i hear you say so sweet, oh no
— Eu tenho meu próprio Hulk em casa — disse Taylor por telefone. A pessoa do outro lado era Austin, e a cena diante de Taylor era uma Hale exasperada, tentando chamar a atenção das duas mini cabras que passeavam do outro lado da janela. Ela estava batendo no vidro com o gesso, e isso era tudo o que ela tinha feito nos últimos dias. Ela não fazia isso com força, então tudo parecia bom, mas Hale adorava o som do gesso, então qualquer superfície soava como um brinquedo para ela. Este havia, inclusive, brincado que Hale tinha um dom para percussão, e que então ela e suas irmãs estavam apenas esperando a garotinha ficar um pouco mais velha para torná-la oficialmente a quarta Haim.
— O braço dela está melhor?
— O pediatra disse que ela está bem. Hale parece gostar do gesso também, então não tem sido difícil lidar com isso.
— É uma pena que ela tenha se machucado de qualquer maneira.
— Sim. E eu fiquei muito preocupada quando ouvi a médica falando que ela já tinha uma lesão posterior. Se ela não tivesse caído de novo, talvez nem percebêssemos, porque ela é estranhamente tolerante à dor. Outro dia paramos para uns exames e ela tirou sangue e nem chorou.
— Você a acompanhou? — Austin queria saber, mas ele mesmo já sabia a resposta.
— Jamie fez isso — respondeu ela — Não aguentei ver a agulha entrar, Austin.
— Você tem trinta e quatro anos, Teffy.
— E? As agulhas continuam sendo monstros assustadores.
— Achei que depois de todo esse tempo esse era um assunto superado.
— Bem, não é — ela deu de ombros.
— Eu notei — ele riu — Eu tenho que desligar agora. Vou sair com papai por essa tarde, mas depois conversamos.
— Você vem para o aniversário da H e do Rowe?
— Claro! Chegamos aí um dia antes — disse ele, apressando-se, então continuou — Vejo você mais tarde, Teffy!
Taylor estava sozinha com Hale e Rowan em casa. O garotinho estava lá, no chão da sala, dormindo no DockATot acomodado no chão, enquanto um Benji muito atento o observava do sofá. Meredith e Olivia estavam pela casa. Hale e Taylor estavam na janela, na pilha acolchoada na frente dela, porque a garota parecia muito animada para conseguir parar em um só lugar, e as mini cabras realmente chamaram sua atenção do lado de fora.
Naquela manhã, Jamie saiu de casa cedo e seguiu para Londres com Max e Ayse, para fazer compras com Paul e Joe na Oxford Street. Ela obviamente sentia falta de momentos como esse, quando as coisas pareciam um pouco mais controladas e normais, então, mantendo o momento ainda mais comum, deixou o apartamento do irlandês em Notting Hill e pegou o metrô para Oxford Street.
Taylor havia passado mais tempo como figura pública do que como uma garota comum da Pensilvânia e, embora o rosto de Jamie fosse tão familiar quanto o dela, as duas estavam sempre tentando garantir que Ayse, Hale e Rowan levassem suas vidas como crianças normais.
Então não era difícil vê-las por Londres, agindo como um casal comum. Jamie sempre organizava essas pequenas viagens à capital, determinada a tornar a experiência o mais normal possível. Claro, Max e Noel as acompanhavam, mas depois elas pegavam o metrô ou os característicos ônibus vermelhos de dois andares e seguiam pela cidade.
Normalmente, a viagem começava pegando o metrô na estação South Kensington, no oeste de Londres, e saindo em Piccadilly. Essa era até uma das rotas mais movimentadas da cidade, tanto para moradores quanto para turistas, mas elas se saíam bem. Quando precisavam fazer alguma coisa na cidade, era o metrô que usavam. Lá parecia quase comum, ao contrário de como as coisas eram nos Estados Unidos. Você poderia se acostumar a ver Andrew Garfield pelo tubo, ou mesmo Tom Holland ou Jodie Comer. Isso não acontecia em lugares como Nova York.
Naquela tarde, caminhando de uma ponta a outra da rua, Jamie viu lojas como Marks & Spencer, Debenhams, House of Fraser e John Lewis, além das flagships Nike, Adidas, H&M e Topshop. E, claro, a Selfridges, que tinha seis andares, e foi onde eles se demoraram um pouco mais.
Hyde Park ficava a menos de dois minutos a pé de Marble Arch, e foi para lá que eles foram depois das compras. Jamie não carregava tanta coisa com ela, Max estava fazendo isso. E as sacolas maiores estavam com Joe, de qualquer maneira, que havia comprado algumas boas peças da Loewe.
— Você gosta de seu cabelo penteado para trás assim? Jamie ouviu a voz de Ayse perguntando a Paul no caminho de volta, deixando o parque. Ela caminhava ao lado de Joe, e Paul estava do seu lado direito, concentrado no que a mais nova em seu colo dizia. Ela bagunçou o cabelo do irlandês, puxando-o para trás.
— Não, não — Paul foi honesto.
— Claro que sim, você gosta de você assim porque você é bonito, uncail Paul — disse ela, usando a palavra gaélica irlandesa para "tio". Era assim que ela o chamava, e era assim que Rowan e Hale estavam aprendendo a chamá-lo também, o que, para Paul, pensando honestamente sobre isso, era provavelmente a coisa mais doce do mundo — Você sabia disso?
— Eu não sabia — ele riu.
— Você é muito bonito.
— Oh, isso é legal.
— Eu sei — Ayse sorriu na direção do homem mais velho. Ela juntou as mãos em seu rosto, e ele manteve a atenção dividida entre o caminho que fazia e a garotinha — E você tem um nariz lindo.
— Ah, obrigado! Você sabia que eu já quebrei meu nariz? E eu costumava não gostar tanto dele, até que um dia sua mãe o elogiou no meio do nosso trabalho e eu pensei, "ah, que saber?, meu nariz é legal mesmo."
— É muito lindo.
— Obrigado, Ayse.
— Meu nariz é lindo? — a pequena quis saber. Paul riu e acenou suavemente, concordando.
— É lindo, Ayse — ele disse — Você se parece muito com a sua mum, sabia? Vocês duas têm os mesmos olhos.
— Eu sei.
— Claro que você sabe, Mo stoirín (little darling) — ele riu, e Ayse o acompanhou, escondendo o rostinho no pescoço do mais velho.
Havia um único caminho para a casa em Northamptonshite, e na maior parte do tempo ele estava guardado por um ex-policial de Londres chamado Jimmy, que, nos últimos dois anos, fazia guarda de propriedade para Taylor e Jamie. A inglesa passou por ele quando chegou no banco de trás do Escalade dirigido por Josh, seu motorista nascido em Liverpool, com Max no banco do passageiro.
Ter uma equipe de segurança rondando a propriedade, que ocupava um espaço enorme, poderia ser um empecilho para os vizinhos ali em Ashby Saint Ledgers, que tinham gasto pelo menos sete dígitos para viver na pequena vila, de maneira sossegada, mas era um fato inevitável da vida quando se era vizinho de Taylor e Jamie Swift, e, pelo tempo, as pessoas já tinham se acostumado, mesmo com as rondas noturnas, quando dois ou três seguranças saíam pela Gatehouse e caminhavam adiante, procurando qualquer coisa suspeita. A maioria dos vizinhos já sabiam o que era o quê. E também sabiam que se tentassem se inclinar no portão dos fundos ou mesmo acessar a entrada principal, acabariam tendo que lidar com um Jimmy muito irritado.
Meses atrás, Taylor e Jamie tinham gastado mais quinhentas mil libras para reformar a segunda parte do celeiro em pedra, e então, a equipe de segurança ficava por ali, em um loft duplo e moderno, enquanto a Gatehouse era separada para as visitas que viviam indo e vindo. A propriedade por ali era tão grande que, mesmo depois de dois anos por ali - em que parte desses elas permaneceram longe, por conta da turnê - Taylor ainda não tinha tomado consciência. Elas tinham um pedaço de terra considerável. Uma piscina, um bom jardim, uma quadra de tênis e, mais à fundo pela propriedade, um lago enorme com um píer e peixes.
Era um bom espaço, e o único ponto ruim era justamente o fato de que elas apenas não passavam tanto tempo quanto realmente gostariam ali, por conta do trabalho, e isso não parecia estar prestes a mudar, porque no ano seguinte Jamie estaria nos Estados Unidos gravando, e era claro que a família estaria por perto. Elas ficariam em Bedford, perto de Blake e Ryan.
Com Hale ainda machucada, e com o aniversário dos gêmeos batendo na porta, as comemorações aconteceram por ali mesmo, entre a família, e, diferente da festa de um ano, que tinha sido um evento à parte no apartamento em Tribeca, o aniversário de dois anos foi mais contido, mas não menos divertido. No fim de setembro, a família estava voltando para os Estados Unidos, alguns dias depois de Hale tirar o gesso do braço, em uma arrumação curiosa. Jamie quem a levou e a garotinha parecia muito feliz, pelo menos até precisar se despedir do gesso para ganhar apenas uma figurinha colorida com "good job!" e uma carinha feliz de recompensa. Ela reclamou e reclamou, e, honestamente, metade do que ela falou saiu extremamente enrolado em sua voz doce e irritada, com seu sotaque idêntico ao de Jamie.
Deixando a Inglaterra, elas não seguiram para New York. Taylor levou seu grupo de amigos para ir a Rhode Island, em Watch Hill. Karlie e Cenric, junto das crianças, Gigi e Khai, Blake, Ryan e as filhas, as irmãs Haim e Abigail. Estava chovendo, apesar do sol no céu, e o dia parecia um pouco como um fracasso, até que Cenric teve a ideia de comprar oito Slip 'N Slides e coloca-los ponta a ponta como uma centopeia de Slip 'N Slide pelo gramado inclinado da propriedade. Mesmo com a chuva, os escorregadores ainda não estavam escorregadios o suficiente, então eles pegaram um pouco de azeite e derramaram em si mesmos - o que, para Jamie, foi a pior ideia que poderiam ter tido, mas Ryan disse que funcionaria. E funcionou. Mas havia um nível perigoso escorregando por ali, e Taylor assumiu, por isso, quando Ayse implorou para entrar na brincadeira com os primos mais velhos e os tios, Taylor a acompanhou. Mais tarde, todos foram para a praia, que normalmente estava cheia de curiosos - ao ponto de que, nos verões, quando Taylor seguia para lá, as taxas de hospedagem na cidade dobravam - mas estava vazia naquele dia por causa da chuva. Naquela noite, eles prepararam um grande jantar, com Taylor atribuindo tarefas a todos que falaram que iriam a ajudar, e então, em meio a isso ela entrou em uma implicância divertida, mas idiota, com Cenric sobre o jeito certo de servir vinho - ele dizia que Taylor encher a taça de gelo era errado, e Taylor reclamava que ela via as pessoas fazendo aquilo, e que era bem melhor dessa maneira. Jamie concordou com Cenric, e eu isso foi o bastante para que Taylor ganhasse a expressão mais decepcionada do mundo, que só foi embora quando a inglesa juntou as mãos em seu rosto e a beijou, dizendo que apesar de não ser o jeito certo, era a melhor maneira - o que era uma mentira, ela odiava o vinho servido daquela maneira.
Depois eles jogaram Celebrity, o jogo em que todo mundo colocava um monte de nomes famosos em um chapéu e se revezam desenhando um e tentando fazer sua equipe adivinhar. O jogo ficou um pouco acalorado, porque um grupo tinha muito mais gente conhecida sendo apontada, o que deu a eles aquilo que Ryan considerou uma vantagem injusta. Ele e Jamie estavam no mesmo time, e Taylor estava com Blake no contrário. Taylor estava como: 'Você namorou ele!', depois de tirar o nome de "Leonard DiCaprio" para Blake, e, mais à frente, quando o nome de Karlie saiu, e Taylor precisou ajudar Cenric a descobrir, ela apenas estava dizendo coisas como "Vocês tem dois filhos juntos", e Ryan reclamou por toda à noite, porque na rodada anterior, jogando em parceria com Danielle, ele tinha tirado o papel de "Louis Dunford", um cantor inglês que, aparentemente, apenas Jamie e Taylor conheciam, e Ryan não sabia o que dizer sobre ele. No final, todos se resolveram, e o jogo seguiu como o planejado. Taylor venceu, e Ryan reclamou até a hora de ir dormir.
Quando Taylor e Jamie voltaram para New York, se despedindo dos amigos, elas seguiram para o apartamento em Tribeca, e, depois de um dia cheio, assim que colocaram as crianças para dormir, no andar de cima, e se despediram de Noel e Max pelo dia , que deixaram a entrada do apartamento e seguiram para o loft ao lado, deixando um outro segurança lá embaixo, guardando a portaria; as duas sentaram no chão da sala, com uma televisão ligada no jornal noturno, em um volume bem baixo, enquanto uma garrafa de vinho branco estava na mesinha de centro.
Taylor queria mostrar para Jamie a regravação do "Reputation", a última que tinha realmente tirado seu tempo para trabalhar. As pessoas ainda não tinham ideia da data de lançamento, mas isso parecia bem claro para Taylor. Sendo também a última regravação a sair, e, tendo um tom profundamente pessoal quanto ao relacionamento dela com Jamie - ainda mais com as faixas novas - parecia apenas certo a data de lançamento estar decidida para o dia 13 de março, no ano seguinte, quando Jamie faria 33 anos.
Por hora, a única maneira de ouvir a regravação era pegando emprestado o iPhone de Taylor, que era em um tom de roxo-profundo, com uma capa transparente cheia de mini polaroids das crianças. Com 24 músicas no total, sendo nove dessas faixas from the vault, o número específico era porque Jamie tinha 24 anos quando elas se conheceram. Junto aos arquivos da regravação havia também centenas de memorandos de voz contendo esboços de acordes e melodias dos últimos dias, que era como a maioria das canções de Taylor começavam, e isso Jamie sabia.
24 faixas, e uma hora depois, Jamie estava falando sobre o que tinha encontrado ali, ainda que não fosse realmente nenhuma surpresa. Ela amava a arte de Taylor, e amava todos os seus projetos - Folklore e Evermore tinham um gosto especial, porque ela tinha trabalhado diretamente na criação dos dois, mas Reputation não estava tão longe disso. O álbum era importante porque passou por todos aqueles primeiros meses de relacionamento, em que tudo parecia fadado a dar errado, como se tudo pudesse as atrapalhar a qualquer momento. Era um pouco maluco olhar para trás, e então pensar sobre o quanto elas tinham caminhado, até chegar ali; Jamie pensava nisso o tempo todo.
— Você sabe, namorar era difícil para mim — Taylor comentou quando a conversa seguiu de volta para o passado — Por um lado, havia a logística. Setenta por cento das vezes, quando um cara me convidava para sair, seria apenas um e-mail aleatório. Alguém conhecido conseguia o e-mail da Tree e mandava uma mensagem. Eu sempre dizia "não", mas mesmo que eu dissesse sim e então a pessoa ultrapassasse essa linha de defesa, construir um relacionamento era apenas difícil.
Jamie passou o olhar pela mais velha. O iPhone de Taylor, que antes estava tocando o som baixo da última faixa da regravação do "Reputation", agora estava completamente apagado no canto da mesa de centro. A garrafa de vinho ainda estava pela metade, e Taylor tinha tirado o moletom que estava usando no início da noite, ficando com apenas uma regata branca. As duas estavam uma do lado da outra, com os braços se tocando, e, de maneira inconsciente, Jamie terminou com a mão esquerda na perna de Taylor, em um carinho delicado.
— Você era honesta sobre isso — Jamie falou — Eu não te conhecia tanto antes de nos encontrarmos, mas, observar sua vida amorosa se tornou um passatempo nacional naquela época. Todo mundo falava sobre.
— Eu sei, e em algum momento eu simplesmente não me sentia mais confortável em fornecer esse tipo de entretenimento. As pessoas tinham uma ideia bem errada, mas eu não gostava de ver as matérias com um compilado de caras com quem as pessoas achavam que eu tinha namorado. Não gostava de dar aos comediantes a oportunidade de fazer piadas sobre mim em premiações. Não gostava quando as manchetes diziam 'Cuidado, cara, ela vai escrever uma música sobre você', porque banalizava meu trabalho.
— Você eventualmente escrevia — Jamie brincou — Quando começamos a namorar, eu me animei muito para isso, a coisa toda da música, e então pensei "cara, eu tenho que dar um jeito de apenas fazer essa garota se apaixonar por mim" porque eu queria essas músicas, Taylor. Mas eu as queria do meu jeito, e então você escreveu "Gorgeous" e ali eu soube que tinha feito um bom trabalho.
— Você é tão idiota, cara — Taylor riu — Mas sério, naquela época, eu odiava como todos esses fatores se somavam para criar uma pressão tão alta em um novo relacionamento que acabava antes mesmo de começar. Amelia foi um ponto fora da curva, Adam também. Mas então veio Tom e eu apenas não me sentia honesta, e aí comecei a pensar que era inútil estar com alguém por quem eu não estava apaixonada.
— É estranho ouvir esse álbum e pensar em tudo isso, não? — Jamie disse — Parece que foi ontem, mas ao mesmo tempo parece tão distante também. O conceito de tempo é completamente estranho.
— É muito estranho — Taylor admitiu — Hey, Tree me ligou ontem e eu falei sobre a minha ida com Hale no hospital, na noite em que ela se machucou. Você reparou como ninguém ficou sabendo disso?
— Sim, o que, honestamente, eu achei bem estranho. Tem sempre alguém para falar sobre esse tipo de coisa.
— Pois é, mas, bem, pode parecer meio chocante, mas sabe o que eu descobri que funciona ainda melhor do que um NDA?
— O quê?
— Olhar alguém nos olhos e dizer: 'Por favor, não conte a ninguém sobre isso.' Eu acho que falei isso para as quatro pessoas que atenderam Hale e funcionou. Tree parecia bem impressionada, então acho que fiz algo certo.
— Eu acho que isso foi mais sobre a garotinha fofa no seu colo do que sobre seu pedido — Jamie comentou.
— Ok, eu dou essa vitória para a Hale. Ela é uma coisinha fofa mesmo, né? — Taylor sorriu — E ela parece muito com você. Rowan ainda mais. Meu Deus, o Rowan é você por completo. Eu tenho Ayse para não me sentir tão sozinha.
— Você é absurdamente dramática, Taylor — Jamie riu, apoiando o rosto no ombro da garota — E eu amo que a Ayse se pareça com você. Vocês duas têm os olhos mais lindos que eu já vi na vida, eles são um pouco intimidadores.
— Bem, eu penso o mesmo sobre você — ela falou — Seus olhos são intensos. E eu amo isso neles.
Taylor se inclinou deixando a taça que ainda segurava ali em cima da mesa e então estendeu o braço direito, o passando pelos ombros de Jamie, a puxando para si.
— Sabe o que eu gosto muito em você? — Jamie perguntou, ganhando um aceno negativo de Taylor — Além dos seus olhos, claro.
— Eu fiquei curiosa — ela disse, com um meio sorriso nos lábios.
— Você é cheia de pintinhas, seguindo pelo seu pescoço e então descendo. Eu as acho adoráveis.
— Ah, você gosta delas? —Taylor perguntou. Jamie respondeu com um aceno, concordando, seus braços terminaram envolvendo os ombros da mais velha e sua boca encontrou a dela, quando em um movimento rápido ela acabou ajeitando a posição, terminando no colo da garota. Taylor retribuiu com suas mãos envolvendo a cintura de Jamie, lentamente, enquanto ela a beijava de volta. Relutantemente, a mais nova se afastou do rosto dela e deixa um rastro pelo seu pescoço até um pouco acima das pintinhas entre os seios.
— Não vou mentir, você é a mulher mais linda do mundo.
— Você está sendo bem gentil.
— Eu estou sendo bem sincera.
A conversa parou em um silêncio confortável. Taylor manteve o aperto na cintura de Jamie, mas se inclinou junto dela em direção à mesa de centro, pegou sua taça já no final e então tomou o último gole de sua bebida, consciente de que estava sendo observado de perto. Ela encarou Jamie quando voltou a colocar a taça de lado. Taylor estava olhando para ela, com os olhos fixos.
Ela suspirou, antes de sussurrar: "Eu quero que você diga que é minha."
— O quê? — Jamie perguntou com cuidado. Sua mão direita terminou seguindo pelo torso de Taylor, se acomodando em seu rosto, e então a distância parecia ainda menor.
— Eu quero que você diga que você pertence a mim — ela disse, e então continuou, buscando imediatamente se explicar, não querendo que aquilo soasse da maneira errada — Não de um jeito idiota. É só... Vamos ficar assim para sempre, certo?
— Você quer me ouvir dizer isso? — Jamie perguntou — Que vamos ser para sempre?
— Apenas se você acreditar — ela sorriu com cuidado.
A expressão mais simples que Jamie manteve em seu rosto por toda aquela conversa caiu para uma doce, e então seus olhos se estreitaram.
— Vamos ser para sempre — Jamie garantiu — Por que isso aqui é o tipo de amor que você só encontra uma vez na vida, o tipo de amor que você não rejeita. E, de alguma forma, sei que você e eu teríamos nos encontrado. Em outra vida, você ainda teria chamado minha atenção, Taylor.
— Mesmo que tivéssemos nos encontrado numa rua lotada? Mesmo que eu não vivesse essa vida e estivesse apenas indo para o meu trabalho chato em um escritório qualquer da cidade?
— Você ainda teria sido minha — ela sussurrou — E vai continuar sendo. Eu vou te amar quando nossos cabelos estiverem ficando grisalhos e então vamos olhar para a parede do escritório e abrir todos os álbuns com as fotos da vida que construímos e você vai dizer "hey, cara, é, você tinha razão."
— Eu teria sido sua, de um jeito ou outro — Taylor disse.
— Eu sei que teria.
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