Chapter Thirteen
As capas são feitas por mim bbs
Espero que gostem do capitulo, desculpem os erros :-(
Boa Leitura
—— ☆ SLH☆ ——
Harry Styles
Eu: Lou, eu vejo que está muito mal e que está bem magrinho nas fotos, isso não quer dizer que eu esteja te criticando, apenas estou preocupado com você. Mas por que parece que você não quer melhorar?
Estava com vontade de chora porque não sei como Louis iria reagir a minha pergunta, até bateu uma crise existencial em mim. Queria estar a ser desistente e não sei, estou com medo porque ele somente visualizou. Meu coração estava acelerando e as lágrimas estavam subindo pelas bordas dos meus olhos. É como se eu somente cometesse erros seguintes de outros e uma voz na minha cabeça falasse “Burro Harry, você é burro”. Respirei fundo porque tudo o que eu poderia fazer era esperar, apenas esperar.
To me perguntando se tudo o que seu é só fazer merda?
“Calma Harry, se você se desesperar pode acontecer o pior como no passado e não é isso que queremos. Não depois de você chegar até aqui, pensa que vai ficar tudo bem e que o motivo da sua demora para responder seja porque a pergunta veio como um baque”
Definitivamente eu não queria perder essa minha liberdade que demorei tanto para conseguir. Da mesma não quero deixar que a minha mente diga que Louis vai me abandonar por causa da minha e não somente ela como ao todos resto de pouco diálogo. E eu tenho medo de perder pessoas como ele — que são de extrema importância na minha vida — eu já perdi tanta. De verdade, estou entrando em algum tipo de surto por conta disso, estou tremendo e eu não sei o que fazer.
“Só por favor Louis, não fique bravo comigo e não me deixe”
Implorava mentalmente por isso, estava quase destruindo meu celular entre os dedos porque agora ele estava digitando. Acho que nem o meu medo de ir ao dentista chegava perto do medo que tenho do que estou tendo de perder meu melhor amigo.
Lou: Acho que ninguém me perguntou isso tão diretamente....
Lou: Na verdade, meu amigo já me perguntou e eu não soube responder como se deve.
Lou: Harry, é complicado para mim te explicar alguma coisa para você agora porque envolve muita coisa, entende?
Eu: mas por quê você não quer viver?
Lou: Porque a vida acabou para mim antes de começar, é isso! Não acho que pertenço a esse mundo e não me abalo com essa realidade.
Eu: A vida não acabou pra você, por favor não diga essas coisas Lou
Eu: Lembra o quanto você é jovem e que pode sair dessa. Olha a vida não é fácil para ninguém e nem para mim, acredite, sou deficiente e sofri muito na escola por causa disso, tentar me encaixar na sociedade “normal” e “perfeita” é tão duro
Eu: Mês passado eu quase morri, se não fosse esse coração talvez eu estivesse mesmo morto — o que seria uma droga porque ia ter o desprazer de não conhecer a pessoa mais incrível de todas pessoalmente
Eu: Embora eu tenha dito várias vezes para mim mesmo que a vida não era para mim, que eu não viveria muito aqui na terra
Eu: E incrivelmente estou aqui depois de um acidente que me deixou em coma por quase um mês inteiro.
Eu: A vida nos surpreende, Lou, a cada dia
Lou: Talvez seja para você viver e não para mim, Harry!
Eu: Por favor, não fala assim que me machuca.
Lou: Desculpe
Eu: Me deixa te ajudar?
Eu: Eu sei que o sou mesmo que nada e inutilidade, mas eu quero poder fazer isso
“Estou com medo de te perder como você perdeu seu amigo....”
Olhei para a tela e para a mensagem que acabo de digitar vendo se a enviada ou não. Talvez ele se sinta estranho quando lê-la e ache estranho da minha parte. Mas também pode ser algo bom, não é?
Quero que ele se sinta importante para mim, da mesma forma que acho que somente isso não bastasse e tudo que eu realmente queria era poder estar perto dele. Poder abraçar ele e sacudir seus ombros se necessário para dizer a ele que não, não é hora de parar de desistir. E que sente que estar fingindo todos os dias por algo que conte comigo e não tenha medo. Eu quero poder fazer alguma coisa na sua vida e estar ao seu lado para que ele seja também um vencedor.
A resposta estava dada e não me arrependi de enviar.
Eu: Estou com medo de te perder como você perdeu seu amigo
Lou: Oh Harry....
Eu: Me diz que eu não vou ter que te perder porque não quero que isso aconteça
Eu: Não quero que você morra
Lou: Eu estou bem, Hazza, eu não vou morrer
Eu: Você não está bem, estou vendo isso. Às vezes — quase sempre — estou te observando, vendo seu comportamento apenas pelas mensagens e sei que você coloca “estou bem e você?” porque não quer que eu me preocupe com você ou com a sua saúde. Quando nega meu elogio ou qualquer coisa boa que digo a você é porque não acredita nessas coisas, você acha que é uma mentira, eu sei que tem uma ferida aberta no seu coração e ela está destruindo você internamente. Eu sei que você sente que a vida é uma farsa para você, que não tem mais nada de útil para você e que todos os dias está fingindo viver
Eu: É como uma brincadeira que não é brincadeira. E algo ou alguém te machucou tanto que você se acostumou com o fato de estar no inferior e que não tem direito nem disso e nem do aquilo. Eu sei que você deve ficar algumas noites sem pegar no sono de verdade, que você se sente fraco, que você faz exercícios que podem te matar, que você não come porque passou a vida inteira fugindo da comida, daquele peso
Eu: Eu sei que tem um garoto aí dentro de você que está morto e que por isso faz você querer estar da mesma forma. E eu tenho medo de que ele controle você de vez e o faça a fazer isso.
Eu: Lou, você não precisa fingir para mim, mesmo que faça isso eu descubro a verdade sem precisar perguntar para alguém.
Eu: Mesmo que você esteja evitando as preocupações para mim, não tem como, porque eu fico preocupado por você estar preocupado. Eu vou te falar uma coisa, eu não vou admitir perder você assim, não aceito isso pois você é tudo o que eu tenho, você é o bem mais precioso que poderia ter entrado na minha vida. Quando eu falo que você é lindo, que você tem talento para alguma coisa — EU NÃO MINTO — porque eu não gosto de mentiras e isso vale em quesito de não querer mentir para alguém
Eu: Não vou admitir perder você assim, porque se isso acontecer eu estarei morto também. E se não está bem, eu não fico bem e não vou ficar até que esteja.
Eu: Não vou descansar até que esteja bem. Farei isso até não haver motivo para que eu respire.
Ele estava visualizando toda a conversa, meus olhos estavam liberando todas as lágrimas possíveis e tinha que estar limpando com o torço da minha mão para não ter que continuar com a visão embaçada. E esse é o coração de uma pessoa que está vendo a outra morrendo aos poucos e por estar longe — manter a agonia de não poder fazer nada. Porque odeio ficar nessa de dizer “se eu estivesse com você faria isso ou aquilo”, quero realmente estar fazendo as coisas ao invés de ficar sobre suposição. Isso é uma droga e esse é verdadeiro calor de ser insuficiência, de ser inútil. E vai juntando aquele medo da perda e eu choro muito de desespero.
Eu preciso estar com ele porque sinto que ele precisa de mim por perto. Da mesma forma que eu preciso estar perto dele.
Meu coração dizia que era isso e tenho certeza de que devo ouvi-lo.
Eu: Lou se um dia você se sentiu sozinho, quero que você saiba que agora que eu entrei na sua vida, não vou te abandonar.
Eu: Não estou falando isso da boca pra fora como muitas pessoas prometem ficar na nossa vida e vão embora. Prometo ser aquele chato que vai ficar insistindo para estar nela.
Lou: Não esperava por essa revelação sua e nem por essas palavras...
Lou: Harry eu nem sei o que dizer para você e não sentir vergonha.
Eu: Não sinta vergonha por eu me importar com você ❤
Lou: Por que eu?
Eu: Porque é você e porque não tem mais ninguém. Não se trata somente da sua história. Da sua saúde. Mas porque eu gosto de você e vi que é uma pessoa boa e eu sei que você acredita que todo as coisas ruins que lhe acontecem é sua culpa, quando na verdade não é. Quero que você entenda que não tem nada de errado com você ou algo parecido. A única coisa que está errada aqui é uma invenção. Estou com você!
Lou: definitivamente você me deixou sem o que dizer, acho que não te mereço Harry nem a sua amizade
Eu: Por favor não pense assim, pense que somos bons juntos e que nossa força vem do valor único dessa amizade
Lou: ta bom, eu vou tentar
Lou: Você me faz tão bem que não tem ideia do tanto
Eu: Me faça ter essa noção
Eu: Sabendo que você vai ficar bem
Você: Tentarei em nome do que sinto por você sz
Eu: Assim é bem melhor, confio em você ❤
Depois disso ele disse que teria que desligar o celular, soube que nem tudo fora um desastre. Eu não sei descrever as sensações que meu coração está me fazendo sentir e conseguir explicar em palavras o que é. Apenas é bom e não quero que pare porque está me fazendo bem demais. Louis não tem ideia do efeito dele sobre mim. O fato de ele estar vivo ser capaz de me fazer sentir algumas coisas novas.
Como por exemplo estar gostando dele profundamente e não sei se isso pode chegar a ser uma paixão parecido, dessa vez eu quero sentir.
Devido ao meu cansaço devido ao trabalho “escravo” de Anne, eu coloquei uma música no celular e conectei na caixa de som. Deixei um Jazz tocando — porque amo muito e gênero musical, até mesmo clássico. Fechei os olhos tomado pelo cansaço.
乂乂
Estava de joelhos no chão, a vida parecia pesada demais naquela visão que esta a tendo e meu ar era algo tão raro de se ter, meus dedos estava na goela e encostando na válvula pude colocar tudo para fora — me vi acostumado com isso faz anos, não ligava para os meus braços finos e pela vontade de querer comer alguma coisa, era melhor colocar para fora do que pra dentro. O que mds me fazia lembrar da frase do filme do Shrek.
— Harry! — Louis escondia suas mãos e me viu de joelhos na frente do vaso. — O que está fazendo?
Ele estava tão pálido, fazia uma careta como se estivesse com dor, seus olhos estavam estudando a mim, por mais que perguntou sobre toda a situação, eu sei que ele sabia o que eu fazia ali.
— Não conte a eles. — pedi dando descarga.
— Eu... Bem, se me explicar o porquê disso tudo. — Andou até a pia e lavou a a mão com o sabão.
Eu pego uma pastilha de menta e começo a mascar. Louis se apoia nela por alguns instantes estava gemendo baixo. Respirou com dificuldade e fechou os olhos quando duas lágrimas escorreram.
— Tudo bem? — toco nas suas costas, massageando-a.
— Ficarei. — me encarou. — Aguardo sua resposta.
— Ah você sabe. Estou me matando aos poucos, assim como você faz com seus exercícios compulsivos e suas abdominais. Estamos aqui perdendo tempo e fazendo com que as pessoas nos cercam sofram pois estão apegadas a nós e quando deixarmos essa porra de vida, elas choraram nos nossos túmulos. A verdade Louis, é que somos dois monstros. — gesticulava com a mão. — Estamos prestes a morrer e vamos deixar pessoas chorando se perguntando o porquê. E nós sabemos a resposta.
— Que porra estamos fazendo aqui? — indagou quando sua expressão fora mudando.
Eu o encaro sem sorrir para o reflexo.
— Somos esqueletos que perambulam pela casa e fazem amigos, mas um dia viraremos pó, pois toda carne já se dissipou.
Concordou com a cabeça.
— Estou com trinta e três quilos e você? — disse e pergunto.
— Coloca o trinta e três seu, com mais cinco. — foi o que respondeu-me.
— Vou morrer primeiro.
— Estou indo atrás. — piscou para mim.
Ficamos em silêncio.
— Quero te mostrar uma coisa. — Eu passo por ele e fiz um sinal para que eu o seguisse.
— Ei para onde vamos?
乂乂
Abri meus desnorteado com o que acabo de sonhar, era algo tão real que pareceu que eu tivesse vivido mesmo com Louis esse momento. Eu só sei que estava tremendo e tendo a sensação de que toquei nele. Não sei se devo contar a ele sobre isso. Vai que ele acha que é ironia da minha parte?
Melhor eu manter isso guardado comigo, se eu queria poder ajudar o meu amigo teria que evitar assuntos que ele já sabe e vive. Vendo que estava bastante suado devido a um sono curto fui tomar um banho e tentar escrever alguma coisa para o Lou.
乂 乂
Com uma caneta entre meus dedos, a respiração descompensada e Nemo comendo a cabeça de um urso que compramos para ele. Fiquei pensando no que quê poderia escrever para que o Louis se identificasse. Algo que seria seu e ele falaria “ei sou eu bem aqui”. Tentei me ver sendo ele, tentei pensar como ele e entrar no seu coração. Desse modo o meu que reagiu e foi como se eu tivesse morrido tendo uma situação familiar com a do Louis, depois entrado no corpo diferente. Não sei como era possível mas palavras que coloquei naquele papel não parecia minha.
Eu: Quando você ouvir e ver essa mensagem, me diz o que achou ^^
Eu: *áudio*
Eu:
I don't care
Mais uma noite
Mais uma dor
Por que somos destinados a partir?
É como um redemoinho
Logo você está dando julgado
E a minha fé está diminuindo
50, 43
Pretendo diminuir
Não, eu não acho isso bonito
Essa batalha me deixou ferido
O sangue escorre como uma lágrima
Toda a esperança se foi, yeah
Perdi as minhas forças quando você apareceu
Fez dela bolas de papéis
Agora fui atingindo por uma bala
Quem se importa?
Você se importa?
Eu não me importo mais
Usou sua força para me derrubar
Oh Ana e Mia
Vocês “salvaram” a minha vida?
Contínuo a ser julgado
E a minha fé diminuindo
Meus dias são escuros
Oh papai por que você me abandonou?
Mamãe está ouvindo meu pedido de ajuda?
Por que vocês não estão aí?
A última sina
Todo suicida grita por socorro
As pessoas que julgam estão tapando os ouvidos
Pois isso é mais fácil do que estender a mão...
Eu: Não sei.... Foi estranho escrever essa letra não parecia eu mas no meu coração disse que você ia entender. Me perdoe por qualquer coisa!
Louis Tomlinson
Hoje por eu estar sem muito o que fazer teria uma sessão com a Demi, somente eu por estar bastante diferente depois que Zayn se foi. Fico tão depressivo por não o ter mais aqui para compartilhar momentos. Da mesma forma que o perdi acabei trazendo um amigo para perto de mim. Eu lembro que passei dias chorando quando soube pela irmã do Harry que ele estava em coma — desesperado por não saber o que fazer, não queria perder mais alguém.
Estou feliz que ele esteja bem agora, que vamos poder conversar estar com ele é como se eu estivesse sendo curado dessa dor que Zayn deixou aqui. Não porque ele quis mas pela saudade que sinto.
Acho difícil tudo ser cicatrizado aqui de forma tão rápida ou como a dos meus amigos. Passei a fazer exercícios do que antes, procurando uma forma de me distrair a mente embora todas as noites consiga liberar algumas lágrimas — outras estou conversando com Harry e me faz bem isso.
Passando o dedo no divã aonde me encontro deitado, encargo meu vans surrado enquanto Demi fechava a porta da sala e vinha com sua prancheta de anotações para começar a sessão terapêutica comigo. A sala estava fria e puxei meu moletom para me aquecer mais, os dentes estavam batendo um no outro e todos os meus dedos da mão estavam ficando roxos — eu deveria estar assim também.
— Como está? — Demi me perguntou, após se acomodar na poltrona cujo ficava bem ao meu lado.
Seu olhos castanhos me observavam e podia ver que ela estava com meu exame de sexta-feira.
— Estou bem.
— Você está bem mesmo ou quer que eu acredite nisso?
— O que você acha? — mexi meus dedos uns nos outros.
— Quero que me diga. — rolei os olhos. — Por favor, Louis!
Soltei uma respiração pesada e a olhei nos seus olhos.
— Não, eu não estou bem.
Um silêncio vago ficou entre nós por alguns segundos, minha órbita ocular começou a se mover para tudo o que compunha a sala. Talvez eu não ache necessário estar tendo aquela “consulta”, afinal o que vai adiantar eu falar o que estou sentindo? Do que essa merda vai me ajudar?
A verdade é que estou farto de tudo isso. O problema não são as pessoas que estão fazendo parte da minha vida, o verdadeiro problema era eu ser um peso na vida dela. Estou fingindo viver todos os dias, fugindo estar bem e estar contente com a vida que levo. Dando conta de que nunca tive uma vida a partir do momento que meu corpo começou a crescer. E como sempre vejo, um corpo cujo está aqui para se fazer presente quando a alma na verdade se foi para um lugar distante.
— Soube que largou a faculdade de jornalismo por quê?
— Não estava me encaixando naquele curso, então resolvi trancar a minha matricula.
— Não te fazia bem?
— Não.
— Então fez uma boa escolha. — ela sorriu brevemente para mim.
— Acredito que sim.
Demi cruzou as pernas, mantendo a posição ereta e profissional para mim. E mordi os lábios sentindo meu coração batendo acelerado demais.
— Eu sei que não está sendo fácil para você depois que Zayn se foi, acredito para ninguém esteja. Seus amigos tem agido de um modo diferente para não ter que sofrerem tanto, cada um tem o seu modo de tentar cicatrizar essa ferida. — Demi puxou os meus exames e os encarou com a sobrancelha arqueada. — Só que está fazendo isso do modo errado, Lou.
Girei minha cabeça para o lado, para não ter que olhar para ela.
— Você está com quarenta quilos. Não tem mudança nenhuma nesses últimos tempos e você continua a negar tudo. — Ela falava séria. — Estar com uma úlcera no estômago, o estágio pode piorar se você continuar a não se cuidar. Louis olha para mim. — Pediu e assim como certa relutância, eu a encarei. — Perdemos Zayn por causa de um câncer no estômago, não queremos perder você também, da mesma forma.
Abracei minha cintura como se estivesse me protegendo de qualquer coisa e alguém.
— Louis, entenda que estamos aqui para poder te ajudar... Ninguém merece viver uma vida em uma cama de hospital, tomando remédios, com tubos no estômago e sofrendo com dores maiores. Ninguém. — disse me. — Você estava com ele, viu como sofrido Zayn passou seus últimos dias conosco, em como ele tentava ser forte. Eu não preciso falar sobre isso, porque são coisas que você já sabe. Tudo o que quero te fazer entender é que não está bem tanto fisicamente como o envolvimento da sua saúde.
Fiquei em silêncio.
— Sei que tem alguém dentro de você que procura a saída dessa escuridão, só que está a gritar tão baixo que não consegue o que quer. Tem algo dentro de você que está tapando esse som, algo ruim toma conta. — Disse por fim, esticando sua mão para segurar meu braço. Vou dizer que suas palavras estavam causando efeito em mim, de modo que fazia meu peito subir e descer sem parar. — Tudo que tem que fazer é permitir que saia de alguma forma boa. Porque você é bom.
Ela tirou a mão de mim e voltou a se encostar nas costas da poltrona, olhando para o exame na sua mão, ela pegou o papel e o rasgou.
— O que está fazendo? — perguntei boquiaberto com a sua atitude.
— Vamos esquecer que está com problemas. — ela termina de picotar os papéis e joga no cesto. — Agora vamos fazer algo diferente, você confia em mim?
— Não tenho muita escolha, afinal você é a profissional aqui.
Ela soltou uma risada baixa e veio para mais perto.
— Muito bem, vou colocar uma música bem calma. — ela pegou a caixinha de som e colocou no criado mudo. — Gosta de clássica?
— São boas melodias que saem delas.
— De fato. — ela rolou os dedos na tela do celular procurando a música para o que estava planejando fazer.
Começara a tocar o piano suave no fundo, que deixaria qualquer suave com a melodia que se tocava.
— Fin da Mélanie Laurent. — Falei reconhecendo o som.
— Temos aqui um admirador de música clássica? — ela arqueava a sobrancelha.
— Gosto de algumas. — afirmei.
Um silêncio se fez e nos voltamos para o som do piano como música de fundo.
— Quero que feche os olhos e sinta a música tocando dentro do seu coração, relaxe todos os músculos do corpo, propague uma luz ao redor de você e permita que ela esteja ao redor de si.
Assenti obedecendo seu comando, não era uma pessoa que pensava muito nessas coisas mas pela primeira vez que eu estava ali naquela sala, consegui visualizar uma luz suave ao redor de mim, foi bem difícil porque sempre estava avoado em outros tipos. No entanto quando a música me fez estar inepto à aquele momento, consegui realizar isso com sucesso. Tirar toda a tensão do meu corpo foi mais complicado para mim pois eu simplesmente já estava preso a alguma coisa que não me deixava relaxar. Abri meus olhos diversas vezes devido a isso e dizia para Demi que era um caminho sem volta, mas ela como uma boa psicóloga insistiu e disse que eu poderia pensar em coisas que me deixam calmo ou pessoas. Então eu pensei no Harry e no Zayn, por mais doloroso que fosse. Propaguei a imagem deles sorrindo para mim e tão perto que não tive problemas quanto a isso. Foi fácil.
— Tudo certo? — ouvi a sua voz bem perto de mim.
— Uhum.
— Muito bem, quero que você se veja andando em um campo muito verde e está rodeado por flores de várias cores, o vento sopra no seu rosto e está bagunçando a sua franja. Você mesmo irritado com isso sorri. — ela falava e assim eu fui fazendo. — Apareceu na sua frente duas pessoas importantes, eu não sei quais são mas você sim, elas te fazem bem, muito bem que você pode sentir a luz delas.
Claramente viera Harry e Zayn, sempre quis que eles se encontrassem e tenho certeza que se isso acontecesse, iam se dar bem. Infelizmente esse encontro nunca vai acontecer. Felizmente poderia ser capaz de fazer a minha mente pensar algo bom. Eles estavam em pé sorrindo para mim, as covinhas estavam aparecendo o deixando mais encantador do que era. Zayn estava passando o dedo na sua sobrancelha de modo sedutor, o que me fez rir porque eu costumava agir assim com ele. Aquela cena estava tão boa que eu congelaria no tempo.
— Agora você está sangrando e desesperado, em perigo e você precisa de um deles, precisa de uma ajuda que sabe que somente essas duas pessoas serão capazes de ajudar com isso. O que elas estão dizendo a você?
Reprimi meus lábios porque me vê em apuros não era tão difícil do que me ver bem com alguém ou em uma situação. Me vi afundando e lutando para sair dali. Mas não conseguia e não sabia como. Olhei para o Harry e Zayn que esticaram suas mãos na minha direção para poder pegá-la. “Somos um só Louis, confie em nós, vamos segurar você!”, era o que diziam ao mesmo tempo. Aquilo me deixou confuso da mesma forma deve ter ficado a Demi quando repeti as palavras para ela. Fechei os olhos e a voz do Harry veio na minha cabeça “Ouça a voz do seu coração”. Quando eu fiz isso de novo, sem olhar para eles, segurei as mãos esticadas e fui puxado.
Tudo que senti foi a pressão de duas mãos segurando a minha cintura, era apenas duas e elas me apertavam gentilmente, apenas um corpo agora, mas ele parecia um. Único. Fechei meus olhos ainda mais e encostei a minha testa no seu peito sabendo que era familiar ao mesmo tempo com toques novos, engoli em seco, quando meus olhos foram abrindo lentamente de modo que eu estivesse em câmera lenta. E foi quando o vi parado na minha frente, tão mais perto quanto e seu olhar me causava uma paz que jamais pensei sentir. Eu de fato sou encantado pelos seus olhos. Mas estava surpreso.
Harry estava ali e somente ele. De fato era uma surpresa não tão surpresa assim mas comigo ele estava a encher com um abraço quente. Mesmo sem nunca ter ouvido a sua voz, consegui programar ela naquele pensamento que estava tendo, seus lábios rosados estavam pressionados na minha testa e foi como um desabrochar de uma flor, as lágrimas rolaram pelo meu rosto inteiro e tudo o que eu consegui fazer foi isso, jogar tudo para fora e ele estaca comigo embora tanta dor eu estivesse sentindo.
Queria poder gritar agora que preciso dele.
— Louis... Abra os olhos! — Demi falou tão suave e a música havia acabado.
Harry também não estava ali me abraçando, muito menos Zayns estava sorrindo. Eu senti um vazio me abraçando e mesmo que só fosse na minha imaginação, na realidade também estava em lágrimas mas sem as pessoas que eu queria por perto. Demi me abraçou mas não foi a mesma coisa, contudo era um abraço e eu precisava de um naquele momento.
— O que foi mais difícil para você? — perguntou. — Visualizar as duas pessoas? Visualizar que estava em perigo?
Engoli em seco embora difícil devido aos soluços altos que eu dava.
— Foi lidar com a realidade quando abri meus olhos e não as vu aqui. — disse com sinceridade. Demi afagava minhas costas passando sua mão suavemente nelas.
— Quero que faça uma lista de coisas que são fáceis para você e do que é difícil. Me entregue na próxima sessão.
— Tudo bem.
乂乂
Depois de ficar com a Demi, fui tomar um banho para poder me livrar do suor e das impurezas no meu corpo. Tentando pensar porque Harry me fez tão bem quando na verdade Zayn era a pessoa que eu pensava que estaria ali — não estou reclamando nem nada. Apenas quero entender essa intensidade que senti está tão forte assim, a ponto de eu querer falar logo com ele.
Me vesti sem encarar o espelho, eu sabia o que ia ver então era melhor evitar levar os sustos com as manchas que meu corpo adquiriu. A única coisa que gostava era de ver o osso esboço mas essa era uma outra história.
No moletom, fui jogando a franja para o lado e estava tremendo demais com o frio arrebatador que sentia. Passei a barra da manga na ponta do meu nariz gelado e puxei o celular para ver as mensagens. Depois de um tempo, Eva não proibiu mais o uso de aparelhos contudo tem um limite de hora e eu escolhi para usar à noite. Entretanto como sou um tanto rebelde, dou meu jeitinho de usar escondido pela tarde para poder falar com o Harry. Não queria ser chato o incomodando mas precisava ao menos do “Boa tarde” dele.
Percebi que ele havia me mandado algumas coisas e era a letra de uma música, junto com a melodia que ele fizera do violão no áudio. Céus, como ele consegue ser tão bom?
Sobre a letra, de fato eu me identifiquei com ela, tudo ali era um pouco do todo que viera sentir ultimamente. Eu não sabia como ele sabia, ele não sabia como sabia. Estamos perdidos nessa então.
Eu: Você não tem ideia de como é bom nisso (◍•ᴗ•◍)❤
Eu: me vi nessa música, obrigado Harry sz
Hazza: Quero que cante ela para mim depois ;-)
Eu: Somente você para me fazer agir assim, prometo tentar!
Hazza: Obrigado (͡° ͜ʖ ͡°)
Eu: E como foi seu dia?
Hazza: Tenho novidades....
Eu: Vai poder contar?
Hazza: Dessa vez eu vou sim...
Hazza: É um dos motivos de meu coração estar acelerado demais aqui, nem sei como estou conseguindo digitar certo
Eu: Pelo amor de Deus kkkkkk Harry fala logo porque eu vou ficar louco aqui (◍•ᴗ•◍)❤
Eu: Sem mistério, mercy
Hazza: Ta bom
Hazza: Vou falar.....
Notas Finais
eita quem pegou esse sonho do Harry? (͡° ͜ʖ ͡°)
Caso não tenha, volte alguns capítulos e vão saber do que estou falando
Ansiosos?
Continuem comentando e votando que vem tudo mais rápido as atualizações sz
Desculpa os erros...
All the Love, A.
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