Chapter Six
A música I'M LOST STAR
Foi eu quem escreveu
Só pra avisar ♥
Boa leitura!!
CHAPTER 06
(Lou&Hazza)
Lou ♥ : *áudio*
Fiquei com medo de abrir, ele continuava online e meu coração ia sair pela boca, Louis estava digitando e tudo aquilo me fazia temer, logo engoli em seco, porque depois do que eu falei daquela forma com ele, acredito que ele não vai mais falar comigo.
Burro! Burro!
Se eu ficasse na minha, talvez não tivesse problema, talvez eu não estivesse prestes entrar em prantos.
Lou: Me desculpe, não saiu muito boa, mas acabei cantando uma música. Você disse que ouve ruídos, achei que assim você identificaria a minha voz.
Eu: Você... Não está com raiva de mim?
Lou: VOCÊ não está com raiva de mim?
Eu: Não, só queria que entendesse meu lado, mas percebi que agi com muita grosseria com você, eu não deveria, então, me desculpa
Eu: Devo respeitar o seu jeito, é que, deixa pra lá, pode ficar com raiva de mim se você quiser
Lou: Está tudo bem, OK?
Lou: Eu também, não tenho que ficar falando as coisas. Ainda mais porque eu acho engraçado mas para algumas pessoas, acaba sendo pesado demais.
Lou: Mas fica tranquilo, eu não estou com raiva. As pessoas costumam pensar que eu fico bravo na hora de conversar comigo, mas a verdade é que estou tranquilo :-)
Eu: Tudo bem... Mas ainda sim, peço desculpas
Lou: Está desculpado (^з^)-♡
Fiquei encarando a tela do meu celular, soltando um suspiro cansado, em seguida conectei um cabo no fone e na caixinha de som, aumentei o volume, para poder tentar ouvir a voz de Louis. Deixei assim o áudio fluir:
“Eu não queria me sentir assim:
Insuficiente
Como se fosse um nada
Não quero me abalar
Mas parece inevitável
Quero chorar e sinto que é drama
Estou preso em uma caixa
É escura e fria”
Coloquei para reproduzir novamente e dessa vez coloquei a caixa no meu peito, Fechei os olhos e comecei a ouvir sua voz. Tão linda, fazia meu coração acelerar cada vez mais, batia meus dedos na perna, voltando para o repeat, nunca ouvi essa música, mas com certeza seria a minha trilha sonora da vida. Coloquei a mão no peito, com as lágrimas escorrendo pelo meu rosto, estava sem ar e as batidas estavam aceleradas. A voz dele é tão linda.
Eu: Ei, acabo de ouvir a sua voz...
Eu: Que música é essa que está cantando, eu nunca ouvi antes...
Lou: Ela não é mesmo muito popular, porque eu que compus (◍•ᴗ•◍)
Eu: OMG (。♥‿♥。)
Eu: Seria chato da minha parte, pedi para que me mande outro áudio cantando ela por inteira?
Lou: Você gostou?
Eu: Estou com lágrimas nos olhos por ouvir sua voz nessa canção, lágrimas de emoção, tenho certeza que não gostei, mas amei
Lou: Oh Harry...
Lou: Você é um amor, estou muito vermelho agora!
Eu: Você merece ouvir, no meu caso, ler as palavras mais lindas de todas.
Lou: :’-)
Lou: Vou te enviar outro áudio.
Esperei alguns minutos e logo, recebo seu áudio de 3:10 minuto, logo fui fazendo o mesmo movimento que antes, completamente encantando pelo que meu coração estava sentindo.
I'm Lost Star
Eu não queria me sentir assim:
Insuficiente
Como se fosse um nada
Não quero me abalar
Mas parece inevitável
Quero chorar e sinto que é drama
Estou preso em uma caixa
É escura e fria
Peço perdão para a criança
Aquela que era cheia de sonhos
Esse cujo destruí ao longo do tempo
Prometi para mim mesmo
Eu não quero mais
Os céus estão com suas luzes
A Lua está destacando
Existe o sol durante o dia, para fazer o mesmo:
Brilhar
E tudo que sinto é como se fosse
Uma estrela perdida
A procura do seu brilho, mas sabendo que ele
Se perdeu junto o com a sua fé
Aquela criança sentiu
Ela e eu, estamos sentindo
Drama...
Isso é o que as pessoas enxergam
Elas desistem
Nós estamos ficando sem cor
Não é como se eu quisesse, (oh não)
Mas acabou sendo assim
Ninguém entenderá
Eles querem mesmo entender?
Senti tanto verdade naquelas palavras, tanta emoção e uma realidade que jamais alguém poderia entender. Embora o ruído viesse a ser bem distante, era o ruído mais lindo que eu poderia ter escutado. Louis tem um dom de Deus, que eu invejo mas de modo bonito, queria que ele visse, também sentisse o que eu estava sentindo. Meu coração estava saltando quase para fora, era como se ele beijasse meu peito por dentro.
Era ele, um anjo, talvez meu único anjo.
Eu: Você tem ideia de quanto você é talentoso?
Eu: Embora eu não possa ouvir com clareza, senti sua voz no meu peito e agora ele não para de pular. Você pode discordar de mim, posso ser o garoto mais idiota para você por insistir em um assunto. Mas o que vou escrever aqui agora, não tem nenhum pingo de mentira. Já começo, pedindo desculpas por essa mensagem sair muito extensa. Lou, você tem uma linda voz, um dia eu espero poder ouvi-la tão de perto quanto Pareci ouvir agora, você compôs uma música e transmitiu a verdade quando cantou cada verso. Eu não entendo de música, não o suficiente quanto você, mas sei reconhecer a intensidade de uma batida, de um ruído, você é muito incrível e não é exagero o que vou falar:
Eu: VOCÊ MERECE O MUNDO (。♥‿♥。)
Lou: Por que você me deixa sem palavras?
Lou: Harry, obrigado por esse carinho que está me dando, eu estou guardando cada palavra que me diz em um pontinho no meu coração ♥
Eu: Lou, você é incrível!
Lou: É sério, eu não sei o que vou dizer agora :’-V
Lou: Só você que me deixa assim, nem meus amigos aqui, conseguem...
Eu: Obrigado por me fazer se sentir privilegiado ♥
Eu: Queria poder fazer o mesmo por você...
Lou: Você já está fazendo, acredite em mim.
Eu: Eu acredito em você ♥
Lou: Possi te perguntar uma coisa?
Eu: Claro...
Lou: Como surdo e mudo, como você consegue ouvir minha voz bem?
Eu: Bem, eu ouço as vibrações. O Liam me disse uma vez, que do modo como eu falo, é como se e eu dissesse que estou na ponta de uma longa rua extensa e estivesse conversando com outrem nessa distancia. Por isso, ouço tudo distante e vago. Mas agora, consigo captar as vibrações no coração, por isso digo que ele é a minha voz.
Lou: Essa é a coisa mais linda que eu já li ♥ Você é um motivo de inspiração, Harry
Eu: Não... Não sou, motivo de inspiração mesmo é o Niall, sempre se mostrando para cima, ele luta pela vida dele. Luta para suas conquistas, enfrenta as barreiras dele como um verdadeiro campeão, ele é inspirador por ser cego mas enxergar muito mais que pessoas que possuem a visão
Eu: Eu sou só um garoto, que gosta de dar carinho...
Lou: Acho que você ainda pode ir, muito mais além do que pensa, basta acreditar internamente no que tem dentro de você.
Eu: E você acredita em você?
Lou: Ei... Não estamos falando de mim no momento
Eu: Agora, estamos....
Lou: Hazza...
Eu: Lou...
Lou: Não quero que se magoe comigo, entende?
Lou: Meus pensamentos, eles não são muito legais. Talvez as pessoas, no caso, você, que se importa pode acabar se ferindo com elas.
Eu: Eu sabia...
Lou: Sabia??
Eu: Você não acredita em si mesmo, assim como em pouco tempo descobri que faz comentários sobre si mesmo, comentários mórbidos e coloca outro assunto por cima para que a pessoa não venha comentar novamente. Posso estar completamente errado, mas como estou conversando com você, é como se mostrasse seus jeitos e gestos por mensagem.
Lou: Devo ficar de olho em você, agora, literalmente...
Eu: E está fazendo isso agora, mas eu não ficar insistindo, não agora, então fique atento
Lou: Obrigado. E sim, eu ficarei.
Eu: Gosta de animais?
Lou: Gatos, especificamente, não tenho nada contra aos outros mas gatos me encantam mais. Por quê?
Eu: Quero te mostrar, meu cachorrinho, Nemo. Chegou hoje!
Eu: *Imagem*
Lou: Ele é lindo!! Uma bolinha de pelo pequena ♥
Lou: Eu tinha uma gatinha quando morava com meus pais, infelizmente ela adoeceu e acabou não vivendo muito, igualmente ao que meu destino espera (」゚ロ゚)」
Eu: Sinto muito pela gata :-(
Eu: Por que você envolve a morte sempre nas suas conversas?
Eu: É como se você estimasse seu tempo de vida
Lou: eu sou estranho, não liga para as coisas que eu digo não...
Eu: Mas eu LIGO, porque estou começando a me importar com você. E quando eu me importo eu LIGO, pego cada detalhe da pessoa, nada passa despercebido por mim, consumo não falar para não ser chato, mas eu me importo com quem se torna especial na minha vida.
Eu: Isso incluí você!
Lou: Mas vai ficar tudo bem comigo, ainda estou aqui (◍•ᴗ•◍)❤
Eu: Você é meu melhor amigo, eu farei de tudo para que ela seja longa e douradora ♥
Lou: Conta comigo ♥
Eu: Você namora?
Lou: O amor não é pra mim. Estou tranquilo, no momento. E você?
Eu: Também não. Mas quem namoraria um deficiente como eu?
Lou: Você não é uma pessoa ruim, pelo contrário. É carinhoso e muito amoroso, se a pessoa quiser algo apenas aparência Harry, ela não é a pessoa certa, eu não sei muito sobre o amor, mas eu sei que você tem que amar o que vem de dentro, não o de fora, aqui é só carne e nada mais. O que vem de dentro, as intenções é que são importantes.
Eu: E você namoraria um cara como eu?
Visualizada....
Fiquei encarando a tela do meu celular, eu não sabia porque havia feito aquela pergunta para ele. Talvez ele nem goste de gays, ou bi, no meu caso, eu gosto mesmo de garotos, descobri isso quando me apaixonei pelo Liam no Ensino Médio — eu sei, isso é estranho — mas naquela época não era para mim, eu gostava do jeito que ele me tratava, me fazia se sentir especial, mas tudo não passou de momento. Depois dele, veio o Nicholas, o aluno do terceiro ano, ele me encarava muito e um certo dia, conseguimos nos aproximar, conversávamos por papel e era incrível, até ele me roubar um selinho e fazer os sentimentos dentro de mim crescerem, os fazendo se quebrar no dia seguinte quando o vi aos beijos com uma garota e nunca mais veio falar comigo. Mas ele me fez entender que apenas um toque nos lábios masculinos, despertou coisas grandes dentro de mim. Já gostei de garotas também, contudo não foi a mesma coisa. Liam me contou que sou bissexual, mas eu digo para ele que não, sou homossexual e não acho isso uma coisa ruim.
Agora não posso dizer o mesmo do Louis, que está online, já ficou off mas voltou e ainda não me respondeu nada.
Talvez eu não devesse ter feito a pergunta, ela foi indiscreta da minha parte, estava com a face quente e com certeza corada com toda a situação. Esfreguei minha mão na bochecha e joguei meus cachos para o canto do rosto.
Por que ele não me responde?
Estava ficando com medo, muito medo das consequências que aquela pergunta havia causado. Nemo deu um pulo, após acordar de um pesadelo — eu acredito — olhando para mim com os olhinhos arregalados; mas sem tirar sua bolinha da boca. O peguei e o coloco na minha cama junto a mim.
Estava tenso demais que minhas axilas transpiravam e meu corpo inteiro queimo, algo dentro do meu coração estava ansioso para saber a resposta de Louis. E esperando o efeito dela em mim. Eu havia o encurralado na parede e ele deveria estar perdido, sem coragem de olhar nos meus olhos.
O que chegava a me deixar, nervoso...
Lou: Eu... Você é um garoto legal, lindo, tem um modo de lidar comigo surpreendente. Só te conheço a dois dias, quase...
Lou: e você me fez uma pergunta que me deixou surpreso por não estar esperando por ela, mas não vejo problema em responder que... Sim. Eu namoraria com você, caso fossemos atraídos um pelo outro. Por que não? (^.^)
Estou sem ar, mergulhando dentro do mar que se formou ao meu redor, gritando internamente com aquela voz que está no meu peito. Devidamente ativa a fazer meu coração bater mais rápido do que o esperado e eu ficar com a respiração ofegante. É como se ele tivesse tocado inteiramente em mim, sem medo das consequências vinda pela minha pessoa. Estou trêmulo, embora consiga digitar e continuar a nossa conversa.
Eu: Mesmos sabendo que tenho uma deficiência?
Lou: Como eu já disse antes, não é diferente por isso, ainda é uma minoria o que você tem. Gosto de você é. (◍•ᴗ•◍)❤
Eu: Obrigado, por me responder (^.^)
Eu: Mas não pense que... Você sabe, foi apenas uma pergunta e eu também gosto de você.
Lou: Sim, eu entendi
Lou: Não se preocupe com isso (◍•ᴗ•◍)❤
“Eu não sei se posso dizer isso, mas você está fazendo algumas dentro de mim me fazer se sentir especial....”
Comecei a digitar, mas ele foi mais rápido que eu.
Lou: Hazza, me desculpa por isso, mas os meus amigos estão desconfiando e preciso voltar se não, a nossa coordenadora vai pegar meu celular e não quero arriscar
Apaguei toda a mensagem que havia escrito.
Eu: Tudo bem, é melhor não dar bandeira, agora que nos conhecemos o suficiente, não quero deixar de falar com você ♡
Lou: Nem eu ♥
Eu: Pel noite, você entrará?
Lou: Tentarei, OK?
Eu: Tudo bem.
Eu: Obrigado por existir ♥♥
Lou: Hazza ♥
Eu: Gostei desse apelido carinhoso ♡
Eu: Posso te chamar de anjo?
Lou: Você... Pode ♥
Eu: Anjo, tenha um bom dia! Estarei o esperando, caso venha entrar
Lou: Até mais Hazza, saiba que você me faz muito bem!
Eu: Você também ♡
Ele ficou off. Soltei um suspiro mole e melancólico após isso. Inesperado que foi capaz de me pegar de surpresa. Eu estava encarando o teto do meu quarto e sorrindo para ele. Não entendia muito bem o porque daquilo mas estava gostando da sensação. Senti que meu eu, estava disposto a fazer de tudo pelo Louis.
Mas para isso, eu deveria saber um pouco mais sobre ele, sobre o que ele tem. Como não ia estudar — nunca faço isso mesmo —, fui nas buscas e digitei Anorexia, a página carregou e vi imagens que assustam, de pessoas esqueléticas, o antes e depois de cada uma, aquilo me fez levar as mãos nos lábios bastante assustado com cada foto. Rolei o dedo na tela, indo para a página que explicava sobre essa doença.
ANEMIA
É um distúrbio alimentar que provoca uma perda de peso acima do que é considerado saudável para a idade e altura. Pessoas com anorexia podem ter um medo intenso de ganhar peso, mesmo quando estão abaixo do peso normal. Elas podem abusar de dietas e exercícios, ou usar métodos para emagrecer.
É um distúrbio de imagem, no qual o paciente não consegue aceitar seu corpo da forma como ele é, ou tem a impressão de que está acima do peso em níveis acima da realidade. Isso pode levar a um quadro de ansiedade, que faz a pessoa buscar de maneiras bruscas de perder peso rapidamente.
• É um distúrbio comum entre adolescentes, principalmente por conta da pressão social existente nessa fase da vida e todas as mudanças que ocorrem no corpo e na mente.
• Histórico familiar (Algum parente que possa apresentar ou apresentou algum distúrbio alimentar aumenta a chance do desenvolvimento da doença.)
• Sentem medo de engordar
• Recusam a manter o peso que é considera normal ou aceitável para idade e altura (no mínimo 15℅ abaixo do peso normal)
• Tem uma imagem corporal muito distorcida
• Não menstrua por três ou mais ciclos
• Cortam comida em pequenos pedaços ou movê-los no prato em vez de comê-los.
• Ir ao banheiro imediatamente após as refeições
• Recusam a comer perto de outras pessoas
• Usam comprimidos para urinas, evacuar ou reduzir o apetite.
SINTOMAS
• Pele manchada ou amareladas, seca e coberta por pelos finos
• Pensamento confuso ou lento, junto com memória ou julgamento deficiente
• Depressão
• Boca Seca
• Extrema sensibilidade ao frio
• Perda de resistência óssea
• Desgastes dos músculos e perda da gordura corporal
TRATAMENTO
O maior desafio no tratamento da anorexia é fazer a pessoa reconhecer que tem uma doença. A maioria se nega que tem um distúrbio alimentar. Em geral, as pessoas começam quando a doença começa ou já atingiu seu estado grave. Existe a terapia com a familia, individual e em grupo, aonde o objetivo é mudar o pensamento e comportamento do paciente para encorajá-lo a comer (Útil para jovens.)
É preciso paciência e persistência pois eles podem desistir com a odeia de que se tiverem esperanças não realistas de serem “curados” somente com terapia.
Grupos de apoio também podem fazer parte do tratamento de anorexia. Neles, pacientes e familiares se encontram e compartilham suas experiências pelo que passam.
CONSEQUÊNCIAS
• Inchaço
• Enfraquecimentos dos ossos
• desiquilíbrio eletrônico (com níveis baixos de potássio)
• Arritmia Cardíaca
• Cáries
• Desidratação grave
• Desnutrição grave
• Convulsões devido a perda de líquidos com resultados de diarreia repetitiva ou vômitos excessivos
• Problemas na glândula tireoide, que podem levar à intolerância ao frio e a constipação
• Transtorno obsessivo compulsivo (TOC)
• Uso de Drogas
• Problemas de personalidade e ansiedade
EM CASO GRAVES, A ANOREXIA PODE LEVAR A MORTE
A anorexia nervosa pode levar a morte em 10% dos casos, em algumas estimativas. É uma doença grave e pode ser FATAL.
A pessoa tendo perdido muito peso (estar abaixo de 70% do peso corporal ideal para sua idade e altura). Em caso de subnutrição grave, que colocava a vida em risco, a pessoa pode precisar ser alimentada por sonda venal ou por um tubo de alimentação no estômago.
Eu estava tremendo e minhas lágrimas estavam escorrendo em excesso pelo meu rosto, sou um garoto sensível demais, quase todo o tempo eu quero chorar, mas agora, tinha um motivo maior. Não posso acreditar que Louis dizia que estava tudo “sob controle”, como se controla algo que está te matando? Como aceitar isso parece ser a única opção? Por que ele quer morrer?
Abracei minhas pernas não aceitando aquele destino para meu amigo. Eu sei que acabamos de nos conhecer mas sua vida, nessas últimas horas que conversamos eram importantes para mim.
Meu olhar desceu para o canto da tela, aonde tinha um depoimento recente, de uma pessoa que perdeu a amiga:
A MORTE OCORRE EM CONSEQUÊNCIA DA DOENÇA OU DO SUICÍDIO?
Uma disponibilidade para o suicídio. Algumas vezes há um arrependimento, mas com frequência este arrependimento é tardio.
Só que com 30 ou 40 quilos a pessoa não tem força nem para buscar água e acaba caindo. Os ossos já estão muito quebradiços, elas tem osteopenia e osteoporose até por conta da alimentação. Minha amiga tomou esse método, ficando sem come, beber e praticando exercícios compulsivos. Por mais que eu tentasse ser sua base, sua força, ela não via esperança em si, eu não queria perdê-la, rezava todas as noites pedindo o milagre para ela, eu a amava tanto. Queria ela se amasse também. Logo quando se encontra-se o corpo, está cheio de hematomas, quebrado e danos graves nos órgãos. Mesmo que a pessoa resista e chegue ao hospital, a chance de sobreviver é muito pequena.
Minha amiga não resistiu.
Eu desliguei o celular e abracei Nemo, chorando jardas de lágrimas. “Está tudo sob controle, Harry”, “Estou bem”, “igualmente ao que meu destino espera”. Tirei meu aparelho auditivo, pois era como se ele estivesse falando isso no meu ouvido, embora minha atitude não tenha mudado nada.
O Outro, gritou comigo “EU ME IMPORTO COM VOCÊ, PORRA!”, “Se você desistir agora, o que será de mim?”, “VOCÊ VAI SE PARAR COM ESSAS COISAS QUANDO EU FOR TE VER EM UM CAIXÃO?”, “POR QUE NÃO VIVE? POR QUE NÃO LUTA PELA SUA VIDA? POR QUE NÃO LUTA PELA FÉ EM SI MESMO?”
Mandei o Outro se calar, porque Louis não podia ouvir nada daquilo, eu precisava ajudá-lo, porque se Louis estiver mergulhando no lago da morte, vou mergulhar junto e puxá-lo de volta.
“Eu não vou perder você, não vou mesmo”, pensei comigo mesmo.
Me sentei ainda soluçando, e puxei minha partitura, coloquei o violão no meu colo, com o corpo batendo no meu tórax, rumo ao meu coração, comecei a sentir a melodia do meu coração. Eram zunidos que me rodeavam, mas não parei, deixei o celular gravando a melodia da música enquanto estava tocando o violão. Ora fungava, ora parava para chorar de preocupação. Até que terminei de escrever a música. E deixar tudo gravado.
Sei que estou me metendo demais na vida dele, que nos conhecemos faz dois dias, mas como eu disse antes, Louis é especial para mim, desde o dia em que ele escreveu a sua história “Infinidade” e me fez estar encantado pela pessoas que ele é.
Eu: *Áudio*
Eu: Desculpa, eu fiz uma melodia e escrevi uma música para você...
Eu: Queria pedir para que cantasse, só mais uma vez
Eu: Vou deixar a letra para você, espero que goste. Ah e eu não vou poder entrar hoje à noite, estou chateado com algo. Porque machuca, sabe? Não quero te deixar preocupado, apenas é um momento meu, sou assim mesmo :-)
Enviei a letra para ele, depois desliguei o celular e tudo que me conectava o mundo afora. Queria poder chorar e viver esse momento, pensando em como poder salvar a vida de um amigo. Coloquei na pasta de música e cliquei no áudio que Louis me mandou, deixei no volume alto, a caixinha sobre meu peito. Deixei sua voz se conectar com a do meu coração. A voz de um anjo...
Louis Tomlinson — Doncaster 2:55 P.M.
Alojamento para pessoas com distúrbios alimentares
— Duzentos e cinquenta.
Meu corpo caiu para trás, isso fez com que a minha visão ficasse totalmente turva. Meus cabelos estavam grudados na testa, eu não me moveria por algum tempo, apenas para relaxar os pobres osso fracos que eu tenho. Fechei os olhos lembrando da conversa que tive com Harry, ele é alguém que se importa e é bem sensível. Consigo sentir uma conexão com esse garoto, não sei explicar. Ele é bom demais, para mim.
E se ele soubesse que está mexendo com a voz dentro de mim, embora eu a esteja perdendo com frequência. Estou começando a aceitar cada sequela que a vida está me dando.
E observando a conversa que eu tive com o Harry, percebo que sou uma decepção de pessoa. Tentei manter um diálogo bom entre nós dois, mas acabei fazendo tudo ao contrário. Porque eu faço merdas seguidas de outras e isso afeta as pessoas, acaba que me torno um peso que não queria ser ou estava evitando. Por isso que eu tenho que me manter na minha, assim ninguém se machuca, e vai se saber o que ele deve pensar sobre mim. Ou sobre a minha doença.
Droga! Mil vezes droga!
Se eu não fosse o que fosse...
— Não seria você. — Ouvi alguém falar e dei um pulo assustado, ao ver Zayn com uma garrafa de água nas mãos, olhando para mim com aqueles olhos caramelados tão puros, escondidos atrás das olheiras e manchas em seu rosto.
Me sentei com cuidado na cama, encostando as minhas costas na cabeceira. Ele estica sua garrafa e puxo os lábios para um sorriso, bebendo o líquido calmamente. Zayn se sentou na ponta da cama e continuou com o olhar sobre mim, o que fez as minhas bochechas esquentarem e meus olhos procurarem um foco que não fossem os seus.
— Posso te perguntar uma coisa? — ele passa o dedo sobre a minha perna e volta a por sua mão no colo.
— Depende, vai me pedir para comer como os outros? — indaguei com humor na voz.
— Ainda não sou o cara positivo, esqueceu?
— Ah Claro! — dei um tapa na minha testa e dei uma risada. — Você nem para ser um incentivo, hein...
— Você realmente quer saber deles?!
Encolhi minhas pernas, deixando os ombros relaxarem.
— Pode perguntar.
— Como se sente, sabendo que sua vida está por um fim de acabar? — ele cruzou as pernas, colocando o queixo apoiado nas mãos.
Fiquei um tempo processando toda aquela informação-na-pergunta. Não era uma coisa que eu esperava que viesse dele. Tanto que minhas mãos se moviam a todo instante. Soltei um longo e pesado suspiro, juntei os pés que estavam cobertos pelo edredom e a meia que usava. Eu sentia frio quase sempre.
E voltando a conversa, olhei nos seus olhos:
— Eu não sei, estou deixando acontecer. — dei de ombros. — Por que a pergunta?
— Bem... Embora sua resposta não seja como eu desejava — o vi trazendo seu corpo para perto do meu, isso fez meu coração disparar. — Eu estava pensando como me sinto em relação a esse momento tão próximo de mim quanto posso imaginar, que estou perdido, embora ansioso para que isso aconteça?!
— E porque você acha que minha resposta mudaria alguma coisa?
— Não é como se ela fosse mudar, mas você está querendo o mesmo que eu. Temos pensamentos familiarizados e iguais. Talvez, sua resposta fosse a minha resposta.
— Minha resposta foi quase igual a sua.
Zayn deu uma risadinha.
— Vamos ter que esperar pelo momento e saber o que dizer.
— Irá me informar?
— Você promete não chorar quando eu estiver nas últimas?
— Hum... — coloquei a mão nos lábios. — Acredito que não tenho sentimentos para isso.
Zayn se virou, me lançando um olhar indignado.
— Isso! Afeta meus sentimentos, seu insensível.
— O que posso fazer? Hoje é o primeiro dia que ouço você falar sem ser em sussurros.
Vi que sua face ficou vermelha após meu comentário e percebi que também estava da mesma forma que ele.
— Você está falando... — dessa vez estava mordendo os meus lábios com muita força. — Por que eu fui a pessoa a te ouvir?
— Eu não sei, parece que você me entende e eu te entendo. Somos os únicos que estão entregues a essa realidade quanto aos outros que querem ser curados e ajudados.
Ficamos nos encarando por um determinado tempo e dessa vez conseguir arrancar um filo de sangue dos meus lábios. Eu tinha essa mania de mordê-los, agora que estavam ressecados, acaba esquecendo de que machucava com facilidade. Antes que eu pudesse correr para o banheiro e lavar, Zayn puxou o lenço do bolso e passou sobre aonde escorria o sangue, estancando-o e mantendo seu olhar penetrante em mim. E por quanto eu não sentia aquela sensação do coração estar em disparada e o corpo trêmulo — não tendo como motivo a minha doença.
Deixei com que a minha respiração prendesse e me encontrava perdido como assustado com o que estava acontecendo naquele instante. Ele olhou para os meus lábios da mesma forma que eu encarava o seus. Todo o meu eu queimou e entrei em pânico, mas não conseguia me afastar e desviar meu olhar do seu.
Aos poucos, Zayn deixou o seu lenço cair no canto da cama, e segurou o meu rosto, parece que nesse momento, meu coração começou a correr contra a velocidade de tempo. Podia inalar o seu cheiro de perto e como ele era bom. E nada mais pareceu importar à não ser o desejo que estava tendo em querer beijá-lo.
— Qual a sua história? — Ele me pergunta.
Um suspiro inesperado de frustração saiu de mim, quando me permiti encará-lo tão de perto como antes.
— Acho que não vai querer saber dela. — dei uma risada irônica.
— Estou nas últimas, Boo, estou interessado em saber sim como foi sua vida e o que te motivou a estar aqui.
— Não é fácil para mim, falar sobre meu passado, eu travo. Não...não dá. — Balancei a cabeça, sentindo uma vontade imensa de chorar. Porque era algo que me causa nojo, de mim. O problema começou quando passei a existir. — Não é com você, sou eu mesmo, sabe?
— Vamos fazer uma coisa. — ele pareceu ignorar o que eu falei, após pegar a minha mão e sair me puxando para o banheiro que ficava dentro do nosso alojamento.
No meio do caminho, senti a tontura forte, porque ainda não estava cem por cento para fazer estripulias. Zayn me deixou dentro do banheiro e fechou a porta.
— O que está fazendo? — me desesperei, segurando a maçaneta e tentando rodá-la mas estava trancado. — Zayn, isso não tem graça!
— Sente-se no chão, como estou fazendo agora. — dizia e ouvi o ruido das suas costas sendo roçadas contra a porta de madeira. — Eu vou falar de mim e depois, você falará de você.
Suspirei, batendo minha testa na porta.
— Zayn...
— Só me escuta, eu não vou contar nada para ninguém e não vou te olhar diferente. Mas antes de qualquer coisa, quero que me ouça. Depois tire suas conclusões, pode fazer isso?
Fiquei um tempo pensando na resposta, me vendo encurralado por ele. Bufei e me sentei de frente para a porta, cruzando as pernas.
— Comece.
— Tudo bem. — ouvi sua respiração. — Quando eu tinha sete anos de idade, vivia na casa da minha mãe e assistia suas brigas com o meu pai. Minhas irmãs eram menores do que eu para entenderem alguma coisa. Assim como eu. Fui crescendo dentro daquele cenário, minhas notas na escola não eram muito excelentes na escola, isso fazia meu pai me bater todos os dias, até mesmo quando eu não fazia absolutamente nada. Quando eu já estava com dezesseis anos, passei a não ir para casa cedo, ficava em uma praça e comecei a me drogar com alguns garotos, estava muito entregue a maconha e a cocaína, chegava em casa muito alucinado, querendo bater em todos, vi que estava me tornando como meu pai, no momento em que quase espanquei a minha irmã sem ela me fazer nada. Foi então que eu voltei para as ruas e nunca mais voltei para casa, assaltava e cheguei a matar uma pessoa, por causa da droga. E ela foi se espalhando dentro de mim de um modo que eu colocava tudo para fora, comia e vomitava, para dar espaço para as drogas estarem percorrendo a minha veia, foi ficando mais frequente, quando vi, já não estava com mais controle de nada. Acabei sendo encontrado pela Eva, debaixo de uma ponte, na água cheia de esgoto e lodo — não tenho ideia de como ela foi parar lá — eu só sei que acordei no hospital, inconsciente e sem forças. Precisava de droga e precisava colocar tudo para fora, eu não queria estar ali. Mas a Eva, ela estava lá persistindo ao meu lado, como uma mãe, foi quando eu decidi me tratar aqui, com a ajuda da Demi e dos remédios que tomava, larguei as drogas mas sentia que algo ainda não havia largado de mim; a vontade de estar morto e querer tirar toda a sujeira dentro de mim. Me considerando um lixo, esse cinco anos que estou nessa casa de campo, me mato aos poucos tendo consciência absoluta sobre o que faço, para mim tudo é obscuro e não tenho um motivo para continuar.
Fez se um silêncio e entendi que ele havia terminado de contar sua história passada, meus olhos estavam cheios e derramavam lágrimas em excesso, é uma história que machuca e eu a sentia.
— Sua vez, Tomlinson!
— Muito legal da sua parte, jogar essa realidade em mim e querer que eu fale da minha. — funguei.
— Foi o combinado.
Bufei.
“Não acredito que eu ia fazer aquilo!”, pensei assim que fechei os meus olhos e aspirei todo o ar que consegui.
— Não tinha uma vida tão conturbada quanto a sua, eu era muito feliz mesmo que a minha mãe me brigasse quase todo o tempo. Mas aquele é o jeito dela, eu a amava...amo. A gente vivia com meu padrasto e ele tinha um filho, meu irmão do coração Ernest e tinha mais um, o Brian. Eu era mais apegado ao Ernest, tanto que nossos pais acreditavam que estávamos em um relacionamento mas tudo se trata de um amor entre irmãos. Eu vivi tantos momentos com eles que não poderia descrever tudo em palavras, agora. Como a mamãe tinha um jeito duro de lidar com as coisas sempre estava fazendo comentários tipo: “Você tem que emagrecer Louis, está muito cheio”, algo assim. Eu estudava na melhor escola de Doncaster, conhecida pelo nome e tudo mais.... — rolei os olhos. — Só que nome não define o tormento que eu passei lá, pelo meu... Pelo meu... Primo, David. Não posso dizer que o considero como primo, porque aquela porcaria não era nada disso, queria mandar em tudo e eu não deixava que ele fizesse isso. Foi então que eu acabei o enfrentando com palavras e se eu soubesse que tal ato me traria consequências, teria ficado na minha.
Senti as lágrimas descendo pelo meu rosto e meu corpo tremer, parecia que tinha alguém ali me vigiando.
— Ele passou a me... A me bater com seu grupo de amigos, me colocava para baixo e eu tentava ser forte, mas era tudo em vão, porque estava naquela sozinho. Não queria ninguém envolvido nos problemas que eu mesmo criei, a verdade é que eu sou culpado de tudo. — engoli em seco. — E um dia, quando defendi uma professora da nossa classe e acabou que ele foi afetado, e isso gerou consequências para mim....
Estava soluçando no banheiro, balançando meu corpo para frente e para trás. Eu não conseguia mas continuar com aquilo, porque estava sendo uma tortura lembrar de tudo.
— Ele te estuprou? — Zayn perguntou, ele parecia com raiva.
Eu não sabia se era de mim ou da situação. Funguei ainda mais, estava sem ar porque parecia que foi ontem que tudo aconteceu. Estava preso naquele momento que nem percebi que a porta estava aberta e Zayn vinha até mim, abraçando meu corpo pequeno.
— Eu sinto muito, por esse desgraçado ter feito essa merda com você. — Ele dizia massageando as minhas costas. — Desculpa, eu não devia ter pedido para que falasse sobre isso.
Meu rosto estava enterrado no seu peito, enquanto minhas mãos abraçavam sua cintura. Eu nunca contei aquilo para ninguém, até o momento. Era tão ruim colocar para fora o que te prende. Mas como Zayn sabia, deveria terminar o que comecei, pulando essa fase que não quero detalhar.
— Fui embora de casa depois que ele passou a morar conosco, meu padrasto havia mandado Ernest embora para outra cidade, e por isso, David morava conosco, afinal seus pais haviam se mudado para uma cidade longe da escola e não queriam que o filho saísse da melhor. Eu estava me acabando aos poucos, ele dava um empurrão para eu mergulhar na catástrofe, meus pais o amavam como filho e aquilo me revoltava, Ernest era um filho para ser amado. Eu comecei a emagrecer, “graças” a minha bulimia, me cortava e ele me cortava, me ameaçava e eu não podia abrir a minha boca. Por isso eu fui e não olhei para trás, até Eva me encontrar e me trazer para cá.
Zayn continuou me abraçando, quase que eu não sentia a sua força quando ele me apertava, mas ela era boa, tanto que eu retribuía.
— Sinto muito, pela perda da sua vida. — Me afastei um pouco para olhar nos seus olhos. — Sinto mesmo.
Ele negou.
— É um passado. Estamos no presente e já decidimos nosso futuro, Boo. — secou as minhas lágrimas. — Eu não ligo mais para o passado e nem para nada nessa vida. — ele se levanta e me ajuda a fazer o mesmo. — Veja isso!
Me virou de frente para o meu reflexo no espelho, vi os dois garotos com machas e olheiras nos encarando. Eles pareciam insatisfeitos com o que viam, Zayn tocou na barra do meu moletom e levantou-o, tirando de mim, claro que eu fiquei constrangido com a situação, não sabia o que ele ia fazer e sempre sou muito assustado com as coisas — ainda mais porque ele também estava sem camisa. Encarei nossos reflexos vendo tamanhos ossos esboços diante de nós. De canto era possível ver minhas costelas machucadas pelas abdominais que faço.
— Zayn...
— O que sente quando olha para si mesmo? — Ele perguntou.
Balancei a cabeça, não entendo porque ele estava fazendo aquilo.
— Eu... — Voltei a morder os lábios — Insuficiente, eu preciso continuar porque ainda não é o suficiente para mim, a imagem o que vejo. — estava com raiva por ele me colocar naquela situação. — Não gosto para quem estou olhando, não sou a favor de violência mas quero dar na cara dele neste momento.
— Está olhando para mim. — ele comentou.
— Exato.
Zayn desceu a sua mão até a minha barriga, fazendo eu tremer com o seu toque e nisso, ele não me deixa recuar.
— Existe um caminho que está passando. — ele trilhou os dedos pelas minhas costelas — Alguns gritam socorro por esse caminho, mas você está com os fones de ouvido; com a música no último volume, para dar atenção ao que elas dizem. — Ele passou para o outro lado. — Ao mesmo tempo que outros gritam para continuar seu caminho e não desistir de viver, porque está quase lá. Mas você está ouvindo sua música e continua a não ouvir. — seus dedos se encontravam na minha clavícula — E você sabe que não da mais para chegar até lá, porque você se perdeu no caminho e música está alta, que nem as vozes você ouve. Apenas a Ana. Ela é quem canta a bela canção nesse momento. — passou para o meu ombro. — Ela é sua melhor amiga, porque ela sabe o que é certo para você e para todos nós que a conhecemos, ela nos mostra o caminho dela e não pensamos em retroceder, porque a Ana nos ama como ninguém nos amou antes. Ela faz sumir as vozes e ela está nos abraçando. — sua mão estava segurando a minha nuca e Zayn estava na minha frente dessa vez. — Porque não precisamos de refúgio, pois ela é o nosso. Mas no fundo sabemos que a Ana tem uma irmã chamada Mia, juntas elas estão cavando uma cova para cairmos e não vão estender as mãos quando gritarmos por ajuda. E as vozes voltam — ele tocou na minha cabeça — mas é tarde demais.
Ficamos nos encarando e Zayn juntou nossos lábios, me pegando desprevenido à toda situação, demorei um pouco para entender que agora estamos ligado aos nodos lábios juntos. Meu coração saltou para fora e voltou na mesma hora, tudo não parecia fazer sentindo da mesma forma que estava fazendo. E abracei sua nuca quando relaxei meu corpo sobre suas mãos na minha cintura.
Quando sua boca abriu e sua língua pediu passagem, não vi problema em ceder, entreguei aquele momento, a ponta dos meus dedos estavam formigando e de alguma forma, tive a melhor sensação de todas. Como se a boca macia de Zayn me levasse a outro mundo, um mundo que ele me entendia e eu a ele. Não houve distância dos nossos corpo quando ele os juntou mais. E eu quis aquilo e gostei da sensação. Meu peito estava queimando e dessa vez não era o ácido do meu estômago. Meus dedos estavam fazendo um cafuné nos fios negros do seu cabelo e ele fazia um carinho na minha cintura.
E isso durou até que estivéssemos sem ar. Ele manteve sua mão em mim e não sabia como ia reagir ao pós, porque estava concentrado no agora.
— Não me diga que que tudo o que me disse, foi um pretexto para me beija, Malik.
— Tudo bem, eu não digo. — disse com humor e eu dei um tapa no seu ombro. — O quê, você quem pediu para mim não dizer.
— Metaforicamente. — retruquei, me afastando e ele me puxou para perto, dando outro beijo em mim. Aquilo foi demais para mim. — E agora, foi por quê?
— Porque eu quis mesmo. — Arregalei os olhos e Zayn deu uma risada. Pegou meu moletom e me cobriu. — Está frio, para nós. — ele disse e sabia do que ele se referia.
Afinal estava um sol lá fora. Me vesti e ele ficou me encarando quando terminou de se cobrir.
— Zayn, pare de me encarar assim... — Coloquei a mão na frente do seu rosto e ele a beijou.
— Esperarei você, enquanto toma um banho. — Ele sorri e sela nossos lábios. — Tudo bem pra você?
Assenti com a cabeça. Ele saiu, trancando a porta e me fazendo levar a mão nos lábios que nem um garoto bobo. E tentando entender o que se passou ali conosco.
• * • * •
— Ainda não acredito no que fizemos. — disse fazendo um cafuné na cabeça de Zayn que estava enrolado no Edredom comigo.
Ele se movimenta e me encara.
— Sério? — indaga.
— É....
Zayn estava me beijando novamente, eu segurei seu cabelo deixando meus dedos explorarem os espaços que ali tinham. Ele soltou meus lábios, sorrindo. E eu fiz o mesmo.
— E agora?
— Agora eu consegui titrar a prova real.
Zayn gargalhou e com isso começou a tossir bruscamente, passei as mãos na suas costas quando ele gemeu de dor. Estava enfraquecido e eu sabia como funcionava aquilo. Ainda mais porque seus olhos estavam escorrendo lágrimas demais.
— Vem aqui! — O trouxe para perto de mim e o abracei, massageando sua barriga. — É uma droga, eu sei. Vai passar!
Zayn assentiu.
— Sempre... Olá Ana! — ele sorri friamente e se encolhe me envolvendo nos seus braços.
Ficamos naquela posição, até Zayn pegar no sono. Fiquei acordado olhando para ele — não sou um psicopata por fazer isso, OK? — estava o admirando e me perguntando, por quê eu? Não sabia seus motivos ou suas intenções, não queria me aprofundar nesses pensamentos. Embora eu não acredite no amor para mim, gostava de saber que ele estava ali e me entendia, não iria me cobrar, não iria me pedir para comer e muito menos iria me pedir para viver. Zayn me entende e gosto de estar ao seu lado.
Por um momento vago, lembrei que havia recebido três notificações aquele dia, no celular...
Harry!
Olhei para Zayn, ele soltou um longo suspiro e soube que ele não iria acordar agora. Sorri e peguei o celular do esconderijo e o liguei. Lendo as mensagens de Harry e em seguida, peguei os fones para ouvir a melodia da música, Harry tocava VIOLÃO, oh céus, não errava nenhum acorde, será que ele tinha ideia disso?
Meus olhos se encheram ao ler a letra da música que ele fez para mim e que queria que eu cantasse....
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