O natal se aproximava e com ele várias pessoas retornavam a Houston para comemorar o fim de ano nas margens do lago Crystal onde todos os fogos do ano novo eram estourados ali e era uma beleza, só que alguma coisa para as meninas estava dando errado e essa coisa se chamava encapuzado.
Já se passou dois dias desde o sumiço da Leandra, da morte da Allie e da reunião na casa da Paula, a mãe dela andava triste para todo o lado achando que tinha fracassado em proteger a Leandra enquanto a Rose não saia da vida do crime, Paula tentava acalmar sua mãe com a ajuda de Lauren mas não conseguia por muito tempo manter ela quieta...
Duda e Cynthia estavam morando juntas mas ainda não recomeçaram com o namoro de verdade, para Duda antes de começarem a viver felizes de novo era necessário que tudo sobre o encapuzado fosse resolvido antes de tudo, aquele provavelmente seria o pior fim de ano para todos, Sarah andava dando um gelo no seu pai que insistia para que ela se abrisse com ele, já a sua mãe lhe dava espaço e esperava o momento certo para que ela falasse.
Um dia antes do Natal a mãe de Paula já estava se sentindo melhor e saiu para as compras dos presentes e dos enfeites de natal, até porquê as coisas iriam se esgotar rápido, Cynthia chega acompanhada de Duda e Sarah na casa de Paula novamente para uma possível reunião.

Paula: podem sentar.

Cynthia: ...

Paula: dessa vez eu não sei porquê vocês vieram.

Duda: vocês não acham que o encapuzado está demorando muito para fazer alguma coisa?

Cynthia: e você quer que ele faça alguma coisa?

Sarah: quanto mais antes melhor né.

Duda: exato.

Cynthia: mas esse não é o problema.

Duda: qual é?

Cynthia: eles poderiam estar fazendo um monte de planos contra nós, podem fazer a Leandra de refém e tudo mais.

Paula: depois do enterro da Allie eu não quero ir pra mais nenhum, eu juro.

Cynthia: mas não é a gente que escolhe Paula.

Sarah: eles estão esperando chegar na época de festas...

Duda: isso faz sentido.

Sarah: tem mais gente para não serem vistos, e tudo pode ser coberto facilmente sem que ninguém veja.

Paula: mas...

Antes que Paula continuasse a Lauren aparece na sala com uma lata de Coca-Cola sorrindo para todas...

Lauren: atrapalho?

Ninguém respondeu, apenas sorriram para ela e esperaram ela se sentar.

Lauren: vocês não tem amigos homens?

Duda: estão mortos...

Sarah: e nem eram tão homens assim né.

Lauren: putz... Cadê a sua mãe?

Paula: fazer compras.

Lauren: provavelmente não vai ter mais nada barato, você deveria ir com ela...

Paula: emocionante, mas estou com minhas amigas aqui...

Lauren: e sua mãe?

Paula: aí Lauren não enche!

Paula faz um sinal para as meninas a seguirem para ir ao seu quarto e as meninas sem falar nada seguem ela deixando Lauren sozinha na sala esperando pela mãe de Paula como foi dito.
No quarto Paula já parecia estar de saco cheio de tudo que estava acontecendo, sentando na cama ela começa a falar.

Paula: sinceramente, tinha esquecido de como a Lauren é chata.

Sarah: não exagera vai...

Paula: eu nunca exagero.

Paula se levanta rápido da cama batendo a cabeça na prateleira que ficava um pouco acima da cama deixando cair um monte de malas no chão...

Paula: merda!

Cynthia: você sempre fazendo merda.

Cynthia se agacha para ajudar a apanhar as coisas mas é interrompida por Paula que pega a mala da Lauren e joga na cama revirando tudo.
Paula de repente para de mexer nas coisas e pega um cartão de passagem de avião já expirado.

Paula: gente...

Duda: medo de perguntar o que é.

Sarah: da Paula eu espero tudo.

Paula: é da Lauren...

Cynthia: fala logo!

Paula: uma passagem para ficar em Houston durante um ano... isso foi ano passado!

Sarah: então ela estava aqui em Houston enquanto todos aqueles assassinatos estava acontecendo?!

Paula: ...

Sarah: então é ela!

Cynthia: calma...

Duda: não podemos tirar conclusões precipitadas só porquê estamos vendo... tá já chega.

Paula: gente, ela estava aqui o tempo todo enquanto Pedro, Weslley entre outras pessoas, nossos amigos! Morriam.

Cynthia: isso não quer dizer que foi ela Paula!

Paula: tá na cara!

Sarah: porquê não começamos a vigiar ela? Daqui para o ano novo ela vai querer fazer alguma coisa e não vai poder com todas nós em cima dela.

Duda: ok... mas isso não significa que seja ela.

Paula: porquê você está falando isso? logo você que estava desesperada para achar o assassino na Allie.

Duda: não foi o encapuzado que a matou.

Paula: mas mesmo assim... pertence ao plano dele...

Sarah: se for realmente ela nós iremos saber!

Cynthia: e se não for... Iremos nos virar para achar o culpado.

Todas foram para suas casas quando finalmente acabaram aquela reunião provavelmente já sabendo ou tendo uma hipótese de que não iria levar a lugar nenhum.
No Natal a rua estava vazia, as pessoas estavam comemorando a ceia de Natal em suas residências com sua família e amigos, a mãe de Paula decidiu fazer uma ceia diferenciada convidando várias pessoas para que finalmente conseguissem esquecer tudo o que ocorreu no ano passado que de alguma maneira sempre voltava a tona invadindo os pensamentos dos outros.
Fernando, Lívia e Sarah foram convidados, juntamente com Cynthia e Duda já que não tinham família para comemorarem, Cynthia tinha porém estavam muito longe, Lauren também estava lá ao lado de Paula naquela mesa enorme, os adultos comiam e bebiam na sala de estar enquanto os adolescentes que estavam mais para adultos preocupados em sobreviver estavam na varanda da casa olhando aquela noite estrelada.

Duda: saudades...

Cynthia: de?

Duda: de quando não tínhamos que nos preocupar em estarmos vivos.

Cynthia: hum...

Paula: devemos comemorar por estarmos vivas?

Sarah: na minha opinião sim, ou talvez não.

Duda: saudade do Weslley...

Paula: Pedro.

Sarah: Caio, Mirelly...

Lauren: aí gente chega, felicidade né, eles morreram certo, ok, agora bola pra frente, precisam se divertir.

Paula: e você tá se divertindo?

Lauren: estou tentando... afinal eu não vim de tão longe pra ficar em um clima de funeral.

Paula: ...

Cynthia: ok meninas, vamos nos divertir...

Lauren: ótimo.

Paula: o que você tá fazendo?

Cynthia: cala a boca.

Paula: o que?

Cynthia: vamos brincar de verdade ou desafio...

Duda: acho uma boa ideia.

Lauren: porquê eu fui abrir a boca...

Cynthia: então... Todas topam?

Lauren e as outras estavam prestes a concordarem com a ideia até os pais da Sarah aparecerem na varanda.

Lívia: entrem meninas... está muito perigoso a rua nos dias de hoje...

Sarah: mãe!

Lívia: o quê?

Sarah: esquece.

Lívia: podem continuar o que estavam fazendo lá em cima ou aqui embaixo, nós estamos vendo um filme, querem ver também?

Sarah: não...

Cynthia: a gente vai subir...

Lauren: eu vejo o filme com vocês.

Paula: tá de brincadeira né?

Lauren: não.

Duda: qual é Lauren, vamos subir...

Lauren: prefiro ver o filme.

★

As meninas estavam no andar de cima no quarto da Paula enquanto a Lauren estava com os pais vendo um filme cujo ninguém sabia o nome.
Paula andava de um lado para o outro desesperada com suas emoções turbinadas na mente enquanto pensava como iria levar a Lauren até o quarto, as outras discutiam teorias de quem seria o encapuzado, mas Paula estava certa de que era a Lauren.

Sarah: porquê você acha tanto que é a Lauren?

Paula: por qual motivo ela estaria aqui na metade do ano passado...

Sarah: por qual?

Paula: matando os nosso amigos!

Duda: Paula essa sua teoria não se encaixa, o que ela tem haver com a casa pegando fogo, a mãe biológica do Pedro, tudo está em ramificações separadas sem conexão!

Paula: ah mas na minha cabeça tem conexão sim!

Cynthia: aí eu cansei, vou para o hotel.

Duda: sozinha??

Cynthia: não, que eu saiba eu estou morando com você, mesmo que não estejamos juntas como antes...

Duda: eu...

Cynthia: não fala nada, só vamos.

Paula: é sério?

Sarah: eu iria com vocês meninas porquê escolher entre um filme com eles lá embaixo e ouvir a Paula com suas teorias loucas eu prefiro vocês...

Cynthia: vamos então.

Sarah: não sei se... Aí sei lá.

Paula: é sério que vão embora? Estão agindo como se não tivesse nenhum assassino a solta querendo nos matar.

Duda: e se não tiver?

Paula: quer que eu lhe mostre os fatos que tenho comprovando a existência dele? Ah vamos começar pelas mortes.

Duda: pode ser tudo uma armação, e se as mortes forem forjadas?

Sarah: tá você foi longe demais, Paula vou tomar banho, vou ficar por aqui mesmo.

Cynthia: e a gente vai embora, tchau amiga...

Cynthia e Duda saem do quarto e Paula se senta na cama querendo provavelmente uma explicação lógica para tudo, estava perdida em seus pensamentos até ouvir Sarah gritar do banheiro.

Sarah: liga a água quente!

Paula: mas é lá embaixo...

Sarah: não vou tomar banho frio nessa noite fria.

Paula: vou ligar...

Descendo as escadas na menor medida possível de fazer barulho para não obrigarem ela a ver o tal filme ela simplesmente vai na ponta dos pés e liga o registro para a água quente.
Na volta olhando pela janela consegue ver a Lauren sentada no gramado e sem pensar duas vezes vai correndo na direção dela revoltada.

Paula: tá legal...

Lauren: como?

Paula: você está por trás de tudo não é?

Lauren: do que você tá falando?

Paula: porquê diabos você veio aqui ano passado, justo quando aquelas mortes estavam acontecendo?

Lauren: Paula eu... não tive nada haver com isso.

Paula: como não? O que veio fazer aqui.

Lauren: você tinha me mandado um e-mail uns quatro dias antes de eu vim para cá.

Paula: não mandei e-mail nenhum!

Lauren: agora eu sei que não...

Paula: ...

Lauren: você tinha me mandado um endereço de uma casa, e eu fui nessa casa bati e ninguém atendeu, então eu entrei, consegui ouvir duas vozes no andar de cima mas não fui naquela direção... Eu segui para uma escada que descia a um cômodo escuro.

Paula: porão?

Lauren: sim... Abri a porta e encontro uma garota morta na cadeira, pelo que me lembre era uma de suas amigas.

Paula: Mirelly?

Lauren: pode ser... Então eu saí correndo da casa e me hospedei em um hotel esperando dar o dia para eu voltar para minha casa, trouxe o comprovante da passagem pra te mostrar mas devo ter esquecido.

Paula: eram vozes de homens?

Lauren: uma de homem e a outra era uma mulher...

Paula: ok...

Lauren: eu juro que não fui eu, até hoje não sei o que está acontecendo nessa cidade.

Paula: muito menos eu...

Paula deixa a Lauren no gramado da casa e segue para seu quarto batendo na porta do banheiro rapidamente então saiu a Sarah completamente cheia de espuma da banheira.

Sarah: não vê que estou no banho?

Paula: o encapuzado é uma mulher!

Sarah: Rose?

Paula: não... Porquê ela iria esconder o seu rosto se a gente já sabe quem é?

Sarah: deve ser alguém que devemos ter deixado passar em branco no ano passado.

Paula: essa é a pergunta... Quem?

★

Não muito longe da casa de Paula, em uma casa completamente escura e estranha estavam Ronald e Rose sentados enquanto o Nolan sai de um cômodo próximo.

Nolan: receberam a notícia?

Ronald: sim...

Rose: temos que agir rápido para essa vingança finalmente acabar, dentro de instantes elas podem descobrir quem é o encapuzado e onde é o nosso esconderijo.

Ronald: com certeza acham que é na floresta mas está bem na cara delas...

Nolan: ela não quer comer nada?

Rose: não... Já pedi pra ela comer mas está planejando o que fazer com as garotas para que tudo esteja em prática.

Nolan: vou levar comida pra ela...

Nolan pega um prato com comida e sobe as escadas até um sótão escuro batendo duas vezes na porta, ele abria a porta devagar até que "boom" a porta se fecha derramando a comida toda no chão...

Nolan: você não vai se sair bem nessa vingança estando fraca, precisa comer...

Mas então ela não respondeu, Nolan volta descendo as escadas revoltado e ao mesmo tempo feliz pois tudo estava Jajá chegando no fim...

•Xo Xo•
💀🌹