drive it like you stole it
Na primeira segunda-feira de maio, Jamie trocou seus moletons por algo mais apropriado para o tema do Met Gala 2024.
Na noite anterior, ela e Taylor haviam se esgueirado pelas ruas de Nova York apenas para serem bombardeadas por flashes de câmeras na entrada da casa de Anna Wintour. Uma casa de quatro andares na Sullivan Street em Greenwich Village.
Na noite em questão, com uma leve garoa caindo sobre a cidade, Jamie saiu do banco traseiro do SUV enquanto Max segurava a porta. Ela agarrou a mão de Taylor e, sob um guarda-chuva segurado por Noel, as duas deram sete ou oito passos até a frente da casa com porta de madeira.
A inglesa estava praticamente vestida da cabeça aos pés com Prada. Com calças de veludo preto Pinwale, um casaco Black Shearling sobre um suéter de lã, também preto. A única cor vibrante que Jamie usou foi nos pés, no elástico lateral da Chelsea Boots Alexander McQueen, um tom forte de fúcsia. Taylor havia optado pela Self-Portrait. Ela estava usando um conjunto de Jaqueta e Mini Saia Plissada fúcsia, em combinação com um salto Alexander Mcqueen em tom preto, e sem tantos detalhes.
Na noite de segunda-feira, assim como na noite anterior, Taylor parecia bastante a bordo do estilo de Jamie, com os tons dos looks conversando entre si. Vestindo Louis Vuitton em preto. Um espartilho desossado foi usado sobre um jumpsuit de látex justo, com um longo sobretudo jogado por cima, que em composição parecia muito com uma capa sóbria, mas tinha suas letras brancas nas costas, na grafia da assinatura Off-White de "MET GALA CO-CHAIR. ©2024" ocupando seu espaço como o detalhe mais gráfico do look. Taylor completou o visual com um par de botas de couro até o joelho e joias combinando no pescoço.
Jamie manteve sua colaboração com a Prada para sua roupa do Met Gala. Ela usava calça de alfaiataria combinada com um casaco comprido, que ia até os pés. O look em si era um conjunto preto de sete peças - calça, camisa de botão, gravata, blazer paletó, sobretudo, meias e mocassins. O sobretudo era sóbrio, como o próprio look, ajustado em um tom único de preto, mas o blazer usado por baixo havia sido finalizado com botões multicoloridos formando um simples arco-íris em cinco linhas horizontais espaçadas ao longo da peça, dando um toque de cor inesperado, mas em grande estilo. Além disso, Jamie usava uma gravata que dizia "QUESTION EVERYTHING" em fonte branca, e os mocassins - que pertenciam à Churchs - eram uma colaboração com a Off-White, mocassins pretos com uma versão em couro da etiqueta da Off-White, na cor laranja, além do texto branco "SPECIAL EVENT" na lateral do sapato. Dado o tom da noite, "Futurism: A Celestial Homage to Virgil Abloh" o visual foi desenhado em sua essência - simples, mas complexo.
Antes de caminhar pelo tapete do Met, Jamie e Taylor se instalaram em seu apartamento em Tribeca, que se tornou uma agitação completa enquanto seus estilistas trabalhavam em conjunto para entregar a ideia sobre a qual vinham pensando nos últimos três meses. Joseph Cassell Falconer e Rose Forde não eram amigos antes de se relacionarem por conta de seus clientes, mas nos últimos seis ou sete anos eles se tornaram um pouco disso, tendo que conciliar o estilo das duas em peças que não se chocavam completamente quando combinadas, em tapetes vermelhos e outras aparições públicas.
Depois de vários litros de café, algumas sonecas com as crianças e incontáveis horas de Kendrick Lamar tocando pelo apartamento, Taylor foi quem primeiro se acomodou para começar sua arrumação no espaço montado na sala de casa, enquanto Jamie terminou de organizar tudo o que as crianças precisariam para a noite, dando a Andrea e Austin instruções muito precisas - como se eles já não soubessem exatamente o que fazer. Scott era o único que faltava lá, mas o mais velho estava em Nashville em reuniões que envolviam a distribuição das filmagens da Eras Tour, filmadas no ano anterior no SoFI Stadium, para um lançamento nos cinemas. Ele passaria mais alguns dias longe.
Aquele, por sinal, não era o primeiro Met Gala de Taylor; ela participou pela primeira vez em 2008, depois repetiu o evento em 10, 11, 13, 14 e 16. Esta última, inclusive, foi a primeira - e última - aparição de Jamie no evento, e, nos anos seguintes, as duas permaneceram na lista de convidados diretos de Anna Wintour - o que era uma espécie de orgulho naquele meio. Você simplesmente não podia ir ao Met porque queria ir ao Met, pois até para comprar uma mesa no evento a aprovação da compra tinha que passar pela Wintour.
Nos últimos anos elas passaram direto pelo evento, recusando os convites, mas sempre os recebendo antecipadamente. No ano anterior, a expectativa de que Taylor pelo menos mostrasse o rosto havia sido aumentada pelo fato da garota parecer mais disposta a seguir em frente com suas aparições públicas, mas não. Ela havia adiado o evento por mais um ano. No entanto, depois de atuar como co-chair em 2016, o convite voltou mais uma vez, com a diferença de que o espaço seria ao lado de Jamie.
Anna tinha pensado muito bem em suas opções, e por um tempo ela ponderou se tentar chamar a atenção de Taylor e Jamie fosse mesmo resultar em algo. Com sua lista final, no topo dela estavam as duas, e foi para elas que a mulher ligou no fim de 2023, enquanto Taylor se preparava para subir no palco de um dos seus seis concertos no Brasil. Ela estendeu a ideia inicial sobre o que o tema da exibição seria e então deixou claro que entenderia se recebesse uma resposta negativa, mas que seria animador as ter como co-chair naquele próximo ano.
Jamie tomou seu tempo para pensar, Taylor se animou o bastante, e a resposta acabou alcançando Anna pouco menos de uma semana depois. As outras duas pessoas que dividiriam o espaço com as garotas eram Margot Robbie e Paul - Mescal, claro. Ele que, naquela segunda-feira de maio, tinha chegado em Nova York poucas horas antes da primeira pessoa pisar no tapete do Met, viajando direto de Malta, onde estava participando de algumas refilmagens de Gladiator 2.
— Eu estou ansiosa, deixe-me dizer isso — Taylor comentou assim que se levantou em seu roupão, pronta para se vestir, depois de finalizar a maquiagem e o penteado. Ela combinou seus lábios vermelhos característicos com um cat-eye em midnight blue, além do cabelo preso em um estilo já usual. — Eu realmente não fico nervosa, e não estou, mas minha ansiedade está um pouco alta. Acho que desaprendi um pouco como caminhar por aquele tapete em específico.
— Você vai ficar bem — Jamie disse, observando Ayse apontar para qualquer coisa na tela da televisão ligada em um desenho, falando para Austin sobre o que via. Os gêmeos estavam no andar de cima, descansando, e Andrea estava de olho nos dois. A namorada de Austin tinha saído pela manhã, para trabalhar - ela tinha um estúdio de fotografia há poucas quadras dali - mas ela voltaria como companhia do garoto, e como uma ajuda extra para uma noite cuidando de três crianças.
— Seu look tem bolsos? — Austin perguntou na direção da irmã.
— Absolutamente não — ela disse — Quero dizer, tem, mas não espaçados o bastante para servirem de alguma coisa. Noel vai ser meu bolso ambulante hoje à noite. Não é como se eu fosse levar tanta coisa.
— Batom, celular — Jamie pontuou.
— E é basicamente isso — Taylor acredita — Ainda que a coisa toda da política "sem celular" seja algo, não é como se as pessoas seguissem.
— Então muitas selfies no banheiro — Austin brincou.
— Eu estou contando com elas — Taylor devolveu.
No fim tarde tarde, e início de noite - não tão cedo, mas no horário certo para que chegassem junto de Anna, Margot e Paul - Jamie e Taylor entraram na SUV, ainda na garagem da Townhouse, e saíram sem que fossem capturadas pelas câmeras dos fotógrafos que estavam ali na frente, esperando para as ver. O trânsito, que parecia como a bagunça usual de Nova York, dificultou o caminho por um momento, e então, pouco mais de quarenta minutos depois elas estavam deixando o carro e seguindo pela entrada do tapete.
Paul tinha acabado de chegar, e estava parado para fotos com Margot. A australiana tinha seguido o tema, combinando uma característica clara de Virgil, que era misturar a alta costura com elementos do street style. Ela não estava usando nada em seu torso se não um colar de ouro em combinação a um casaco preto que a seguia até o chão, além disso o visual incluía calças largas de veludo verde em cintura alta. Paul vestiu um paletó esportivo Thom Browne com cavas altas, além de shorts, ambos em tom preto. Nos pés, um par de sapatos de couro de bezerro Thom Browne com bico redondo e meias amarelas OFF-White que paravam até um pouco acima da canela. O destaque era a máscara de gás estilizada, um elemento-chave do visual, com a etiqueta OFF-White amarela pendurada ao lado.
Com a estreia de Taylor e Jamie no Met Gala como um casal, a coisa toda chamou a atenção. Elas caminharam juntas pela escadaria, e saíram uma ao lado da outra na maioria das fotos, com a mão de Taylor confortavelmente acomodada na cintura de Jamie. A foto junto de Anna, Margot e Paul também saiu, e entrando no Metropolitan, a ansiedade abaixou por um momento.
Servir como co-chair era estar envolvido em várias tarefas que permeavam o baile. Ser co-chair significava que a pessoa, certamente, deveria estar entre os mais bem vestidos da noite, já que davam o tom do código de vestimenta. Além disso, parte da lista de convidados, comida e a decoração também passavam pelo toque final dos quatro escolhidos.
Enquanto as pessoas olhavam para a moda, a noite era dedicada à arrecadação de fundos para o Costume Institute por meio de vendas de entradas, patrocínios e doações. O preço de um ingresso único do Met Gala era algo em torno de US$ 50.000, mas também haviam os designers com suas mesas e então os convidados da elite que chegavam à lista final por meio de Anna Wintour.
Claro, o que realmente acontecia no Met Gala era como um segredo. Havia essa grande questão que você provavelmente se perguntaria enquanto observava as celebridades subirem os degraus do Metropolitan Museum de Nova York em uma das maiores noites do calendário da moda, e isso era sobre o que tanta gente conhecida ocupando o mesmo espaço fazia por horas dentro do Metropolitan.
A coisa toda era menos animada do que poderia parecer. A noite era para o tapete vermelho, e então a emoção realmente era guardada para todas as pós-festas que aconteciam por toda a cidade depois do Met.
Enquanto o evento em si tinha uma parte da noite sentada, os convidados davam uma olhada na própria exposição logo após o tapete vermelho, e, no geral, ninguém ficava realmente a noite inteira se limitando a sua própria mesa, não. As pessoas usavam todo o espaço do Metropolitan, então elas seguiam pelas salas, paravam no bar montado, ocupavam o espaço que servia como pista de dança e, sem surpresas, usavam o banheiro como ponto de encontro para fotos.
Todos os anos, o Met Gala apresentava uma série de artistas ao vivo em vários momentos da noite. Embora alguns fossem mais focados na festa em si, outros tomavam espaço já no início, assim que as pessoas começavam a entrar. Naquela segunda, os convidados foram recebidos por Leon Bridges e um Coro Infantil de Utah, cantando algumas de suas letras mais conhecidas.
Depois de visitar as exposições, em meio a apresentação ao vivo de Bridges, todos desfrutaram de um breve coquetel, apenas para realmente animar a noite, antes de seguir para a ala de arte egípcia, onde o jantar tomaria espaço.
Dos 400 convidados presentes no evento, as mesas eram separadas em grupos de 15 a 20 pessoas que tinham despejado cinquenta mil dólares para uma única noite. As celebridades de elite, no entanto, se sentavam em mesas menores, dependendo dos designers que estavam vestindo.
Havia mesas de Balmain, Gucci, Valentino e assim por diante. A mesa de Anna Wintour era onde os quatro escolhidos como co-chair naquela noite se sentavam, em um espaço mais afastado, logo mais a frente.
O jantar durava realmente apenas uma hora, e disso Jamie se lembrava, de modo que não foi nenhuma surpresa quando, no tempo de uma hora os pratos servidos começaram a ser retirados. As refeições eram servidas diretamente nos pratos das celebridades convidadas, e o cardápio todo era minimante escolhido, para acompanhar a preferência, e possível restrição, de cada um.
Cebola, alho e salsa eram proibidos no Met Gala, Bruschetta também estava fora do cardápio, para o caso de derramar nas roupas dos convidados. O cardápio mudava a cada ano, e naquela noite, dirigido pelo consultor Marcus Samuelsson, os canapés incluíam pão de milho, arancini de arroz preto com molho de pimenta calabresa e torta de melancia com soja yuzu defumada em um biscoito.
Como entrada, uma salada com ingredientes frescos, seguida por um prato principal de cevada cremosa com milho, nabos em conserva e maitake assado. Para finalizar, mousse de maçã e confit de maçã de sobremesa.
Depois do jantar, o grande salão se encheu com música ainda mais alta, risadas e o fascínio cintilante do evento. Foi quando Taylor terminou puxando Jamie para a pista de dança onde elas terminaram em um amontoado enérgico com outros amigos - Gigi, Karlie, Cenric, Paul, Ryan e Blake.
Quando as primeiras pessoas partiram, e então parecia como a hora perfeita para seguir um caminho próprio, Taylor alcançou a mão de Jamie e, dividindo a Escalade com Blake e Ryan, elas seguiram para o The Nines, por uma hora ou duas, antes de seguirem para o ACME, onde uma after party organizada por elas tomou espaço.
A festa começou às 00h em ponto. O horário de início mandava uma mensagem: Aquela não era uma festa em que você parava por um ou dois minutos a caminho de outra coisa. Aquela era a festa em que você terminava a noite.
Era uma jogada ousada se posicionando como a grande final depois do The Met. Ser um anfitrião famoso só podia levar as pessoas até certo ponto em uma noite em que todas as festas tinham uma figura conhecida, e, com tantas opções diferentes, era difícil alcançar a massa crítica de celebridades, e, por extensão, alcançar um fator legal definitivo. Mas a festa das Swift, porém, oferecia algo único: sem câmeras.
Numa noite em que, francamente, o objetivo de todos era ser fotografado, poderia parecer uma escolha curiosa um lugar sem registros. Mas uma regra sem foto significava nenhuma evidência fotográfica da noite - o que, por sua vez, significava que depois de uma longa noite de preparação e pose, todas aquelas celebridades poderiam enfim relaxar um pouco e apenas aproveitar as bebidas, a comida, e as conversas.
Saindo do The Nines e seguindo para o ACME, em uma parada breve no apartamento em Tribeca, para trocarem de roupas, Jamie e Taylor entraram juntas no lugar quando ele parecia mais cheio, com rostos conhecidos por toda a parte.
Taylor trocou a roupa que tinha usado pela noite por um vestido preto clássico com um único detalhe simples na cintura, desenhado por David Koma. Era melhor para dançar, e foi a razão para a escolha.
David também foi a escolha de Jamie para a after-party, mas ela deixou o all-black de lado e optou por um vestido azul-celeste com um recorte no peito, expondo parte de seu sutiã preto. O vestido também apresentava uma fenda alta, que finalizava o visual com um toque certeiro.
Margot Robbie chegou com Cara Delevingne algum tempo depois, e Kristen Stewart estava confortável com a namorada e alguns conhecidos em um canto do lugar. Quando a pista de dança ali no ACME ainda não tinha se agitado, foi Gigi quem se encarregou de colocar os corpos em movimento. Ela dançou com Bella, e então se perdeu em um assunto com Elle Fanning, que estava por ali também.
Lá dentro, o que mais se tinha eram rostos conhecidos. Todo o antigo elenco de Succession estava por lá, incluindo Jeremy Strong, Alexander Skarsgård, Annabelle Dexter-Jones e Juliana Canfield.
Cigarros, refrigerantes, vodca e, inexplicavelmente, uma garrafa de Gatorade enfeitavam a mesa em que Paul estava ao lado de Harris Dickinson, India Mullen, Joe Alwyn e Alison Oliver, no canto de trás. Dos 100 rostos no espaço, pelo menos 90 eram fáceis de se identificar imediatamente, com figuras como Bradley Cooper, Rita Ora, Margaret Qualley, Jack Harlow, Rami Malek e Pedro Pascal. Florence Pugh estava parada no bar mais a frente. Dua Lipa estava na pista de dança estreita e lotada, dançando com uma roupa adornada com pérolas. Dom Pérignon estava nas taças, por toda a parte.
Mesmo sendo as anfitriãs daquela festa, Taylor e Jamie foram umas das primeiras a deixar o espaço. Elas tinham mesmo a confiança de que poderiam atravessar a madrugada ali e tudo ficaria bem, porque as crianças estavam bem, mas a animação para aquele tipo de evento acabava tão rápido quanto começava - e Taylor ainda tinha uma viagem para fazer no dia seguinte, para Inglaterra, então ela não queria mesmo parecer como uma bagunça sem conseguir se manter de pé pelo dia.
As duas então seguiram para o apartamento, e assim que subiram as escadas pela garagem privativa, e abriram a porta que dava diretamente na townhouse, o som fraco de um choro de Rowan teve início.
— Parece que o Rowe sabe que chegamos — Jamie brincou.
Eles seguiram para o berçário tirando os sapatos, e observaram o brilho suave da luz de fora iluminando o quarto. Andrea acordou com o choro do neto, mas ao a encontrar na porta do quarto de hóspedes, Taylor se certificou de que tudo parecia certo e comentou que ela deveria voltar a dormir, e assim ela fez.
No quarto, Rowan estava deitado em seu berço, seu rostinho corado e cheio de lágrimas. Hale ainda estava dormindo profundamente no berço ao lado, sem saber da inquietação do irmão, e isso foi um alívio.
— Ei Buddy. Estamos aqui — Taylor disse gentilmente, pegando o filho e o embalando em seus braços. Jamie se inclinou, beijando sua testa, enquanto ele se acalmava — Está tudo bem Rowan. As mamães estão aqui. Não vamos a lugar nenhum.
O garotinho parecia bem, no sentido de que sua fralda ainda estava limpa, e aquilo definitivamente não era fome, já que na parada para a troca de roupa de Jamie, ele tinha tomado seu tempo se alimentando. Hale também estava ótima, mas ela acabou despertando com o barulho no quarto e soltou um pequeno resmungo. Com um ano, as palavras já pareciam abertas para os gêmeos, e "Mum" era uma dessas. Essa tinha sido, inclusive, a primeira palavra de Rowan, não a primeira de Hale. A garota despejou "Benji" antes de qualquer outra coisa e Taylor riu disso por uma semana inteira porque, na verdade, aquele era o tipo de coisa que a filha dela definitivamente falaria.
Cuidadosamente, levantando Hale do berço, Jamie a segurou perto de seu peito, ainda sonolenta, ela apoiou o rostinho no ombro da mais velha.
— Bem, parece que Hale também quer participar da nossa pós-festa.
— Bem melhor que a do ACME — Taylor brincou — Acho que prefiro isso de agora em diante.
— E eu nem posso te julgar, porque, na verdade, estou nessa também.
Ela estava, e Ayse parecia concordar que estivesse porque não demorou para a garotinha aparecer na porta do quarto em seu pijama azul estampado com pequenos desenhos de gatos. Seus pezinhos batendo no chão. Ela sorriu ao ver as mais velhas segurando seus irmãos e logo pediu colo, Taylor deu seu jeito de a acomodar em um braço enquanto mantinha Rowan no outro, com ele agarrado ao seu pescoço.
O tempo, que definitivamente não deveria se estender, se estendeu um pouco, até que os três parecessem dispostos a voltar ao sono em que estavam mergulhados anteriormente. Ayse foi a última a adormecer, e, para isso, Taylor precisou se acomodar com ela na cama pequena em que a garotinha agora dormia, até que ela pegasse no sono de vez. Quando isso aconteceu, Taylor desceu as escadas, apenas para encontrar Jamie na cozinha meio iluminada, ajeitando uma xícara de café. A inglesa perguntou se Taylor iria querer uma, a resposta foi positiva. Elas se acomodaram uma de frente para outra, com a bancada as separando, alguns minutos depois, enquanto o vapor quente subia pelos copos.
— Café à meia-noite, hein? Nós realmente precisamos quebrar esse hábito.
— Tecnicamente já é depois da meia noite — Taylor deu de ombros, atraindo o revirar de olhos de Jamie e uma risada logo em seguida — E é o nosso hábito. Nossa pequena indulgência.
— Sabe, eu não aceitaria de outra maneira.
— Isso? — Taylor apontou para o espaço, ganhando um aceno positivo — Nem eu, querida — se inclinando, os lábios de Taylor encontram os de Jamie em um beijo carinhoso e demorado, e por um momento foi como se o tempo passasse mais devagar só para elas — Eu te amo muito, você sabe disso, certo?
— Eu sei. E eu te amo... sempre.
— E isso é ótimo — Taylor se afastou levemente, mas manteve a mão na bancada, e enquanto a direita segurava a xícara, a esquerda acabou entrelaçada com a mão de Jamie ali em cima — Sabe, tenho a sensação de que vamos sentir falta disso um dia.
— Disso?
— As crianças, digo, quando as crianças estiveram crescidas e tivermos a casa só para nós. Quero dizer, eu nem lembro mais como é isso, mas vai acontecer, porque ontem você estava grávida e agora eles já estão enorme. O tempo é completamente maluco.
— Bem... eu não tenho dúvidas que vamos sentir falta. Mas, por enquanto, vamos apenas aproveitar isso, os choros no meio da madrugada e os cafés na meia da noite. Parece muito como um bom plano.
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