Depois dos acontecimentos na delegacia ela está sendo reformada para a nova detetive assumir o caso, Lory com certeza não estava na cidade por brincadeira e sim para saber o que realmente estava acontecendo naquele lugar calmo.
Estavam todos reunidos na praça da cidade para anunciarem as pessoas mortas na delegacia e na escola, o clima era tenso, os nomes iriam ser anunciados pelo prefeito da cidade que nunca estava presente nela só vivia viajando.

Sarah: já estamos todos aqui?

Paula: ainda falta o Weslley.

Sarah: daqui a pouco o prefeito chega, ele vai perder a cerimônia.

Pedro: ele precisa ficar sozinho provavelmente.

Sarah: sozinho para quê? Isso que não estou entendendo.

Pedro: nem eu, mas não é de nosso interesse.

Paula: é de nosso interesse sim!

Ronald: manas calem a boca de, só a gente tá falando quase gritando aqui para as pessoas ouvirem tudo.

Cynthia: vocês não acham que devíamos contar tudo para a Lory?

Sarah: estava pensando nisso não tem muito tempo.

Duda: mesmo se a gente contasse a ela, quem garante que ela iria nos ajudar?

Ronald: acho melhor deixar isso quieto, aconteceu coisa demais ontem.

Pedro: nenhum sinal da Mirelly ainda?

Ronald: ainda não...

Naquele momento a mãe da Leandra, Rose se aproximava de todos com uma cara não muito amigável provavelmente iria armar uma confusão.

Rose: vocês pensam que vão escapar?

Paula: o quê?

Rose: VOCÊS MATARAM MEU FELIPE!

Pedro: senhora acalme-se!

Rose: VOCÊS TODOS VÃO PAGAR!

Lory: senhora, por favor, isso está chamando a atenção das pessoas.

Rose: TODOS DEVERIAM SABER, ESSES JOVENS SÃO INFERNAIS, SÓ TRAZEM PROBLEMAS PARA ESSA CIDADE!

Sarah: aí chega, não vou ficar aqui.

Cynthia: fica quieta, vai sim!

Lory com a ajuda de alguns seguranças levam a Rose de volta para sua casa mas antes as duas se sentaram e conversavam no banco da praça de Houston.

Weslley: perdi alguma coisa?

Duda: onde você estava!

Weslley: em casa...

Duda: fazendo?

Pedro: garota?

Duda: que é?

Pedro: ele quer privacidade fofa.

Duda: problema seu e dele, estamos juntos nessa.

Pedro: isso não quer dizer que aonde formos precisamos contar!

Paula: shiu, vai começar.

O prefeito subia para o palco onde aconteceria a cerimônia a todos os mortos que tiveram uma morte brutal na noite de ontem sem ao menos se despedirem de seus entes queridos...

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Enquanto isso a mãe do Weslley conversava com a Lívia pois ambas já foram bastante amigas no tempo do colegial...

Lívia: eu ainda não consigo acreditar que tantas vidas foram perdidas.

Adriana: Weslley também está inconformado com tudo isso, e a Sarah como está?

Lívia: Sarah anda meio distante, tanto de mim como do Fernando sabe.

Adriana: mas porquê?

Lívia: estou tentando dar espaço a ela, mas não consigo, instinto de mãe fala mais alto.

Adriana: verdade, o pai do Weslley até parece que só veio marcar presença aqui na cidade, veio ver o filho na formatura e acabou morrendo.

Lívia: mas o que importa é que tudo está entrando nos eixos novamente...

Adriana: não sei não.

Lívia: porquê não sabe?

Adriana: sinto que Weslley está me escondendo alguma coisa.

Lívia: eu também sinto isso vindo da Sarah mas acho que deve ser coisas de nossas cabeças.

Adriana: não Lívia, de verdade estou com um mal pressentimento.

Lívia: você se abalou com a morte do seu ex marido?

Adriana: não... Não sei... Zack era um ótimo marido mas apenas te nossos corações se esfriaram sabe...

Lívia: acho que está acontecendo isso comigo e com o Fernando.

Adriana: já sentaram para conversar? O meu erro foi não conversar com o Zack, talvez isso resolva sua relação, digo... Ajude.

Lívia: vou tentar, vou esperar ele chegar com a Sarah da cerimônia, quer comer alguma coisa?

Adriana: não obrigada, gostaria de uma xícara de café.

Lívia: vou buscar.

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Prefeito: então são com essas palavras que dizemos adeus a estas pessoas citadas, Garry, Holland, Zack, Branca, Sid, Paloma, Sasha, Úrsula, Joyce, Júnior, detetive Bill, policial Hill, Maicon e Caio...

Weslley: gente eu não posso ficar aqui.

Sarah: Weslley deixa de coisa! Você tentou ajudar o Caio naquela noite.

Prefeito: é com prazer que eu peço um minuto de silêncio a essas vítimas desse massacre.

O silêncio toma conta de toda a cidade, só se ouvia os pássaros cantando ao entardecer e os choros de algumas pessoas, familiares que ali estavam por perto e que não estavam prontos para dizer adeus a nenhum deles, o silêncio não durou por muito tempo, dentro de alguns minutos Kate aparece gritando por ajudar aos prantos com uma garota nos seus braços, a atenção é voltada para ela que carregava o corpo da Mirelly com ela e ali mesmo todas as pessoas souberam que o massacre só estava no início.

Weslley: aquela é...

Duda: puta merda!

Paula: não me diz que a Mirelly morreu...

Pedro: gente...

Ronald: porquê ninguém foi ajudar ela ainda?

Ronald corre até a Kate mas logo é parado pelos seguranças e pela Lory que foi logo falar com ela.
A cerimônia foi um fiasco, os médicos chegaram para recolher o corpo da Mirelly e em seguida Kate foi deixada no hospital com um policial que falava com ela.
Weslley, Sarah, Cynthia, Pedro, Ronald, Paula e Duda foram chamados para a sala de atendimento da Lory que realmente não iria deixá-los em paz.

Lory: então...

Cynthia: então o quê? A gente é que faz as perguntas aqui, nem sabemos porquê estamos aqui!

Lory: tá legal, uma morte, Leandra, humm, uma segunda morte Caio, depois uma terceira? Vocês só podem achar que eu sou idiota.

Paula: pera aí, tá insinuando que foi a gente?

Lory: eu? Não, me diga vocês.

Sarah: você está se equivocando.

Lory: sem falar que todos que morreram eram próximos a vocês, o que está acontecendo nessa maldita cidade?

Pedro: se fosse tão fácil contar a gente já teria contado.

Lory: não acredito...

Duda: então como quer toda a verdade se não acredita em um "Piu" que a gente fala?

Lory: sinto uma energia ruim aqui.

Ronald: a pronto uma bruxa.

Lory: o quê?!

Ronald: nada.

Lory: ótimo crianças, sei que estão com medo de algo, alguém, mas precisam né contar o que realmente está acontecendo aqui!

De repente o Fernando pai da Sarah bate na porta chamando atenção da Lory.

Lory: sim?

Fernando: quem você pensa que é para trazer minha filha para esse lugar?

Lory: como?

Fernando: ela ainda é de menor, não exijo isso, se quer falar com ela precisa pedir permissão, tanto para ela quanto para todos eles aqui nessa sala.

Lory: ótimo, amanhã é sábado, não faço a mínima questão de passar na casa de cada um deles para fazer algumas perguntas.

Fernando: também não, aqui está meu número, me ligue.

Fernando leva a Sarah e deixa os outros lá sentados com cara de paisagem olhando para a Lory.

Lory: deixem seus números aqui, de seus pais é claro.

Cynthia: estou com minha avó.

Lory: não importa, ela ainda é sua responsável até seus dezoito anos.

Paula: podemos ir?

Lory: podem ir, estejam em casa amanhã crianças...

Ronald: vaca.

Lory: você vai ser o primeiro amanhã...

Ronald: ...

Todos saíram da sala e se reuniram na frente do prédio da Lory, porém nada falaram, apenas sorriram uns para os outros e seguiram seus caminhos para suas casas...

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Já passava das dez, Weslley se mexia de um lado para o outro em sua cama, pega seu celular e procura o contato "Nolan".
Seu coração palpitava e tudo praticamente doía nele, até que ele liga para o número, na primeira tentativa ele dá só um toque, vai na geladeira pega um copo d'água e retorna para o quarto e novamente liga para seu querido amor.

Nolan: alô?

Weslley: ...

Nolan: quem é!

Weslley: como?

Nolan: quem é!

Weslley: como quem é?

Nolan: ora bolas, não tenho seu número aqui simplesmente isso.

Weslley: você deletou?

Nolan: porra quem é!

Weslley: Wes.

Nolan: a.

Weslley: Nolan eu preciso falar com você pessoalmente, eu quero você de volta comigo, preciso de alguém pra conversar...

Nolan: não vai preferir seu ego?

Weslley: Nolan...

Nolan: Weslley, seguinte, você praticamente me chutou da festa por conta de um beijo com o Caio, seu amigo que por acaso nem sabia quem eu era!

Weslley: eu sei, agora eu percebo que eu fiz uma grande merda na minha vida!

Nolan: você estragou nosso relacionamento e ainda tem coragem de me ligar.

Weslley: você não perdeu tempo mesmo não é?

Nolan: não entendi.

Weslley: até meu número você deletou num piscar de olhos!

Nolan: eu segui em frente...

Weslley: tão rápido?

Nolan: Weslley, você preferiu a raiva naquela noite, eu nunca traíria você em toda minha vida, mas você apenas deixou a raiva te controlar e do que adiantou? Caio está morto agora e você tudo o que fez antes disso foi brigar com ele.

Weslley: mas...

Nolan: mais nada, boa sorte na sua vida Wes, adeus.

Ele desliga a chamada e Weslley joga seu celular tão longe que sua tela racha enquanto ele caia no chão chorando...

Depois de um tempo ele se arruma rápido antes de dar meia noite e segue para a casa do Pedro, a culpa por ele ter trancado Caio no banheiro estava lhe consumindo e ele não aguentava mais, precisava contar para alguém, mas antes de ir ao Pedro ele escreve uma carta e põe em seu bolso depois pula a janela de seu quarto, a mesma janela por onde passaram o corpo da Leandra, tudo estava passando pela cabeças do Weslley, ele não conseguia parar de pensar, nem no Caio, nem na Leandra, Mirelly, Seu pai, Felipe, tudo estava girando, ele bate na porta gritando pelo Pedro e por fim ele abre.

Pedro: Wes?

Weslley: precisamos conversar...

•Xo Xo•