Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Capítulo 8.

Após a morte da Laylah nada voltou a ser o que era, principalmente eu e o clima, posto que não havia parado de chover. Afastei-me dos meus irmãos e ter uma conversa comigo era considerado quase um milagre, pois eu estava sempre tentando evitar a todo custo qualquer tipo de contato com eles.

Miguel permaneceu o tempo todo ao meu lado mesmo que em silêncio, ele disse que em um momento de tantas incertezas o pior que podíamos fazer era ficar sozinhos, mas eu precisava do meu espaço, precisava dos meus treinos e precisava me manter focado no meu objetivo: Encontrar quem tinha tirado a minha irmã de mim.

Por outro lado, Lúcifer não fazia ato de presença desde a tragédia. Mentiria se dissesse que isso não me incomodou um pouco, mas esse sentimento sumiu rapidamente quando reparei que com a sua ausência eu iria conseguir o que queria: Solidão.

O que realmente me perturbava era a quietude e o silêncio de Taphiel, tinha o visto entre nossos irmãos quando a ruiva faleceu, mas assim como o Querubim ele não tinha voltado a aparecer. O de olhos azuis foi o primeiro anjo no qual tinha pensado na minha busca por culpados, mas tempo depois tive que descartá-lo ao lembrar que os Arcanjos tinham a foice em seu poder. Obviamente, isso não queria dizer que ele deixava de ser suspeito.

Encontrava-me na Arena onde costumava treinar com meus irmãos quando escutei passos vindo em minha direção, motivo pelo qual detive o meu treino para olhar a minha nova companhia.

-Sabia que te encontraria aqui – Falou Miguel avançando lentamente até mim, duvidando das suas ações.

-Não é como se eu saísse muito deste lugar – Respondi voltando ao que fazia antes de ser interrompido.

-Você não pode continuar assim Sebastiel, eu estou preocupado com você.

-Eu estou bem Miguel, esta é a minha forma de superar o que aconteceu.

-Esta é tua forma de se preparar para uma vingança, e isso não é correto.

-Vingança? – Olhei-o com incredulidade. – Você acha que o que eu quero é vingança?

-Não encontro outra explicação lógica para as tuas atitudes.

-E quais seriam essas minhas atitudes?

-Se isolar, passar todo o seu tempo aqui treinando. Você já não treina sequer comigo, tampouco se junta aos treinos dos nossos irmãos, é como se fosse só você no mundo.

-Quem permitiu que eu deixasse os treinamentos com os anjos para começar a treinar aparte foi você, muito facilmente poderia ter me negado a sua ajuda e me obrigado a continuar treinando com eles. Eu preciso que compreenda que apenas quero duas coisas: Ter a minha irmã de volta e justiça. Como a primeira opção é impossível, pelo menos conseguirei a segunda.

-As coisas não funcionam assim, irmão – Miguel começava a se exasperar. – Admito que realmente você teve a minha permissão para treinar sozinho, teve até privilégios pois quem treinamos você fomos Lúcifer e eu, mas você também precisa entender que se o nosso Pai permitiu que acontecesse o que aconteceu, é porque assim devia ser.

-Assim devia ser? – Repeti as suas palavras com fúria. – É isso o que você tem a dizer sobre a morte da Laylah?

-Eu apenas digo que o Pai deve ter as suas razões para ter permitido aquilo.

-Quais seriam essas razões? Por favor, que Ele apareça agora e me diga – Sentia a raiva crescendo dentro de mim. – Eu estou cheio de vontade de lhe perguntar o porquê dele ter deixado uma filha morrer de maneira tão horrível e cruel. Ela não merecia isso!

-Chega, Sebastiel! – Miguel gritou colérico. – Você parece o Lúcifer questionando o nosso Pai!

-Sabe a diferença entre nós, Miguel?! Enquanto eu consigo ver que o Pai não sempre acerta nas suas decisões, você escolhe o caminho fácil que é se esconder no nome d'Ele! Você é um grande guerreiro, um grande irmão, mas isso não quer dizer que vou concordar com a tua ideia de deixar a morte da minha pequena para trás.

-Você sabe, bem no fundo, que é a escolha certa. Laylah não gostaria de te ver assim, cheio de raiva querendo correr atrás de "justiça".

-E ela tampouco gostaria de ver o irmão dela assim, deixando para trás um dos nossos só para seguir alguém que não teve coragem de aparecer nem quando a filha morreu.

A chuva aumentou exponencialmente e tomei isso como um sinal de que devia ir embora, além de que não queria continuar brigando com o castanho. Andei em direção à saída, mas a espada do Arcanjo se colocou no meu caminho para que não saísse.

-Eu preciso que você me dê a sua espada.

-O quê? – Perguntei retrocedendo e segurando com firmeza a minha arma. – Por que eu te daria ela?

-Eu não quero que você faça algo do qual irá se arrepender depois, por favor, me entenda.

-Não sou o Taphiel para você me tratar como se fosse perigoso.

-Mas você é impulsivo, por isso você falou aquilo sobre o Pai e por isso quer ser quem ache um responsável pela morte da Laylah. Você não está analisando a situação completamente, tal vez tenha sido um acidente.

Miguel se espantou ao perceber o que tinha dito, mas já era tarde demais. Trovões eram escutados e ao estar num espaço ao ar livre sentia como as gotas caíam sobre nós representando o que tinha vontade de fazer, elas desciam pelas minhas bochechas como lágrimas, fazendo por mim aquilo que eu não podia por ser um anjo: Chorar.

-Como você foi capaz de dizer isso? – Não conseguia olhar meu irmão com outra coisa que não fosse decepção. – A Laylah nos amava tanto, amava você! Ela te admirava, e o único que você faz com respeito à morte dela é falar que foi um acidente?

-Irmão... Eu não quis dizer isso.

-Mas você disse. Tem certeza que o impulsivo sou eu?

Retomei o meu caminho até a porta da Arena e novamente ele me interceptou, mas eu bati na sua espada com a minha fazendo que ele me olhasse com tristeza.

-Eu apenas tento te cuidar Sebastiel, não quero que o nosso Pai se decepcione de você.

-Pode ter certeza que Ele nunca irá se decepcionar de mim tanto quanto eu me decepcionei dele – Repliquei forçando a minha arma sobre a sua para que esta caísse e ele me deixasse passar.

-O quê está havendo aqui? – Gabriel ingressou na Arena e se surpreendeu ao nos encontrar tão tensos.

-Nada – Disse fazendo a espada desaparecer. – É melhor eu ir embora.

Olhei Miguel uma última vez e dei um leve sorriso ao meu loiro irmão antes de partir, eu achava que as coisas não podiam piorar, mas sim, podiam. Quando já estive o suficientemente afastado do local puxei os meus cabelos com frustração e comecei a reclamar em sussurros sem me importar com a torrencial chuva que não cessava, a discussão com Miguel tinha abalado a pouca fortaleza que me restava. Mesmo com as suas palavras e a decepção que carregava dentro de mim, ele não deixava de ser o meu irmão e eu não deixava de amá-lo, nós ficaríamos bem, mas isso não tirava o fato de que eu nunca esqueceria as suas palavras.

Ainda estava na ala invisível, ela era realmente extensa. Você podia transformar os locais vazios que ali existiam em qualquer lugar que precisasse ou quisesse. O jardim costumava ficar no final do longo corredor, mas muito possivelmente ele tinha ido embora com a ruiva, pois o mesmo dependia do cajado para existir. Não tinha coragem de descobrir se a minha teoria era certeira ou não, ir até lá seria relembrar os bons momentos que tive com a minha irmã, os quais nunca se repetiriam.

Comecei a correr para escapar dos meus pensamentos, necessitava urgentemente sair dali. Minha meta teria sido alcançada se não fosse porque parei abruptamente quando à minha direita uma porta começou a se materializar, ela era totalmente preta e se encontrava entreaberta. Teria ignorado a sua repentina aparição se não tivesse visto Lúcifer dentro da estranha sala que a porta resguardava, ele estava acompanhado por Taphiel, mas não foi isso que chamou minha atenção e sim o mine tornado criado com fumaça que o Querubim mantinha em suas mãos. Ele olhava com orgulho a sua criação, enquanto o de olhos azuis sorria cinicamente sem piscar nem uma vez.

Inconscientemente passei pela porta e me adentrei na sala, ficando tenso no momento em que Taphiel notou a minha presença e me olhou com desgosto. O meu outro irmão ao estar de costas não tinha me visto, mas o primeiro fez questão de lhe avisar sobre a minha presença antes que eu tivesse a oportunidade de fugir.

-Sebastiel – Lúcifer virou e me olhou de cima a abaixo com um sorriso divertido. – Está chovendo lá fora?

Eu estava totalmente encharcado, gotas desciam pelo meu cabelo e armadura me dando uma aparência deprimente.

-Eu não queria os interromper – Falei nervoso, sentia que a aura dos anjos de alguma forma juntava-se se potencializando e deixando-os intimidadores até demais.

-Mas já nos interrompeu – Disse o de olhos claros com grosseria. – Nunca te falaram que os intrometidos acostumam ter trágicos finais?

Ia replicar, mas quando ele levantou da mesa na qual estava sentado eu não consegui fazer outra coisa que não fosse olhá-lo. Era a primeira vez que o via com a sua armadura, no dia do treinamento com os nossos irmãos não lhe dei atenção e surpreendentemente ele sempre vestia as suas roupas de anjo, trajando uma inocência e pureza inexistentes nele.

Suas vestes eram completamente pretas, até as suas botas e braceletes eram dessa cor. Ele tinha uma longa capa que ia desde os seus ombros até os joelhos cobrindo totalmente suas costas, a única parte que possuía um pouco de cor eram as ombreiras, ambas prateadas. Até mesmo os detalhes da armadura eram pretos, só conseguiria vê-los e decifrá-los a uma minúscula distância dele.

-Sebastiel! – A voz do Querubim me tirou do trance. – Estou falando com você.

Taphiel riu debochando da minha vergonhosa situação. Ele não ria como os meus irmãos, até fazendo algo tão normal ele conseguia parecer malvado, pois ele não ria com você, ele ria de você.

-Além de intrometido você é mudo? – Sua voz carregada de sarcasmo começava a me irritar.

-Taphiel – Lúcifer olhou-o chateado. – Agradeceria se você ficasse quieto.

O de olhos azuis olhou o contrário por longos segundos antes de revirar os olhos e voltar a sentar na mesa, tinha certeza de que ele só não tinha respondido porque foi o Querubim quem lhe dissera aquilo, e por algum motivo ele sempre o obedecia.

-Desculpem-me pela interrupção – Falei com sinceridade. – Eu não queria vir, nem sei como cheguei até vocês.

-É estranho você ter nos achado – Lúcifer me olhava desconfiado. – Me assegurei de que isso fosse impossível.

-Eu achar vocês? – Questionei franzindo as sobrancelhas.

-Qualquer um nos achar.

-Por que você faria isso?

-Para evitar momentos como este – Comentou nosso irmão sorrindo falsamente.

-Eu apenas queria sair da ala – Olhei-os alternadamente. – Não contava com que magicamente uma porta apareceria e eu acabaria aqui.

Os três nos mantivemos em um incômodo silêncio, eles desconfiavam da minha palavra e eu queria perguntar o que estavam fazendo antes de eu chegar, mas isso seria dar-lhe motivos a Taphiel para chamar-me de intrometido.

Quando ia me despedir para acabar com aquela desconfortável situação, lembrei-me da fumaça que tinha me salvado de cair no lago e não pude evitar perguntar ao Querubim sobre.

-Lúcifer – Ele me olhou esperando que continuasse. – Você já controla o seu poder, não é?

O de olhos escuros estendeu sua mão direita e nela apareceu uma bola de fumaça, com a qual fechou a porta atrás de mim que eu não percebi tinha deixado meio aberta.

-Isso responde a sua pergunta? – Assenti ainda chocado. – Se você vai reclamar porque não contei a Miguel, permita-me dizer que não tenho tempo para isso.

-Eu não quero reclamar nada Lúcifer, apenas quero saber como.

-Como o quê?

-Como você me salvou aquele dia no lago? Você, que eu saiba, é o único capaz de criar fumaça.

-Eu não faço a mínima ideia do que você está falando – Ele me olhava como se eu estivesse louco.

-Eu estava no jardim com Laylah e Miguel, me afastei deles e fui até uma cachoeira que havia ali. Comecei a sentir-me extremamente mal e se não tivesse sido pela fumaça eu teria caído no lago, você de alguma forma me salvou irmão.

-Foi realmente uma pena você não ter caído – Disse Taphiel decepcionado, mas ignorei-o.

-Lúcifer? – Perguntei ao vê-lo tão pensativo.

-Eu não sei como fiz aquilo – Respondeu olhando suas mãos.

-Então realmente foi você? – Uma coisa era fazer suposições e outra era ter uma confirmação, não negava que tinha ficado feliz.

-Eu me lembro de estar aqui, criando diferentes formas e objetos com a fumaça até que uma delas simplesmente atravessou a porta e eu nunca entendi o que tinha acontecido, até agora. Achei que eu tivesse falhado em alguma coisa, mas ela escapou... Para te proteger.

-Será que tem alguma relação com o que você me deu? – Falei criando teorias em minha mente.

-Não sei, não entendo, proteção não estava inclusa no pacote... Que eu saiba – As últimas palavras ele sussurrou, mas como estávamos em um local pequeno e fechado foi possível escutá-las.

Novamente o silêncio reinou entre nós, com a diferença de que desta vez o anjo sentado na mesa nos olhava com fúria. Mais uma vez, acabei com o tenso momento para agora ter a resposta de uma perguntava que rondava pela minha cabeça há bastante tempo.

-Irmão – Lúcifer não me olhou, mas sabia que estava me escutando e ele sabia que eu estava falando com ele, pois não era costume meu chamar Taphiel assim. – Se você soubesse quem foi, você me diria?

Ele me olhou velozmente e voltou a encarar o chão.

-Claro – Respondeu ele em tom seco e o senti duvidando da sua resposta. – Vá embora, Sebastiel.

-O quê? – Suas palavras me tomaram por surpresa.

-Vá embora – Ele falou pausadamente. – E quando você sair por essa porta, lembre-se das minhas palavras e não tire o que te dei, você irá me agradecer depois.

Olhei-o ainda confuso com a sua atitude, mas sem questionar abri a porta e me retirei, escutando antes de fechá-la algo que acabou aumentando a minha confusão e instalou um pressentimento ruim dentro de mim.

-Está na hora.

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro