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09 | "tu não me chamaste de infantil"

No dia seguinte

— Porque ele está a demorar tanto? — Dez minutos já se passavam da hora e nada do Yuta. Estranhei, obviamente, mas para não demorar mais tempo, subi as escadas até chegar ao andar dele, e no mesmo segundo que ia tocar à campainha, ele abriu a porta, com o casaco meio vestido e a mochila na mão, enquanto tinha um pão de forma com manteiga e fiambre dentro da boca.

— Eu adormeci, desculpa. — Ele falou daquela forma, quase não dando para entender, mas eu consegui. Saiu de casa e vestiu o casaco em condições, quase deixando cair o pão da boca, então eu fiz o favor do segurar, esperando que ele se despachasse. — Obrigado.

— Temos que andar rápido. Vamos. — Yuta assentiu com a cabeça, pegando o pão e nos encaminhámos para as escadas, descendo rápido e saindo do prédio. Peguei meus fones enquanto andava, mas Yuta impediu, pegando-os, e assim que terminou de comer a mordida que deu no pão, sua voz foi a única coisa ouvida na rua.

— Precisamos de falar.

— Sobre? — Peguei meus fones de volta, arrumando-os em meu casaco e o encarando.

— Sobre o que rolou entre nós.

— Já falamos o suficiente naquele dia.

— Mas eu não me lembro direito de ter-te beijado.

— Depois deste tempo todo não te lembras? Pelo amor de Deus, Yuta. Eu até separei porque as tuas mãozinhas queriam ir para outro lugar e lembra-te, eu sou mais nova que tu!

— Com dezasseis anos tem gente que faz coisas bem piores que um simples beijo.

— Mas tu tinhas dezoito anos, Yuta.

— E eu agora tenho vinte. — Revirei meus olhos. Porque ele não entende?

— Esquece. Eu não quero mais falar sobre isto.

— Mas eu quero! Eu quero saber porque parámos de ser melhores amigos sendo que convivemos todos os dias e nossos pais colocaram-nos nesta competição ridícula porque nos acham infantis. E sinceramente, tu tás a ser porque eu nunca mudei para ti mesmo depois disso! Eu pedi desculpa!

— Tu não me chamaste de infantil. — Parei no caminho e o olhei com raiva. — Tu gostavas que eu beijasse o Samuel, por exemplo? Não ias gostar, pois não? Ele é um bêbado do caraças e não sabe o que faz nessas alturas. Gostavas que ele me fizesse o mesmo que tu naquele dia?

— Porque tiveste que falar logo nesse aí? Não tinhas outras pessoas? Tinha que ser logo esse canalha?

— Sim, pois parece que tens ciúmes.

— Eu não tenho ciúmes. Porque eu teria ciúmes.

— Então explica-me qual foi a tua de me beijares naquele dia!

— O que o cu tem a ver com as calças? — Revirei mais uma vez os olhos. — E continua a andar, não eras tu que estavas com pressa. Mexe esse traseiro. — Puxou-me, e então voltamos a andar.

— Tu gostas de mim, por acaso?

— Quê? Mas é desta que ela vira doidinha da cabeça.

— Então porque me beijaste? E também parece que o Samuel te incomoda.

— Incomoda-me sim. Eu não sou obrigado a gostar de toda a gente.

— Ok, respondeste a uma pergunta se bem que foi minimalista, mas responde à outra pergunta porque eu já tenho resposta para essa.

— Eu não tenho ciúmes!

— E eu falei que era sobre isso?

— Acabámos de falar, sua toina! Tu não me enganas, ok? Sou bem mais inteligente que tu.

— Se fosses inteligente em nenhum momento tinhas me beijado bêbado.

— Mas tu aceitaste o beijo! — Eu estava um pouco à frente dele desta vez enquanto andava, mas novamente parei e olhei para trás.

— Pelo menos eu admito o que fiz! Ao contrário de ti!

— Eu fui bem ao menos?

— Mas que... Eu ainda te mato! — Virei costas novamente e peguei meus fones, andando mais rápido enquanto os desenrolava, mas Yuta fez questão de andar rápido e pegar o fone para ele, conectando no seu aparelho. Tentei o puxar de volta, mas ele não me deixou. — Isso é meu, seu parvalhão!

— Eu não trouxe os meus. Tenho a tua playlist, podemos ouvi-la se quiseres. Tens bom gosto para músicas.

— Dá-me os fones.

— Mas tu és surda agora? Não trouxe os meus.

— Não quero saber.

— Vais embirrar só porque não sabes ouvir as verdades?

— Mas quem está a mentir és tu!

— Porque eu mentiria!? Tu realmente achas mesmo que eu gosto de ti? Ilude-te menos, por favor.

— Então explica-me porque me olhas de certas maneiras.

— Eu não gosto de ti. Apenas te acho gostosa.

— Achas?

— Acho.

— Mas eu sou feia e mais gorda que as outras da turma.

— Calada és poeta. — Eu calei-me não porque ele me pediu, mas porque ele deu-me o fone e eu, completamente rendida ao ter escutado a música que tava começando, aceitei e fomos assim o resto do caminho. Quem nos visse no início do caminho, claramente iria ficar boquiaberto que nós nos calámos assim de repente.

E foi assim até chegarmos à escola. Ele quase arrumou os fones no casaco dele, mas eu segurei o braço dele, puxando o fone para mim e guardando na minha mochila, enquanto tirava meu cartão da escola. O toque já tinha sido ouvido e logo o feriado estava próximo, então eu e Yuta corremos assim que pisámos o hall de entrada, subindo as escadas literalmente correndo e batendo na porta assim que chegamos, aliviados por não ter tocado o toque feriado, pois aí só poderíamos voltar no tempo a seguir pois essa professora de biologia é meio maluquinha da cabeça mesmo.

Ok, não posso reclamar muito, eu passei no módulo passado sendo que tive negativas baixas nos testes.

Sentei-me no meu lugar, ofegante, dando um bom dia novamente a Maria, pois já tinha dado a todos quando entrei, tirando meus materiais para apontar algo caso se fosse necessário, mas tudo o que a professora fez foi apenas mandar um trabalho. Eu já estava farta de trabalhos.

— O trabalhinho é simples, e quem tem notas mais baixas vai ser muito bom para subir e poder passar ao módulo sem problemas. Vocês só terão que agarrar num fundinho de garrafa. Pode ser uma qualquer. Colocam um pouquinho de terra e uma semente de feijão.

— Mas eu agora 'tô na pré*? Eu fiz isso quando tinha cinco anos com algodão. — Yuta reclamou no fundo da sala e mesmo eu tendo ficado com o mesmo pensamento, eu preferi ficar calada, pois quanto mais se reclamar, pior a professora pode fazer, mas parece que aquele imbecil não sabe como que é.

— Mas este é diferente. Quem não quiser não faz, mas óbvio que vai ter um zero nesta parte da avaliação. Quem está em risco de chumbar* ao módulo melhor pensar sobre isto. E o menino Yuta é um deles.

— Nem recebemos o teste que fizemos, como pode ter tanta certeza que eu reprovei já no módulo?

— Yuta, cala a boca. — Falei, num tom baixo para o outro lado da sala. — Professora, pode ser em grupos de dois.

— Não é muito recomendado, pois eu assim não sei quem trabalhou mais.

— Podemos fazer um relatório. — Sara desta vez comentou.

— Mas tu calada és poeta, Sara.

— Cala-te, Yuta.

— Meninos! Vamos fazer como eu estou a dizer, é individual e quem quiser faz e quem quiser, não faz. Tem até ao final deste módulo para entregar, então pensem bem.

— Só vou fazer se estiver mesmo em risco de chumbar.

— Mas ele não se cala. — Comentei baixinho e Maria riu-se. — Que foi? Tenho algo na cara, agora?

— Eu shippo vocês dois.

— Teu cu que shippas. — Revirei os olhos para olhar o powerpoint que agora a professora passava no projetor, copiando algumas coisas importantes e de vez em quando dando uma olhadela para o fundo da sala, onde estava Yuta, com a cabeça apoiada nos braços, enquanto San fazia isso também. — Ridículo.

— Quanto mais lhe chamas nomes, mas gostas dele.

— Mas tu queres andar de lado? Eu não gosto do Yuta e nunca sequer quero gostar. Deus me livra gostar de alguém assim. Já te disse e volto a dizer, meu tipo é o San e se ele quiser, estou disponível.

— Acho que o Yuta não iria deixar uma coisa dessas acontecer. Ele já morre de ciúmes do Samuel.

— Ele não tem que deixar nada. Ele é o meu pai, por acaso? Não.

— Eu acho que ele gosta de ti.

— Não quero saber. Não quero saber nada vindo dele. — Para de mentir Bia, tu ouviste um conselho de uma pirralha de quinze anos e ainda foste perguntar porque ele te beijou e se realmente tem ciúmes do Samuel. O que tu mais queres saber é o que se passa na mente de Yuta por mais que o chames de tudo e mais alguma coisa.



VOCABULÁRIO:
pré*: pré-escola.
chumbar*: reprovar.
módulo*: na minha escola, em cursos profissionais, cada disciplina era dividida em matérias que tinham de ser dadas, criando assim um módulo. Por exemplo: Modulo de Massagem Desportiva, Módulo de Massagem Ayúrveda, Módulo de Hidromassagem. Entenderam? Pronto, é isso.

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