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I N C O L O R

1967

Min Hee

Não se preocupe com as pequenas coisas. Se elas estão ali é porque são necessárias. Como eu sei disso? Porque eu estou na mente dela e porque eu sou necessária.

Eu não viverei a minha vida usando esses vestidos remendados, se ela realmente fosse uma boa costureira, teria feito um trabalho melhor.

Estava frio, o tempo perfeito para que eu finalmente pudesse respirar um pouco da pólvora que circulava pelo ar. Era um cheiro agradável. Eu não precisava abrir o meu maço de cigarros que provavelmente estaria guardado debaixo de colchão. Eu odiava ter que esconder as minhas coisas, odiava ainda mais quando Min Jee as jogava fora.

Dia 28 de Dezembro de 1966 o havia sido a minha última visita. Hoje era dia 10 de Janeiro e durante esse tempo que fiquei longe, não pude pregar os meus olhos. Eu sempre estive acordada dentro de Min Jee, contudo, ela havia ficado um pouco mais forte. Foi difícil assumir esse corpo que me pertence desde o momento em que ela fez o nosso pacto. Ela não pode resistir! Ela tem que me deixar sair quando eu quiser! Foi ela quem pediu a minha ajuda!

Fechei a janela do simples quarto que eu ocupava nessa pensão grotesca. Eu sempre soube que o soldado que ocupava o quarto de frente para o meu da pensão à frente, tinha boas intenções com ela. Mas eu também sabia quais eram as suas intenções comigo.

O seu olhar sobre o meu corpo por baixo da camisola transparente de tão velha, não me deixavam dúvidas. Talvez eu realizasse os seus desejos.

Abri a primeira gaveta da cômoda descascada, não havia nenhuma roupa que combinasse com o meu estilo, e eu não usaria as roupas desgastadas dela.

Olhei ao redor do quarto a procura de algo que eu pudesse vestir, mas dois pares de olhos fixos em mim desviaram a minha atenção.

Ah, eu havia me esquecido daquela criança. Ela se levantou da cama e deu alguns passos em minha direção. O seu corpo trêmulo e a maneira como ela piscava várias vezes deixava claro que ela sabia quem eu era. Mi Cha era uma garota esperta apesar da pouca idade. Bom, ela deve ter puxado isso de mim.

- Omma? - Murmurou.

- Eu não sou a sua mãe. - Revirei os olhos.

- Onde está a minha mãe? Minha mãe vai voltar? - Sorri com a ideia de Min Jee nunca mais poder recuperar a consciência. Seria uma batalha ganha.

- Sua mãe está dormindo, e se depender de mim, ela continuará dormindo por muito tempo.

- Você é a Min Hee?

- Você está ficando cada vez mais esperta. Agora faça algo por mim, caso contrário, eu irei machucar a sua mãe enquanto ela dorme. - Sorri ameaçadoramente para a pequena garota à minha frente. Mi Cha acenou a cabeça rapidamente, e eu a odeie ainda mais.

- Onde estão as minhas roupas?

- Mamãe... - A repreendi com o olhar, ela engoliu em seco e se corrigiu. - Min Jee as jogou fora, mas eu guardei um de seus vestidos.

A olhei desconfiada, só acreditei em suas palavras quando, de baixo do colchão, ela retirou uma muda de roupas pretas. Eu reconhecia muito bem aquela peça, era o mesmo vestido que eu havia usado naquela noite.

- Dê-me isso! DEPRESSA! - Mi Cha assustada, trouxe o vestido até a mim rapidamente.

Desdobrei o tecido grosso do vestido e o analisei precisamente. Não era possível que ela tenha retirado àquela mancha. Ela não poderia ter feito isso. Mas, não, ela não havia feito isso.

A pequena mancha que eu havia feito propositadamente.

- Saia daqui! - Gritei. A garota agarrou o seu urso velho e feio sobre a cama e correu até a porta. - E não diga que eu voltei! - Gritei novamente em sua direção. Mi Cha bateu a porta com força me deixando sozinha no velho cômodo.

Estiquei o vestido preto de algodão grosso sobre a cama e toquei a pequena mancha vermelha. Dizem que nobre é o guerreiro que suja a sua espada de sangue. Esse vestido era a minha espada e essa mancha representava o sangue daquele homem, naquele dia.

A guerra não havia sido fácil para ninguém, Baengnyeong passou por muita destruição e abandono. Pessoas morreram, pessoas foram embora e as pessoas que ficaram, como ela, sofreu. Naquele dia, o dia havia amanhecido tranquilo, o alerta não soou durante a noite e assim se seguiu até o começo da tarde. Mesmo que as mulheres e as crianças estivessem agradecidas por mais um dia de vida, elas ainda assim não saiam de casa por causa do medo de não voltar mais. Seus filhos não poderiam sobreviver sem uma mãe e não poderiam ter o cuidado do pai durante esse tempo difícil, porque os homens estavam lutando na guerra.

Mas, Min Jee, ainda era uma jovem boba, que viu a morte em sua frente. Apesar de tudo o que passou e o que viu, ela acreditava fielmente que os ataques cessariam por um dia. E, realmente, não houve ataque naquele dia. Não houve ataque por parte da Coreia do Norte, mas sim por parte daquele homem. E foi nesse momento que eu nasci.

Eu nasci com o único propósito de livrá-la daquela dor, eu me importei com o fato dela estar sofrendo e assumi o seu lugar. Eu assumi a sua dor!

Quando aquele cara se apossou do nosso corpo da forma mais dolorosa que se pode imaginar, eu a protegi. Mas Min Je foi muito burra após isso. Ela não sabe o que aconteceu e ainda sim, se apaixonou por aquele verme que logo depois a abandonou sem nenhuma merda de relutância. E o pior, ele a abandonou grávida da minha filha, da minha Mi Cha. E aquela garota ainda prefere a outra.

Respirei pesadamente. O único motivo que me fazia gostar desse simples pedaço de pano era porque ele era o meu vestido de batizado em meio a um estupro.

Retirei todas as peças de roupa do meu corpo e me limpei com a água usada na pequena bacia ao lado da porta. Vesti as melhores peças intimas que havia dentro da cômoda, seguida pelo vestido em cima da cama. Ele ainda se encaixava perfeitamente em meu corpo magro e ainda modelava o que eu tinha de melhor — as minhas curvas. Bom, não havia como ele não me servir, nós nem tínhamos comida o bastante nessa cidade.

Agarrei no casaco cinza pendurado no cabide atrás da porta, era o único que ela tinha, e mesmo assim não esquentava o bastante. Calcei o par de meias que havia dentro do sapato velho e o sapato que deveria ter vindo de uma doação de alguma mulher da pensão. Não que ele fosse bom ou confortável, ninguém aqui poderia comprar algo nesse nível, mas a sua sola não estava de toda gasta.

Não senti o cheiro de comida ao abrir a porta, apenas o cheiro desagradável de Mi Cha que deveria estar a algumas horas sem tomar banho. Torci o nariz para o seu corpo encolhido contra a parede. Apenas a cutuquei com a ponta do sapato, apontei para dentro do quarto e a ordenei que fosse se lavar.

Com certeza, aquela garota sabia se virar sozinha, Min Jee deve tê-la mostrado onde guardava um pouco de comida. A maioria das mulheres que vivem nessa pensão faz isso, e elas estão corretas em esconder alimento. Não havia o suficiente para todas e por isso algumas se atreviam a vasculhar o quarto da outra para roubar comida. Não que eu me importasse com aquela garota, eu só queria poder me divertir durante o resto do dia em algum bar sem ter nenhuma dor de cabeça.

Apertei o casaco ainda mais contra o meu peito, estava muito frio e uma nuvem de fumaça saia dos meus lábios cada vez que eu expirava. Havia um grupo de soldados devidamente aquecidos em seus casacos do uniforme do exército coreano. Homens fardados era uma visão maravilhosa de se ter em plena manhã, pena que eu estava usando roupa de mais e não atrairia as suas atenções para o meu corpo.

O sininho irritante soou quando eu abri a porta de madeira corroída por cupins, havia alguns homens sendo servidos pelas garçonetes de boa aparência, mas que não tinham um teto sem goteiras para passar uma noite chuvosa. Eu quis rir daquilo mesmo não estando em uma posição favorável.

Sentei-me em frente ao balcão e pedi uma dose da bebida mais forte que havia no local para o velhote dono do bar. Não que essa espelunca fosse melhor que a pensão a qual eu morava, mas era o único divertimento mais próximo e barato.

Bebi o líquido transparente em uma única golada e em seguida pedi um pouco de cerveja. Eu não entendia o motivo de ficar bêbada facilmente sendo que o meu corpo era hidratado por álcool e não por água. Eu passei a duvidar do jeito de boa moça que ela transmitia para as pessoas depois que encontrei quatro garrafas de cerveja ao meu lado, após eu ter acordado. Min Jee não era como todos pensavam que ela fosse. Mas eu sempre fui quem todos pensavam que eu fosse.

Não uma vadia com problemas mentais, mas sim um protetora que foi renegada pela sua ação.

Bati o copo no balcão e o barulho ecoou em meus ouvidos, mais uma dose foi colocada em meu copo e logo foi para o meu organismo. Como eu amava o gosto da cerveja, queria ensinar a Mi Cha a sentir o mesmo. Com certeza, ela molharia as pontas de seu cabelo com os resquícios da bebida e molharia a sua franja de suor enquanto vomitava em algum beco próximo. A sua vergonha facilmente iria dar lugar para o seu lado desvergonhado e todos aqueles pensamentos em sua mente seriam revelados em um diálogo totalmente incompreensível. Mas, pelo menos, ela gastaria água por uma boa causa, ela se livraria de todo a sujeira em seu corpo pela manhã. E eu prepararia um delicioso leite quente.

Apoiei minha cabeça em minhas mãos quando uma forte tontura me atingiu. O copo se espatifou contra o chão e diversos cacos de vidro se espalharam a minha volta. Seria a hora perfeita para voltar para casa e dormir por longas horas na cama velha daquela criança.

NÃO! A CAMA É DELA! EU DEI A ELA!

Argh! Essa voz.

Eu sai do bar ignorando os gritos do velhote que me cobrava pelas bebidas que eu havia ingerido. Provavelmente ele sabia que eu não tinha um centavo em meu bolso e continuou me oferecendo as bebidas porque queria um pagamento prazeroso. Como se eu tivesse necessitada a esse ponto.

Bati o meu corpo contra a parede de alguma casa e curvei o meu tronco escondendo o meu rosto entre meus joelhos. Eu precisava de muita força nesse momento, em hipótese alguma eu perderia essa guerra. Eu havia acabado de voltar e estava fora de questão que eu retornasse para a mente dela novamente.

Mas aquela infeliz tinha que aparecer naquele momento, preocupada com o que eu estava fazendo com o corpo da sua queridinha mamãe. Eu não deveria ter pensado em Mi Cha, se eu não tivesse pensado nessa garota, Min Jee não estaria lutando em conjunto com o seu lado emocional.

- Mamãe!

- C-Cale a boca! - Esbravejei com a garota que correu em minha direção quando ergui o meu rosto.

As suas pequenas mãos trêmulas envolveram o meu corpo em um abraço quente. Eu estava perdendo sem ao menos ter lutado o suficiente.

Como eu senti sua falta! - A voz de Min Jee soou em minha cabeça.

- Mamãe, eu estou com fome. Por favor, volta pra mim!

E isso foi o suficiente para que eu me afundasse no subconsciente dela e lhe desse todo o direito que tinha sobre o meu corpo e sobre a minha filha.

Quando as emoções boas são mais fortes que as lembranças ruins, eu vou embora. Mas nem sempre há coisas boas e é por isso que eu voltarei.

Esse não é o meu fim, é apenas mais um dia que Min Jee irá sofrer com as minhas ações.

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