixo da sua blusa e sentindo a textura da sua pele. Harry gemeu agarrando firme a minha bunda quando volta a me torturar pela nuca.
Voltando a mover as minhas pernas para cima e para baixo, preciso sentir o seus toques e preciso ter a certeza que é ele todo o tempo. Pois não quero que esse momento acabe. Aperto sua bunda com força, sentindo aquela chama se alastrando por cada canto do meu corpo. Tirando meu fôlego e me fazendo perder os sentidos. Harry tinha esse poder sobre mim.
Quando ele está por cima de mim e estou tirando sua blusa. Me sinto um pouco insano e não sei se isso é bom. Nossos lábios se desvencilham e eu olho para ele com os lábios entreabertos. Harry fecha os olhos apreciando meus toques, até o momento em que olho para seu peito forte, Harry fez algumas tatuagens no corpo, eu havia feito também... Parece até clichê mas nossas tatuagens se completavam.
Meu coração estava muito acelerado pois era a sua vez de tirar minhas peças de roupa. Estamos tão desesperados para estarmos conectados, que fizemos isso com voracidade. E quando menos piscamos, estamos despidos.
Mordi os lábios quando sua mão massageou a minha perna.
— Preciso de você dentro de mim. — fiz um carinho na sua nuca.
Harry beijou meu ombro e seus dentes passaram pela minha pele. Eu arqueei as costas e trouxe sua boca de volta para a minha.
Harry pacientemente, ficou entre as minhas pernas e calmamente vai entrando dentro de mim. Minhas unhas passam por toda a sua espinha dorsal, estou chamando por ele porque no começo ainda sinto muita dor. Abro os olhos, encaro-o para ter a certeza que é ele não outra pessoa. Sorri para mostrar que estava tudo bem.
— Continua, amor. — digo a ele.
E assim ele faz, indo para dentro de mim quando nossos corpos estão suando a cada estocada de Harry. Sua glande está encontrando minha próstata, e toda a dor vem sendo substituída pela onda de prazer intenso. Aperto seu ombro e fecho meus olhos contraindo os músculos do meu rosto. Estou sendo preenchido pelo seu amor.
— Oh! — Harry gemeu e eu comecei a tremer.
Ele ia e vinha cada vez mais rápido. E para lhe dar um pouco de estímulo, rebolo durante os seus movimentos.
— Porra... — Harry não era de gemer xingando mas ouvir aquilo aumentou mais o prazer que estou sentindo.
— Não para, amor. — eu digo próximo do seu ouvido.
Harry vai mais fundo, rapidamente fazendo com que nossos corpos desfizessem o lençol da cama. Bagunço seu cabelo quando os puxo para trás e Harry faz o mesmo quando treme ao ter um orgasmo dentro de mim. Eu demoro alguns minutos até sentir a moleza dominar meu corpo.
Mas posso dizer que aquilo é maravilhoso. Tanto que estou sorrindo, e assim o trago para mais perto, movendo nossos lábios lentamente.
— Você foi maravilhoso. — eu digo ofegante e assim beijo seu peito.
— Você é....lindo. — Harry moveu um pouco mais dentro de mim e saiu. Deitando ao meu lado na cama e abraçando a minha cintura.
Ele parecia cansado ao mesmo tempo que feliz.
— Noivo. — ele diz.
Me pego sorrindo feito bobo quando estou fazendo um cafuné na sua cabeça.
— Estou feliz por ser seu noivo agora, amor. — eu ia dizendo quando ouvia sua respiração falhando. — Mais do que imagina.
São alguns segundos antes de fechar meus olhos que sempre repito para mim mesmo que amar não é ruim. Que estar com aquela pessoa que nos ama, é como encontrar sua cura para todas as coisas que não tem cura. E eu sou grato por cada coisa e estou feliz por ter Harry.
Algumas semanas depois
Harry Povs.
Nem acredito que estou mesmo com Louis. As vezes parece que estou em um sonho profundo. Eu tenho que sempre olhar para ele para ter a certeza que é real ou sempre ter um pretexto para o beijar. E por isso estou sempre fazendo essas coisas.
Já faz quase dois anos que estou morando em Doncaster, longe dos meus familiares ao mesmo tempo que perto porque fiz uma nova família, claro que sinto falta dos meus pais e dos meus amigos. Mas sempre estamos nos falando e fazendo planos.
Sempre tive que intenção de vir ver Louis em uma viagem mas ele me fez mudar os planos para viver aqui, em outro estado. Tudo por amor e porque não quero me imaginar longe dele. Não me vejo voltando para casa. Não me vejo sem Louis e sem qualquer coisa que indique que estamos juntos.
Estamos próximos do natal, vamos viajar para Holmes Chapel daqui uns dias. Já está tudo preparado. Louis está na faculdade mas mora no nosso apartamento comigo. O que é divertido pois faz dois meses que compramos as coisas agora que estou trabalhando em uma petshop. Que me faz lembrar de Sweet Creature, porém a dos meus pais é um pouco menor. E é bom trabalhar com animais.
Foi do meu trabalho que eu trouxe para fazer companhia a Nemo, uma gatinha chamada Dóri. Eles se dão muito bem juntos, Dóri é a filha de Louis que de certa forma é mimada por ele. E digamos que fico com ciúmes desse carinho que ela recebe dele. Já brigamos por causa dela mas eu a amo também.
Louis está ainda seguindo seu tratamento e sempre que posso, o acompanho. Ele está indo bem, embora tenha suas recaídas. Fomos muito ao médico porque ele tem sentido dores fortes no estômago e ele chora. Converso com seus pais por mensagem e algumas vezes Louis me pede para mentir sobre sua saúde, na intenção de não querer os preocupar. Porem metade dessas vezes eu disse a verdade. Ele tem tomado seus remédios, o que tem sido no pra ele mas também fazemos outras programações para trabalhar as respectivas doenças de seu diagnóstico. Como toda a sexta irmos corre no parque, de noite vamos fazer yoga. Nos fins de semana passemos para lugares tranquilos ou assistimos alguns filmes. Mas o que gostamos mesmo é de tomar milkshake. Louis gosta mais do de chocolate e eu do de flocos. Mas nunca conseguimos chegar ao fim do pote e sempre rimos disso.
E outras vezes ficamos na nossa casa porque não tem nada melhor do que nosso próprio cantinho, não é?
Hoje estamos passeando de mãos dadas no parque de diversões, já tiramos muitas fotos e chamamos muita atenção. O que não era novidade. Louis me chama a atenção quando olho feio para as pessoas mas eu sou observador demais. É por isso que estou sempre olhando para elas.
— Uh aqui é um pouco alto. — Louis se segurava na roda gigante.
Sorri para ele e olhei para trás. Sentindo que pudesse cair quando ela ia se movendo.
“Ela vai muito rápido” escrevi para ele. Na verdade estava me segurando para não rir das suas caretas.
— Harry segure esse celular não cair lá embaixo. — ele alertou.
E do jeito que eu sou, realmente faria isso. Coloco o celular no bolso e me inclino quando o brinquedo para assim consigo selar seus lábios. Louis foi ficando vermelho e sorriu para mim. Estava mesmo era com uma vontade de agarrar ele e não soltar mais.
Fomos em vários brinquedos mas na “Barca” foi a que me deixou com o estômago rodando. Literalmente falando. Tentei até pegar alguns dos ursos para Louis na máquina mas eu sou um miserável que não conseguiu. Ainda não consegui mas não quer dizer que eu desisti de fazer isso.
Fomos para casa de mãos dadas pois o parque era próximo da nossa residência. Contudo olhando para o céu sob nossas cabeças, o trago para perto. Louis sorriu fazendo um carinho na minha mão.
— Oi amor. — ele sorriu.
Queria poder saber falar com ele como as pessoas normais falam. Mas eu não consigo. Não é como se eu não tivesse algo para dizer a ele, na verdade eu tinha tanta coisa. As vezes por mensagem mesmo eu não conseguia trazer essas palavras e me sinto bem horrível por isso. Tudo o que mais quero é poder dizer as palavras certas. E certamente por isso que estou o tocando, o beijando e agindo.
Quero poder usar as minhas palavras através de outras coisas. E ao longo desse tempo, Louis consegue ouvir.
Toquei no seu rosto, passando com o polegar na sua bochecha. Louis fecha os olhos e eu arrumo seu óculos. Amo o fato deles os usar.
“Hoje foi tão incrível, amor. Da vontade de sempre estar repetindo a dose.”
Louis leu a mensagem e rir.
— Foi uma das noites mais mágicas que tivemos. — Ele arruma meus cachos no lugar. Meu cabelo cresceu e o dele também estava mais forte.
“Obrigado por tornar isso tudo real”
— Eu que tenho que agradecer, até pela sua existência, amor. — ele diz.
Não consigo resistir e volto a beijá-lo. Meu peito queimava toda vez que isso acontecia e eu sei que era os efeitos dele sobre mim.
Eu sou um cara sortudo pra caramba.
Natal de 2019
Casa do Louis
Estão todos a espera da ceia. Meus pais vieram para Doncaster outra vez e agora estamos meio que nos aproximando mais. Jay e Anne são literalmente como melhores amigas. Nunca pensei que essa cena aconteceria mais rápido do que eu e Louis nos casarmos no próximo ano.
A dona Jay ainda é um pouco mexida com isso mas de algum para cá, ela tem se acostumado com o nosso relacionamento. É bom pois não temos que esconder de ninguém. E ter o apoio da nossa família é como se nosso futuro tivesse sendo construindo com uma benção.
Gemma e Tony estão vivendo muito bem com Zack, o mais novo membro da família Styles. Ele puxou os olhos escuros de Tony e o resto herdou da minha irmã. Ainda bem, né?
Louis está bem com sua família, mais próximo dos seus irmãos e dão até risadas altas juntos. Uma coisa que ele não fazia a bastante tempo. Aquilo me aquece, sabe?
Ver o grande amor da minha vida bem. Não me arrependo de nada do que vivemos até aqui. Porque tudo isso contribuiu para nosso hoje e que maravilha é vivê-lo.
Era quase meia-noite, os olhos estão postos no céu e o frio rodeava até os pelos mais quentes dos animais. Louis estava de costas para mim quando me aproximo dele e o abraço.
— Oi. — ele gira seu corpo para me encarar.
— Oi. — dou um selinho demorado nele.
11:55 P.m
— Quer me dizer alguma coisa, futuro esposo? — perguntou me encarando e eu a ele com aquela roupa preta. Assim como a minha.
Bryan até disse que estamos indo para um enterro. E quem sabe estamos indo mesmo? Mas indo para o enterro da nossa vida dolorosa e passada. Vamos nascer para nosso novo mundo.
“Só quero dizer que você é a melhor coisa que me aconteceu durante esses anos. Que sou completamente apaixonado por você e pelos seus lábios intensos”
— E pela minha bunda também. — Ele acrescentou.
“E pela sua bunda também”
Rimos.
11:58 p.m.
— Amo o fato de tudo realmente ter sido bom ao seu lado. Você me trouxe a vida e agora me sinto realmente nesse momento. Não é como estar com o corpo aqui e a alma ter ido para longe de mim. Estamos vivendo o real.
11:59 p.m.
— Eu te amo, Lou. — eu disse.
— Eu te amo, Hazza.
12:00 p.m.
— Feliz Natal! — todos gritaram e eu ri porque Louis levou um susto. Claro que depois disso eu levei um tapa forte do meu noivo mas foi encantador.
O puxo para mais perto podendo dar um beijo discreto dos familiares presentes e desejar o feliz Natal para ele. Após um longo abraço apaixonado.
Quatro anos depois....
Estava congelando desde que eu saí de casa. Louis já tinha pedido a pizza mas eu fui burro por deixar as chaves no mercado quando fui comprar nosso suco com sabor de vinho. Louis brigou comigo dizendo que tinha avisado mas eu não quis dar ouvidos a ele. Talvez se eu tivesse dado não estaria enfrentando toda essa neve.
Mas tudo bem.... Estou quase chegando em casa.
Até porque morar no Canadá foi uma coisa que havíamos planejado faz muito tempo. Louis transferiu seu curso de Fonoaudiologia para a universidade daqui. Esse ano ele vai se formar e eu estou prestes a publicar meu livro. Era uma história bem nossa mesmo. Na verdade é sobre nossa vida de um tempo para cá, Louis me ajudou a nomeá-la como “Secret Love History”. Nunca pensei que chegaria esse momento da minha vida mas Louis acreditou em mim.
E ele tem orgulho de mim. Assim como eu tenho dele.
Nossa casa é bem simples e pequena, nossos animais estão aqui conosco também. Eles são nossos filhos. Assim que estaciono o carro e torço o nariz. Vejo Louis sentado na poltrona da sala, arrumando seus livros da universidade. É maravilhoso dizer que somos casados agora e que muita coisa mudou na nossa vida.
Ele segue com o tratamento. Mas uma vez por mês apenas, Louis já voltou a comer muito bem e a única coisa que ainda estamos tratando é do câncer no seu estômago mas digamos que ele por algum milagre não tem dado muito as caras.
O que posso dizer que o anjo da guarda de Louis está o cuidando muito bem. Seja lá quem ele seja.
Passo pela porta após bater os pés no tapete e entro em casa, batendo a porta atrás de mim. Nemo vem abanando o rabo, estava feliz em me ver acredito eu. Sorri passando a mão na sua cabeça e fazendo um carinho nele.
— Amor? — Louis aparece de moletom no hall de entrada. Ele está lindo como sempre e gosto quando ele está vestindo aquela roupa.
“Você está bem?” ele moveu as mãos.
Sim. Louis aprendeu Libras somente para falar comigo. E porquê ele começou a amar essa linguagem de sinais.
Deixei meu sapato no canto e caminhei para mais perto dele.
“Estou bem, já peguei as chaves. Nunca mais vou deixar de te ouvir, está congelando lá fora”
“Eu percebi” Louis passou a mão no meu cabelo e beijou meu nariz. “Desculpe ter brigado com você”
“Tudo bem, eu fui teimoso. Não estou conseguindo raiva”
Ele sorri e me puxa para a sala. Fomos para perto da lareira, ela está emanando um calorzinho bom que até me esqueci que estava congelando minutos atrás. Nos sentamos no sofá com calma. Louis ficou no meu colo quando passei meu braço na sua cintura e beijei seu ombro.
— É tão bom estar aqui ou quando estamos juntos. — ele falou com os olhos fechados ao deitar sua cabeça no meu peito. — Aprendi muitas lições ao longo dessa vida e a maioria delas vieram de você. Assim como vou aprender muito mais.
“Você me motivou, digamos que também aprendi isso com você, amor”
— A melhor parte de toda essa história escrita é que nossa moral toda não existe porque não é porque um capítulo acaba que realmente a história acabou. — Louis me encarou passando os dedos nos meus lábios. Meu coração sempre acelera quando ele faz isso. — Não tem ponto final nessa página aqui, e sim uma vírgula. Da mesma forma que ainda tem muito para ser escrito. É um livro infinito mas somos nós que o fazemos.
“O que eu sei é que não importa como você é, como você está... até então mas se você tem amor, se você se permite abrir seu coração, ouvir a voz dele. Você pode enxergar o mundo de outro modo. Acima de tudo você tem que de permitir, saber que vai falhar e que nem sempre tudo vai dar certo, no momento em que você sentir que quer desistir é quando você tem que persistir porque essa sensação mostra que está indo no caminho certo. É quando você pensa que vale a pena tentar. E amar não é só dor, amar é trazer vida e se permitir é saber que você tem direito também. Errar sempre é saber que você é humano.”
Louis assentiu e juntou nossos lábios.
— A partir de hoje, assim como os outros dias viver uma vida imperfeita ao seu lado é mais do que uma realização. — ele disse. — Obrigado.
— Amo você, Louis. — consigo dizer sem medo.
— Eu te amo, meu amor secreto.
Notas Finais
Eu quero agradecer a todos os leitores que me acompanham aqui ♥♥
Nem sei o que dizer direito a vocês mas que sou eternamente grata por tudo!!
Quero agradecer a minha namorada, Beck_sz por ser o motivo dessa história existir e do personagem do Lou existir também ❤ Obrigada amor por ser você e por tornar isso real acima de tudo, espero que essa história tenha te ajudado muito assim como sei que ajudou muitos dos meus leitores ❤
Não tô preparada para dizer adeus mas como foi dito, nunca é um capítulo final ❤❤ 😭😭😭
Ainda temos o Epílogo então fiquem calmos aqui sz
A todos um feliz Natal atrasado, um próspero ano novo e um grande amor imenso a cada um ❤❤❤
Hey amor, eu te amo demais!!
Obrigada por ser minha Louis Tomlinson ❤❤
All the love, A.
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