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Epílogo

Três meses depois...

— Não vale espiar! — Reclamo com Leila ao perceber que ela está tentando enxergar por debaixo da venda de novo.

Ela cruza os braços e se remexe no banco do carona, irritada.

— Por quanto tempo vou ter que continuar no escuro?

Estendo meu braço em busca da mão dela. Leila reluta um pouco, contrariada por eu estar fazendo tanto mistério, mas acaba cedendo e entrelaçando seus dedos aos meus. Beijo as costas da mão dela e sorrio largamente, ainda que ela não consiga ver.

— Fique calma e aproveite a viagem!

— Danilo... — Ela resmunga e a única coisa que consigo oferecer em resposta é uma gargalhada.

Reduzo a velocidade do carro ao entrar na rua do nosso destino final. Agora não falta muito, mas Leila não precisa saber disso, nem Sansão e Dalila. Nossos pequenos estão fazendo a maior algazarra em suas cadeirinhas no banco de trás do carro. Fiz questão de trazê-los, afinal hoje é um dia especial que quero que toda a nossa pequena família esteja presente.

Muitas coisas aconteceram nos últimos meses. A abertura da filial da Eco Habitação e o constante crescimento da Electrical Measure deixaram Leila e eu mais ocupados do que o normal, no entanto estamos sempre buscando nossos próprios jeitos para ficarmos juntos. Por exemplo, fizemos da minha viagem a trabalho para Belo Horizonte a nossa merecida lua de mel no final do ano passado e desaparecemos todos os finais de semana, nem que seja para dormir o dia todo sem atender nenhuma ligação. Não é muito, mas estamos fazendo dar certo.

Leila ainda não acabou de levar todas as coisas dela de volta para o apartamento e eu confesso que estou enrolando para fazer o mesmo com o que levei para a casa dos meus avós. A verdade é que como passamos pouco tempo em casa, esses detalhes acabaram ficando para depois. Contudo, eu decidi por mim mesmo que é hora de dar um tempo para desacelerar nossas rotinas e hoje é o primeiro passo para isso.

Estaciono o carro, destravando meu cinto e o cinto de Leila em seguida, mal podendo me conter de tanta ansiedade para que ela veja o que eu preparei para nós. Eu a ajudo a descer, depois cuido de Sansão e Dalila, que já não aguentam mais ficar no carro também. Com cuidado, coloco Dalila no meu colo e deixo Sansão na coleira, porque ele é mil vezes mais fácil de controlar do que essa gata geniosa.

Ofereço à Leila o meu braço para que ela se apoie enquanto atravessamos a rua e a ajudo a subir no meio fio quando alcançamos o outro lado. Ela está se segurando em mim com tanta força, que chega a doer um pouco, mas não me importo, isso é sinal de que ela está tão ansiosa para ver o que quer que seja que eu a trouxe para ver.

— Agora se vire um pouquinho assim. — Eu a ajudo a ficar na posição perfeita para ver a surpresa. — Isso! — Sorrio, satisfeito.

— Se você não me deixar tirar isso agora, eu vou ter um ataque do coração, Danilo.

— Bom, se você quer tanto ver, pode tirar.

Leila leva as mãos ao tecido, mas para no meio do caminho e respira fundo. Acho graça do nervosismo dela, só me faz ter mais vontade de agradá-la.

— Seja lá o que for, eu tenho certeza de que vou gostar, tá? Não se preocupe. — Ela me garante, repentinamente preocupada. Ela não existe. Não existe!

— Está tudo bem se você não gostar. — Beijo a bochecha dela, a incentivando a olhar logo tudo com os próprios olhos.

Sem mais desculpas, Leila tira a venda. Ela leva uma das mãos até a boca, incrédula. Por um instante, fico inseguro sobre ela realmente não ter gostado ou ter achado tudo demais. Talvez eu tenha realmente apressado as coisas, mas é que eu não aguentava mais nossa situação e essa foi a solução mais adequada que achei para o nosso presente e para o nosso futuro.

— E aí?

— Eu não acredito que você fez mesmo isso! — Ela pisca diversas vezes, sem acreditar no que vê.

— Você não vai nem fingir que gostou?

— Danilo! — Leila sorri para mim, os olhos lindos dela estão brilhando com algumas lágrimas. — Eu amei! Ai, meu Deus, eu não acredito nisso! Não acredito que você realmente comprou nossa casa!

Ela se joga em meus braços e me enche o rosto de beijos. Consigo suspirar de alívio, porque se ela realmente não tivesse gostado seria um problema.

Eu pensei muito sobre cada detalhe desta casa, tenho pensado nela desde antes da nossa separação conturbada, e como sempre esperei que um dia nós nos acertássemos, deixei que a construção continuasse até que tudo ter sido finalizado no mês passado. Eu poderia ter dito para Leila antes, mas estamos no fim de fevereiro, logo é março e o nosso primeiro ano juntos me pareceu uma boa data para iniciarmos uma mudança.

— Espero que você também goste do lado de dentro. — Coloco as chaves da casa nas mãos dela.

Leila não perde um segundo e destranca o portão branco. Ela corre pelo caminho de pedras claras que corta o que futuramente será nosso jardim até a porta alta da frente. Sansão a acompanha, latindo empolgado com o novo espaço. Logo, logo ele e Dalila vão poder correr por toda parte e quem sabe não estarão sozinhos.

A sala é enorme, como eu queria que fosse, com janelas grandes que dão uma bela vista para o quintal nos fundos. Leila rodopia pelo cômodo iluminado, tocando as paredes levemente com os dedos e sorrindo. Ela descobre a porta do cômodo que será meu escritório, depois descobre a porta do que será o escritório dela.

— Tem tamanhos diferentes, porque você precisa de mais espaço que eu. Pensei que com dois escritórios não vamos precisar dividir a mesa da cozinha para trabalhar e nem fazer isso na cama. — Explico, ainda parado no meio da nossa sala de estar com Dalila no meu colo e Sansão fazendo festa aos meus pés.

— Ninguém merece levar trabalho para a cama, não é? — Ela me presenteia com um sorriso bastante sugestivo.

— Isso me lembra que você precisa ver os quartos.

Eu a levo pela mão para o andar de cima. Há três quartos de hóspedes, porque não pretendo fazer reformas no futuro para transformar nenhum cômodo em um quarto de bebê. Por enquanto, pretendo que eles fiquem vagos, até que no futuro Leila e eu estejamos prontos para ter novos moradores por aqui.

Nosso quarto é o último no fim do corredor. É bem grande e Leila sabe bem o motivo.

— Você vai mandar fazer um guarda-roupa gigante, não vai?

— É a ideia. Aí você não vai ter desculpas para bagunçar as minhas roupas.

Leila ri alto, o som ecoando pelo quarto ainda vazio. Mesmo estando apenas só nós dois aqui neste cômodo vazio, eu consigo imaginar nossa cama, nossas noites e nossas manhãs com o sol entrando pela vidraça. São coisas pequenas com as quais se me dissessem um ano atrás que eu iria sonhar, provavelmente eu iria rir, mas que hoje são tudo o que eu desejo. Não vejo a hora de me mudar, de encher todos os cantos dessa casa de cor e sons.

— Você está feliz? — Leila pergunta de repente, me olhando com curiosidade.

A pergunta me pega um pouco desprevenido. A resposta me parece óbvia, no entanto Leila não quer escutar um simples sim. Passamos por coisas demais para chegarmos aqui, nem todos os dias foram fáceis e iluminados como hoje, por isso a pergunta dela não soa aos meus ouvidos apenas como "você está feliz?", mas, sim, com um "valeu a pena?", e, em ambos os casos, a resposta sempre será a mesma:

— Sim. Enquanto você estiver comigo e estiver feliz, a resposta vai ser sempre sim.

Leila anda pelo quarto em minha direção e me abraça sem dizer nenhuma palavra. E, sendo sincero, não é preciso. Nossas escolhas, por mais erradas que tenham sido no passado, nos levaram um ao outro, e mesmo depois de tudo nós escolhemos continuar juntos.

Acho que se eu aprendi alguma coisa sobre o amor é isso: amar é escolher ficar...

... Para sempre.

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