Na delegacia o clima pesava, todos queriam saber onde estavam Mirelly, Pedro, Cynthia e Ronald mas tudo isso era irrelevante para o detetive Bill que só queria saber de fazer perguntas aos três que foram encontrados no poço xeretando o terreno que no caso não podia invadir, não viram nenhuma placa mas mesmo assim foram para aquele lugar escuro e horrível para jogar o corpo de Leandra.

Bill: então não vão dizer o que foram fazer lá?

Sarah: cunhão viu, seguinte a Cynthia estava lá e caiu no poço aí todos fomos ajudá-la.

Bill: muito estranho isso...

Sarah: estranho o que?

Bill: a união de vocês logo depois da morte da Leandra, depois da queda da Paula, depois da Rose ter encontrado a Cynthia e o Caio na casa da amiga desaparecida e talvez morta.

Duda: onde quer chegar com isso?

Bill: que vocês sabem de muito mais, pena que não falam nada pra facilitar a vida de vocês.

Duda: só queremos saber porquê acha isso!

Bill: isso não importa.

Weslley: porquê aquele lugar é proibido?

Bill: era uma fazenda antiga e lá tinha várias coisas roubadas pela família Monteiro.

Weslley: a família da Leandra!?

Bill: sim, logo depois a polícia descobriu que havia outra família envolvida nesse rolo, porém nunca descobriu qual foi a família, a Andréia, mãe do Caio e do Pedro sabe de umas coisas, ela vai vir dar depoimento amanhã.

Duda: então estamos praticamente envolvidos numa máfia?!

Bill: não diria isso, mas se quer dizer desse jeito beleza.

Sarah: já chamou nossos pais?

Bill: sim, a notícia não é boa, principal pra você Weslley.

Weslley: ??

Bill: deixo sua mãe te dizer.

Weslley: você pode abreviar a surpresa.

Bill: não.

Duda: já podemos sair dessa sala?

Sarah: exato, muito frio aqui.

Bill: não, devem esperar até seus pais chegarem...

💀~💀~💀~💀

O silêncio na casa de Caio acabava com todas as forças dele, enquanto ele via os médicos pegarem sua mãe e carrega-la num saco preto para dentro da ambulância.
Ele não tinha forças pra nada, estava deitado no chão todo melado de sangue, sua visão estava embaçada e não conseguia pensar direito nem ao menos falar, olhava para as coisas de relance e ao olha para a janela ele abre a boca apenas pra falar a seguinte palavra.

Caio: Leandra!

E acaba desmaiando, sendo levado para o hospital, o mesmo no qual Paula estava internada, porém agora acordada conversando com sua mãe enquanto a ambulância com Caio ainda estava a caminho.

Paula: mãe, eu já consigo andar!

Maria: filha o médico pediu para você permanecer deitada, em repouso!

Paula: desde quando você respeita o que os médico dizem?

Maria: vamos fingir dessa vez que respeitamos.

Paula: ódio!

Maria: agora filha, me conte como você caiu daquela janela!

Paula: ficou séria...

Maria: estou falando sério Paula!

Paula: mãe é o seguinte...

Paula estava pronta pra falar qualquer coisa que passasse pela sua cabeça até ver o Caio deitado na maca do hospital passando para o outro lado, ela logo se desespera e tenta se levantar.

Paula: mãe!!

Maria: filha você não pode se levantar!

Paula: aí que droga, mãe o Caio acabou de passar para o outro lado!!!!

Maria: acalme-se vou ver como ele está.

Paula: eu já consigo andar!!!

Maria: não importa, você não pode, consegue mas não pode, agora espere aí.

Paula: chataaaaa!

Maria: já volto.

Paula se levanta andando com uma muleta logo depois que sua mãe sai, tenta olhar a sala onde Caio estava mas não consegue, tenta abrir a porta mas sua mãe havia trancado pelo lado de fora.

Paula: porra!

💀~💀~💀~💀

Enquanto isso na floresta tudo estava tenso, Pedro tinha se separado de Mirelly então os dois estavam sozinhos por conta própria para saírem ou tentarem sobreviver.
Pedro estava escondido debaixo de um tronco coberto por folhas, estava tremendo tanto por conta do frio como por conta da situação em que ele se encontrava.
Para tentar se salvar ele pega seu celular e liga para Duda, ela não atende, só fazia chamar e tudo ficava mais tenso, ele chorava, só não gritava por que podia ser descoberto.
Durante dois minutos o silêncio continuava no seu ápice até o celular de Pedro tocar com a chamada de Duda, ele se assusta e joga o celular longe, fica prendendo a respiração enquanto seu coração quase saltava pela boca, e de repente o encapuzado aparece na sua frente e bate com uma pá em sua cabeça, Pedro acaba desmaiando e agora estava nas mãos do possível assassino ou do encapuzado.

💀~💀~💀~💀

Mirelly não parou nenhum instante de correr e isso fez com que o encapuzado ficasse mais longe dela, ela corria sem saber para qual direção estava indo, até sair no meio de uma pista deserta, olha para um lado e para o outro e não via nada, até avistar um carro indo em direção a cidade de Houston, ela sinaliza para o carro parar.
O carro para em frente a ela e o motorista desce do carro.

Motorista: está perdida?

Mirelly: não, Houston é pra aquele lado, agora preciso de ajuda até me levar para lá.

Motorista: levo você até lá, que ir até a delegacia?

Mirelly: não, só me deixe na entrada da cidade.

Motorista: parece assustada.

Mirelly: cara, só me deixe lá!

Motorista: pode entrar...

Mirelly entra no carro e logo depois o tal motorista entra e começa a dirigir mas tinha que puxar assunto.

Motorista: seu nome?

Mirelly: qual o seu?

Motorista: Felipe.

Mirelly: o quê?

Felipe: Felipe.

Mirelly: é... Primo da Leandra?

Felipe: sim...

A respiração dela aumenta a medida que o carro andava, ela abre a porta do carro rapidamente e pula só saindo com alguns arranhões e com a perna dolorida, ela se levanta rápido e começa a correr com um só pé, Felipe para o carro e desce correndo atrás dela com uma arma.
Ele alcança ela e consegue deita-la no chão.

Felipe: porquê correu?

Mirelly: você... não é confiável!

Felipe: por ser primo da garota cujo vocês mataram?!!!

Mirelly: nós não a matamos!

Felipe: talvez sim, talvez não mas não estamos de brincadeira mais por aqui.

Mirelly: brincadeira?

Felipe: tudo está apenas começando.

Antes de dar uma coronhada em sua nuca Mirelly rapidamente se livra de suas mãos com um chute no saco do Felipe que gritava de dor deitado no mato.
Mirelly tenta correr o mais rápido possível até o carro, finalmente ela chega e liga o carro, tentando acelerar ela da ré e e não consegue mais parar, ela se abaixa enquanto Felipe atirava contra o carro que acaba entrando no meio da floresta onde logo embaixo tinha um lago, ela bate em uma árvore e sai rápido do carro correndo em direção ao lago, ela entra no lago e antes respira fundo para poder ficar mais tempo escondida sem respiração para salvar a sua vida, enquanto Felipe andava ao redor do lago e do carro, e a respiração de Mirelly ia se esgotando, ela tira a cabeça e o corpo da água devagar e consegue ver que Felipe estava do outro lado do lago, ela se levanta e vai indo devagar até a pista, por hora ela estava livre.
Chegando na pista ela vai correndo na direção de Houston torcendo para Felipe não encontrá-la.

💀~💀~💀~💀

Tudo naquela noite continuava na questão de sobrevivência, Cynthia acorda amarrada a Ronald em um tipo de mina, estava com luzes, tinha dinamite, e era pequeno e só tinha uma maneira de sair e entrar por uma escada ou entrando em um dos dois túneis que estavam ao seu redor.

Cynthia: estamos em um túnel subterrâneo?

Ronald: ainda bem que acordou!

Cynthia: Ronald, temos que sair daqui, você viu quem pegou a gente?

Ronald: não vi.

Cynthia: precisamos tirar essas cordas!!

Ronald: não temos onde fazer isso.

Cynthia: consegue ver alguma coisa ao seu redor?

Ronald: não tem nada por aqui!

Cynthia começa a se desesperar até que consegue ver um prego em uma madeira.

Cynthia: Ronald levanta!

Ronald: o quê?

Cynthia: levanta caralho! quer sair daqui?

Ronald: quero, mas o encapuzado nos ameaçou.

Cynthia: você viu o rosto?

Ronald: não.

Cynthia: se levanta!

Ronald: e agora?

Cynthia: fica de lado, até conseguir encontrar no prego.

Os dois ficam de lado a lado e o prego no meio, arrastando a corda de um lado para o outro conseguem por fim de livrar.
E então vêem o alçapão abrindo acima de suas cabeças e conseguem apenas olhar a máscara que o encapuzado usava, a primeira ação de Cynthia foi se jogar em um dos túneis enquanto o Ronald foi para o outro lado, tudo para sobreviver.
Cynthia não sabia onde aquele túnel iria dar mas apenas saia rastejando até chegar seja lá onde aquele túnel iria dar, o desespero era tão grande que ela a cada parte ficava sem ar por ser um lugar apertado e totalmente escuro...

•Xo Xo•