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Capítulo 2

Matteo

— Tem certeza que quer fazer isso? - indaga Ellie ao telefone.

Somos amigos há quase 15 anos, e desde então ela não gosta muito de mudanças, casada e com dois filhos sua vida se torna mais tranquila, mas eu com 40 anos desejo outras coisas, nunca me casei acho que perdi minha chance quando tinha 26 e nunca encontrei alguém que me fizesse ter vontade de ter uma família.

— Sim, o salário compensa muito, em um ano volto para casa e concluo meus planos – afirmo e ela sorri do outro lado da linha.

— Como vai aguentar ficar tanto tempo longe de nós, sua mãe vai ficar louca – afirma e começo a rir.

— É por isso que ela tem meus irmãos e os filhos deles, não fique preocupada Ellie, vai dar tudo certo e um ano passa bem rápido – garanto tentando tranquilizá-la.

— Queria tanto que tivesse encontrado alguém, agora não nos deixaria – choraminga.

—Você deveria arrumar algo para fazer, está parecendo a minha mãe – digo e começamos a rir.

— Matteo, você está bem engraçadinho – resmunga.

— Alguém precisa te fazer rir – brinco. — Agora tenho que ir, vou terminar de arrumar algumas coisas, vou viajar daqui a 3 horas – informo.

— Se lá for muito chato, volte correndo para cá – diz apenas repetindo o que me disse ontem no jantar de despedida.

— Tente relaxar um pouco, Grindelwald não é tão ruim assim – asseguro.

Nos despedimos e volto a arrumar minhas coisas, entendo o desanimo de Ellie e minha mãe, no entanto não posso deixar que isso seja o suficiente para me fazer desistir, não desejo uma família como todos pensam, nenhuma mulher me despertou dessa forma, bom apenas uma, mas ela não existe mais em minha vida, isso é bem estranho, nunca a conheci pessoalmente, contudo foi a única que despertou algo em mim, depois dela, as coisas ficaram diferentes.

Termino de arrumar minhas coisas, separo o que realmente levarei e algumas coisas que vão ficar aqui guardadas, minha casa é própria e como não pretendo alugar irei deixar tudo aqui como está, já combinei com uma moça para vir limpar a casa e como a cidade é apenas 3 horas daqui poderei vir aos finais de semana se não tiver muito trabalho, acho que será um bom momento para mudanças.

Essa universidade sempre muda de coordenador, por algum motivo ninguém fica lá por muito tempo e eu não serei o cara que quebrará essa tradição, não gosto de ficar preso em lugar nenhum, são anos sozinho, não pretendo mudar isso.

Algumas horas depois, tudo está pronto, penso que sair um pouco mais cedo do que planejei é uma boa ideia. Coloco as coisas no carro e tranco a casa. Olho para ela por um momento e logo entro no carro, pronto para mais uma aventura.

A viagem ocorre de forma tranquila, aproveito a estrada vazia e dirijo com calma, assim que começo a me aproximar da cidade sinto o clima mudar e o frio invadir a minha pele, aproveito o momento para parar em um posto e coloco minha blusa de frio, penso que mudar o clima é realmente algo de que eu precisava.

Assim que entro na cidade me encanto com sua beleza, mesmo com todo o frio as árvores possuem um verde muito bonito, algumas folhas caídas no chão parecem estar molhadas por conta do sereno, como é domingo não tem muitos estabelecimentos abertos, para ser sincero não vejo nenhum.

Me direciono ao endereço que a universidade me passou, a casa que ficarei neste período, surpreendo-me com a mudança de cenário, as casas de madeira tomam conta do ambiente, ficam próximas das montanhas e são todas muito bonitas.

Passo por uma rua asfaltada, parece ser mão única, aos lados deparo-me com cercas que parecem ter sido feitas com a própria natureza, pois são rodeadas de folhas grossas, as flores e árvores se destacam, é possível ver algumas árvores nas montanhas, mas elas ficam escondidas por conta do sereno.

As casas são de até três andares, todos com varandas e flores penduradas que combinam muito com a parede de madeira marrom e as janelas brancas, instantaneamente me sinto em casa.
Ando um pouco mais, afastando-me das casas e indo para lugares mais isolados, deparo-me com fazendas com as gramas mais verdes que já vi, a cerca de madeira é o que as protege, após alguns minutos dirigindo chego em uma casa mais isolada, sei que é a que vou morar.

Estaciono o carro e vou pegar as chaves onde havíamos combinado, após pegá-las entro na casa e a observo, ela é bem bonita, os móveis são de madeira e bem espalhados, a casa é neutra, não vejo cores exuberantes, é tudo na cor marrom e cinza, às vezes tem um bege e branco para deixar o ambiente mais claro e isso é o suficiente para mim, gosto de ser mais reservado.

Após guardar minhas coisas entro em contato com o responsável da faculdade, até o momento é a única pessoa que conheço daqui, o questiono se tem algum local que posso fazer algumas compras e ele me orienta, saio apressado e vou para o mercado.
Meu telefone toca e mesmo já sabendo quem é atendo e coloco no viva voz, já que estou dirigindo não é adequado ficar com ele no ouvido.

— Como foi a viagem? - indaga minha amiga.

— Foi ótima, eu ia te ligar quando voltasse do mercado – informo antes que ela me cobre.

— Como é ai? Movimentado? - indaga ignorando o que eu havia dito.

— Aqui é bem tranquilo, mas acredito que por ser domingo seja deste jeito mesmo. Só tem um mercado aberto, estou indo para lá, fico impressionado pelo gps funcionar aqui – comento.

— Um lugar onde não tem nada aberto? Deve ser o fim do mundo – diz como se já odiasse a cidade.

— Não seja grosseira Ellie, é domingo, isso é cultural aqui – lembro-a, mas nada parece acalmá-la.

— Isso é ridículo – diz com raiva.

— Ellie, são apenas 3 horas de carro, venha quando quiser, a casa disponibilizada pela universidade é bem grande, nós não ficaremos muito tempo longe – afirmo tentando tranquilizá-la.

— Para mim é bem longe – fala parecendo triste.

— Pode me ligar quando desejar, um ano passa rápido – recordo-a.

— Tomara que passe mesmo – diz.
— Vou desligar, cheguei no mercado – aviso e nos despedimos.

Chego em uma rua cheia de prédios bem antigos, a estrutura é muito bonita. Praticamente em todos eles está pendurada uma bandeira da cidade, como se não quisessem que ninguém se esquecesse de onde está. Todos os prédios tem mais de um andar, entro em um com a identificação do mercado, não é muito grande, no entanto dá para comprar algumas coisas, pelo menos para hoje, já me sinto faminto e ansioso para comer algo.

Pego uma cesta e separo o que desejo, quando já esta quase cheia sinto que tem alguém me olhando, quando procuro pela pessoa deparo-me com os olhos mais lindos que já vi. São olhos grandes, cor de mel. A garota me encara apavorada, não entendo sua reação já que não a conheço, ficamos nos observando por um tempo, estranho a sensação que causa em meu corpo, antes que eu pudesse perguntar se nos conhecemos ela desaparece sem olhar para trás.

Ando um pouco pelo mercado, todavia não a encontro, parece que ela evaporou, resolvo ir para o caixa, pago o que devo e saioainda com essa sensação esquisita, eu gostaria muito de achá-la, sinto que nos conhecemos, mas não sei de onde, fico parado no carro esperando para ver se ela sai do mercado, mas a espera é inútil, quando começo a acreditar que isso foi apenas fruto da minha imaginação, dirijo-me para casa, sabendo que ficarei pensando na garota por mais alguns dias.

Chego em casa e arrumo as coisas que comprei, após comer algo pego o meu computador e o ligo, preciso revisar algumas coisas antes de ir para a faculdade amanhã e depois irei apenas descansar. Assim que a tela liga deparo-me com a foto da mulher que entrou em minha vida quando eu tinha 26 anos, ela era apenas uma menina, como eu pude não me lembrar imediatamente de quem ela era? Sinto o meu coração disparar, estava mais velha, mas possui os mesmos olhos, não consigo acreditar nisso… Será que o destino queria brincar?






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