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9 - Saída entre amigos

É sexta e não tenho cabeça para sair com o Jake, tanto que ainda estou no trabalho atendendo o que eu julgaria a pior cliente da face da terra. E essa é uma bebê de 1 ano e 3 meses.

Deve ter algo na bíblia sobre odiar bebês, só que no momento eu não estou me importando com isso, só quero amassar a cabeça fofa desta bebê frufru.

— Sra Madson acho que a Jane gostou deste vestido — digo forçando o sorriso

— Eu não sei se azul fica bem nela — Carmelia suspira — Acho que vou levar o rosa — sorri animada

— Qual dos rosas? — pergunto tentando conter a irritação

— O primeiro de todos — responde tirando o vestido azul da Jane

Seguro o grunhido de ódio que eu queria soltar e procuro o vestido no monte que esta no sofá.

Eu trabalho em uma loja de roupas para bebes e Carmelia Madson é uma das melhores e piores clientes, ela me adora pois sempre que esta aqui reclama do marido e dos outros filhos. A mulher é pode de rica e gasta todo o dinheiro com a única filha mulher, Jane.

A bebê tem 1 ano e 4 meses e consegue ser mimada e irritante, a garotinha é rechonchuda e gostosa de apertar com a pele escura e olhos claros de dar inveja, o cabelo crespo esta sempre acompanhado de uma tiara de princesa. Quando essa menina crescer vai ser um nojo de tão chata.

Mostro o vestido rosa de babados com pequenas flores brilhantes nas magas e Carmelia sorri em aprovação, a pele dela é escura como a da filha, na verdade as duas são bem parecidas, exceto pelos olhos claros que vem do pai da menina, pelo que a mulher me contou. Carmelia já foi uma juíza incrível só que depois do terceiro filho largou a carreira e engrenou na vida de madame, ela fala muito porque os filhos homens, que são cinco no total estão fora do pais, o mais novo esta na Inglaterra em um internato. Mandar crianças para internato não parece algo certo a se fazer, mas ricos são estranhos.

O ponto é que o marido também e Juiz e trabalha muito deixando a mulher sozinha em uma casa enorme com empregados e uma bebe insuportável, para que ela não se sinta tão sozinha ela vem toda sexta revira nosso estoque e enquanto enrola para escolher uma roupa conta metade da vida de rica dela, com o tanto de roupa que ela compra dava para abrir outra loja.

— Aqui esta sra Madson, vejo a sra em breve — sorrio entregando o pacote.

— Muito obrigada querida eu e Jane ficamos muito felizes em comprar aqui com vocês — acena para as outras atendentes

Holly acena de volta com um olhar assustado, ela é nova aqui e não conhecia a Carmelia entendo o choque, a mulher ficou aqui por três horas.

— Nós que agradecemos, tenha um bom fim de semana — me despeço abrindo a porta de vidro.

— Ate! — sorri e entra no carro com motorista

Aceno e fecho a porta, todas suspiramos aliviadas.

— Isso foi uma loucura — Holly comenta com os olhos arregalados

— Se prepare, pois ela é cliente fixa! — Sol zomba

— Pare de importunar a garota, Sol! — Gaby bufa

— Só estou falando a verdade — a ruiva da de ombros

— Eu vou embora meninas, tenho um compromisso alguém arruma a bagunça por mim? — peço com olhos de cachorrinho

— Claro que arrumamos! Vai tranquila Kendra — Holly sorri amável

- Obrigada! Vejo vocês segunda feira - mando um beijo pego minha bolsa e saio

Pego um taxi e fico um pouco desesperada no carro, preciso tomar banho me arrumar e dar um jeito no meu cabelo, a fofa da Jane fez o favor de passar bala nele, neném do mal.

— Obrigada moça — agradeço quando a mulher estaciona na frente do meu prédio

— Eu que agradeço, tenha uma boa noite — ela sorri assim que eu pago.

É o que eu pretendo ter, são cinco e meia da tarde, eu marquei as seis com o Jake se eu quiser parecer apresentável preciso correr.

Entro em casa apressada e vou direto para o banheiro, aparentemente minha irmã ainda não voltou e eu terei que fazer tudo sozinha.

Saio do banho em tempo recorde com o cabelo lavado e começo pela maquiagem, faço algo simples delineado, batom vermelho, lentes de contato, rímel e pouco de iluminador. Seco o cabelo de qualquer jeito e prendo-o em um rabo de cavalo.

Pego a roupa que comprei, uma saia preta ate o meio da coxa, meias calça pretas, já que esta um pouco frio, blusa de lã vinho e botas de cano curto marrons, passo meu perfume de sempre e sorrio quando meu celular toca anunciando seis horas em ponto. Pego um casaco preto e desço para o andar de baixo, não quero o Jake na minha casa ainda mais quando eu deixei minha casa um caos.

— Boa noite sr Jones — sorrio para nosso porteiro

— Boa noite gêmea loira — ele sorri de volta

Sr Jones define eu e minha irmã por Gêmea loira e gêmea morena, por causa das tonalidades do cabelo. Ele é baixinho e deve ter um 70 anos, mais é o melhor porteiro que já tivemos com os olhos negros fundos e rugas de vivência, nunca deixou escapar uma pessoa que passasse por aquelas portas.

Quando ele conheceu a mim e minha irmã disse que era a primeira vez que via garotas tão iguais e ficou feliz com a beleza em dobro. Uma coisa que ninguém sabe é que Nina ainda tem o cabelo loiro, ela não quis arriscar pintar o mesmo de escuro e não conseguir mais a tonalidade do meu, então para que não fossemos confundidas toda hora ela comprou uma peruca escura, foi caro mais deu super certo nada de confusões, mesmo idênticas temos a diferença dos cabelos e dos olhos, antes eram os óculos e agora a cor.

Me sento no banco ao lado da portaria e suspiro esperando Jake, não posso negar que não estou muito empolgada para isso.

Nina me mandou mensagem avisando que dormiria na casa de um amigo e depois de uma hora continuo esperando Jake no frio da portaria, suspiro e me levanto pronta para ir embora preciso arrumar o apartamento e terminar alguns trabalhos.

Meu celular toca assim que aperto o botão do elevador e o nome de Jake aparece na tela, eu não queria atende-lo estou com raiva por ter perdido uma hora do meu tempo, mais preciso saber o porque de perder tanto tempo assim. Atendo o telefone a contar gosto.

— Alô? — digo um pouco insegura

Girassol! — a voz grosa e um pouco abafada de Jake soa no autofalante

— Onde você esta? — sibilo irritada

Eu tive um... um... — as palavras estão enroladas e percebo que ele esta bêbado

Seguro o impulso de gritar e jogar meu celular na parede.

— Deixa pra lá eu falo com você depois — digo e desligo o telefone

Respiro fundo e me viro para sair, eu posso não sair com o idiota do Jake mais estou com fome e não quero cozinhar.

— Até mais tarde sr Jones — aceno e saio

Quando aquele imbecil aparecer na minha frente eu vou chuta-lo e mostrar como é bom deixar alguém na mão, ele se comprometeu comigo e ficou bêbado? Que tipo de cara faz uma coisa dessas? Idiota.

— Onde esta indo assim tão irritada? — me assusto quando Thomas aparece na minha frente

O cara ruivo com pensamentos suicidas. Seguro um suspiro, não preciso de mais drama agora.

— O que você faz na frente do meu prédio? — estreito os olhos desconfiada

— Eu moro aqui — ele sorri

Sinto meu rosto esquentar, é claro que ele não esta me seguindo, que maluca.

— Entendi, desculpa a pergunta — forço um sorriso.

— É normal — ele da de ombros — E então? Aonde vai? — pergunta colocando as mãos nos bolsos da jaqueta

— Vou comer em algum lugar, não estou a fim de fazer nada para jantar —suspiro

— Que bobagem eu faço janta pra você — sorri animado

— Isso é estranho — franzo o cenho

— Qual é loirinha, estou fazendo culinária! Cozinhar é minha praia — diz ofendido — Não vou deixar você comer qualquer coisa pela rua, podemos comer na segurança da portaria se quiser — sorri

— Esta muito frio na portaria e eu não tenho nada no meu apartamento — digo com um pequeno sorriso

— Para o meu então — pisca um olho

— Tudo bem, comida grátis é melhor que comida paga — dou de ombros com um pequeno sorriso

— Você vai ter que lavar a louça, nada é de graça garota — diz enquanto entrarmos com um sorriso zombeteiro.

— Ei! Você é o anfitrião não deve me fazer trabalhar — faço uma careta

— Deixa de ser chorona, serão só alguns pratinhos — empurra meu ombro e entramos no elevador.

Ele aperta o segundo andar e ficamos em silêncio enquanto subimos.

— Então, porque esta toda arrumada? — Thomas pergunta quebrando o silêncio

— Eu ia sair mais levei um bolo — suspiro derrotada.

— Quem foi o idiota que fez isso? — pergunta indignado

— Se eu te contar você não acreditaria — dou risada enquanto a porta se abre

— Não me deixe curioso doutora — nega e anda ate sua porta

Eu não quero falar mal do amigo dele, talvez ele fale para o Jake e as coisas ficariam complicadas, eu mesma quero ter o prazer de jogar na cara dele como ele é imbecil.

— Vamos lá Kendra, não fique em silencio — insiste abrindo a porta 7B

— Se eu te contar tem que prometer não contar a ninguém — eu não queria contar mais preciso desabafar e Thomas entende de desabafos.

— Já ate imagino quem seja — ele suspira temeroso

— Eu imaginei que sim — assinto — Agora prometa — arregalo os olhos para amedronta-lo

— Você não é nada assustadora assim mais eu prometo — ele ri — Bem vinda a minha humilde residência — faz uma reverencia abrindo a porta do apartamento

Entro com um pequeno sorriso, o apartamento dele não é diferente do quesito tamanho, tem uma sala de estar com uma tv grande e dois sofras escuros, uma mesa no centro com livros empilhados d uma lado e jogos do outro, uma estande desorganizada com papeis, bonecos e mais livros. Tem uma cozinha americana, com uma bancada de mármore uma mesa de jantar no centro, geladeira duplex branca, armários brancos com preto na parede e uma pia com uma lava-louça em baixo. Creio eu que no corredor que segue logo depois da sala são os dois quartos e um banheiro no fim assim como o meu, é um apartamento bonito e simples.

— O que vai cozinhar de bom? — pergunto esfregando uma mão na outra

— Gosta de lasanha? — arqueia as sobrancelhas.

— Eu amo lasanha! — sorrio animada

— Não é isso que eu vou fazer — nega com um sorrisinho

Abro a boca chocada e Thomas gargalha.

— Meu deus mulher eu estou brincando! — diz rindo sem parar

— Não brinque com a comida desta maneira Thomas é cruel — fungo um pouco magoada

— Certo, me desculpe — pede entrando na cozinha — Me conte sobre seu bolo enquanto eu ponho a mão na massa — completa colocando um avental.

O avental é branco e diz "Não grite com o cozinheiro" meio ridículo, mas combina com ele.

Suspiro e conto para ele toda a trajetória com o Jake e o motivo pelo qual eu sairia com ele hoje, Thomas é um bom ouvinte e um excelente cozinheiro. Ele colocou a lasanha no forno e fez mousse de morango para comermos de sobremesa tudo isso enquanto eu tagarelava sem parar com o quanto Jake é idiota e irresponsável.

— Na minha opinião você deveria tomar um copo de água — diz quando paro para respirar — Aqui está — me oferece um copo cheio com um sorriso gentil

— Obrigada — sorrio e bebo a água

— Acho que o Jake não quis furar com você, deve ter sido um mal entendido — diz retirando a lasanha do forno

O cheiro está maravilhoso e a aparência ainda melhor.

— Ninguém fica bêbado sem querer Thomas, ainda mais alguém como ele — digo ajudando ele com os pratos

— Você não sabe se ele estava bêbado — aponta a espumadeira para mim

— Sei reconhecer gente bêbada pelo telefone — retruco irritada

— As vezes você entendeu a situação errada — diz pensativo — Talvez ele tenha sido dopado por uma mulher que te odeia e quer atrapalhar a vida de vocês dois! — arregala os olhos e faz um gesto de explosão na cabeça

— Você anda lendo muito clichê, Chef — zombo dando risada

— Pode acontecer — ele da de ombros sem se importar

— Claro que pode mais não é o caso, seu amigo fez besteira e algo me diz que não é a primeira vez — suspiro e me sento

— Ele não está acostumado a ter compromissos assim — justifica se sentando a minha frente

— Ele não é um bebê Thomas — reviro os olhos — Sei que está tentando defender seu amigo, só que as vezes as pessoas erram e não podemos passar pano para elas — o encaro com pena

— Quer saber? Vamos mudar este assunto melancólico! — faz um gesto dispensando meu comentário

— Tudo bem, de qualquer forma estou mais interessada em comer do que falar — dou risada encarando a lasanha

Estou morrendo de fome, eu só almocei na faculdade hoje e eu preciso me alimentar constantemente ou caio dura no chão. Na verdade isso é um pouco de exagero, mais meu estômago está roncando.

— Tudo bem fominha vou servir você — sorri cortando a lasanha

Sorrio com expectativa e água na boca, Thomas coloca um pedaço bem grande no meu prato e espero até que coloque no seu , corto um pedaço da lasanha e coloco na boca.

Ele me encara com expectativa e eu suspiro, a massa é leve e tem tanto queijo junto com a carne moída e o molho combinado com uma explosão de sabor maravilhosa.

— Uau! Isso... Uau! — encaro Thomas com os olhos arregalados

Ele sorri satisfeito e como um pedaço.

— Eu sou muito incrível — se gaba dando de ombros

— Eu gostaria de dizer que não mais eu não posso — nego comendo mais um pouco.

Ele ri e por um momento comemos em silencio, não dava pra falar enquanto eu devorava aquela maravilha. Toda pessoa tem o seu dom, algo em que é muito bom, poucos conseguem desenvolver este dom, mas meu amigo chef desenvolveu linda e deliciosamente.

— E então Chef, o que mais você faz? — pergunto limpando os cantos da boca

— Além de cozinhar? — franze o cenho tomando um gole do vinho

Apenas assinto tomando um pouco do meu vinho também.

— Eu gosto de escrever — sorri um pouco envergonhado

— Você é um escritor? — arregalo os olhos impressionada

— Eu não diria que sou escritor, ate hoje só escrevi historias para minha irmã — ri bebendo mais um pouco.

— Todo escritor fala isso — dispenso seu comentário com a mão — Posso ler? — pergunto me inclinando na mesa

— Não — nega rapidamente

— Ah Thomas! Por favor —junto às mãos e o encaro pidona

— Sem chance — balança a cabeça negativamente —Não tem nada que faça com que eu deixe você ver meus trabalhos — permanece irredutível.

— Você é um escritor fantástico! — digo entregando o caderno para ele

— É mais eu não tenho interesse em publicar isso aqui — diz colocando o caderno de volta na estante

— E por que não? São incríveis! — franzo o cenho

— Eu escrevia para minha irmã se desligar um pouco deste mundo horrível, eu consegui fazer isso. Meu objetivo foi alcançado — responde dando de ombros

— Você não vê que pode ir muito mais além? — pergunto me aproximando dele e seguro sua mão

Estamos sentados em frente a estante em um tapete felpudo preto, Thomas me encara confuso pelo comentário e eu respiro fundo. Todo esse tempo, todas as brincadeiras e conversar profundas mostrou que ele é diferente de qualquer homem que eu já conheci, tem algo nos olhos azuis de Thomas que tornam ele incrível e curioso, os cabelos ruivos, a barba bem cuidada e a pele clara o deixa sexy, mas quando ele abre a boca sei que é um sentimentalista. Gosto disso, saber que tem mais do que ele aparenta, nem tudo pode ser bom mais o que é com certeza compensa qualquer ruindade.

— Quantas pessoas acha que não gostariam de sair deste mundo miserável para entrar neste universo incrível que você criou? A escrita é um dom, deve usa-lo para ajudar outras pessoas assim como ela te ajudou. Dê as outras pessoas um portal de escape — digo olhando em seu olhos

— E se as pessoas nãos gostarem? — pergunta em um sussurro

— Ninguém agrada todo mundo, eu sou uma pessoa e eu amei — sorrio.

Ele também sorri e ficamos em silencio, os olhos azuis de Thomas estão um pouco mais escuros pela iluminação, estamos tão próximos que consigo sentir sua respiração constante. A garrafa de vinho esta quase vazia na mesa do centro e de algum modo esta super quente aqui dentro.

— Você é a primeira pessoa que lê algo que eu escrevi além da minha irmã — diz colocando uma mexa do meu cabelo atrás da orelha

— Fico lisonjeada por saber isso — mordo o lábio inferior

— Você praticamente me ameaçou por isso — ele ri

— Valeu a pena — sussurro descendo o olhar para seus lábios

— Valeu sim — concorda

Engulo a seco e volto a encara-lo, os olhos azuis agora estão quase negros e nossos narizes se tocam levemente, Thomas encara minha boca e nos aproximamos ate nossos lábios estarem quase colados um no outro.

— Isso não é certo — sussurra sem desviar os olhos dos meus

— Por que não? — passo a língua pelos lábios

— O Jake...

— Não temos nada e eu nem quero — dou de ombros levemente

— Isso...

Antes que ele fale algo eu avanço mais Thomas se afasta rapidamente e ficamos parados em silencio, a vergonha recai sobre mim e meu rosto queima.

— Kendra eu...

— Não precisa falar nada — digo me levantando — Eu preciso ir embora

— Você nãos precisa ir — diz segurando minha mão

— Depois dessa vergonha? — forço uma risada — É claro que eu preciso — bufo irritada

— Não é que eu nãos queira beijar você, eu quero mas...

- O fato de você se explicar só piora as coisas - engulo a seco

- Eu quero muito beijar você - diz se aproximando - Ate mais do que apenas beijar - comenta passando os dedos nos meus lábios

— E por que nãos faz? — pergunto confusa

— Eu não poderia deixar você ir e não é a mim que você vai escolher — sorri tristemente contornando meu rosto com o dedo

— Deixe que eu decida isso, posso cuidar disso — digo colocando as mãos em seu peito.

Ele se aproxima e fecho meus olhos com expectativa, no entanto seus lábios tocam minha bochecha no canto da minha boca e a sensação dos seus lábios macios na minha pele me deixam ansiosa por mais.

Mas Thomas se afasta e eu abro os olhos decepcionada.

— Boa noite Thomas — digo pegando minha bolsa

— Boa noite — suspira tristemente

Olho para ele uma ultima vez, os cabelos ruivos bagunçados e a pele levemente corada olhos faiscando e a pele iluminada pela luz sobre sua cabeça, porem dentro de seus olhos um conflito interno tão intenso que assustaria qualquer um, menos a mim eu poderia lidar com essa confusão eu ate queria isso, pena que ele não quis.

Com um suspiro saio daquele apartamento e volto para o meu, preciso deitar e dormir esquecer toda essa noite maravilhosa e conturbada.


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