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Grá

Hinata entendia bem de medo, tendo convivido com ele dentro de casa desde que se entendia por gente. Ele tinha a dominado até a adolescência, mas hoje em dia poucas coisas a amedrontavam.

Ela tinha medo de que algo acontecesse a sua irmã, mesmo as duas já adultas, e sabendo que Hanabi sabia se virar mais do que ela na sua idade. Ela temia quando Naruto pegava uma missão sem ela, ou fazia algo estúpido em campo. Temia um dia que algo desse terrivelmente errado, e acabar ter que olhar nos olhos de Sasuke e contar que Naruto não iria voltar para casa. Era um pesadelo recorrente seu, mesmo sabendo do que ele era capaz.

Em contraparte, ela gostava de pensar que já estava, por exemplo, imune a Anko e suas tendências um tanto...sociopatas depois de anos de treinamento. E até mesmo Namikaze não conseguia a intimidar. Havia conseguido certa imunidade nos mais de dez anos trabalhando com ele.

No entanto, não podia dizer o mesmo sobre Naruto. Havia algo extremamente intimidador quando o via assim, mesmo quando aquele ódio não era direcionado a ela. Talvez por Naruto ser tão bondoso, por o conhecer e saber que ele não gostava de machucar realmente ninguém, e o fazia apenas em último caso. Com a idade ele havia se tornado calmo em campo, nunca perdendo a cabeça.

Ele não parecia calmo agora.

Os olhos azuis brilhavam de forma perigosa, e podia ver o estrago que ele havia deixado para trás. Havia sangue em seu rosto, e corpos no quarto enquanto ele caminhava em sua direção em passos firmes, com algo bem seguro em seus braços.

Era uma criança. Não conseguia ver a idade, apenas que era muito pequena. Os cabelos estavam empapados de sangue, por isso não sabia a cor dele realmente, e a cabeça encolhida no ombro de Naruto a impedia de ver o rosto.

—Temos que sair daqui. — A voz era fria dele a fez desviar os olhos, já passando por ela para o corredor, na certeza de que ela a seguiria. — Acharam mais alguém nos quartos?

—Sim, as mulheres estão sendo guiadas. Os reforços chegaram.

Viu os ombros dele relaxando minimamente.

—Naruto...

Não sabia o que falar, e não houve tempo. Ouviu tiros e se retesou, pronta. Anko surgiu de um dos quartos e se colocou a frente deles, dando cobertura. Hinata foi para trás, também preparada para o proteger.

Ele apertou mais a criança em seu abraço, o passo mais rápido, e viu olhos a fitando por sobre o ombro deles. Eram verdes profundos em um rosto sujo, e pareciam traumatizados a tal ponto que seu coração apertou. Não sabia quem ele era, o que ele fazia no galpão cheio de mulheres traficadas. Não haviam encontrado mais nenhuma criança, que soubesse. De qualquer forma, não era nada bom.

Era algo que sempre a assustava, mesmo depois de todos esses anos: Até que ponto o ser humano podia machucar alguém.

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Naruto havia ido no helicóptero com o socorro, já que no momento em que tentaram tirar o garoto dele a criança havia começado a gritar e se debater, agarrando nele como se tivesse garras. Naruto não permitiu que o sedassem, e já tinham tudo sob controle.

E ninguém conseguia suportar o desespero da criança, por isso ninguém se opôs.

Hinata foi com eles, deixando o restante nas mãos de Anko. E ao ver a forma como Naruto olhava a criança em seus braços enquanto a checavam por ferimentos, ela apenas sabia. Ela conhecia bem aquele olhar dele.

Ele nunca deixaria aquela criança ir.

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—Você sabe o que há de errado com ele.

Foi o cumprimento de Sasuke, e quase rolou os olhos com isso. Bebericou o chá enquanto ele se sentava de forma elegante a sua frente, pegando o café que ela oferecia mudamente.

Segurou a língua para não comentar sobre os óculos de grau; era um detalhe recente, e sabia a história por trás deles, depois de Naruto rir por horas contando quantas lentes de contato ele havia perdido em apenas duas semanas.

Não que Sasuke ficasse feio com eles, achava que era impossível aquele desgraçado ficar feio. Mas aquele não era momento para zoar com a cara do Uchiha, havia o chamado ali por uma razão.

—Eu sei.

Ele ergueu uma sobrancelha com isso, parecendo calmo, mas podia ver a preocupação dele claramente depois de anos de convivência. Imaginava como ele devia estar se sentindo, sabendo como Naruto era.

—E vai me contar ou não?

Abaixou a xícara e olhou a rua por trás do vidro. Estavam em Nova York. Sasuke tinha um encontro com o dono de uma editora, e ela havia vindo visitar a irmã.

—O que eu vou te contar é sigiloso. — falou baixo. — Mas eu não aguento mais o ver assim, e eu sei que você pode fazer alguma coisa, nem que seja apenas conversar com ele...sempre foi melhor em ver quando ele está fingindo.

Sasuke não comentou isso, apenas continuou a olhando.

—Dois meses atrás, houve uma operação. Não vou entrar em detalhes, mas Naruto salvou uma criança de lá. A mãe havia ficado grávida lá dentro, e está morta. Ele nasceu em cativeiro, nunca tinha saído de lá. As mulheres que cuidavam dele, e pelo que conseguimos descobrir, chegamos bem a tempo de impedir que ele fosse vendido.

Os olhos escuros a fitaram com horror, a expressão calma trincando. Naruto tinha razão sobre Sasuke nunca poder ter a mesma vida que eles. Era algo claro para qualquer um que realmente o conhecia.

—É um menino. — Ela continuou lembrando do cabelo vermelho depois de limpo, o rosto cheio de sardas e os olhos verdes grandes e desconfiados. — Ele tem cinco anos. E Naruto e ele...Naruto e ele ficaram muito apegados, Sasuke.

Sasuke se retesou, mas a expressão estava mais curiosa.

— Naruto foi o único que conseguiu estabelecer alguma conexão com ele, durante todo o tempo em que ele ficou no hospital. Naruto deu um nome para ele até. O levaram para um abrigo semanas atrás, e eu sei, todos sabem, que ele vai lá o ver sempre que pode.

Sasuke olhou o café, ainda em silêncio.

—Eu não sei a razão de ele não te contar, mas eu sei o que ele quer. Eu vi no momento em que eles dois passaram naquele corredor. Eu não sei a razão de ele estar hesitando em falar, mas...

—Eu sei. — Sasuke a interrompeu, a voz calma, os olhos pensativos. — Eu sei exatamente a razão. Assim como eu sei o que fazer também.

Sentiu seus ombros relaxarem com isso. Se alguém podia entender Naruto, era Sasuke.

—Você disse que ele deu um nome a ele?

—Sim. — Sorriu levemente ao lembrar da razão do nome, de como a forma carinhosa com a qual Naruto chamara o menino pela primeira vez foi confundida com um nome e caído nos registros. — Grá.

Ver Sasuke Uchiha sorrir daquela forma não era comum, mas era bem-vindo.

—É claro.

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Ele estava o esperando no aeroporto. O rosto cansado, que agora finalmente descobria a razão. Ele se jogou em seus braços como de costume quando passavam algum tempo longe, mesmo tendo sido apenas uma semana. Afundou o rosto no cabelo dele, as mãos o apertando mais perto, a voz murmurando em seu ombro quando ele ficou nas pontas dos pés.

—Oi, Sotalach.

Eles tinham trinta anos, mas algumas coisas nunca mudavam.

Trocaram um beijo saudoso, ignorando os olhares ao redor, ele sorrindo levemente ajeitando seus óculos que haviam ficado tortos com o movimento súbito.

—Como foi a reunião?

—Bem.

Segurou a mão dele enquanto caminhavam em direção ao estacionamento. Naruto não disse mais nada, o rosto o fitando de forma astuta, estudando algo em sua expressão.

Então ele suspirou, a mão afrouxando na sua e parando de forma abrupta na frente do carro.

—Eu devia saber quando ela disse que iria a Nova Iork. O que Hinata te contou?

Naruto o conhecia bem demais, era um pouco assustador.

—O suficiente. Precisamos conversar.

—Não há nada para...

—Naruto. — O interrompeu, segurando seu rosto nas mãos. O estacionamento estava quase vazio por ser mais de meia-noite, e os azuis desviaram para as luzes com insegurança. — Naruto, olhe para mim.

Ele obedeceu com relutância. E era tão raro ver Naruto assim, que lhe doía.

—Você se vê nele. Eu não sei todos os detalhes, mas eu sei disso. Por isso está com medo?

Viu que ele pensou em negar, mas no fim os azuis voltaram a desviar e ele tirou suas mãos do rosto dele, as segurando.

Sasuke ponderou o que havia pensado durante toda a viagem. Ele sabia o que fazer.

—Você está pensando nisso de forma estúpida.

Do seu jeito.

—Sotalach...— Ele franziu o cenho levemente irritado, mas não o deixou continuar. Novamente.

—Você pode o ajudar, justamente por isso. Você consegue o entender, Naruto. E se estiver preocupado quanto a mim, você sabe que eu quero te ver feliz. E eu sempre quis uma família com você.

Disse isso com mais segurança do que realmente sentia, mas ele não precisava saber disso.

Esperou uma resposta, mas o outro ficou tanto tempo em silêncio que quase desistiu.

—Você...você acha isso mesmo?

Sasuke deu uma risada baixa e o puxou para um abraço.

—Eu tenho certeza. Você às vezes parece que veio ao mundo apenas para ajudar as pessoas, Naruto. Se alguém consegue é você. E estamos juntos, em qualquer coisa. Você sempre me apoiou em tudo.

Ele não respondeu, e ignorou ao sentir seu casaco molhado onde o rosto dele estava encostado. Passou as mãos nas costas levemente trêmulas, sentindo os ombros finalmente relaxando depois de semanas.

—Eu quero o conhecer. — Sussurrou no cabelo macio e como resposta ouvia uma risada que mais parecia um soluço.

Sentiu a cabeça dele se movendo em um aceno positivo.

Estava meio apavorado. Já tinha se acostumado com a ideia de que nunca teria filhos.

Naruto não precisava saber disso.

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Ele estava sentado em um canto do jardim, afastado das outras crianças e parecendo atento a algo nas flores. Dali conseguia ver apenas os cabelos vermelhos, e que usava uma jardineira jeans com uma camisa laranja. Olhou Naruto de soslaio e ele coçou a cabeça de modo culpado.

Como se atraído por uma força magnética ele se virou no momento em que Naruto entrou no jardim, Sasuke seguindo alguns passos atrás para não o assustar.

De imediato sentiu uma risada sair de forma surpresa da sua garganta ao fitar o menininho. Os olhos dele, como Hinata havia dito, eram de um verde profundo, e o rosto pequeno tinha sardas. E no momento havia uma borboleta colorida pousada no nariz dele, que parecia paralisado para não a espantar, as mãos no ar e os olhos enviesados tentando vê-la.

Até ele ver Naruto e os olhos verdes brilharem. A borboleta voou e ele correu se jogando em Naruto que o pegou com facilidade e, percebia, costume.

Ficou paralisado alguns instantes, apenas os observando. O sorriso dele era menor que o de Naruto, tímido, como se ele não soubesse como sorrir direito ainda, mas os olhos brilhavam como os dele. Exatamente como os de Naruto.

—Grá, quero te apresentar alguém.

A voz o tirou de seu torpor, e aqueles olhos muito verdes o fitaram diretamente, o rosto ficando mais guardado.

—Esse é Sasuke.

Um brilho de reconhecimento, e sentiu seu coração esquentar. Naruto havia falado dele, isso era óbvio pelo modo como o menininho pareceu relaxar.

Se moveu em direção a eles devagar.

O menino sorriu timidamente, olhando Naruto, e então para ele. A mão pequena se estendeu em um cumprimento e a pegou. Sua palma a engolfava totalmente, os dedos pequenos segurando nos seus.

— Sou Grá.

A voz era baixa e com um sotaque forte. Naruto sorriu para ele, abraçando o garoto que fitava Sasuke de forma admirada.

Sentiu um carinho se formar em seu peito, um sentimento de proteção e completude repentina. Toda a dúvida sumiu de seu peito.

Foi naquele momento, que pela segunda vez na sua vida, Sasuke Uchiha se apaixonou.

Naruto o fitou, e então sorriu, os dois em concordância muda.

Ele era deles agora.

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Notas finais

Grá: Amor <3

Bônus

[Curiosidades]

1. Shikamaru, Naruto e Sasuke foram para a mesma universidade. Shikamaru inicialmente dividia quarto com Naruto, mas achou melhor trocar do que ficar traumatizado com os dois.

2. Naruto conseguiu trabalho no bar da faculdade e Sasuke na biblioteca. O bar nunca esteve tão lotado, ou nunca tantas meninas passaram a frequentar a biblioteca.

3. Naruto apostou com Sai que conseguiria fazer sexo em todos os banheiros do campus. Ele chegou perto de ganhar a aposta se Minato não tivesse colocado um espião no campus.

4. Naruto e Sasuke nunca deixaram de ter pesadelos sobre o jogo.

5. Naruto se tornou uma lenda no campus depois de uma performance no bar quando ficou com ciúmes do Sasuke.

6. Kushina e Mikoto sabiam de tudo.

7. Durante o tempo na universidade, Naruto e Sasuke tiveram duas grandes brigas. Itachi os fez se reconciliar nas duas.

8. Sasuke aprendeu a tocar violino com seu colega de quarto — depois da troca obrigada por Minato —. Ele sempre tocava músicas ciganas, e nunca tinha certeza da razão. Naruto sabia.

9. Naruto se formou em ciências forenses, e começou seu treinamento antes de terminar o curso.

10. Sasuke não entrou para nenhuma agência. Ele se formou em jornalismo. Estava cansado de lutar.

11. Itachi se tornou professor universitário. Ele e Shisui ainda estão juntos.

12. Naruto entrou para o FBI. Em um ano ele se tornou uma lenda pelo desmantelamento de uma rede de tráfico humano que fez com Anko e Hinata na Turkia.

13. Uma das pessoas que ele salvou nesse dia foi Grá.

[Curiosidades sobre Grá]

1. Hinata é a madrinha de Grá, o padrinho é Shikamaru.

2. Sasuke ensinou Grá a tocar violino.

3. Naruto é o daidí, Sasuke é o tou-san.

4. Grá aprendeu a falar irlandês com Minato. Naruto, Minato e Grá passaram a falar de Sasuke e Fugaku em irlandês na frente deles depois disso, por pirraça.

5. Sasuke ensinou Grá a falar japonês para se vingar. Ele não sabia que Naruto sabia falar japonês também.

6. O tio favorito de Grá é Shisui.

7. Grá trazia todos os animais feridos que encontrava para casa. Um dia Sasuke encontrou uma cobra dentro do seu guarda-roupa. Grá disse que o nome dela era fofinha

8. Por alguma razão que Sasuke desconhecia Naruto sempre olhava de modo intenso para todos os animais que Grá trazia, até rir envergonhado. Certa vez o viu com a expressão levemente paranoica fitando um gato que ele havia resgatado e sussurrando: 'Por que está me olhando assim? É você, Aeron?'

9. Grá ouviu e nomeou o gato Aeron. Naruto pareceu mortificado com isso.

10. Naruto passava horas vigiando Grá dormir sempre que chegava de alguma missão.

11. Grá só conseguia dormir com Naruto nos primeiros meses que passou a viver com eles.

12. Minato passou dias deprimido quando Grá disse que queria ser médico como a avó. Kushina fazia questão de repetir isso todo o tempo.

13. Minato e Fugaku passaram a competir por finais de semana com o neto. Naruto apenas interferiu quando achou que um deles puxaria uma arma na sua sala.

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E assim encerramos Seacht <3 Obrigada a todos que acompanharam e leram o releram as edições.

Is breá liom tú <3

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