Se a Lua encontra o Mar
Silêncio e escuridão trazem um segredo milenar. É centelha, emoção de mistério não descoberto, oculto, calado, sofrido e velado.
Se a Lua encontra o Mar, com verdade se entregam, os anseios esmorecem como espuma à beira-mar. Quando a Lua encontra o Mar, sua alma se engrandece, o espírito enaltece, abrindo-se amplamente disposto a acreditar.
Esse encontro tão desejado, ora temido, ora desejado, muitas vezes esquecido, e também desesperançado. É loucura, insanidade. Deslumbre, talvez saudade. Brilho de Lua e areia de Mar, beijos nas dunas e canções de ninar.
Se a Lua encontra o Mar, as mentiras se dissipam, verdades antigas se revelam e ondas quebram com força na beira da praia para somar. Quando a Lua encontra o Mar, o brilho cálido resplandece, o frio desaparece, sua palidez outrora fúnebre, transformada num farol, como um longo tapete de rara e profunda beleza.
Se a Lua encontra o Mar, as águas cristalinas se dispersam com a neblina, espelhando na superfície o prazer eterno dos amantes. Quando a Lua encontra o Mar, o pescador volta pra casa, os cardumes se realinham e canto das sereias reverenciam o renovo e o sagrado.
E se um novo dia nasce, todo ser do oceano, cada ave do horizonte sente dor e grande pesar. Ninguém sabe ao certo, e nem poderá contar, se alguma vez, por um instante ou lânguidas horas a Lua tocou o Mar.
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