Cynthia ainda não conseguia acreditar no que tinha acontecido, seu pai trabalhava para o encapuzado ou isso seria apenas uma coincidência, afinal na cabeça dela ele não tinha aparecido na sua vida por acaso, ele retornou depois da morte de sua mãe.

Cynthia: preciso voltar a Clowston.

Duda: o quê!?

Cynthia: preciso tirar essa história a limpo, não posso permanecer com dúvidas na cabeça.

Duda: ...

Cynthia: e além do mais a Yasmin vai comigo.

Duda: você realmente confia nela?

Cynthia: olha pra essa boneca deitada nessa cama, é a cara da Leandra!

Duda: mas não...

Cynthia: Duda aceita.

Duda: estou com medo por você.

Cynthia: então porquê não volta comigo?

Duda: e não voltamos?

Cynthia: não?

Duda: como?

Cynthia: deixa eu lembrar, depois da nossa transa você simplesmente me desprezou depois a Katheryn caiu do prédio acabando morta, em seguida você é presa por ordem de uma Yasmin que ninguém sabia que existia agora eu descubro que tem gente fazendo bonecos da gente e se passando por nós.

Duda: já entendi...

Cynthia: então?

Duda: eu, quero muito voltar com você, você é minha alma gêmea, demorei para perceber isso, mas eu preciso de você!

Cynthia: quando eu precisei você não estava ao meu lado, porquê devo fazer a diferença?

Duda: é com os erros que aprenderemos.

Cynthia: gostaria de acreditar nisso, tchau, vou me despedir das meninas e vou até Clowston, talvez não demore muito.

Duda: você está sendo procurada.

Cynthia: eu sei me cuidar.

Cynthia vai se despedir das meninas e depois sai do hospital enquanto Duda a olhava de costas vendo apenas sua sombra diminuindo e ela ia ficando cada vez mais longe até não conseguir ver mais.

★

Sarah andava depressiva, calada sem comer nada, se passou horas desde o seu aborto por conta do estresse, ela não comia e nem dizia uma palavra, sua mãe estava sentada na poltrona junto com a Paula que estava com ela.

Paula: será que ela vai ficar bem?

Ela falava cochichando com a Lívia para a Sarah não ouvir pois estava consciente pois não dizia um "a".

Lívia: provavelmente sim, mas isso levará tempo, afinal onde está aquele namorado dela?

Paula: não sei, mas que ele não é flor que se cheire isso é verdade.

O celular de Paula toca e ela pede licença a Lívia e sai do quarto.

Paula: alô?

Lauren: Oi minha prima linda.

Paula: Lauren?!

Lauren: esqueceu que todo fim de ano eu venho passar as férias aqui?

Paula: onde você tá?

Lauren: na sua casa, tinha esquecido como sua mãe é engraçada e espirituosa.

Paula: Jajá chego aí.

Paula se despede de Sarah que não falava nada e depois se despede de Lívia e vai embora até sua casa.
Ainda no hospital Duda chorava desesperada conversando com a Lory sentindo-se culpada.

Duda: estou me sentindo tão culpada.

Lory: eu também, mas não por você e Cynthia, se recomponha mulher, você enfrentou um penhasco e várias tentativas de morte, pode sobreviver muito bem ao amor.

Duda: está certa...

Lory: mais que certa, estou triste por não comparecer ao enterro do Cooper, ele me ajudou bastante.

Duda: nossa! eu prometi a Allie que eu iria.

Lory: desde quando vocês se aproximaram?

Duda: desde sempre?

Lory: eu pego alta hoje a noite então vou para minha casa, se precisar de um lugar para dormir pode aparecer por lá.

Duda: okay, tô indo, melhoras...

Duda sai do hospital e vai logo correndo a procura da Allie na casa dela enquanto mantinha seus pensamentos em Cynthia e em como ela estaria se virando para convencer a Allie de perdoa-la.
Chegando na casa da Allie ela encontra a porta completamente escancarada e entra correndo, olha pro chão e vê Allie encostada na cama com uma faca na mão e o chão repleto de sangue.

Duda: Allie?

Allie: ...

Ela não falava nada apenas chorava com a faca na mão, Duda tira a faca de sua mão devagar perguntando a ela o que havia acontecido.

Allie: eu não queria...

Duda: devagar... não queria o quê?

Allie: eu... eu o vi parado com uma capa, todo encapuzado vindo para cá, achei que fosse o assassino então eu o matei Duda!

Allie encosta sua cabeça no ombro de Duda chorando horrores e Duda com medo de perguntar que ela havia matado.

Duda: onde está o corpo?

Allie: no... no banheiro.

Allie soluçava tanto que parecia que toda a água do seu corpo tivesse sido evaporada, Duda segue para o banheiro seguindo o rastro de sangue e quando finalmente abre a porta vê o corpo do Jhon no chão cheio de facadas na barriga e rapidamente fecha a porta, voltando sua atenção para Allie.

Duda: foi legítima defesa?

Allie: não, ele só queria falar comigo, eu estava muito estressada para pensar, eu sinto muito!

Duda: tudo bem, vou ligar para a polícia...

Allie: o quê? Não você não pode fazer isso, Duda eu não vou ficar um dia viva!

Duda: calma, você vai dizer que foi em legítima defesa tudo bem? Seguinte, vou te contar o que exatamente você deve fazer.

Duda explica sua versão na história para que Allie compreenda e que não cometa nenhum erro, então Allie entra de acordo e Duda finalmente liga para a polícia morta de medo com que tudo desse errado.

★

Cynthia conversava com Yasmin tentando fazê-la mudar de ideia quanto a sua volta para Houston, mas não estava sendo nada fácil.

Yasmin: pelo que você me disse as coisas estão indo de mal a pior aqui, mas já tem muitos turistas pela cidade então o assassino não iria atacar vocês.

Cynthia: ele já arrancou um dedo da Paula no hospital.

Yasmin: tá, retiro o que eu disse, mas eu tentei te ajudar uma vez e minha mãe morreu, se você estiver certa disso que o papai está por trás disso também, estamos perdidas.

Cynthia: até agora temos o Ronald, Rose, Nolan é suspeito de acordo com o que a Paula nos disse, só temos isso.

Yasmin: tá bom... eu vou com você a Clowston, mas não garanto que ele vá cair nessa história de que voltamos a ser amigas.

Cynthia: não vamos chegar com história nenhuma, vamos chegar preparadas, apontando o dedo na cara dele e pronto.

Yasmin: mas e a polícia de Clowston?

Cynthia: tentarei despista-las.

Yasmin: como?

Cynthia: para isso que serve essa peruca ruiva e essas lentes de contato verde meu amor.

Yasmin: arrasou.

Cynthia: e quando não arraso?

Cynthia vai se trocar no banheiro, pondo uma roupa básica, calça jeans vermelha com uma blusa listrada branca com vermelho, e ainda por cima um salto alto bem vermelho pisando na cara da sociedade, quando sai deixa Yasmin de boca aberta com os olhos fixados no novo visual de Cynthia.

Cynthia: pode me chamar de Red Queen bebê porquê a rainha chegou.

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Paula chega na sua casa completamente estressada e cansada por vir correndo encontrar sua prima, quando entra encontra sua mãe e a Lauren com altos papos na sala, Lauren se levanta e dá um abraço demorado e bem apertado na prima.

Lauren: saudades.

Paula: também estou.

Lauren: não pareceu no celular, quando eu ligava dizendo que vinha ou dizendo que cheguei você apenas ficava feliz com minha presença.

Paula: e estou, só não acho que veio no momento certo para Houston...

Leandra: Oi família!

Leandra desce as escadas entrando na sala falando com Lauren.

Leandra: gostei de você.

Lauren: quem é?

Paula: uma amiga, a mãe virou uma psicopata e seu pai foi morto num incêndio.

Lauren: putz...

Leandra: nenhum problema amore, pobre realmente nasceu para sofrer.

Lauren: essa é aquela garota que você me falava que ela tinha sumido?

Paula: Leandra, Lauren... Lauren, Leandra.

Lauren: prazer em te conhecer, você é um ícone sobrevivente garota!

Leandra: tive uma ajudinha dela e dos amigos dela.

Lauren: entendo.

Maria: bom, já se conheceram e estão familiarizadas com tudo aqui, encomendei uma pizza, vamos assistir um ótimo filme de terror e sermos felizes.

Paula: de terror já basta a minha vida!

Maria: como?

Paula: esquece...

Lauren: você não vai ficar Leandra?

Leandra: não...

Maria: ah vai sim, ninguém mais vai sair, já são oito horas da noite.

A mãe de Paula se levanta e tranca a porta e Leandra faz uma cara tão desagradável que estava a ponto de explodir.

Leandra: tá bom, eu assisto, só vou mandar uma mensagem aqui.

Maria: certo.

Leandra sobe até o quarto e desce rapidinho que nem perceberam que ela tinha voltado.

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No hospital Sarah tinha recebido alta uma hora antes da Lory, foi com sua mãe para casa enquanto Lory estava agora arrumando as coisas para ir finalmente a sua casa, estava terminando tudo como a enfermeira tinha lhe informado mas então o hospital entra em um blackout, Lory vai para a porta do seu quarto e observa os médicos, seguranças e enfermeiros tentando arrumar as coisas pois nem o gerador queria ligar o que era um problema pois tinha pacientes que estavam ligados a aparelhos.
Quando ela finalmente para de prestas atenção nas pessoas correndo olha para o quarto a sua frente e lá estava a tal boneca em pé olhando diretamente para seus olhos com uma faca em sua mão, no fundo Lory sabia que tinha algo de errado com aquela boneca largada naquele quarto, mas infelizmente aquele talvez pudesse ser seu fim quando a boneca começa a andar rapidamente em sua direção, Lory fecha a porta gritando por ajuda, mas os gritos e barulhos no corredor dificultava seu pedido de ajuda...

•Xo Xo•
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