Capítulo 11
ATENÇÃO, ESTE CAPÍTULO CONTÉM CENA HOT, SE NÃO GOSTA POR ALGUM MOTIVO PODE PULAR A CENA****
Emma
Caminho lentamente até a janela, estou usando uma camisola preta de renda. Um decote profundo nas costas faz com que o vento frio invada o meu corpo, sinto um arrepio me percorrer, no entanto ao invés de sentir frio… Sinto-me excitada. Eu posso senti-lo próximo a mim, mas ainda não o vi, fecho os olhos e imagino suas mãos em meu corpo, o vento bagunça meu cabelo, levanto o pescoço para dar espaço aos lábios que tanto anseio.
O meu corpo arrepia-se ainda mais, abro os olhos lentamente e olho por cima do ombro. Deparo-me com os olhos mais indagadores. Recordo-me de quando tinha quinze anos e o amei pela primeira vez mesmo sem saber exatamente o que o amor realmente significava. Se alguém tivesse me falado que ele estaria para sempre em mim, eu riria da pessoa, contudo a verdade é que apenas os seus olhos em meu corpo fazem com quem eu me sinta a mulher mais exposta e mais linda do mundo.
Matteo se aproxima ainda mais de mim, sem me tocar o homem que tanto desejo analisa-me e sorri com um orgulho que me faz ficar ainda mais apaixonada, é como se ele tivesse orgulho em estar comigo, por saber que sou sua.
Quando sinto-o ainda mais perto, respiro fundo para sentir o cheiro delicioso que apenas ele possui, deveriam fazer um perfume do cheiro de sua pele, é viciante.
— Emma – murmura em meu ouvido.
Seus lábios passeiam levemente pela minha pele, o arrepio aumenta e controlo-me para não sorrir devido a cócegas e a excitação, suas mãos encontram minha cintura e ele me aperta contra si enquanto beija o meu pescoço, controlo-me para não gemer e me entregar com tanta facilidade.
Ele desce a alça da minha camisola pelo meu braço deixando o meu ombro livre, logo seus lábios estão ali distribuindo beijos. Sinto-o levantar o meu corpo e eu o obedeço, coloco minhas pernas ao redor de sua cintura e o aperto contra mim, posso sentir sua ereção invadindo minha intimidade, ele beija ainda mais o meu corpo deixando minha pele marcada para sempre como sua.
A camisola continua saindo do meu corpo, como se ali não fosse mais o seu lugar ideal, antes que eu possa impedir o meu seio esquerdo fica a mostra, encaro os olhos do homem que parece querer me devorar, vejo ali todo o sentimento que um dia sonhei. Matteo desvia o olhar do meu e se apropria do meu seio, inicialmente distribui beijos tímidos, todavia isso não o satisfaz por muito tempo e logo posso senti-lo colocando meu seio em sua boca. Fecho os olhos e solto o gemido que estava controlando, ele fica ali me torturando como se estivesse achando isso divertido.
O meu corpo começa a reagir a ele, sinto um orgasmo se aproximando, não o quero agora, quero mais desse homem que sempre se manteve vivo em meus sonhos, o cara que me impediu de amar alguém verdadeiramente, pois sempre o amei. Sem me controlar mais, grito o seu nome enquanto um orgasmo delicioso me liberta.
Acordo respirando fundo, isso pareceu qualquer coisa menos um sonho. A claridade invade o quarto pela janela olho para o meu corpo e vejo que estou usando a mesma camisola do sonho, sem pensar duas vezes a arranco do meu corpo. O desespero me invade quando sinto o orgasmo no meio de minhas pernas, não acredito que isso aconteceu, como pude ter um sonho tão real? Sinto-me completamente suja, em todas as vezes em que sonhei com ele jamais foi tão intimo e real, sempre eram palavras bonitas quando eu precisava de alguém, mas dessa vez foi diferente.
O meu corpo começa a tremer, puxo o coberto para mais perto de mim, um aperto forte em meu peito faz com que pareça que tudo vai desmoronar e eu sei que vai, sem que me controle as lágrimas se libertam, invadindo o meu rosto. Escondo meu rosto no cobertor e tento ao máximo abafar o som de toda a tristeza que sinto.
Isso é errado de todas as formas que posso imaginar, o meu coração só tem lugar para uma pessoa, e esse é o meu marido, no entanto tudo está se transformando dentro de mim e pensar que agora o cara que vivia no sonho de uma adolescente esta aqui sendo tão diferente daquilo que ela sonhou… Isso parece querer me matar.
Esse cara nunca será o meu Matteo e por mais que eu esteja confundindo as coisas, ele não é o cara de 25 anos que conheci no momento em que mais precisava de alguém, esse homem que trabalha comigo está muito longe de ser aquele que amei.
Não consigo me acalmar, o choro não diminui e a dor em meu peito não vai embora, não sei por quanto tempo fico desta forma, e quando finalmente adormeço percebo que esse foi o maior alívio que já pude sentir.
Desperto sentindo muita dor de cabeça, vejo um sol forte invadindo o quarto mesmo que o frio se faça mais presente do que seu calor, olho as horas e vejo que perdi o café da manhã, já passa das nove, Matteo havia marcado com o pessoal as sete. Não me preocupo com isso, levanto-me e vou direto para o banheiro, tomo um banho bem quente e lavo o cabelo, sei que não é a melhor combinação, no entanto preciso disso hoje. Quando saio do chuveiro, seco-me e vou fazer minha higiene pessoal, mas assim que encaro o espelho assusto-me com minha expressão.
Meus olhos estão inchados e meu rosto muito abatido, parece que estou doente, no fundo é assim que me sinto. Resolvo me maquiar um pouco e em alguns minutos pareço muito melhor, é incrível como um é fácil transformar-se e esconder-se, as máscaras da vida são perfeitas.
Para vestir, escolho uma meia grossa preta e um vestido da mesma cor, coloco um sobretudo marrom e uma bota, não deixo de pegar o meu cachecol o frio aqui as vezes exagera, principalmente no alto de uma montanha. Respiro fundo e pego o meu celular novamente, dessa vez arrisco-me nas chamadas e vejo que o meu coordenador não me ligou em nenhum momento, isso me deixa aliviada, eu não preciso disso para aumentar o meu drama.
Antes que perca a coragem disco o seu número e ligo após pensar um pouco mais, ele atende no segundo toque.
— Emma – diz, sua voz denuncia sua preocupação, parece a maneira que me chamou no sonhos, sinto-me perdida.
— Matteo, eu…
— O que houve, você não parece bem – observa.
A dor volta ao meu coração, preciso ignorar esse sentimento intruso e voltar ao que éramos antes disso, apenas colegas de trabalho, isso é ridículo, ele nem se lembra. Se um dia eu lhe contasse provavelmente iria rir de mim e da garotinha que eu era.
Respiro fundo reunindo minha coragem, desejando que consiga mentir e fingir durante esse longo dia, pois se está sendo difícil com ele fico imaginando como será com Giulia.
— Eu tive uma noite difícil – falo como se isso não importasse.
O silêncio nos invade, sei que está analisando o que disse, por um momento penso que ele pode ter me escutado, isso seria realmente horrível.
— Tudo bem, não precisa se justificar, falei para o pessoal que tinha trabalhado até tarde no livro que está produzindo e que havia avisado que ia atrasar, eles acreditaram, pelo visto é viciada em trabalho. Vai tomar o seu café e nos encontramos em trinta minutos em frente ao hotel, pode ser? - indaga.
Sorrio sem que ele perceba, não acredito que fez isso por mim, isso dificulta ainda mais as coisas para o meu coração, por um momento parece aquele príncipe que viveu tanto em meus sonhos.
— Parece ótimo – murmuro e o ouço sorrir.
— Então até logo – diz parecendo aliviado.
— Até, e Matteo… Obrigada – digo me sentindo envergonhada.
— Não precisa agradecer Emma, nunca me agradeça por isso, estou aqui para você – fala.
Eu não o respondo, minha voz perde-se em algum lugar em minha mente. Percebendo isso ele encerra a ligação.
Penso na nossa conversa e em como foi diferente de tudo o que já presenciamos aqui, meu coração começa a duvidar de tudo o que está vivendo, pois por um momento eu pude percebê-lo por trás de todos esses muros, neste momento era o meu Matteo que estava falando comigo, me protegendo e me entendendo sem que eu ao menos tentasse fazê-lo me ouvir.
Respiro profundamente e levanto-me, pego minha bolsa e vou fazer o que combinamos antes que minha mente me leve de volta a lugares que me façam acreditar que o homem que um dia amei ainda existe.
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