Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Chapter Sixteen

Oi amores
Quero dizer que chorei muito nesse capítulo 😭❤
Tenham uma boa leitura sz

——— S • L • H ——

Algum dia, em algum lugar – em qualquer lugar, infalivelmente, você vai encontrar-se, e aquilo, e só isso, pode ser a hora mais feliz ou mais amargo da sua vida.”

Narradora.

Harry estava assustado com o corpo tremendo ao ver que Louis não acordava com o seu balançar. Não podia gritar pois não teria voz para aquilo; não o suficiente para ajudar seu amigo. As lágrimas se formavam nos seus olhos e ele estava com medo de perder Louis se não fizesse nada.

— Lou... — sussurrou Styles.

Mas ao que lhe parecia ser minutos de sofrimento mudou para angústia quando a porta se abriu da casa qual Louis iria entrar e um garoto de cabelos loiros gritou vindo em sua direção. Harry o deixou pegar Louis quando mais jovens se aproximaram. Ele ainda tremia vendo o rosto pálido de Tomlinson diante de si.

— O que aconteceu com ele? Quem é você? — o loiro perguntou com a voz séria.

O que Harry ia dizer? Quando sua explicação não seria exata e muito difícil de ser entendida por aquele que não sabem sobre ele. Tudo o que conseguia fazer era soluçar e limpar as lágrimas cujo escorriam pelo seu rosto. Ele estava completamente devastado olhando para aquelas pessoas diante de si.

— VOCÊ É SURDO? POR QUE NÃO RESPONDE? — O garoto gritou comigo.

~~~~~

Harry Styles 

Comecei a me sentir um inútil por não conseguir dizer absolutamente nada a não ser chorar. Uma garota de cabelos castanhos se aproxima de mim olhando-me como se me estudasse.

— Você é mesmo surdo? — ela pergunta com um tom suave. Devia ter olhado para o aparelho no meu ouvido. Apenas assenti com a cabeça. — Você é a migo do Lou? — novamente concordei. — Ele desmaiou quando saiu do seu carro? — supôs e eu mostrei que sim.

Ela veio para perto de mim vendo o quão meu corpo tremia e passou os braços ao redor do meu corpo.

— Ele vai ficar bem, não se preocupe. Não ligue para o Luke estar exaltado geralmente ele não é assim.

Olhei para Louis nos braços do tal Luke e engoli em seco quando a mulher falava no celular com possivelmente a ambulância. Tudo o que passava na minha cabeça era imagens do nosso encontro e o abraço que demos no supermercado e que eu pedia para Louis estar bem. Porque eu preciso que ele fique bem, preciso de você Louis!

....

Todos fomos para o hospital, levei alguns dos amigos de Louis no meu carro. Não nos apresentamos formalmente mas Selena explicava para o... Shawn, Justin e Luke sobre o que tentei contar para ela através de mensagens. A tutora, Eva, foi na ambulância com Louis. Queria poder ter entrado dentro dela mas não era um parente dele como Eva. Então resolvi ir no carro da mamãe — também falei com ela por mensagem contando o que aconteceu com Louis e ela disse que me encontraria no hospital.

Não demorou muito para todos seguirmos caminho para dentro dele, me sentia perdido no meio daquelas pessoas mas não sairia até estar com Louis e vê-lo acordado. Tive que manter a calma quando dirigia pois nas condições que me encontrava poderia acontecer um acidente — não é exagero da minha parte — eu sei o que estou dizendo. Não estava bem por dentro mas ainda bem que chegamos a salvo no hospital. O lado ruim daquilo tudo era ter que esperar por notícias.

Eu no meu canto, chorava baixinho pedindo para Deus dar forças para Louis acordar daquele desmaio e voltar a sorri para mim como fez hoje. Foram algumas horas mas elas foram tão importantes.

Meus pais apareceram na sala de espera e eu me joguei nos braços deles quando os vi se aproximando.

— Calma querido, ele ficará bem. — Anne afagava minhas costas. — Temos que pensar positivo para que tudo der certo. Lembra que isso é importante?

Assenti com a cabeça.

— Aonde está a tutora dele? — papai perguntou me olhando.

Apontei para Eva que estava bebendo água e olhando para a porta que entraram com Louis. Robin olhou para mamãe e foi até a mulher. Enquanto isso Anne e eu ficamos abraçados rezando por Louis. Nunca usei tanto a minha fé como estava usando agora.

» Louis «

O lugar aonde me encontro é escuro e frio tenho a sensação de que nele que ficarei por muito tempo. Estranho pensar que aquilo me faz bem. A sensação de morte sempre me vem quando isso acontece e não quero sair dela. Talvez agora fosse o momento em que encontraria Zayn e meu corpo teria paz. Desejei tanto a morte para mim que parece que ela realmente veio, oh paz, tudo o que posso sentir nesse lugar ao mesmo tempo a repleta solidão.  

Volte para lá”, ouvi uma voz familiar.

Olhando para o nada ao meu redor tentei identificar quem era, ninguém ali apenas vozes. De repente o vento frio soprou jogando meus cabelos para trás e deixando meus pelos do corpo em pé. Estava sendo difícil abrir os olhos para tentar ver alguma coisa e assim meu corpo foi arremessado fazendo com que eu caísse para trás com brutalidade.

Foi então que meus olhos foram abertos, fui domado pela total inconsciência e dor forte na cabeça. Procurei olhar vagamente ao meu redor e vi a parede branca, o ar condicionado próximo da cama em que estava, poucas coisas como uma poltrona a minha direita e uma mesinha a minha esquerda e nos meus braços um tubo passando ao que me veio em mente ser o soro. A agulha estava dentro da minha veia ajudando com o processo. Salivando em excesso eu senti fome muita fome... Eu sei o motivo deveria ser a medicação do doutor. Aquela não era a primeira vez.

Estava no hospital quando desejava estar morto, não lembro de muita coisa apenas que andei em direção a casa de campo e caí no jardim. Lembro de... oh não. Ele estava lá e viu tudo. Harry! Não, não ele assistiu toda a cena e sou um fraco por não ter aguentado tudo aquilo. Não sei aonde ele está mas droga... Não sei o que pensar.

A verdade era que estou dando trabalho e preocupação a quem tem mais coisas para pensar, fazer e sentir. Me sinto um lixo, um verdadeiro nada e “não to nem aí pra isso”.

Minhas lágrimas começaram a descer, minhas mãos pousaram no meu rosto e solucei por tudo o que aconteceu, por tudo o que sou e por não saber como me sentir. Meu coração apertava cada vez mais, eu estava cansado daquilo e cansado daquela vida. Uma das coisas que mais venho temendo é a minha mente perigosa, ela sussurra e me mostra coisas que não quero lembrar e nem ver mais.

Como naquele instante no quarto de hospital sozinho, acabo lembrando do meu passo e... David.

X.X

No meu quarto estava escrevendo algumas coisas para as próximas aulas na escola embora não me interessasem tanto. Estava trançado porque não queria ficar perto do meu... Primo. Na verdade não gosto de ter que chamá-lo assim. Posso dizer que ele é o inferno pelo qual não posso fugir. Eu sei que a palavra é forte mas somente eu sei o que passo nas mãos daquele patife. Minha família não liga muito para a minha opinião e se eu tento argumentar alguma coisa eles já acham que sou a pessoa mais errada de todas, que o lixo está liberando o odor a medida que está aberto — ou seja minha boca. Nunca tive opnião própria aqui. Nunca vou ter....

Faz dois meses que não como nada, estou colocando tudo para fora quando me obrigam a comer e quer saber de uma coisa? Eu não me importo com isso, por que deveria quando ninguém está nem aí para mim?

— Oh muleque não vai fazer nada não? Fica só trancado nesse quarto — Jay abriu a porta com força e isso me fez pular pelo susto. Ela não estava com um b humor aquela manhã. — Não come mais nada Louis, você só me dá desgosto garoto. Daqui a pouco esses ossos ficam aparecendo e eu vou passar a ter mais vergonha de você.

Fiquei em silêncio porque se eu tentasse dizer um “A” levaria um tapa forte. E de apanhar eu entendo bem. Jay continuou ali esperando eu me mover.

— Vê se tenta estudar mais fiquei sabendo que suas notas estão péssimas e eu não te coloquei na melhor escola para tirar notas ruins. E vai lavar a louça que está imunda ao menos isso tem que fazer nessa casa.

Me levantei para poder colocar a blusa de frio e minha mãe me olhou de cima abaixo com o olhar amargurado. Assustada talvez pela minha clavícula está ficando esposta. Não sei como me sentir a isso, tudo o que consegui fazer foi me encolher para não ter que vê-la me olhando daquele jeito.

— Até quando vai continuar com isso? — ela pergunta dessa vez segurando meu braço com muita força.

— E-Eu estou bem.

— Desse jeito, Louis? — Ela me apertou e já me segurei para não chorar. — Semana passada estava no hospital por disnutrição. Tive que sair do meu trabalho pra ter que ficar com você. Seu primo David não me dá tanto trabalho como você! Sabe o que está me dando? — ela falou nervosa. — Desgosto atrás de outro e eu vou acabar morrendo por sua causa! Porque você é um ingrato e não dá valor nas coisas que você tem. Sai logo da minha frente que eu não aguento olhar pra sua cara!

Jay me empurrou para fora do quarto, meu braço doía a medida que meus olhos enchiam de lágrimas. Descendo a escada sequei aquelas que desciam pelo canto não poderia chorar porque isso é se mostrar fraco e eu sou um mas ninguém precisava saber disso. Brian estava na ponta da escada e olhava para mim vagamente.

— Eu ouvi — disse tocando na minha mão. — Não dê tanto ouvidos as coisas que a mamae diz Louis.

Queria tanto contar para ele minha verdade. Mas era melhor evitar conheço bem meu irmão a ponto de saber que ele contaria para todos e bem... Sei como a minha família vai reagir e não será me apoiando.

— Tudo bem, Brian. Estou bem. — o abracei calmamente.

Sentindo sua mão afagando minhas costas o apertei mais um pouco naquele abraço.

— Eu não quero perder você, irmãozinho. Nunca. — ouvi ele sussurrar perto do meu ouvido. Desvencilhando do nosso abraço olhei nos seus olhos vendo que eles estavam quase cheios pelas lágrimas.

— Por que está dizendo isso, Brian? — indaguei um pouco perdido.

— Não sei, só não quero te perder.

— Eu estou bem aqui e vou continuar com você. — Sorri e ele segurou minha mão fazendo um carinho nela por alguns segundos.

Não posso dizer como me sentir em relação aquilo apenas estava apreensivo a reação do meu irmão. Brian é muito cobrado pela mamãe, pelo papai Mark em relação a procurar um emprego, fazer uma faculdade pois ele tem vinte e um anos até agora nada. Mas sempre estou conversando com ele para que possamos estudar e fazer um vestibular juntos. Sei o quanto essa pressão o deixa atordoado porém dependendo de mim, Brian não ficará para baixo. Ele é um ótimo irmão e vive me chamando para acompanhar ele no café da manhã — mesmo sabendo que não vou comer — ou estamos jogando videogame no notebook. Mesmo com David nas nossas vidas, estar com Brian tem me feito bem. E agora ele trabalha em um mercado perto de casa, fico feliz por ele estar conseguindo conquistar suas coisas aos poucos.

— Estou indo pro trabalho, se cuida. — sinto seus lábios sendo depositado na minha testa e ele se afastando.

Sorri triste e tirei meu corpo rumo a cozinha. Meus irmãos são tudo para mim, Ernest é o que mais sinto falta desde que foi embora para a capital de Londres. Todos os dias eu choro lembrando dos nossos momentos juntos, são incontáveis e mesmo que ele não fosse meu irmão de sangue, eternamente seria um irmão para mim. As vezes me pego rindo ao lembrar de quando éramos pequenos e jogamos pedras no telhado dos vizinhos pois Brian dera a ideia e as pessoas começaram a gritar coisas sobre “mísseis” estarem caindo e o quanto Ernest e eu ficamos rindo disso. Ou quando brincamos de bater no portão da casa alheia e sair correndo, quando ele correu pra casa e me deixou do lado de fora a medida que batia no portão para poder me esconder também. Quando Brian me incentivou a colocar Qboa no cabelo dizendo que iria alisar mas tudo o que fez foi meu cabelo cair e as broncas da dona Jay. Quando eu estava na fazenda tomando banho e vi um bicho no banheiro gritando sem parar por ajuda e Ernest apareceu dizendo que iria chamar o Daniel — meu padrasto — e depois ficou rindo de mim por causa do meu desespero.

Eu sinto falta desses momentos, sinto falta de Daniel morando conosco. Faz exatamente um ano que ele se divorciou da mamãe, lembro de vê-la depressiva por meses por conta disso. Apesar de ele ter outra família, estar com uma mulher horrível, eu o amo como pai da mesma forma que amo Mark.

É duro pra mim lembrar do que vivi e não chorar como faço agora. Eu sinto falta da minha família e das memórias que agora é o que me resta. Digo que quando tudo começou a dar errado na minha vida a pior sensação foi assistir minha família desmoronar.

Secando mais minhas lágrimas, arregacei as mangas do meu moletom até parte dos meus pulsos que ainda estavam com marcas dos meus cortes da noite passada.

Comecei a fazer o quê minha mãe mandou, em silêncio olhando para a louça suja quando ela passou por mim dizendo que estava indo para a faculdade e saiu. Não sinto raiva dela, sei que está certa e eu só sei dar trabalho todos os dias. Daria tudo para ser um filho que pudesse dar orgulho aos meus pais porém tudo o que faço é decepcionar. Eu sou um merda mesmo, nem sei porquê ainda estou vivo.

Enquanto lavava a louça ouço um miado perto do meu pé, sorri ao lembrar da minha gatinha — outra coisa muito importante para mim — eu amo gatos e eles são tão bons.

— Oi Mel! — disse sorrindo.

Mel era minha primeira gatinha, encantadora e adorava caçar baratas enquanto eu escandalizava quando uma aparecia. Mas ela é a minha amiga mesmo não entendendo o que eu falava estava perto de mim.

Continuei com a minha tarefa até ela chegar ao fim. Sem contar segundos senti meu estômago queimar e foi horrível. Eu não consegui permanecer de pé e contorcia meu rosto devido a dor. O ácido queimava tudo e fazia subir para minha garganta. Apertei minha barriga com força tendo vagas tonturas quando isso acontecia.

— Por favor... Não, não. — neguei apertando-a com mais força.

As lágrimas saíram e não parecia ter fim. Comecei meu choro baixo agradecendo por estar sozinho ali. Ao menos não seria chamado de fresco, toda a dor me fez tossir bruscamente de modo que meu peito doía. As dores pelos meus ossos também começaram a agir. Ah tantas horas para isso acontecer por que justo agora?

Me apoiando no balcão da pia fechei os olhos deixando toda a dor se propagar até que eu pudesse tentar recobrar meus sentidos. Foram longos minutos sob tortura como estava acostumado com aquilo embora não aguente na forma que vem. Respirei fundo, enchendo o copo com água e o bebendo com calma. Mel havia sumido mas eu sabia que era para algum lugar da casa. Estava com agonia devido ao gosto de ácido que eu tinha entoado na língua. Por volta de segundos me sentei na cadeira.

A porta da sala abriu e eu sabia de quem se tratava. Meu corpo começou a tremer involuntariamente porque não tinha ninguém ali e eu não teria saída. Sem o Brian para me refugiar... ninguém.

Tentando procurar um modo, me arrastei até o balcão no meio da cozinha cujo ele não me veria. Gostaria que não. Estava com medo e queria ir embora da minha casa até que alguém voltasse. O pânico aumentou quando David chamou por alguém. Ele sabia que eu costumava ficar sozinho pela tarde em casa e sempre dava um jeito de voltar cedo por isso.

— Priminho? — coloquei as mãos nos lábios ao ouvir sua voz na cozinha. — Não adianta se esconder seu merdinhas, eu sei que está aqui em algum lugar.... Hoje vamos brincar muito.

Minhas lágrimas começaram a escorrer e prendia meus soluços para não me entregar para aquele imundo. Ouvia o som do seu tênis batendo contra o piso, me sentia em um filme de suspense mas daqueles horríveis. Olhei para a minha esquerda com os lábios tremidos e não o vi em lugar nenhum. Foi quando uma mão apertou meu pescoço com força me deixando sem ar.

— Seu idiota, achou que podia fugir de mim? — recebi soco no estômago que me fez perder todo o ar de vez.

— Me... Solta! — lutava com lágrimas nos olhos.

Tudo aquilo era um divertimento para David que riu apertando meu pescoço com mais força. Eu achei que ele faria isso até que eu perdesse meus sentidos. Contudo ele parou após me jogar no chão. Tossi mais tendo dificuldade para puxar o ar e soltar.

David veio até mim e puxou meus cabelos.

— Vai ser minha puta porque é isso que você é!

— Me solta seu monstro! — Comecei a arranhá-lo. — Seu estuprador nojento!

— Cala boca que odeio sua voz. — David rosnou socando minha boca.

O gosto de ferro veio nesse mesmo instante para mim saber que estava sangrando. Com raiva e desespero soquei o membro dele fazendo-o gemer. Foi quando comecei a correr para o andar de cima e quem sabe chegar ao meu quarto quando ele se contorcia de dor.

— Eu vou te matar, Tomlinson! — ele gritou vindo atrás de mim.

Eu pulava de dois e dois degraus para ser mais rápido mesmo fraco por ter passado mal. Não iria parar de fugir até não ter alternativa. Virando no corredor do andar de cima avistei a porta do meu quarto e olhei para trás ao ver David se aproximando. Meus pés aumentaram os passos mas não foram suficientes pois aquele monstro me segurava e arrastava-me para longe da minha zona de conforto.

— Socorroo! — Gritei por ajuda mas David tapou minha boca.

— Se contar para alguém eu acabo com você! — ele me jogou no chão do seu quarto e trancou a porta.

Arrastando meu corpo eu sabia qual era próxima coisa que ia acontecer ali e como eu sentia nojo de mim por isso. Tudo que me subia pelo estômago era um enjoo forte que sempre vinha.

— Fui o primeiro a tirar sua virgindade e serei o único a acabar com a sua vida. — ele rir como um louco. Um doente.

O vi abaixando as calças, me levantando em trôpegos na tentativa de correr para algum lugar mas David me bateu muito forte com o cinto não ligando para meu choro e pedido de socorro.

— Você é um lixo de pessoa Louis! Não sei porque ainda insiste de viver.... Ninguém nunca vai te amar e você nunca vai ser capaz de retribuir esse amor por ser um merda!

Chorei por ver minha roupa de baixo sendo tirada e ele me segurando para que não fugisse.

— Tudo isso é sua culpa! — sussurrou no meu ouvido. — Hora da diversão.

Ele me deu outro tapa no rosto após introduzir seu membro dentro de mim. Tudo o que senti fora nojo de ser quem sou e era minha culpa mesmo. As lágrimas queimavam a minha pele e dilaceravam minha alma. Tudo o que restava de mim era o corpo pois dentro de mim não havia mais nada.

.....

A porta do quarto foi aberta e fui logo secando minhas lágrimas olhando para a janela.

— Louis... — Phillipe, o médico da casa de campo me cumprimentou. E eu apenas murmurei. — Como se sente, filho? — perguntou.

Engoli em seco para disfarçar a voz embargada.

— Bem.

Ele me olhou sério.

— Fizemos exames com você dormindo. — ele passou o olhar para a prancheta e ficou ao meu lado. — O seu exame diz que está com anemia, seus ossos estão sem cálcio e seu corpo sem qualquer vitamina. Da mesma forma que as manchas que tem vão continuar aparecendo pois seu corpo está se machucando de dentro para fora, seu cabelo caindo é por falta de vitamina. A última vez que o pesamos estava com trinta e oito, dessa vez baixou para o peso que Zayn estava trinta e três. — passando para outro papel ele voltou a dizer. — Se não começar a se cuidar Louis, estará dando mais um passo para que a úlcera torne um câncer. E se isso acontecer as coisas serão mais difíceis de lidar mas não impossível. Só que podemos evitar esse pior, não é?

Baixei meu olhar para os dedos. Eu sabia o quanto minha situação era difícil e como tinha consciência da minha doença se agravar... Mas achava um exagero dizer que preciso disso ou aquilo. Quer dizer, vivo ouvindo o quão estou esquelético mas no espelho tinha outro tipo de visão.

Será que estou errado?

Phillipe suspirou vendo que não diria mais nada. Deixando a prancheta de lado.

— Você sabe o que acabamos de passar com Zayn... Viu o quanto ele sofreu até morrer. Estava ao lado dele. Por que não tenta mudar o seu destino? — continuei em silêncio. Sei que ele está certo mas eu só não quero tentar mais viver. — Não sabemos sua história antes de estar na casa de campo, seu lar... Não precisamos saber. E se foi difícil e se doeu muito aí dentro a ponto de fazer você se cansar de tudo agora. Mas filho, tente ser forte porque no seu presente tem amigos que te ama, te entendem no quesito da comida mas não estou levando a esse ponto.

Ele se sentou na ponta da cama mantendo o olhar em mim.

— Algo aí dentro de você não vai te deixar lutar quando continuar deixando fazer parte da sua vida ainda mais, o garoto dentro de você não vai se libertar. Por mais que eu seja apenas o médico aqui, acredito em Deus e ele nos dar as forças de cada dia. Tenho uma família e tenho uma filha pequena que luta contra asma. Se Deus não planeja as coisas para nós, não sei o motivo de estarmos aqui hoje. De eu estar conversando com você sobre sua vida. Todos temos direito a um recomeço garoto, o que não lhe falta é amor e pessoas para te apoiar. A prova disso são seus amigos ali do outro lado, Eva e eu também.

Eu senti vontade de chorar com as suas palavras porque elas me lembravam a única pessoa que não poderia me dizer diretamente mas que me fez entender o valor delas em tão pouco tempo.

— Se perdoe Louis, pois quando fizer isso conseguirá dar seus passos e perdoará também. Se continuar a viver no seu passado claramente não verá presente nem futuro. Por estar nele não conseguirá o que deseja. Temos esperança em você, acreditamos em você e desejamos que fique bem. Não precisa ser uma caminhada fácil com resultados rápidos, ela pode ser do jeito que escolher. Somente você pode se salvar Louis, tudo o que fazemos é lhe dar apoio quando não tiver mais forças para continuar. E se você é alertado, lembrado das suas condições agora, se as pessoas pedem algo para que fique bem e procure se cuidar, mesmo depois de tanto tempo é porque elas se importam e não desistiram de você.

Levantando para pegar as coisas o doutor disse as últimas palavras:

— Coloque na sua cabeça que não tem nada sob controle como peça. Ouça teu coração que ele dirá e mostrará a tua verdade. Deus é amor, ele é seu coração... Pense nisso rapaz. É muito novo para desistir e deixar pessoas que te amam sentindo tua falta. Por si mesmo lute e viva novas memórias. Se permita ser feliz por si mesmo não pelos outros ou o que vão pensar. — ele sorriu e colocou um livro escrito “Propósito” na capa. Em seguida me deixou ali sozinho.

Abracei minhas pernas encarando o nada, sentindo falta daquele que se foi e nunca mais voltaria. Queria abraçar Zayn e falar com ele sobre o comentário de Phillipe agora. Mas Zayn não ia voltar porque o câncer, a Ana é a Mia, o levaram. Da mesma forma que eu estava deixando o mesmo acontecer na minha vida e é triste dizer o quanto gostaria daquilo.

— Desculpe Zayn, não estou conseguindo cumprir com a minha promessa. — funguei.

*•*•*•*

— Ele está ainda esperando? — perguntei para Eva.

A ouvi dizer sobre Harry ficar chorando quando me viu desacordado o quanto ficou assustado por não conseguir dizer nada. Com ela estava Luke e Selena me encarando.

— Não acredito que gritou com ele! — olhou para meu amigo. Não sei o que Harry está pensando depois disso ou durante. Apenas sinto que ele se magoou.

— Não foi minha intenção, Lou. Não sabia que ele era surdo e que fosse se assustar.

Cruzei os braços acima do peito.

— Ao menos pediu desculpas?

— Não tive tempo mas vou. Pronto? — Luke resmunga olhando pra mim como uma criança quando faz birra.

— Sim. — olhei para Selena que estava com os olhos vermelhos. — Ei, obrigada por falar com Harry e deixá-lo calmo. — ela assentiu. — Posso pedir uma coisa?

— Diga.

Mordi os lábios rachados e parei de fazer aquilo.

— Eu preciso que fale que voltei a dormir, não quero que Harry me veja agora. — Suspirei — Vou escrever um bilhete, entregue a ele que depois eu terei uma conversa com meu amigo, mas hoje não quero falar com mais ninguém.

— Tudo bem, eu entrego.

Sorri pedindo papel e caneta para Eva, ela me entregou. Não sabia quais palavras dizer a ele, Harry é tão especial para mim que chegava a tomar cuidado com as minhas palavras. Ainda não acredito que ele está em Doncaster que temos a chance de ficar tão pertos um do outro. É vergonhoso sim, fazer desse primeiro momento algo preocupante para ele.

“Oi Hazza,

Quero apenas agradecer por tudo o que fez por mim, Eva me contou tudo. Peço que não se preocupe mais que vou ficar bem. Estou muito cansado por isso não virá mais visitas contudo ainda quero deixar em alta nosso passeio para amanhã. Por mais que eu vá passar a noite no hospital garanto que voltarei cedo para a casa de campo. Digo que estou ansioso para passar mais tempo ao seu lado. Desculpa mesmo por ter que ver cestas coisas.... Não se preocupe de verdade, estou bem.

Seu sincero, L.S.”

....

Dia seguinte

Não consegui dormir sentindo muita dor e tendo muitos pesadelos. Dormia e acordava, chorava um pouco. Enfim estou agradecido por acordar me livrando daquilo tudo. Ontem quando todos saíram do quarto, soube que Harry não quis ceder e ficar somente com a carta. Porém ele logo entendeu. Espero poder conversar com ele ainda hoje.

No caminho não ouve palavras trocadas entre mim e Eva mas olhares. Sei que estou dando trabalho para ela e uma preocupação desnecessária para as pessoas que me cercam. Não sei quanto tempo Harry vai me querer na sua vida depois do que aconteceu claro que vou entender o seu lado, se eu estivesse no lugar dele sentiria o mesmo..

Eu sou problema desde que nasci... Nem sei porquê nasci.

— Como se sente? — ela pergunta ao entrarmos na rua que levava a nossa casa de campo.

Olhando para meus dedos com vergonha de ter que falar alguma coisa.

— Estou bem.

— Demi vai vir amanhã, ela está muito preocupada com o que aconteceu é assim como você, levará os outros a um passeio importante.

Vi toda a minha semana ser arruinada por mim mesmo, afinal queria passar cada segundo com Harry. Mas nem isso...

— E meu amigo?

— Você pode levá-lo. O que irão fazer será algo que muitos podem não é somente para quem está doente. — ela me encarou séria. — Por favor não pare de lutar, sei que por alguma razão você está fazendo isso. Okay?

Eva sempre colocava a fé dela em nós. Não queria desapontá-la então assenti com a cabeça.

Fui para o banheiro tomar um banho pois precisava tanto daquilo, os outros estavam fazendo outras coisas então em outro momento eu falaria com eles. Me despindo olhei para meu reflexo, desde a última vez não notei o tamanho das manchas no meu corpo. Os ossos estavam esboços ainda mais, todo meu corpo estava fino ferido, sem contar nas minhas unhas quebradiças, aquele ali não era eu. Olhei com pavor para a imagem refletida com vontade de chorar. Apenas entrei dentro do box, lavando meu corpo sem encará-lo de verdade. Tinha nojento de mim e do que me tornei.... Um ser dispersivo e fraco; isso mesmo.

Depois de alguns minutos, me sequei vestindo minhas roupas, uma calça vermelha, com uma blusa de listras azuis, por cima coloquei meu casaco vermelho vinho. Comecei a pentear meu cabelo com cuidado pois saia um bolo na minha mão. Enquanto fazia isso, meu celular apitou alto fazendo eu dar um pulo assustado. Parei o que fazia para pegá-lo. Sorri por ver quem era:

Hazza: É esse o número de um fantasminha chamado Louis?

Eu: Claramente eu, o que deseja? Uma noite de assombro?

Hazza: Ainda não sei ao certo mas queria marcar um encontro com você. Posso?

Eu: Depende... Pra onde iríamos?

Hazza: Um lugar que descobri e que nele poderemos esquecer os problemas.

Eu: Então eu topo!

Hazza: Primeiro, quero que olhe na sua gaveta perto da cama, a primeira, tem um papel ali. Nele vai ter a letra de uma música feita para você. Debaixo do seu travesseiro tem uma caixa amarela com outras coisas. Apenas aceite, passo aí daqui a pouco.

Eu: Hazza....

Mensagem enviada mas não visualizada...

Suspirei deixando o celular na cama junto com a escova e abri a gaveta. Tinha mesmo um envelope com um papel escrito algo que preferi não ler no momento. Por debaixo do travesseiro um caixa amarela retangular, a abri com cuidado vendo que dentro dela havia quatro livros, um crucifixo rosa pequeno, cartas e uma casaco vermelha — deveria ser de Harry pois tinha seu cheiro. Intuitivamente tirei meu casaco para colocar o dele, estava sorrindo feito bobo devido aquilo. Era incrível como ele consegue maravilhoso comigo, cada carta escrita eu leria mais tarde contudo amava cada presente ali.

Às vezes penso que não mereço Harry. Depois de pensar que ele não gostaria de ser meu amigo, vem ele com essas coisas me surpreendendo.

— Seu amigo me entregou ontem. — olhei por cima do ombro vendo Luke parado do outro lado da porta. Ele sorria. — Pedi desculpas pelo meu jeito de ter o tratado, fui junto atrás de uma loja de presentes. A blusa é dele mesmo.

— Posso sentir o cheiro. — sorri colocando parte da blusa perto do meu nariz. — Obrigado por isso.

Não conseguia acreditar que aquilo aconteceu. Harry e Luke juntos. Gostaria de saber do que falaram ou como interagiram contudo procurei ficar na minha até que ele sentisse que deveria me falar alguma coisa.

— Você está lindo! — senti seus braços ao redor do meu corpo e fiz o mesmo com ele. Luke me lembrava Ernest e ele era como um irmão para mim. — Se divirta no passeio de hoje!

Me afastei dele um pouco para encará-lo.

— Você sabe pra onde vou?

— Harry me mandou um recado pelo papel. Você vai gostar!

— Gente, não acredito nisso... Estão de complô enquanto eu estava no hospital, vê se pode!

Luke rolou os olhos beijando meu rosto.

— Deixa de drama.

— Não é drama. — fiz careta. — E indignação.

— Claro, claro.

•*•*•*•*

Andando pelo gramado avistei Harry dentro do carro, assim que seus olhos bateram nos meus, ele saiu do mesmo. Ele estava lindo com a calça preta, blusa de frio branca de algodão, a franja e os cachos no lugar. Harry é lindo demais pena que as minhas palavras nunca vão ser capaz de descrever isso.

— Oi! — Olhei para ele e tudo o que senti foram seus braços ao redor do meu corpo.

Como ele era grande cobriu todo meu corpo e me aqueceu. Fechei os olhos aspirando seu perfume e deixando aquele momento ser único. Senti que Harry não queria me soltar e tudo bem... Não queria que ele fizesse isso também.

— Está tudo bem comigo Hazza, vou ficar bem garanto a você! — afaguei suas costas a medida que ele apertava meu corpo contra o seu. — Desculpe por ontem.

Harry se afastou de mim negando com a cabeça, em seguida segurou meu rosto beijando minha testa.

— Harry...

— Shiii! — ele olhou nos meus olhos, puxando o celular para poder digitar.

Olhando para o meu esperei por ela.

Fiquei preocupado demais com você e li sua carta, me senti mais calmo embora quisesse invadir seu quarto. Você está mesmo bem?”

Sorri assentindo.

Desculpa, eu só não quero sair mais de perto de você, não quero que essa pouca distância faça isso conosco”

Olhei para aqueles pares de diamantes na minha frente e toquei na sua mão.

— Não vamos mais.

Obrigado, anjo!”

Harry voltou a me abraçar, Deus, gosto tanto dos abraços dele que não tinha ideia como me faziam bem. Talvez seja porque passamos tanto tempo sem dá-lo que quando isso acontece se torna um vício do bem.

*•*•*•*•*

Harry tapava meus olhos quando caminhamos por horas para algum lugar, não tinha ideia de onde mas o cheiro de grama, pipoca e algodão doce. Ele murmurava sons para mim quando guiava. Harry havia trago seu violão e uma bolsa térmica. E eu somente o papel que ele pediu.

— Chegamos? — perguntei quando percebi que paramos a caminhada.

Ao tirar suas mãos dos meus olhos vi que estávamos no Elmfield Park, porém na área verde onde ninguém passava. Tinha uma árvore ao nosso lado e um jardim com flores roxas. Aquele parque transmitiu paz ao meu interior somente com a vista. Eu nunca sai muito em Doncaster porque não tinha vontade disso e bem... Era bom estar ali com Harry.

“Você gostou? Já veio aqui antes?”

— Por incrível que pareça não. — dei uma risadinha. — Não conheço muitos pontos turísticos de Doncaster é bom estar descobrindo eles com você.

Harry abriu seu mais lindo sorriso e parecia vermelho com meu comentário, achei aquilo fofo.

— Vamos arrumar as coisas! — disse apontando para sua bolsa.

Primeiro, estendemos a toalha branca no gramado, Harry tirou os tênis e eu fiz o mesmo. Segundo, ficamos nos encarando até o ato ser constrangedor para ambos. Terceiro, estava concluindo que olhar para Harry me lembrava um pouco mais de Zayn, me fazia sentir falta e tentar entender o porquê daquilo.

Olhei novamente para Harry e ele estava digitando:

Sei que sou irresistível mas pode pegar o papel que trouxe?”

Corei mais rápido do que imaginava. Harry me fitou mordendo os lábios parecia gostar de me ver sem graça. Meu pai do céu, não sei como agir perto daquele garoto.

— Tudo bem. — estava sorrindo bobo outra vez quando puxei o envelope para ele.

Mas Harry apontou para minhas mãos e entendi que fosse para mim abrir. Assim fiz vendo a letra de uma música.

Escrevi muito desde que desmaiou, entreguei ao Luke assim que terminei, gostaria de poder tocar enquanto você canta pra mim. Pode ser?”

Sei que uma vez — mais de uma vez — cantei para Harry, mas é diferente quando você não estar perto daquela pessoa que passa a mexer com você de uma forma. E eu não era fã da minha voz provavelmente Harry sairia correndo quando ouvisse “ao vivo”.

— E-Eu não sei se consigo. — sorri triste para ele. Estava sendo sincero também.

Por favor, anjo. Se quiser não precisamos ficar nos encarando. Eu só quero poder ouvir a sua voz”

Li sua mensagem sentindo meu coração apertar ao seu pedido. De fato meus dedos estavam suados devido ao nervosismo. Entrei na batalha com o “sim” e “não”. Harry olhava para mim com os olhos cheios, vi que ele era alguém bem sensível e de alguma forma achava seu jeito encantador. Fechei meus olhos e abri, pensando sobre o assunto.

— Tudo bem mas você sabe....

Sua voz é maravilhosa”

— Obrigado, Hazza.

Amei te ver com a minha blusa, inclusive, fica muito melhor em você do que em mim”

— Eu amei cada presente que me deu, juro que não merecia isso tudo, vou cuidar de cada um como se fosse um filho. — garanti.

Harry apenas tocou na minha mão, a dele era tão quente e macia, não sei porque ele insistia em tocar nas minhas que eram gélidas.

Podemos, anjo?”

Aspirei todo o ar que pude para criar coragem ao que faria.

— Pronto.

Abri a página olhando para a letra escrita ali, já me emocionei por conta disso. E quando Harry começou a dedilhar uma melodia lenta e calma, deixei me entregar ao fechar os olhos, entrando no meu mundo interno da música, toda a energia percorria das pontas dos meus dedos para a ponta dos meus pés voltando por toda a circulação, abri meus olhos me concentrando no papel e ignorando meu nervosismo deixei a voz sair:

Anjo

Te dando o meu sangue

Não quero te perder

Você entrou na minha vida como um anjo 

Por favor não bata as asas para longe

E eu estou vendo tudo

“Eu estou bem”, ei por que mentir?

Por favor, anjo não faça isso

E todo o tempo ao seu lado

Vi o que passou, as suas cicatrizes

Oh babe, elas ainda estão abertas

E eu estou vendo tudo

Mas anjo, você não está mais sozinho

Por eu quero ser sua esperança

A sua luz, a sua voz

Os anjos sofrem (Oh eu estou vendo)

Me deixa cuidar de você?

Toda sua luz está se dissipando

Estou correndo, estou rezando

Para trazê-lo de volta

Os anjos sofrem (oh eu estou vendo)

Os anjos sofrem (oh eu estou vendo)

Parei quando Harry fez o mesmo, ele via que dos meus olhos as lágrimas escorriam e ergueu sua mão para secá-las. Então ele se aproxima um pouco mais de mim e eu acabei fazendo o mesmo que ele. Olhando tão de perto, Harry foi deitando sua cabeça no meu peito quando segurei suas costas e respirei. O violão estava no peito dele, quando seus dedos voltaram com a melodia. Juro meu nervosismo aumentou com aquela aproximação.

Ele tirou tudo de você

Mas estou trazendo algo novo

Você está se matando

E as minhas lágrimas estão caindo

Eu não quero perder você

Nessa vida arrancaram seu sorriso

Meu coração estende ele

Anjo, confia em mim?

Estou aqui com você

Sua Luz está se apagando

E eu estou vendo tudo

Minhas mãos massageavam as costas de Harry, quando ele de olhos fechados continuou tocando. Minhas lágrimas saiam e segurava-me para não deixá-la falhar com a letra. Não sabia como ele sabia de algo a ponto de por no papel e me fazer sentir de uma forma que não sei explicar.

Mas anjo, você não está mais sozinho

Por eu quero ser sua esperança

A sua luz, a sua voz

Os anjos sofrem (Oh eu estou vendo)

Me deixa cuidar de você?

Toda sua luz está se dissipando

Estou correndo, estou rezando

Para trazê-lo de volta

Os anjos sofrem (oh eu estou vendo)

Os anjos sofrem (oh eu estou vendo)

Eu nunca vou saber, oh não

Mas amor, sou o seu escudo

Quando não tiver mais forças para voar

Serei suas asas

E eu amo o seu sorriso, a cor dos seus olhos

E cada parte do seu corpo

Você é lindo do jeito que é

Harry deixou o violão em um cantinho, ainda com os ouvidos no meu peito. Minhas mãos largaram a folha que pressionava com os dedos. Engoli em seco quando ele abraçou minha cintura e eu parte do seu corpo. Silencioso como era, Harry ergueu a cabeça lentamente mantendo o olhar sobre o meu, podia sentir meu coração e o seu também aceleram após isso. Cada traço do seu rosto me deixava mexido. Segurei seu rosto fechado meus olhos quando os lábios dele molharam minha bochecha, todo meu eu desmanchou-se por Harry. Estar como ele incrivelmente me lembrava Zayn e seus toques.

Deixando-me sem nexo e ação. A ponta dos seus dedos entraram por debaixo da minha blusa e subiam encostando nos meus ossos. Senti vergonha mas não me movi. Fitei seus cachos abaixo do meu nariz assim que meus olhos se abriram novamente. Harry desceu os lábios para meu pescoço e por ali ficou um selinho demorado. Passei minhas pernas para entrelaçaram nas suas. Tudo que me ligava a ele estava me deixando desconcerto. Como se corresse e parasse em um campo minado repleto flores. Era como estar em uma guerra e tendo esperança quando vejo a luz.

Soltei um suspiro quando meus dedos desceram para seu braço e eles apertei fraco. As mãos de Harry voltaram a posição de antes, dessa vez ele trazia seu olhar de volta com ele uma pitada de chama para dentro do meu eu.

Os dias com tempestades pareciam distante quando nossos olhares se encontraram e eu sentia o amor vindo do coração do meu melhor amigo. Até mesmo as lágrimas secavam rápido.

Harry tocou nos meus lábios os desenhando, quando subi minhas mãos para massagear seus belos cachos. Aqueles olhos banhavam um verde da natureza com o azul de uma pedra preciosa. Era uma mistura linda que dentro dela possuía bondade. Acreditei que meu coração reconhecia eles, de algum lugar e em algum tê-lo visto de perto.

Desci minha cabeça para o lado, encostando meus lábios na sua bochecha demorando para os tirar dali. Foi quando Harry segurou minha nuca e deixou seus dedos me fazendo um cafuné bom.

Fomos deitando nossos corpos podendo ficar com a laterais deles postas juntas. Harry entrelaçou os nossos dedos, mantendo o olhar no meu quando meus lábios desvencilhando do seu rosto. Fiz o mesmo sentindo um frio na barriga muito bom.

Deitei minha cabeça no seu ombro, quando isso acontecia quebrando um pouco do nosso contato. Não precisamos de palavras aqueles segundos, apenas o silêncio era suficiente para serem nossas palavras.

Notas Finais

Hey, desculpem os erros tremendo aqui
Quero que saibam que esse capítulo foi o que mexeu mesmo comigo
Terão mais adiante que farão o mesmo

Sei que tenho leitores aqui que passam por situações difíceis, na vida, escola...anyway, saibam que vocês podem vir falar comigo, minha Dm está aberta, podem me mandar mensagem que eu vou falar com vocês. Por favor se cuidem e da saúde de vocês, ela é importante pra mim também ❤

Como eu disse, vamos trabalhar muitos toques e sensações entre Larry. Próximo capítulo terá mais momentos deles... Esse eu queria mesmo falar sobre o Louis um pouco mais sz

A música "Anjo" foi eu quem compus 💚💙

Até breve,
All the love, A.

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro