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Capítulo 22

Eu tinha apenas uma certeza no momento em que subi as escadas e encontrei o salão de festas lotado. Eu não queria passar o resto da minha última noite como estudante de ensino médio, ao lado de uma única pessoa. Certo que a pessoa em questão é o Edu, o garoto que eu sonhei uma vida inteira. Mas, quem esteve ao meu lado, nesse último ano, sempre tentando arrancar um sorriso do meu rosto, foi Caio, quem sempre me chamava para fazer os trabalhos em grupo era Nanda, quem me deu alguns conselhos que eu, com certeza, irei levar para o resto da vida, foram Juliana e até mesmo Sabrina.

Eu já não sabia mais se queria estar com Edu. Na verdade, eu não queria mais estar com ele. Mas eu sentia que precisava ir até lá, afinal, ele me ofereceu sua companhia e eu aceitei.

Deixei Caio para trás, mas já sentindo o coração apertar, e me aproximei de Edu, que estava parado em um dos cantos do salão de festas, teclando no celular. Apenas quando eu cheguei bem perto, que consegui sua atenção.

O meu colega devolveu o celular para o bolso da calça e se aproximou um pouco mais, fazendo com que as minhas mãos começassem a suar frio. Mas, incrivelmente, meu coração não disparou como antes.

Arrisquei um sorriso para ele, tentando parecer o mais natural possível, se é que eu consegui isso.

"Você está linda, Elena", sorri, timidamente. Receber um elogio de Edu era mais do que satisfatório. Era uma das melhores coisas que poderiam me acontecer naquela noite.

"Obrigada, Edu", respondi, um pouco sem graça e, para não perder o costume, o meu rosto também tinha que esquentar, anunciando que as minhas bochechas tinham ficado coradas. "Edu, você se importaria se eu fosse falar com as meninas?"

"Claro que não, aliás, eu também vou precisar sair agora, mas volto logo."

Afirmei com a cabeça e o esperei sair para, só depois, procurar Nanda e as outras meninas. Não demorei muito até encontrá-las. Quer dizer, encontrei apenas Nanda e Sabrina. Juliana devia estar em algum lugar com Tiago, por isso, achei melhor não atrapalhar, depois eu me despedia dela.

Olhar para as duas ali, tão lindas e simpáticas com todos os que passavam e falavam com elas, me fez sentir uma saudade antecipada. Eu ainda não sei para onde Sabrina vai, mas Nanda já avisou que irá fazer faculdade em uma outra cidade.

Quem diria que as duas garotas que eu mais admiro, se tornariam minhas amigas de escola?

Nanda foi a primeira a notar minha presença e, fez questão de vir falar comigo, assim que me viu.

"Você está tão linda, Elena."

"Obrigada, Nanda, você também está linda, muito mais do que já é", olhei para Sabrina, que também estava deslumbrante, vestida em um longo vestido verde, que tinha uma abertura enorme na parte da perna do lado direito. "E você também, Sabrina, está lindíssima."

"E eu concordo com Nanda, você está linda", ela disse, com um sorriso no rosto e, logo após, se inclinou para falar algo em meu ouvido. "E, quer saber uma coisa? Eu e Caio nunca mais tivemos nada, acho até que eu já estou desencantando dele, porque, sabe como é, qualquer garoto que prefere outra menina e não a mim, não me merece." O sorriso no rosto da minha colega indicava que, apesar de sua fala, ela não estava brava.

Eu só não entendi o motivo de ela ter me falado aquilo. O que eu tenho a ver com a sua relação com Caio?

Mas, não posso negar que uma felicidade bem estranha surgiu dentro de mim, após ela dizer isso. Eu não deveria sentir algo assim, eu deveria torcer por ele, e por ela também. Aquilo me fez perceber que minhas suspeitas estavam certas. Eu tinha começado me apaixonar pelo meu melhor amigo, só não queria admitir, por medo de estragar nossa amizade, principalmente, medo de ele não sentir o mesmo por mim.

"Eu vou ter que ir, meninas", foi Nanda quem falou e com os lábios erguidos, formando um discreto sorriso.

Acompanhei o olhar de Nanda e, logo me dei conta do real motivo do seu sorriso. Ela tinha uma companhia para a formatura. Fiquei bastante feliz pela minha amiga. Ela merece o melhor, em todas as áreas de sua vida.

"Bem, eu também vou circular por aí", Sabrina falou. "Boa sorte, Elena, estou torcendo por você, ou melhor, por vocês." Ela me lançou uma piscadela, me deixando completamente confusa e sem saber o que ela queria dizer.

Vocês? Eu juro que as vezes não consigo entender a minha colega. Quem seria a segunda pessoa? Edu, é claro, só podia ser ele. Sabrina deve saber que ele é o meu acompanhante, só podia ser isso, já que eu estava tentando ser o mais discreta possível com relação aos sentimentos que estavam comecandoa nascer por Caio, dentro de mim.

Em falar no Edu, acho que já é hora de procurar por ele. Não é muito elegante de minha parte deixá-lo esperando.

Ou melhor, não seria elegante, se ele realmente tivesse se importando com isso.

Encontrei Edu conversando, cheio de intimidade, com uma outra garota que eu nunca vi antes. Devia ser uma das convidadas de algum dos nossos colegas.

Talvez aquilo não fosse nada demais. As aparências sempre nos enganam, não é mesmo? Mas naquele caso, não era apenas aparência. Eles pareciam estar... se flertando?

Ele pôs a mão na cintura dela, e a mesma jogava os cabelos, como quem faz charme. Logo após, foi a mão dela que pousou no ombro dele.

Era para aquilo me deixar arrasada, afinal, ele me convidou e agora parece todo interessado em outra, uma grande falta de respeito, aliás. Mas, por algum motivo, aquilo não me incomodou.

Eu estava... bem? Sim, exatamente isso. Eu estava bem, mesmo com a sua falta de consideração comigo.

"Que cafajeste", escutei Caio falando ao meu lado, com bastante indignação no tom de voz. "Quer que eu vá lá trazê-lo a força?"

"Não", respondi rapidamente. Eu não queria que Caio usasse a violência, até porque, eu detesto qualquer tipo de ato violento. Só que eu não estava me importando, nem um pouco. Ele poderia ficar lá, o tempo que quisesse. Já sofri tanto pelo Edu, que agora eu acho que não consigo mais sentir o que eu sentia antes. "Quer dançar comigo?", perguntei, em um súbito de coragem. Tenho certeza que se eu pensasse um pouco mais, jamais teria feito o convite.

Ele me olhou, surpreso. Os olhos pareciam estar prestes a saltar do rosto, de tanto que o meu amigo arregalou. Mas não demorou nem um minuto, e ele me estendeu o braço.

Escutei quando a música Perfect, do Ed Sheeran começou a tocar, enquanto caminhávamos juntos até a pista de dança. Mais clichê não poderia parecer, não é mesmo?

Mas lá no fundo, acho que todo mundo gosta de clichês, até mesmo aqueles que dizem ter aversão a romance.

Recostei minha cabeça no ombro dele. Foi um ato impensado. Eu queria fazer aquilo, mas não tinha coragem, quer dizer, eu não tinha coragem antes. Não sei dizer qual coração estava mais acelerado, se era o meu, ou o dele.

"Caio", chamei, com voz fraca.

"Hum?", ele respondeu, com a voz ainda mais fraca do que a minha, mas ele parecia sentir e querer o mesmo que eu. Ficar ali, apenas dançando e sentindo a música, com a melhor companhia do mundo.

"Você está muito perto."

Ele levantou o rosto e me olhou, bem nos meus olhos. Estremeci. Céus, como eu queria estar em seus braços! Como eu necessitava disso! Mas era como se apenas naquele momento, eu tivesse me dado conta de que era exatamente aquilo que eu queria. Não haviam mais dúvidas. Eu estava apaixonada por ele.

"E isso é um problema?", ele perguntou, com a voz rouca.

"Não", eu respondi, tendo certeza, naquele exato instante, que meu rosto tinha se enrubescido. Mas era a verdade. Ele estar tão perto de mim, não era problema, sim, a solução. "Não é um problema", respondi, por fim.

Eu não me dei conta da hora e nem de como aquilo aconteceu, mas os nossos rostos começaram a se aproximar, lentamente, ao mesmo tempo em que os meus lábios, juntamente com os dele, pareciam implorar para serem tocados.

O mais engraçado é que eu não conseguia escutar o som da música tocando e nem o barulho ao redor. Parecia existir apenas eu, Caio e o nosso beijo. E, Céus, que beijo incrível, muito melhor do que em meus sonhos. Eu sabia que quando nos afastássemos, eu iria ficar envergonhada, sem saber o que dizer, onde colocar as mãos, para onde olhar. Até na hora em que ele me beijava eu sentia a minha inexperiência falando mais alto. Mas aquilo não parecia fazer diferença para Caio, ele conduzia muito bem o nosso beijo. O meu primeiro beijo.

Eu não sabia mais o que estava sentindo. Até algumas semanas atrás eu estava apaixonada pelo Edu. Ele era o único que fazia meu coração bater tão forte quanto está batendo agora. E Caio, bem, ele era apenas o meu melhor amigo.

Mas estar aqui e agora, com Caio, era tão mágico, indescritível. Era bom e eu necessitava disso. Eu necessitava tê-lo perto de mim. Eu necessitava ter seus lábios colados aos meus.

"Elena", me afastei de Caio, o mais rápido que consegui, após escutar uma voz feminina chamando meu nome. Era tão difícil me afastar dele, eu fiz aquilo com bastante dificuldade e, pelo que percebi do seu rosto, ele também parecia não estar nada feliz. "Desculpa atrapalhar vocês dois, mas é que a minha mãe acabou de enviar uma mensagem para Madalena, dizendo que vai chegar em casa, no máximo, até à meia-noite."

Meia-noite? Olhei para o relógio que tinha em um dos cantos do salão. Onze e cinquenta e dois. Eu tenho exatamente, oito minutos para chegar em casa.

"Desculpa, Caio", andei para trás, soltando as nossas mãos, "mas eu preciso ir."

"Espera, Elena." Ele chamou, mas desta vez, eu não podia atender ao seu chamado.

Apesar de querer, e muito, eu não fiquei para ouvir o que ele tinha a me dizer. Eu precisava correr o mais rápido possível. Descer as escadas era a parte mais complicada de todas, principalmente porque ela era enorme.

Segurando a saia do meu vestido, eu descia as escadas de dois em dois degraus, até descer todos os lances e chegar na parte externa do salão. Por sorte, ou por um milagre do destino, encontrei um táxi disponível. Mas foi só entrar no carro, que eu notei que faltava um dos meus sapatos.

"Droga", bradei em um tom não muito alto, mas foi o suficiente para que o motorista escutasse.

"Aconteceu alguma coisa?", ele perguntou, olhando pelo retrovisor do carro.

"Eu perdi um sapato."

"Quer voltar para buscar?"

"Não, eu não tenho mais tempo."

E assim foi a minha última noite com os meus colegas.

Eu queria ter ficado lá mais tempo. Eu gostaria de ter me despedido de Caio do jeito certo. Eu penso que nós merecíamos isso, depois de tudo o que aconteceu.

Eu não sei o que vai acontecer a partir de agora. Ele se programou para viajar com irmã, logo depois da festa.

E se nós perdermos o contato? Sei que celular existe para aproximar as pessoas, mas agora que eu não sei o que será da minha vida, principalmente por saber que o meu pai vai sair de casa, talvez eu perca o contato com todas as pessoas que eu amo. Regina seria capaz de fazer isso comigo, principalmente se eu não conseguir realizar o que passei tanto tempo planejando.

Mesmo sabendo que não será fácil, eu estou disposta a lutar para conseguir a minha liberdade.

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