Capítulo 34 - Parceiros de Cultivação
BaoShan acertou com WangJi e Wei Ying que realizaria a cerimonia quando o neto concluir os estudos, planejando para antes da viagem ao Brasil como uma comunhão de festa de boa viagem e o casamento. O casamento seria restrito a ambas famílias e sem alardes, afinal era uma união fora do que julgavam "politicamente" correto.
Wei Ying aproveitou um horário livre e entrou em um curso para aprender português, WangJi por ter diversos compromissos com a preparação da implantação da filial não pode acompanha-lo e com isso o que o rapaz aprendia ensinava ao seu futuro marido.
Os meses passaram rápido e era o último dia de aula, Wei Ying se despediu de todos os amigos da escola, dali uns dias seria a viagem para o Brasil e claro no sábado era seu casamento no Templo SanRen.
WangJi apesar de focar no trabalho não parava de pensar que o dia que receberiam a benção se aproximava e olhando a tela do Mac ouviu batidas e pouco depois a mesma se abrir onde Wei Ying apareceu sorrindo e largando a mochila na cadeira. Deu a volta na mesa e beijou os lábios de WangJi, afastou-se tagarelando.
— Lan Zhan, eu estava pensando na viagem, será que poderíamos ficar em uma casa?
— Wei Ying, já fechei com uma cobertura.
— Ah, queria que fosse uma casa.
— Quando chegarmos, procuramos uma casa.
— Ótimo, tem que ter quintal, quero plantar... Hum... – Olhando-o com sorriso no canto dos lábios debruçou sobre a mesa e apoiando com o cotovelo sussurrou. – Uma casa é melhor, evita que os vizinhos nos ouçam... – Sorriu malicioso.
WangJi olhou-o por cima dos cílios alguns segundos até que parou o que fazia e afastou o computador.
— Vem.
— HanGuang-Jun~~ - Wei Ying caminhou até para ao lado de WangJi. – Está no horário de trabalho...
WangJi envolveu pela cintura quando se levantou, buscando os lábios com ansiedade. Wei Ying retribuiu envolvendo pelo ombro encostando na mesa. WangJi o segurou pela cintura e o fez sentar enquanto trovavam afagos e carícias.
— Zhan-ge~~ - Wei Ying murmurou entre os beijos tentando tomar fôlego.
WangJi suspirou suave voltando a beija-lo no pescoço.
— Se... Continuarmos... – Wei Ying provocava mordendo e sugando o lóbulo da orelha de WangJi.
— Wei Ying, quem provocou?
— Hahahahaha... Como se você fosse uma desculpa, para me jogar nessa mesa e me foder...
WangJi apertou a cintura de seu amado com um brilho desejoso, nesse instante que iria continuar sua investida batidas na porta o fizeram se afastar rapidamente.
Wei Ying fechou os olhos e suspirou saindo em seguida de cima da mesa, ajeitando sua roupa e cabelo.
WangJi sentou e voltou ao seu computador, Wei Ying sentou na cadeira de frente a mesa com suave sorriso nos lábios.
— Continuaremos mais tarde...
— Hahaha... É uma promessa.
"..."
— Entre.
A porta se abriu e XiChen entrou ao ver que WangJi não estava sozinho sorriu suavemente se aproximando deles.
— Jovem mestre Wei.
— Irmão XiChen.
— Interrompi os dois?
— Não, eu estou de passagem, tenho que ir ao curso, hoje é o último dia de aula. – Wei Ying olhou para o noivo e piscou, levantou e quando estava para se despedir uma segunda pessoa entrou na sala.
— Jovem mestre Wei, que bom lhe ver. - Jin GuangYao entrou na sala e sorrindo para o rapaz curvou o cumprimentando.
— LianFang-Zun. – Wei Ying curvou em respeito ao cultivador chefe.
— Jovem mestre Wei são muitas emoções essa semana, presumo que estar eufórico certo?
— Sim, LianFang-Zun será uma nova fase.
— Brasil ouvi dizer que é violento, tome cuidado.
— Eu acho que todo lugar tem violência, o Brasil ao meu ver pelo pouco que estudei são de pessoas muito calorosas. – Wei Ying virou o rosto para WangJi e XiChen. – Vai ser divertido de qualquer forma.
— Claro, jovem mestre Wei. – XiChen sorriu a ele.
— LianFang-Zun. – Wei Ying uniu as mãos e curvou. – Sinto não poder ficar mais, preciso chegar na hora em meu curso de Português.
— Ah, claro e eu o segurando com tolices. - Jin GuangYao se afastou dando passagem ao rapaz. – Boa aula.
— Obrigado.
Wei Ying acenou a WangJi e saiu da sala.
— A base de cultivo dele estar excelente, sinto que isso. - Jin GuangYao se aproximou e sentou no sofá ao lado de XiChen. – Que mais eu poderia esperar, afinal seus mestres são BaoShan SanRen e HanGuang-Jun.
— Jovem mestre Wei é surpreendente, nada diferente do esperado. – XiChen olhou WangJi.
— Acredito que quando retornarem a China em 3 anos o rapaz estará mais que preparado para os novos testes. - Jin GuangYao comentava.
— Wei Ying estará pronto e passará novamente nos testes. – WangJi levantou e caminhou até eles sentando na poltrona de couro em frente a dupla.
— Muito bom, não tenho dúvidas de suas palavras HanGuang-Jun.
— A-Yao estar empenhado e nos ajudar a encontrar a espada de Wei Ying, vamos descobrir se foi vendida algum colecionador. – XiChen informou a WangJi.
— Eu farei o possível para encontrar Suibian, HanGuang-Jun.
— Obrigado, LianFang-Zun.
Templo SanRen, sábado às 6 horas da tarde...
— Wei Ying, fique quieto! – YanLi tentava fazer o nó da gravata.
— A-Li, estou nervoso.
— Eu estou nervosa com você agitado dessa forma, se controla ou terá uma crise de ansiedade. – YanLi sorria ao mesmo tempo que ralhava com o irmão. – O noivo não vai fugir.
— Se ele fugir, eu o caço e trago de volta. – Olhou a irmã terminar de fazer o nó de sua gravata.
— Ufa, consegui! – Levantou a mão para cima gesticulando com ele. – Nossa, A-Ying estar muito bonito, acho que seu noivo vai se apaixonar de novo. – Soltou um sorriso encabulado.
— Irmã, estou feliz.
— Eu também, apesar de ainda não deixar de me sentir triste que amanhã estará indo para um país tão longe.
— A-Li, eu volto e vou querer conhecer meu sobrinho. – Wei Ying olhou para o ventre da irmã.
YanLi havia anunciado a gravidez tinha alguns dias e tanto ela quanto ZiXuan estavam nas nuvens com aquele bebê.
— Ou sobrinha... – Sorrindo voltou para a cama e pegou o robe vermelho de bordados dourados juntamente com o véu.
— Será menino, tenho certeza hahahaha...
— Ok, se tem tanta certeza que tal escolher o nome? – Estendeu o robe para o rapaz vestir.
Wei Ying colocava o robe pensativo quando tagarelou virando-se para a irmã e pegando o véu.
— Que tal Huang? – Sorriu a ela. – O brilhante.
— Huang, hum, eu gostei..., Mas pensarei em nome para menina, afinal, vai que você erra. – Sorriu abrindo o véu com ajuda dele.
— Eu sei que será um menino hahahahahaha...
A cerimonia se iniciou as 6:30 horas, WangJi estava de pé na entrada do templo, juntamente com XiChen , SiZhui e JingYi que representavam a família Lan. QiRen se recusou a comparecer, era radicalmente contra aquela união e apesar de não poder impedir o sobrinho continuou irredutível em comparecer.
BaoShan estava de pé no altar que foi erguido para eles, o local estava ricamente enfeitado de véus vermelhos do teto até o chão, havia uma enorme mesa com farta comida para ser servida aos convidados. Estes não eram numerosos, somente os membros das famílias dos noivos.
Wei Ying apareceu na porta do templo acompanhado por YanLi e as crianças que sorriam para eles.
WangJi olhou-o e se aproximou estendendo a mão para recebe-lo.
Apesar de estarem se casando de acordo com a sua cultura, alguns rituais fizeram questão de fazer, como na noite anterior que pentearam os cabelos de ambos ao luar e agora iriam fazer as três reverências para receber as bençãos de BaoShan.
Os noivos se conduziram até o altar da família, prestar homenagens ao Céu e a Terra, a seus antepassados e ao deus Tsao-Chün.
BaoShan se aproximou e com a fita vermelha estendeu a eles que seguraram em seguida. WangJi olhava vez ou outra para Wei Ying, este estava sorrindo e voltava o olhar vidrado em WangJi.
A mestra serviu em seguida chá com duas sementes de lótus a família de WangJi, depois voltou para os noivos quando estes receberam as xícaras de chá para beberem e para completar o cerimonial ambos se viraram um para o outro e curvaram com as mãos unidas.
BaoShan se aproximou e estendeu a mão para que ambos a segurassem, prontamente a dupla o fez e ela sorriu quando disse:
— HanGuang-Jun e Wei Ying, eu desejo que ambos sejam felizes e que sempre contem um com o outro nessa nova jornada. – BaoShan olhou carinhosamente para o neto. – Uma vida a dois é construída com respeito, cumplicidade e parceria. Ser parceiros de cultivação é além de um casamento, sejam um para o outro e nada os separaram.
Wei Ying sorria, mas conseguia falar a emoção que sentia deixava-o sem ao menos pensar, olhou pôr fim a WangJi notando seus olhos claros lacrimosos.
— Estamos realizando nosso cerimonial, que tal trocarem essas alianças de dedos e firmarem a união?
Wei Ying e WangJi afastaram as mãos das de BaoShan, ambos se olharam e estenderam as mãos um para o outro para trocarem colocando nos dedos.
Quando ambos finalmente trocaram as alianças se olharam, WangJi segurava a mão de Wei Ying tremulo e Wei Ying se aproximou levantando a ponta do véu e aproximou os lábios do marido beijando suavemente.
— Meu marido.
WangJi sorriu, um sorriso que todos os presentes se surpreenderam. Wei Ying abriu os olhos surpreso e encantado, estava tão maravilhado que chegou a prender o ar no peito e só conseguiu sair daquele estado quando o marido tocou a face por baixo do véu.
O restante da noite foi comemorado com a recepção dos convidados, WangJi e Wei Ying receberam os envelopes vermelhos de todos e tiraram fotos para o álbum de casamento. Feito as formalidades se direcionaram para a mesa onde sentaram e saborearam as refeições preparadas em homenagem aos noivos. Em determinado momento, ZiXuan que havia entrado na casa para pegar mais bebida ouviu o sino do portão tocar e se aproximou, ao abrir a porta sorriu ao ver que era Mo XuanYu.
— Mestre Mo, que surpresa.
— Ah, ZiXuan desculpe aparecer sem ser convidado, mas soube que meu amigo estava se casando e queria lhe cumprimentar. – Os olhos tristes e ansiosos do rapaz fitavam o interior do templo.
— Mo XuanYu, você sempre ajudou meu irmão mais novo, claro que pode cumprimenta-lo, ele ficaria chateado se não pudesse. – ZiXuan afastou para ele passar. – Vamos, estamos todos no salão de refeições.
Mo XuanYu andou sem jeito ao lado de ZiXuan e quando ambos entraram no salão, foi direto para a mesa onde Wei Ying e WangJi estavam sentados.
Wei Ying estava conversando animado com XiChen, SiZhui e JingYi ao ver que o rapaz se aproximou e curvou a eles, estendendo um envelope vermelho de papel surrado.
— Wei Ying e HanGuang-Jun, eu não tenho muito a oferecer, mas vim deseja-lhes felicidades e boa viagem.
Wei Ying imediatamente se levantou e recebeu o envelope das mãos de seu amigo e inspirou ao ver como estava magro e abatido.
— XuanYu, vem sente-se conosco e coma algo. – Olhou em volta para pegar uma cadeira.
WangJi reparou no estado espiritual do rapaz e não gostou muito do que viu, porém manteve-se na mesma postura de somente observar e agradecer pelo presente.
— XuanYu, como você está? – Wei Ying olhava-o preocupado.
XiChen olhou para o rapaz e silenciosamente se curvou ao rapaz e levantou deixando-os a mesa a vontade, SiZhui notou e cutucou JingYi que rapidamente levantou para acompanhar XiChen.
Mo XuanYu sorriu sem jeito olhando os demais se afastarem e murmurou baixinho.
— Eu atrapalhei vocês.
— Não, eles somente nos deixaram a vontade para conversamos. – Wei Ying sorriu gentil a ele. – Não me parece bem, voltou para o internato?
— Não, mas eles me mantem preso e precisei fugir para vir vê-lo, sei que partirá amanhã e não o verei mais...
— São 3 anos, não vamos morar definitivo. – Wei Ying olhou para WangJi sorriu e voltou a face para o amigo. – Estou feliz que veio.
— Wei Ying, não vou demorar, preciso retornar antes que descubram que fugi. – XuanYu levantou ajeitando a roupa simples que vestia.
— XuanYu, ao menos coma algo.
Mo XuanYu olhou para a mesa com os diversos pratos e chegou a ofegar, aparentemente o rapaz estava com fome.
— Wei Ying, realmente não é desfeita, mas tenho que ir... – Curvou a ambos e se afastou.
— XuanYu, espera. – Wei Ying levantou indo para dentro da residência e na cozinha pegou uma vasilha com tampa, voltou apressadamente e pegou alguns dos pratos que estavam com alimentos e montou dentro do recipiente e colocou dentro de uma sacola.
Quando parou diante de Mo XuanYu entregou a sacola e sorrindo disse:
— Eu espero mesmo que nada de mal lhe aconteça, procure ajuda e se afaste dessa família.
BaoShan se aproximou lentamente e olhou para o rapaz.
— Mo XuanYu, volte amanhã para conversarmos.
Mo XuanYu pegou a sacola e olhou para Wei Ying sorrindo.
— Obrigado. – Virou o rosto a mestra e curvou com as mãos unidas. – Não sou merecedor de entrar em vosso templo mestra BaoShan.
— E quem disse?
O rapaz ergueu o olhar a ela e suspirou.
— Venha amanhã para conversarmos, sua mestra estar ordenando.
O rapaz abriu os olhos surpreso e olhou para Wei Ying sorrindo sem jeito em seguida. Wei Ying acenou com a cabeça incentivando o amigo.
— Eu virei mestra BaoShan.
— Muito bem. – BaoShan sorriu.
— Eu o acompanho até a porta, vamos Mo XuanYu? – Wei Ying caminhou ao lado do amigo até a saída do templo.
WangJi que já havia se levantado aproximou da mestra observando o esposo e o amigo irem para o portão.
— A energia ressentida.
— Melhor que ele venha, assim evito um possível problema. – BaoShan abanava o leque suavemente pensativa. -Bem, amanhã resolverei, hoje é dia de festa. – Sorriu a WangJi voltando para a mesa e continuar a comemoração.
Aeroporto internacional de Pequim, manhã de domingo...
YanLi estava triste apesar de desejar a felicidade de seu irmão, ainda não se conformava com aquele distanciamento. Olhando o rapaz se afastar acenando para ela e a família. WangJi ao seu lado empurrava a mala de mão. Virou o rosto para Wei Ying que tinha lágrimas escorrendo a face, aproximou e tocou passando o dedo para limpar a face.
— Arrependido?
— Não.
— Hm.
Ambos entraram no portão de embarque para a ponte área China x Brasil, seriam 20 horas de voo até o país e muito tempo para se acostumar com aquele afastamento. Quando finalmente entraram na classe executiva sentaram em suas cadeiras, o lugar era privativo e WangJi colocou as malas no bagageiro. Sentou em seguida na poltrona ao lado de Wei Ying que estava olhando pela janela.
— Wei Ying.
— Lan-er-gege... – Olhou-o carinhoso. – Não sepreocupe, eu só estou feliz e mesmo que a com distância eu sinta falta deles, vamosconversar todos os dias e 3 anos passam logo.
WangJi segurou a mão dele e entrelaçou os dedos levando até seu rosto e beijando suavemente o dorso.
— Wei Ying se não se adaptar quero saber e voltamos antes.
— Zhan-ge, eu estou bem e sinto que será bastante divertido. - Sorriu ao amado e virou o rosto para a janela do avião, que naquele momento manobrava para correr a pista e levantar voo.
Wei Ying inspirou fundo e tinha em mente que aquele período seriam como uma grande aventura e estava ansioso para chegarem ao Brasil.
TRÊS ANOS DEPOIS...
Wei Ying estava sentado embaixo de uma árvore comendo um sanduíche quando o grupo se aproximou, as jovens sentarem ao seu lado e tagarelavam sem parar reclamando com o rapaz.
— Olha, isso não é justo! – Mari olhava séria para Wei Ying. – Juro que vou te trancar em casa.
Wei Ying sorriu para amiga balançando leve a cabeça.
— Ele rir... Não sabe como estamos sofrendo. – Rafa suspirou jogando a mochila de lado e apoiando esticando as pernas. – Ingrato.
— Eu?! – Wei Ying olhava as amigas resmungarem.
— Sim, como assim vai embora? – Emburrada a garota olhava para frente chateada.
— Só vocês mesmo... – Wei Ying fechou o livro e cruzou as pernas cutucando a amiga. – Eu prometo que volto nas férias.
— Promessa é divida e vou cobrar. – Nanda chegou e se juntou a eles. – Vou mesmo. – Estreitou os olhos para ele.
— Ok, acredito! – Wei Ying levantou os três dedos e falou. – Eu volto nas férias e isso é sinal que vou cumprir a promessa.
Mari olhou torto e levantou.
— Eu vou para a aula, mais tarde encontro vocês na festa de boa viagem. – Mari pegou a mochila.
— Eu estou destruída não vou para a aula, depois eu choro na madrugada estudando. – Nanda pegou na mochila uma maçã e mordeu. – Droga de dieta, vou comer chocolate.
Wei Ying olhava as amigas rindo e se divertindo, há três anos atrás quando chegou no Rio de Janeiro e ingressou na faculdade fez logo amizade e aquelas meninas eram as mais próximas dele.
Rafa estava olhando a amiga se afastar e brincou:
— Olha lá e depois me passa a matéria.
— Nunca... Vá estudar... – Mari gritou de volta.
Nesse momento, Jhony se aproximou com semblante de total conformismo.
— Ok Wei Ying, entendo que já se passou os três anos e que vai voltar para sua terra... – Ajoelhou do lado dele e desabou. – Por queeeee? Eu vou chorar muito... Eu não vou na sua festa de despedida, não gosto de despedidas.
Wei Ying, sorrindo passou a mão na cabeça do amigo.
— Vocês estão me deixando sem jeito, daqui a pouco vou chorar também hahahahahahaha...
— Ahh, eu não vou chorar não... – Rafa olhou o amigo choroso. – Mentira, vou chorar sim... Que droga!
— Oi, oi, oi, cheguei... Eu tenho uma ideia para resolver esse problema. – Mara apareceu do nada dando susto em todos. – Aí, gente...
— Pow, avisa antes de chegar assim do nada né... – Nanda estava com a mão sobre o peito. – Que susto!
Wei Ying virou o rosto para a amiga perguntando meio receoso.
— Qual foi a ideia?
— Sequestramos você.
— Não!!! – O grupo gritou em coro.
— Calma gente, só foi uma ideia... – Baixou e sentou junto com a Rafa. – Não me culpem a ideia partiu da Gi.
— Nossa, vocês realmente estão determinadas. – Wei Ying levantou e sacudiu a grama da calça jeans.
— Gi não tem ideia da treta que ela ia arrumar para nós. – Nanda resmungou. – Lan Zhan vem atrás de nós e ... – Fez gesto de passar o dedo no pescoço simulando que fosse cortada.
— A ideia é boa. – Gi chegou e sorriu para eles. – Imaginem comigo, sequestramos Wei Ying e Lan Zhan vem atrás, aí sequestramos também e pronto ficamos também com o deus asiático para nós.
— Deus asiático? Hahahahahaha... – Wei Ying gargalhou.
— Ah, cala a boca "viado", aquele homem é um deus "peloamor"... – Gi se abanou.
— Ei, eu to aqui...
— E como é lindo. – Suspirando Nanda se levanta pegando a sua mochila.
Rafa faz o mesmo ajudando Jhony a pegar sua mochila.
— Wei Ying, sério, seu marido é perfeito... – Jhony colocou a mochila nas costas. – Ele só fala oi e minha alma sai do corpo e volta.
— Eu vou conta isso para ele. – Wei Ying estava caminhando pelo campus sendo seguido pelos amigos.
— Então... A festa estar certo? Todos na casa de Wei Ying para beber e farrear até amanhã? – Rafa se afastou deles.
— Claro, será as 19 horas. – Wei Ying confirmou.
— Eu vou para casa encontro vocês lá. – Jhony seguiu junto com Rafa.
— Ei, vamos de metrô. – Nanda seguiu os dois. – Wei Ying separa o vinho, hen!?
Wei Ying acenou para ela.
— Wei Ying, meu amigo estou indo nessa, mais tarde nos falamos e separa o Sorriso do Imperador, vou beber até amanhecer. – Gi sorriu deixando-o ali parado na calçada. – E não regula o vinho ok? Na última vez ficou de misere conosco pow...
— Eu não trouxe muito e vocês bebem mais que eu... E olha que eu bebo muito.
— Está me chamando de cachaceira, viado? – Gi colocou as mãos na cintura olhando torto, depois sorriu e se virou. – Sou mesmo. – Acenou seguindo para o ponto de ônibus.
— Nunca... – Sorriu se divertindo com o jeito da amiga.
Wei Ying estava parado na calçada olhando as amigas que fizera se afastarem, suspirou e olhou para a hora no seu smartphone. Precisava chegar em casa e prepara tudo para recebe-los.
Já passava das 20 horas quando finalmente o grupo chegou à casa de Wei Ying e Lan Zhan. Wei Ying sorriu ao abrir o portão para recebe-los.
— Achei que haviam esquecido. – Wei Ying sorriu a todos.
— Olha aqui Wei Ying, eu só vim porque elas me arrastaram, eu te disse que não viria pra sua despedida. – May chegou tagarelando. – Eu vou chorar...
Mara aproximou da amiga e a consolou.
— Vamos nos divertir, sem choros por favor... – Mari caminhava a frente. – Eu nem bebo, mas hoje vou, porque não aguentarei essa coisa de despedidas. – Resmungando chegou na varanda.
— Falta quem para chegar? – Mara seguiu junto com May e se juntou a Mari.
— A Rafa, o Jhony e a Gi. – Wei Ying ia encostar o portão quando uma mão impediu de fechar.
— Ei, fecha não. – Rafa sorriu e entrou sendo seguida por Jhony e Gi. – Já não falta mais, chegamos.
— Que bom, podemos começar. – Wei Ying fechou o portão e caminhou junto aos demais. – Vamos entrar, Lan Zhan está na cozinha.
— Meus deuses Lan Zhan cozinhando é muito para meu coração... – Gi se abanava. – Wei Ying é um sortudo da desgraça...
Wei Ying voltou a gargalhar.
— Eu achei que era doido, olha vocês... hahahahaha... – Wei Ying abriu a porta e o grupo o seguiu.
Quando todos estavam na sala, WangJi apareceu com seu típico semblante sério olhou-as por uns segundos e por fim as cumprimento.
— Olá.
Todos o olhavam encantados, Wei Ying segurou o sorriso e se aproximou de WangJi.
— Lan Zhan, vou para o quintal dos fundos com eles.
— Hn.
WangJi concordou.
— Wei Ying, tem bebida na geladeira.
— Vou pegar. – Wei Ying olhou para o grupo e acenou para seguirem ele. – Vamos, achei melhor ficarmos lá atrás que é coberto.
As meninas passaram por WangJi acenando.
— Gente, estamos parecendo idiotas... – May falou baixinho para as amigas e ao passar por WangJi sorriu toda boba. – Está confirmado, de perto é ainda mais perfeito... – Murmurou para si.
O grupo se acomodou e conversavam animados, WangJi vez ou outra aparecia e fazia uma presença para não parecer mal educado com os amigos de seu esposo.
Wei Ying sorria para o jeito das amigas que suspiravam cada vez que WangJi aparecia.
— Juro que vou ter um troço se seu marido vier de novo. – Rafa sorria bebendo um gole de vinho. – Vai ser lindo assim...
Wei Ying sorriu e balançou a cabeça negando pelo jeito das amigas.
— Vocês vão fazer falta. – Nanda murmurou.
— Eu já disse, anualmente Lan Zhan tem que vir para ver o andamento da empresa, venho com ele e nos reunimos. – Wei Ying tentava consola-los, mas no fundo também sabia que sentiria falta de todos.
— Eu sei que parece piegas, mas você foi o melhor amigo que tive. – Jhony sorriu um tanto triste.
— Foi? Eu não sou mais? – Wei Ying brincou com ele.
— Modo de dizer, china, não aprendeu o jeito dos BR's de falar... hahahahaha... – Retrucou e sorriu tomando um gole na cerveja.
— Eu aprendi um monte de coisas.
— Wei Ying é mais BR que chinês, ver só, chegou aqui já sabia falar até nossa língua... Malditos asiáticos sempre na frente de tudo. – Mari sorriu e acenou para eles.
— Eu só sei que o vinho estar acabando, Wei Ying libera... – Gi acenou com a taça vazia.
— Ok. – Wei Ying se levantou para ir buscar um jarro quando se deparou com May e Mara que haviam ido ao banheiro.
— Wei Ying pelo amor, vem agora... – May agarrou-o pela mão e arrastou para dentro da casa.
Mara chamou os demais e contou o que estava acontecendo.
— O que foi? – Wei Ying seguiu a amiga e pararam na sala.
May estava nervosa e olhava para o sofá.
— Eu deixei meu copo perto do dele, acho que ele pegou por engano e bebeu. – May tagarelava nervosa. – Aí ele desmaiou, juro que não coloquei nada na batida de morango.
WangJi estava encostado com a cabeça para trás, havia apagado. Wei Ying sorriu baixinho e se aproximou sentando ao lado dele. As demais meninas se aproximaram e olhavam para eles um pouco apreensivas. Jhony se aproximou perguntando.
— Ele está bem?
— Está sim, bem acontece que Lan Zhan é fraco para bebidas.
Todas se olharam estranhando.
— May, você colocou álcool demais? – Mara questionou.
— Claro que não, estava até no final devia ter só um gole.
— Minha nossa, ele apagou com um gole?
Wei Ying sorriu para ela e voltou a face para o marido.
— Lan Zhan, não aguenta nem um gole hahahahaha... – Wei Ying coçou a cabeça pensativo. – Ele apagar nem é o problema...
— O que? – Todos olharam para o amigo com expressão confusa.
— O problema é que ele vai acordar a qualquer momento e... - Mal Wei Ying começou a falar e WangJi acordou sentando ereto no sofá.
— Wei Ying.
— Sim, Lan Zhan.
— A sua festa.
— Errr, sim estamos fazendo a festa de despedida.
WangJi olhou para o grupo e levantou puxando-o o outro pela mão.
— Vamos.
— Ah, Lan Zhan estou indo, não precisa puxar assim...
A dupla passou por todos e chegaram no lado de fora, WangJi pegou o controle remoto do som e colocou música para tocar, envolveu Wei Ying pela cintura e começou a conduzi-lo em uns passos de dança. Todos na varanda os encaravam com olhos surpresos.
— Ei, o que deu nele? – Mara cochichou as amigas.
— Sei lá, mas vou na onda... – Rafa foi a primeira a se juntar a eles.
— Eita que agora a festa vai ficar boa, deus asiático se juntou a nós. – Gi foi no embalo.
WangJi depois de dançar com Wei Ying, se juntou as garotas e convido-as a dançar, a noite por si só acabou sendo mais divertida. Wei Ying apesar de preocupado com a embriagues de seu marido, não resistiu a tirar umas fotos e até filmar no seu smartphone ele dançado com as suas amigas e até Jhony entrou no embalo.
Era mais de duas da manhã quando Wei Ying conseguiu colocar o marido na cama, voltou a sala onde todos estavam largados no sofá.
— Lan Zhan finalmente dormiu. – Wei Ying sentou no meio delas. – Foi divertido ver ele dançando.
— Wei Ying, agora que tudo se acalmou conta esse babado, ele bebe um gole e fica assim? – Gi olhava o amigo com sorriso arteiro.
— É ele faz coisas quando bebe, na verdade essa é a segunda vez que vejo ele assim, da outra vez eu era mais novinho e tínhamos viajados para a vila onde ele nasceu. – Wei Ying recordava. – Eu evito, porque não sei qual serão as reações, melhor não arriscar.
— Eu adorei, ele dança muito bem e foi divertido. – May sorriu e levantou. – Melhor irmos, amanhã vamos ao aeroporto nos despedir. – Chamar o Uber, quem topa rachar?
— Eu. – Mari acenou.
— Eu vou nessa. – Gi se ofereceu.
— Vou chamar um carro para nós Rafa e levamos a Mara. – Jhony pegou o seu smartphone.
Pouco depois, Wei Ying estava no portão se despedindo deles. Fechou o portão e voltou para casa, ao entrar guardou desligou as luzes e foi se deitar. Quando entrou no quarto, viu WangJi dormindo e sorriu, sentando na beira da cama.
— Zhan-ge, quando acordar e ver as fotos e vídeos vai morrer de vergonha hahahaha... – Abaixou e beijou a testa do marido. – Logo mais estaremos voltando para Pequim e estou ansioso pra rever todos.
Na noite seguinte, todos foram ao aeroporto se despedirem deles, em um abraço coletivo desejaram boa viagem de volta para Wei Ying e WangJi. O voo de retorno foi tranquilo e apesar de ser uma viagem longa chegaram bem em Pequim. WangJi e Wei Ying foram recebidos por suas familias, todos estavam ansiosos pela volta deles e foram direto para o Templo SanRen comemorarem o reencontro.
Continua...
https://youtu.be/1zZnVYyNqrI
Olá pessoas lindas,
Ahhhh, espero mesmo que todos tenham se divertido com esse capítulo by Brasil.
Na verdade este capítulo não estava no planejado da história, mas eu quis colocar por um simples motivo: HOMENAGEAR VOCÊS LEITORES!
Sim, este trecho onde Wei Ying e WangJi viveram no Brasil por 3 anos, foi arquitetado de última hora, por que queria fazer esse agrado e dizer que sem vocês aqui me motivando eu não teria ido tão longe com essa história.
Se não for você, não será mais ninguém! é meu xodozinho não tenho como negar que amo escrever essa fic.
Então, um escritor sempre imortaliza algo em suas escritas eu decidi imortalizar vocês nesse capítulo. Se sintam como as meninas Mari, May, Mara, Rafa, Nanda, Gi e o menino Jhony que se tornaram um pouco de vocês ao estarem com WangJi e Wei Ying.
Eu uno minhas mãos e me curvo em reverência a todo o carinho que dão ao comentarem minhas histórias, amigas e amigos eu amo vocês!!!
Vou nessa e até o capítulo final do arco Reencarnação.
Preparem os corações que a maré vai agitar e muito!!!
Bjusss
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro