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seven

I open my eyes again...
All traces are gone.

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A garota de cabelos negros voltou para onde tudo havia começado. Aquela floresta parecia cada vez mais morta, assim como sua identidade.

Parou diante da imensa árvore morta, sacou o punhal e fez um leve corte na mão, derramando as pequenas gotas nas raízes da árvore.

"Não pode ir ao mundo dos mortos, menina." – a mulher que encontrou na primeira vez estava ali – "A morte nunca a deixará sair."

"Bora foi jogada no mundo dos mortos com um tormento, e eu irei resgatá-la!"

"O mundo dos mortos tem suas regras, menina."

"É o meu reino! E eu irei tomá-lo de volta!"

Sim, a bruxa da profecia. A filha da morte. Outro conto das bruxas.

"Como soube disso?" – Si-yeon a ignorou e continuou a recitar o feitiço.

"Escute, menina. Eu sei sobre sua profecia, ela não acaba bem, deve parar com isso agora."

Si-yeon terminou o encanto e abriu os olhos. O portal para o mundo dos mortos havia se aberto. Ela não olhou para a senhora de idade, ela não iria mais olhar para trás.

"Eu faço meu destino, senhora. E meu destino diz que estes homens devem queimar!" – adentrou para aquele mundo. Quando o portal se fechou atrás de si, se permitiu olhar para trás: ela não estava ali.

No outro mundo, o encanto havia acabado. E aquela senhora, havia revelado sua verdadeira face: a morte. Que sorria.

Si-yeon caminhava pelo mundo dos mortos, aquele lugar não parecia desconhecido para si. Era por que aquele era seu lar? O lugar de onde veio?

Cada peça daquele imenso quebra-cabeça passou a fazer sentido. E era por isso que ele a queria corromper: quem mais poderia comandar o mundo dos mortos, se não seu herdeiro?

Começou a buscar a essência de SuA. E quando a localizou, se transportou.

Mas aquela não era mais sua amada. Presa em correntes e com o olhar perdido: ela havia se corrompido. Era tarde demais?

"SuA..." – sussurrou tocando seu rosto.

A mulher em sua frente não lhe respondia. Apenas a observava.

"Eu falhei com você..." – e em muito tempo, mesmo após prometer para ela, Si-yeon chorou – "A culpa é minha, eu fechei meus olhos para você..."

"Você..."

"Escute-me, okay? Eu irei lhe trazer de volta. Irei fazer com que volte a ser quem sempre foi, mas vou precisar que se concentre. Confie em mim, eu não irei falhar com você outra vez!"

A bruxa havia preparado tudo.

"Si-yeon..." – a chamou sem forças, estava cada vez mais perdendo sua essência – "Pode morrer se fizer isso..."

"Ninguém pode parar meu coração, Bora..." – confessou – "Eu morreria mil vezes, para no mínimo te ver descansar em paz..."

Encarou o olhar distante de SuA. E bem lá no fundo pôde ver o que restava de sua amada, lutando para permanecer ali consigo.

"Não tive a oportunidade de lhe dizer antes, SuA. Mas eu amo você." – e em um impulso havia a beijado. Um ósculo calmo e carregado de um sentimento puro: o amor.

E então, começou o ritual.

As duas estavam dormindo.

SuA despertou em um limbo. Estava entre a cordas vermelhas. Tão frágeis quanto um cristal.

"Precisa me alcançar, SuA. Se todas as cordas se romperem, ficaremos presas aqui eternamente. Nos perderemos."

"Mas Si-yeon, é estreito. As cordas irão se romper..."

"Você confia em mim?"

SuA estava distante, tinha medo de perder Si-yeon para sempre.

"Eu realmente valho a pena, ao ponto de arriscar sua vida por mim?" – questionou para a mulher de preto.

"Você se sacrificou por mim. Se entregou em meu lugar, sem hesitar. Arriscar minha vida por você não é nada, Bora. Não pode parar meu coração, não pode, pois ele bate por você. Eu dominaria os céus e o inferno, se fosse por você."

Uma lágrima escorreu dos olhos da de vestes brancas. E então, ela resgatou toda a coragem que tinha.

"Iremos fazer isso juntas." – Si-yeon sorriu.

Passaram por entre as cordas, algumas se rompiam. Estavam próximas, porém algo prendeu Si-yeon.

"Ele chegou." – olhou para o tornozelo preso por uma sombra. – "SuA, corra. Toque a minha mão!" – gritou.

"Mas você irá ficar!" – disse.

"Vai ficar tudo bem, pegue a minha mão!" – estendeu a mão para a garota.

"Si-yeon..., eu não posso..."

A bruxa, então, a atraiu para si.

"Pare! Si-yeon, pare!" – relutou contra a magia que a arrastava, quebrando cada fio.

"Você não pode parar meu coração..." – foi a última frase dita por Si-yeon antes das mãos se tocarem.

Um imenso claro havia dominado o lugar.

Acordara, ofegante. Aquilo havia sido real? Ou um sonho?

Levantou-se com velocidade. Precisava sair dali. Porém a viu.

"Teimosa..." – sussurrou. – "Eu virei te buscar, okay?"

Antes de partir, SuA depositou um leve selar na testa de Si-yeon.

"Eu também amo você..."

Estava escuro naquele lugar. A garota mal tinha forças para lutar.

Era aquele mal contra ela.

"Eu também amo você..." – ecoava por aquele lugar.

Ela precisava lutar. Precisava sair dali. Por ela e por SuA.

Ela iria lutar!

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