No dia seguinte depois da tempestade tudo parecia calmo, a polícia trabalhava duro para descobrir quem eram os outros dois assassinos de máscara, um era o Mikael mas faltavam outros, e tudo é por um acaso, Duda e Renan ainda dormiam depois daquela noite conturbada, Paula estava em sua cama olhando para o teto enquanto pensava na morte de Lauren e na saída de Laura que voltaria para o Canadá assim que acordasse.
Tudo estava calmo naquela manhã exceto por um barulho que tirou a concentração de Paula para que pudesse se levantar e ir ver o que era, ao sair de seu quarto ela se depara com Laura que estava prestes a descer as escadas.

Paula: você vai mesmo?

Laura: sim...

Paula: por favor, fique.

Laura: eu não posso Paula, isso dói em mim tanto quanto em você, mas eu preciso sair daqui.

Paula: eu...

Paula tentava falar enquanto enxugava as lágrimas, Laura segurava firme sua mala apertando seu braço mais forte para não chorar.

Paula: eu te amo...

Laura: Paula, por favor... não.

Paula: mas... se você quiser ir, quem sou eu para te impedir?

Laura: essa “guerra” que você vive não é comigo, não tem nada haver comigo o que você está passando com esse assassino, eu te admiro muito por ter passado por isso mas... não posso.

Paula: eu queria poder te ajudar.

Laura: não te culpo por nada, mas não posso, simplesmente isso.

Laura olha para frente e vai descendo as escadas enquanto Paula ficava pra trás chorando e vendo seu amor sumir de sua vista, ela continua a andar, Laura assim que chega na porta dá uma última olhada para Paula e por fim fecha a porta deixando-lhe sozinha...
Laura entrou no táxi e seguiu para o aeroporto sem mais delongas.

★

Duda já tinha acordado e ao chegar na sala encontra Renan sentado no sofá enquanto pensava.

Duda: você nunca acorda cedo, o quê está acontecendo?

Renan: decidi pensar um pouco...

Duda: entendi.

Renan: sabe, você não planejou se tornar minha paciente só por...

Duda: não, claro que não, eu na verdade nem fazia ideia do que...

Renan: tudo bem, é só eu com minhas paranóias...

Duda vai para a cozinha preparar um café até receber uma ligação, o Renan atende confirmando algo para alguém, Duda sai da cozinha às pressas e se junta a ele.

Duda: quem era?

Renan: surpresa...

★

Não muito longe da sociedade Cida estava trancada no porão de sua própria casa, amordaçada na cadeira enquanto tentava processar tudo o que estava acontecendo, quando ela finalmente acorda começa a gritar para que alguém pudesse ouvi-la até alguém aparecer descendo as escadas do porão e parando em frente a ela.

Cida: porquê está fazendo isso Bryan?!

Bryan: eu tô cansado de verdade, já disse mil vezes para você não se meter e eu já estou cansado de bancar seu marido.

Cida: você é meu irmão Bryan, eu disse que estaria com você pra tudo e você me bate e me tranca aqui?

Bryan: graças a Deus acreditaram em nosso plano.

Cida: sim... não tinha motivo de você...

Bryan: eu fiz isso por amor entenda.

Cida: você ficou, louco isso sim!

Bryan: você não vai sair daqui nem tão cedo, desculpa maninha, mas não posso te deixar sair.

Ele dá as costas para ela e segue subindo as escadas novamente sem olhar para trás.
Ao chegar no andar de cima dá de cara com Lucca.

Lucca: ela tá bem?

Bryan: sim, não se preocupe, ela disse que queria ficar um pouco lá embaixo.

Lucca: porquê está trancando?

Bryan: ela me pediu... vem, vamos brincar com seus carrinhos.

Lucca é levado até seu quarto por Bryan para brincar com seus carros, não demorou muito até o celular de Bryan tocar, ele deixa Lucca só no seu quarto e vai atender no quintal de sua casa.

Bryan: o problema já foi resolvido.

Mikael: ótimo...

E por fim ele desliga o celular e volta a dar atenção a Lucca no quarto...

★

No aeroporto lá estava Laura, seus olhos fixos na entrada para por for ir para o avião com destino ao Canadá, mas tudo ainda tinha dúvida em sua mente, uma voz no alto falante chama sua atenção “10 minutos para embarque no vôo 352 com destino ao Canadá”, o coração de Laura gelou e ela por fim vai aí banheiro.
No banheiro ela lava o rosto e se olha fixamente no espelho com uma enorme dúvida no que iria acontecer se ela iria pegar o avião ou iria voltar para os braços de Paula, ela sai do espelho e se vira e ao se virar consegue vê-lo.

Laura: o que está fazendo aqui?

Andrey: nada.

Laura: você não é o recepcionista do hotel?

Andrey: sou, e você não pode ir embora.

Laura: porquê não?

Andrey: porquê não é necessário, precisamos de você aqui em Houston!

Laura: quem precisa de quem?

Andrey: isso não importa, pediram para te dar chance de voltar.

Laura: foi a Paula que te mandou aqui? porquê se foi eu não vou voltar!

Andrey: ...

Laura pega sua bolsa e passa direto pelo Andrey mas antes que ela chegasse na porta ela enfia uma faca em sua barriga enquanto ela segurava a maçaneta e caia devagar no chão.

Laura: por... por quê?

Andrey: não precisava ser assim querida.

Ele a deixa morrer aos poucos, joga a faca em cima de seu corpo sem conter nenhuma digital pois ele usava luvas, Laura gemia enquanto ia deixando o mundo dos vivos, Andrey sai do banheiro e vai embora sem deixar nenhuma pista se quer.

★

Lucca havia cansado de brincar e estava confuso com tudo o que está a acontecendo, naquela tarde Bryan dormia no sofá enquanto a chave do porão estava em cima da mesa, Lucca sem pensar muito vai até a mesa e pega a chave sem acordar Bryan e em seguida vai devagar até o porão abrindo a porta.
Ao descer as escadas ele observa de um dos degraus a Cida totalmente amarrada sem poder se mexer, sua cabeça estava abaixada, ele desce as escadas e chega em frente a ela tirando a mordaça de sua boca.

Cida: Lucca? meu Deus, não devia estar aqui.

Lucca: está tudo bem, ouvi ele falando com meu pai no celular, porquê ele não vem me buscar de uma vez?

Cida: tudo bem querido, põe me desamarrar.

Ele vai para trás da cadeira e a desamarra, Cida se levanta e o abraça.

Cida: vou até Houston, quero que fique aqui, ponha a chave de volta onde estava.

Lucca: certo.

Os dois saem do porão, Cida passa por Bryan silenciosamente enquanto Lucca botava a chave novamente na mesa e em seguida vai para a janela e observa Cida seguindo a estrada em direção a Houston...

★

Mais tarde perto do pôr do sol Maria e Paula estavam juntas vendo um velho programa de TV, depois da saída de Laura as duas meio que se juntaram de vez unindo mais e mais o amor de mãe e filha que havia sido perdido, e então alguém bate na porta, Paula se levanta e vai atender e se surpreende com quem vê.

Killian: boa tarde...

Paula: o que faz aqui? descobriu algo?

Killian: melhor se sentarem.

Paula: porquê?

Maria: venha querida, vamos ouvi-lo.

Paula se senta novamente ao lado de sua mãe e voltam sua visão para o Killian que também se senta na frente delas.

Killian: acharam o corpo da Laura no banheiro do aeroporto hoje...

Paula: ela está morta?!

Maria: filha acalme-se.

Killian: por pura sorte não, mas quase morreu se não fosse pela pessoa que a encontrou.

Paula: onde ela está preciso falar com ela!

Killian: no hospital daqui de Houston, não podemos falar com ela ainda, ela passou por uma cirurgia, levou bastante pontos, o buraco que a faca deixou foi enorme.

Paula: quando podemos falar com ela?

Killian: amanhã cedo, hoje ela está impossibilitada de falar.

Paula: mas se atacarem ela enquanto ela dorme e se...

Killian: deixei um policial na frente do quarto dela e eu também passarei a noite lá, amanhã falaremos com ela.

Maria: obrigada por vir nos contar delegado, é sempre bom saber notícias nos dias de hoje, boas ou ruins...

Killian se despede das duas e vai embora, Paula chorava abraçada com sua mãe enquanto as horas passavam e a culpa pela quase morte da Laura aumentava em seu coração.

🔪 Continua 🔪