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Não posso dizer adeus.

Depois do enterro eu parecia um peso morto. Cumprimentava as pessoas de  forma monótona, mesmo aqueles que desejavam os pêsames e diziam que havia aprendido com o que eu falara. Acredito que ela também aprenderia. Ela sorriria pra mim e diria que o meu texto poderia ser considerado melhor do que todos os sonetos de Shakespeare.

Não teve uma recepção como geralmente acontecia, porque seus pais estavam aqui em Nova York só por um dia para o enterro – já que eles moravam na Pensilvânia – e tinham que voltar para colocar em ordem sua empresa de informática que nunca consegui decorar o nome. Parecia que todos já haviam se conformado com a morte dela, menos eu. Entrei no carro já sentindo a vontade de chorar por ser aqui onde a vi pela ultima vez, porém me segurei. Um buraco estranho estava em meu peito e doía cada vez que eu fechava os olhos e lembrava de Olívia.

— Eu falei com os pais dela. — disse Jéssica arrumando os seus cabelos pretos e brilhantes quando sentou no banco passageiro. Fiquei em silêncio e dei partida no carro.

— Você... Você nunca me traiu com ela, traiu?

Revirei os olhos. Jura que ela estava preocupada com isso? Depois que ela estava morta? Isso importava?

— Não. Eu só estive com ela um dia antes do nosso quase divórcio. – Falei de forma amarga e me concentrei nas ruas em minha frente.

— Ah, por favor. — Ela bufou. — Eu só queria que a Gabriela não tivesse que conviver com pais separados. Que coisa! E você concordou.

— Eu não vou brigar com você por causa disso. Hoje não. — Falei firme enquanto ligava o rádio. Olhei pra Jéssica de relance e a vi bufar de novo e cruzar os braços.

— Se quiser amanhã mesmo a gente resolve isso. – Ela resmungou.

— O quê? — Paramos num semáforo e olhei pra ela.

— Eu já estava pensando nisso antes, sabe? — Ela suspirou descruzando os braços — Faz 5 anos que estamos assim! Nem nos tocamos, parecemos dois estranhos na mesma casa! — Passei a mão no rosto tentando aliviar a tensão. — E eu... Tenho o Mark e você sabe...

Era engraçado. Há segundos atrás ela estava preocupada se eu havia a traído, mas fazia questão de me falar sobre aquele professor merda que ela mantinha um caso.

— Tá, tá. — Concordei — É melhor pra nós dois. A Gabriela vai se sair bem com isso, é uma garotinha forte.

— Sim, ela é. — Jéssica sorriu orgulhosa.

— Acho melhor explicarmos pra ela amanhã. – Comentei.

Jéssica colocou a sua mão em minha coxa e apertou.

— Você vai ficar bem. – Ela sorriu e eu assenti não acreditando nem um pouco naquelas palavras.

Lá fora já começava a garoar e eu só conseguia comparar aquele dia como o que eu sentia. Tudo parecia sem cor, sem vida. As coisas não estavam bem. Coisas simples como sorrisos e abraços parecia não conseguir me deixar feliz como antes.

Parei o carro na frente da casa da mãe de Jéssica. Havíamos deixado Gabriela por conta dela para irmos ao enterro e logo a vi voltar com a pequena nos braços.

— Papai! — Chamou Gabi com tom animado. — Vovó fez pudim pra mim hoje!

— Que bom, filha. — Falei sem nenhuma animação na voz.

— Papai teve um dia difícil filha, tudo bem? – Explicou Jéssica calmamente, pelo retrovisor pude vê-la assenti e dei partida no meu carro.

.

Já ia dá meia noite e eu ainda estava trancado no meu escritório tomando whisky. Todo mundo já tinha aceitado a morte dela tão rápido, por que comigo não poderia ser a mesma coisa? 

Simples, ela era realmente importante pra mim.

Sempre foi. Sempre será.

Fui afastando toda aquela papelada que havia em cima da minha mesa com fúria. Eu já estava cansado de tudo isso. Era como se viver não tivesse mais significado. Ouvi um barulho maior do que o de papel caindo e vi no chão o cd do Ed Sheeran "X" com um rachão no meio. Abaixei-me com dificuldade e li a dedicatória.

"Para a melhor pessoa do mundo. Melhor pai, melhor amigo, melhor cantor e melhor sorriso. Feliz Aniversário, Ben. xxLiv"

Ela havia me dado de presente de aniversário há um ano atrás pelo correio. Lembro de ter escondido de Jéssica por querer evitar perguntas e achei que talvez um dia nós poderíamos ficar juntos e que ela ainda me amasse. Aquelas palavras agora seriam jogadas ao vento e esquecidas como se nunca tivessem sido escritas. Junto com elas, minha esperança em tê-la de novo em meus braços não existiria mais.

As lágrimas desceram quentes no meu rosto. A raiva e a dor misturadas como um veneno em meu corpo sufocava. Joguei o cd no chão e gritei em plenos pulmões.

— Eu não posso deixá-la ir. E eu não quero. Eu não digo adeus, Liv.

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