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ᴋᴀᴘɪᴛᴛᴇʟ ᴛᴏ

Hold kjeft = cala a boca
Hva slags problemer? = que tipo de problemas?
Hva i helvete! = que inferno!

(Apenas lembrando que se não houver tradução é porque a palavra/frase não atrapalha o entendimento da situação)

-ˋˏ ༻❁༺ ˎˊ-

O ódio que Harry nutria por Louis cresceu exponencialmente nas últimas semanas.

Em contrapartida, a adoração que os estudantes sentiam pelo novato apenas aumentou e, para a insatisfação ㅡ e inferno pessoal ㅡ de Styles, seus amigos também foram contaminados pela carisma e talento do feiticeiro, não hesitando em convidá-lo para fazer parte do clã.

O convite foi realizado em um jantar arquitetado unicamente para Louis e, ainda assim, ele preferiu tomar um tempo para pensar. Harry reagiu ao ocorrido com uma risada sarcástica, estalando a língua no céu da boca ao reforçar o quão aquilo era uma péssima ideia, o quão estavam errados sobre o Tomlinson e o quão se arrependeriam quando descobrissem que ele era, na verdade, um esnobe.

Desde então, o rapaz o monitorava em busca de qualquer atividade ou comportamento suspeito pois, se ele não poderia desfazer o convite, ao menos poderia provar que Louis não era o bom samaritano que todos pensavam.

E ele de fato não era, afinal, o garoto acreditava que o mundo se dividia em dois tipos: pessoas que pagavam por favores e pessoas que executavam favores. Louis não se orgulhava de compor a segunda divisão, mas pensava que seus dons deveriam ser utilizados para um fim além de travessuras adolescentes ㅡ foi assim que ele cresceu, foi assim que sobreviveu nas ruas antes de ser acolhido por seus semelhantes.

Sophie Aaberg se tornou uma grande aliada de Harry depois de garantir duzentas moedas norueguesas. A garota não era conhecida por se envolver com pessoas legais e tê-la em cena soaria menos suspeito do que ter alguém como Styles que, além de péssimo mentiroso, definitivamente não se enquadrava no perfil de estudante que pedia por favores que violavam éticas pagãs.

O bruxo possuía páginas e mais páginas de anotações sobre Louis e seus supostos esquemas ilegais que eram oferecidos aos alunos de Blugiara. Sophie já havia estabelecido uma relação segura com o novato e o último passo era obter provas contra ele.

Harry andava em círculos na sala de Kassandra, ansioso demais para se sentar e respirar fundo. Ele não esperava por uma entrada calorosa, mas também não esperava por uma feição aborrecida e um recipiente de procedência duvidosa.

ㅡ Lesmas? ㅡ Ele chiou, se apossando do vidro e examinando-o com curiosidade. ㅡ Por que esse idiota te deu lesmas?!

Lesmas têm propriedades naturais, elas resolverão seus problemas financeiros. ㅡ O sotaque tentava imitar o de Louis, ela parecia irritada. ㅡ Honestamente, Harry, esse garoto não me parece estar muito bem da cabeça! Você não faz ideia das coisas desconexas que tive que escutar, das promessas espirituais que tive que fazer! Céus, estou zonza de tanto rodopiar nas arquibancadas!

Aaberg ajustou sua mochila e arfou.

ㅡ Quer um conselho? ㅡ Ele deu de ombros. A situação era, no mínimo, intrigante. ㅡ Permita que as pessoas vivam em sua própria loucura. Se esse Louis acredita que comer lesmas traz fortuna...que seja. Eu tenho certeza que ele não é o único a pensar assim.

O corpo de Harry se desmanchou na poltrona assim que Sophie abandonou o recinto. Poções como aquela exigiam muito mais do que moluscos ou discursos incoerentes, elas demandavam pactos e ritos sangrentos que somente um jovem prodígio era capaz de executar. Styles deveria ter algo grotesco em suas mãos agora, não um frasco de lesmas pegajosas.

Mas então Harry se lembrou.

Lembrou que Louis era um grande mentiroso e enganava os outros por puro entretenimento.

Ele era uma criança ingênua quando Tomlinson afirmou que o segredo para tantos dons era a ingestão de baratas mortas no café da manhã. O resultado nunca veio, portanto Styles decidiu apagar esse evento da sua memória e seguir em frente como se nunca tivesse experimentado a textura crocante e insípida.

Algo sobre o relato de Sophie não se encaixava, Louis não arriscaria perder um contato e causar má impressão, ele costumava ser cuidadoso.

Por que pregar peças em desconhecidos? Por que arriscar um trabalho, prejudicar sua imagem e, consequentemente, sua fonte de renda?

O adolescente poderia ser arrogante, mas estava longe de ser burro.

O feiticeiro cogitava hipóteses quando a tampa do frasco se desrosquou com sutileza. O que antes eram cinco ou oito lesmas se tornou vinte, trinta. Elas não paravam de surgir, se arrastando para fora e se espalhando no mármore.

Harry pensou estar delirando ao ponderar que os moluscos seguiam coordenadas, era demais até para Louis.

Mas a frase estava logo ali, escrita com lesmas.

Os dizeres "eu aceito, Harry" registrado com estruturas gelatinosas reforçava que Harry deveria parar de subestimá-lo.

E ele deveria fazer isso depressa pois dali em diante Louis também faria parte do mesmo clã.

‧₊˚

Era a quinta vez que o lápis de Louis cutucava as costelas de Harry.

E Louis, por algum motivo, ainda não havia compreendido que estava sendo ignorado ㅡ ou fingia não ter captado todas as feições enfurecidas que eram direcionadas a ele.

Eles estavam em uma daquelas aulas que pareciam nunca ter um fim e, mesmo se o desejo da maioria fosse o de se debruçar na mesa e dormir, eles não poderiam assumir esse risco e contar com a sorte durante a prova na semana seguinte.

Styles não teria problemas em responder um exame discursivo sobre a História Pagã, mas criaria um se seus ossos não parassem de ser pressionados a cada dois minutos.

Ele se virou no momento em que Oskar se voltou para o quadro. Louis aparentou surpresa ao ter a atenção repentina, levando alguns segundos para formular o que queria dizer.

ㅡ Sua mochila está aberta.

Harry piscou estarrecido, não acreditando que seus minutos de tormento se justificavam por algo tão frívolo como uma mochila aberta. Ele optou pelo silêncio, agachando-se para fechar o zíper e retomar sua concentração na explicação do professor.

Três minutos se passaram até a próxima cutucada.

Styles arfou.

ㅡ Você quer parar?!

ㅡ O zíper está solto.

ㅡ Não está.

ㅡ Está sim. ㅡ Louis afirmou. ㅡ Og ryggsekken din er fortsatt åpen.

Harry o fitou mais uma vez, sobrancelhas perfeitamente desenhadas porque ele se importava muito com a própria aparência.

ㅡ Conserte se está tão incomodado.

Oskar pigarreou e Styles murmurou um pedido de desculpas, ajeitando-se na cadeira. Ele viu quando Tomlinson se inclinou para alcançar sua mochila e teria impedido se os olhos do docente não tivessem acompanhado seus movimentos pelos próximos trinta minutos.

Louis conseguiu recuperar o zíper ao final da aula e não transpareceu espanto pela ausência de agradecimentos por parte de Harry, pelo contrário, sequer esperava por isso quando lhe entregou a mochila de volta.

O adolescente vivia a mais intensa felicidade até se recordar que o feiticeiro também frequentava a aula seguinte. Ele se expandia em seu cotidiano tal qual um vírus mortal, conquistando seus amigos, professores e até seus interesses amorosos ㅡ Fredrik, Tobias e Vili possuíam os melhores beijos e ele sentia que os perderiam em breve se os elogios à respeito do rosto de Louis não cessassem em Blugiara.

A beleza de Louis era um poço de perdição. Como se já não bastassem os fios esvoaçantes de coloração branca, o rapaz ainda exibia piercings e tatuagens excêntricas que atraíam olhares por onde ele passava. As finas argolas em suas orelhas, a pedra brilhante em seu supercílio direito, o pequeno círculo ao lado da boca e o arco lateral em seu nariz eram detalhes impossíveis de se ignorar. Os desenhos em seu corpo menos ainda, eram linhas infinitas sobre a história do paganismo que leigos jamais entenderiam, mas se encantariam pelo cuidado e delicadeza dos traços.

Styles compartilhava algumas semelhanças, mas a história de suas joias e tatuagens não foram resultantes da rebeldia. Ele eternizou borboletas em seu pulso para simbolizar o fascínio que sentia por elas assim como fez com a flor papoila, gravando-a em declive em sua costela. Já os furos adicionais por toda a cartilagem da orelha perpetuavam, além do brinco presenteado por sua mãe em seu décimo aniversário, o ritual de iniciação em Blugiara que ele jamais desejava esquecer ㅡ Kassandra também o presenteou naquele dia, dando-lhe um adorno em formato de coração para enfeitar o tecido do tragus.

Harry tocou o pingente de pérola preso ao lóbulo e, em seguida, o adereço metálico de coração. Ele amava a matricarca mais do que tudo, porém gostaria que Anne fosse mais presente em sua vida e realmente cumprisse seu papel de mãe.

A irritação ainda o consumia quando adentrou o banheiro compartilhado para lavar o rosto e se preparar para a próxima aula. Nora era a responsável por fazê-lo se juntar à Louis durante os treinos de poções ㅡ aparentemente ele era terrível e Louis, o melhor, soava lógico uni-los ㅡ, então ele realmente precisava respirar fundo antes de lidar com o feiticeiro e seu excesso de prepotência.

O som de descarga ecoou e uma das cabines foi bruscamente aberta. Não seria a primeira vez que Harry presenciava uma cena como essa, mas o motivo dos lábios entreabertos e dos olhos estáticos não se explicavam pelo comportamento de um desconhecido.

ㅡ E-Evy? ㅡ A garota aparentou uma surpresa equivalente, abrindo e fechando a boca antes de sorrir e murmurar um cumprimento quase inaudível. Ela não esperou que o adolescente formulasse outra palavra, girando a torneira e lavando suas mãos. ㅡ Como...como você está? Você não respondeu minhas mensagens ou ligações, todos estavam preocupados.

ㅡ Eu estou bem, só precisava de um tempo para pensar. ㅡ Ela sorriu mais uma vez, um sorriso que não transmitia conforto nem felicidade. ㅡ Eu me afastei de todos, Harry, você não foi o único. Peço desculpas por isso, mas minha vida estava uma bagunça. Ainda está.

Eles recaíram num estranho silêncio.

Evy Larsen era uma garota de personalidade energética e aura brilhante, não era à toa que transitava de um nicho para o outro com facilidade e não gostava de se estabelecer em um grupo. Harry a conheceu no segundo ano quando teve um imprevisto com suas calças de golfe e recorreu às habilidades de costura de Evy, que realizou a emenda mais rápida e eficaz que o garoto já vira. Eles não se tornaram melhores amigos após o incidente, mas ambos interagiam quando estavam próximos e expandiram a comunicação quando trocavaram números de telefone.

Harry e Evy se provocavam nos corredores, compartilhavam os assuntos do momento e, vez ou outra, almoçavam juntos. Isso até o mês anterior, período em que a estudante começou a se afastar gradualmente de todas as atividades sem qualquer explicação.

Essa era a primeira vez que a via e ele, assim como todos aqueles que a conheciam, diria que Evy Larsen não era mais a mesma.

Os cabelos ruivos sempre escovados e alinhados estavam desbotados e com aspecto espurco, as vestes que ornavam com seus brincos e anéis agora sequer conseguiam ser apreciadas debaixo do casaco alongado e a coloração azul vibrante de suas írises se transformaram em cubos de gelo.

ㅡ Você pode me dizer se estiver com problemas. ㅡ Harry deixou escapar e mordeu sua língua ao cogitar estar sendo invasivo. ㅡ Sabe que pode contar comigo.

Evy pareceu hesitar, mas anuiu com a cabeça.

ㅡ Eu sei.

O toque do segundo sino era a última chance dos alunos se organizarem para participar das aulas. Larsen acabou perdendo o equilíbrio enquanto saía do banheiro e, se não fosse por Harry e a cautela de instrui-la ir na frente, a garota teria ido ao chão.

ㅡ Você está bem? Quer ir na enfermaria?

ㅡ Não é necessário, eu estou bem. ㅡ Ela se recompôs. ㅡ Obrigada, Harry.

Ele esperou até que Evy entrasse em uma das salas em segurança para só então girar os calcanhares e caminhar para o lado oposto. A preocupação era tamanha que o feiticeiro se esqueceu de formular um dos seus comentários ácidos à respeito de Louis assim que se acomodou nos assentos.

ㅡ Você está atrasado, Styles. ㅡ Tomlinson disse. ㅡ Sete segundos em atraso.

Hold kjeft.

A presença de Nora calou a todos.

O comportamento atípico de Harry intrigou Louis que, apesar de odiá-lo na maior parte do tempo, sabia que havia algo errado. O adolescente costumava revidar as provocações em poucos minutos, mas agora a única reação que recebia era um aceno e um olhar distante.

Louis mascava um chilete da maneira mais irritante possível e ainda assim era ignorado, era esquisito.

ㅡ O clã finalmente percebeu que eu sou melhor que você e te expulsaram? Só isso explica essa sua cara feia. ㅡ Tomlinson sorriu ladino por ter causado uma leve elevação nas sobrancelhas do menino. Harry fez menção a dizer alguma coisa, porém deu de ombros e voltou a ler quais ingredientes poderiam ser usados na poção. ㅡ Eu digo quais são se você me disser porque está agindo assim.

ㅡ Eu não preciso da sua ajuda. ㅡ Murmurou ele, percorrendo o indicador sobre o livro e contabilizando as combinações. ㅡ Sei que os ingredientes estão entre esses e...

A frustração o calou.

Eram mais de cinco combinações e sua margem de erro não poderia exceder três tentativas. Ele ignorou o semblante presunçoso de Louis, decidido a tentar mesmo que errasse.

O bruxo simulava um bocejo quando Styles falhou pela segunda vez.

Nora se aproximou para checar o progresso dos rapazes e não se agradou, balançando a cabeça negativamente antes de prosseguir com sua patrulha.

ㅡ Não é sobre mim. ㅡ O rapaz revelou. ㅡ É sobre uma pessoa que...está com problemas.

ㅡ Todos nós temos problemas, Harry. ㅡ Harry se preparou para o que viria. Louis era o tipo de pessoa que confortava na primeira frase somente para ter tempo de elaborar a outra. E a outra, geralmente, era ofensiva. ㅡ Você, por exemplo, está abaixo da média nessa disciplina.

ㅡ E o seu cabelo precisa de uma hidratação antes que caía fio a fio, mas quem sou para dizer isso? ㅡ Louis estourou a bolha de chiclete, não aparentando ter se ofendido com a afirmação. O aspecto de suas madeixas era impecável, uma verdadeira dádiva dos deuses. ㅡ Mas essa pessoa não tem um cabelo ressecado como o seu, essa pessoa está enfrentando problemas sérios.

Hva slags problemer? Você tem alguma ideia?

Styles negou para, em seguida, encará-lo apreensivo. Louis notou toda a composição do seu rosto e gostou das joias ㅡ ele diria que elas eram bonitas se Harry não fosse tão esnobe.

ㅡ Eu não sei, mas ela está muito esquisita! Deixou de frequentar o colégio, de responder mensagens e ligações. Talvez...talvez esteja com algum problema familiar, eu não sei.

ㅡ Só porque você tem problemas com a sua família não significa que todos tenham também. Existem coisas bem mais sérias do que isso.

ㅡ Bem, deve ser mais fácil quando não se tem uma família.

Típica quarta-feira entre Harry e Louis.

ㅡ Romã. ㅡ Louis respondeu. ㅡ Sementes de romã e pétalas de lírio.

O feiticeiro despejou os ingredientes no tubo de ensaio, satisfeito ao ver o líquido transparente assumir um tom cor de rosa que, como o esperado, borbulhou centímetros e se estabilizou dentro de seis segundos.

A alegria de Harry teria durado um pouco mais se ele não tivesse recebido uma mensagem de Evy dizendo que precisava conversar com ele no fim daquele dia.

‧₊˚

Harry estava paralisado.

Toda a ansiedade que transitou por seu corpo durante as dez horas que se seguiram depois da aula de Nora havia triplicado e ele não sabia como reagir ao fato de que Evy estava grávida.

E ela não queria estar.

Styles não soube como confortá-la no início, então sorriu e disse que ajudaria no que fosse necessário. A garota, no entanto, não demonstrou menos insegurança com a afirmação, argumentando que o maior problema não era não querer ser mãe agora ㅡ porque ela, embora muito jovem, possuía uma boa estrutura familiar que a acolheria ㅡ, mas sim não querer ser mãe nunca.

Harry nunca havia parado para pensar nessa perspectiva e se surpreendeu com as palavras de Evy. Ele conhecia casos de pessoas que não eram capazes de gerar bebês, mas nunca cogitou a ideia de pessoas que realmente não desejavam gerar vidas.

Ele se sentiu um pouco idiota.

Evy chorou por muitos minutos em seu colo e teve como consequência uma terrível dor de cabeça. Styles pediu para Emma, a matricarca da mansão, preparar um prato leve enquanto se empenhava em usar seus dons para compor um chá que aliviasse o sintoma do choro.

ㅡ Você já pensou em...você sabe. ㅡ Não foi preciso que a frasse fosse concluída para que a garota entendesse, bastava acompanhar os olhos de Harry e como ele insinuava a xícara que equilibrava na bandeja. ㅡ Pensou em...

ㅡ Eu tentei. Muitas vezes. ㅡ Ela recolheu a bandeja, alinhando alguns fios no topo de sua cabeça. ㅡ Bebia alguns chás e comprava testes todos os dias para checar mas...não acontecia nada.

ㅡ E o Sebastian? Ele sabe? ㅡ Havia cautela em seu tom de voz. ㅡ Você não falou sobre ele.

ㅡ Porque ele não é importante, H. ㅡ Ela suspirou. ㅡ Estávamos juntos há pouco mais de oito meses e ele terminou comigo quando soube da gravidez. Mas eu não quero que você pense que a minha decisão tem nada a ver com ele ou com o nosso relacionamento, ok? Eu nunca quis um bebê, só isso.

Evy comeu os biscoitos feitos por Emma e o chá preparado por Harry, observando-o andar de um lado para o outro como se estivesse pensando em uma solução. Ela se recordou de quando o conheceu e de como algumas pessoas a alertaram sobre o adolescente e sua personalidade excêntrica e um tanto egoísta.

Ela optou por ignorar tais comentários e construir sua própria opinião. Larsen descobriu muitos defeitos no trajeto, mas não se arrependeu de ter escolhido ficar. Styles poderia se exceder em determinadas ocasiões e tomar decisões precipitadas quando tentava provar seu valor, mas ele era um bom amigo ㅡ quem mais a acolheria às nove e meia da noite depois de meses sendo ignorado?

ㅡ E você?ㅡ Ela indagou de repente, trazendo uma almofada para apoiar seu queixo. Harry deu um pequeno sorriso, caminhando até ela e se acomodando no colchão. ㅡ O que aprontou enquanto estive fora?

ㅡ Eu me comportei. ㅡ Ela semicerrou os olhos e franziu as sobrancelhas. O feiticeiro riu anasalado, projetando um beicinho infantil. ㅡ Eu estava me comportando até um tal de... Qual o nome dele? Thompson? Thomas? Tomlinson? Tudo estava bem até ele chegar.

ㅡ Louis? Louis Tomlinson? Foi o nome que eu mais escutei hoje. ㅡ Styles se decepcionou com a entonação animada da garota ao mencionar Louis. Isso significava que ela não o odiava e ele só queria alguém para odiar em comum. ㅡ O que ele fez para ser tão popular? Além de ser bonito, é claro.

ㅡ Ele não é bonito. ㅡ Desdenhou, a careta expressiva demais para alguém que alegava estar dizendo a verdade. ㅡ Ele é um crimonoso, Evy! E eu tenho provas.

O garoto alcançou sua mochila em um dos ganchos rústicos ao lado do armário, levando-a para a cama e iniciando uma busca incessante.

ㅡ Não me diga que você pegou algum objeto dele, Harry.

ㅡ Claro que não. ㅡ O livro de biologia também foi dispensado sobre os travesseiros. ㅡ Eu apenas persegui ele pelo colégio por três semanas. No fim descobri um esquema ilegal envolvendo drogas e poções proibidas!

Harry revirou todos os bolsos da mochila.

Eles estavam vazios.

ㅡ O que houve? ㅡ Larsen questionou, não sabendo discenir o que a expressão do amigo significava.

ㅡ E-Eu perdi. Eu perdi o caderno.

ㅡ Caderno? Qual caderno?

ㅡ O caderno de anotações! ㅡ Ele se levantou rapidamente, vasculhando todas as gavetas disponíveis em seu quarto ㅡ eram muitas. ㅡ Eu anotei todos os passos dele, os horários de aulas, de saídas...

Ele adentrou o vão debaixo da cama. Evy apenas o escutava resmungar enquanto folheava os livros espalhados pelos lençóis.

Hva i helvete! ㅡ Ele emergiu, cachos desalinhados e feição avermelhada. ㅡ Eu vi ele hoje dentro da mochila!

ㅡ Será que você não perdeu no caminho? Emprestou para alguém e agora não se lembra?

ㅡ Não, eu não empresto informações confidenciais. ㅡ Ele se sentou no chão e cobriu seu rosto. ㅡ Ninguém além de você sabe da existência dele– Ele sempre está na mochila! E ela está comigo o tempo todo.

Zíper.

Louis.

Tudo que Evy ouviu no minuto seguinte foi um grito abafado pela espuma do travesseiro.

ㅡ É, ㅡ Larsen não conteve risada genuína. ㅡ Você é um péssimo detetive.

Harry precisou de um tempo para se recompor e não se desintegrar em fúria. Ele dissertava sobre o ódio que alimentava por Louis quando a realidade irrompeu. Evy anunciou que não se sentia bem antes de correr para o banheiro e eliminar tudo o que havia consumido nas últimas horas.

Vê-la abatida enquanto seus dedos pressionavam a descarga causou calafrios em Styles e ele se sentiu impotente. De repente, ressuscitar animais e curar ferimentos não parecia suficiente ㅡ ele não era suficiente.

Então ele percebeu que não precisava ser.

ㅡ Louis.

ㅡ Eu sei, você não gosta-

ㅡ Eu não gosto dele, mas ele é o único que pode te ajudar.

Evy tensionou.

ㅡ Que tipo de ajuda?

ㅡ Ilegal.

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