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Capítulo 5

Vejo Guilherme ficar estático na minha frente, ele não esboça nenhuma reação. Uma sensação de agonia sobe pelo meu corpo, preciso saber que o que eu acabei de falar não vai mudar nada entre nós, mas não consigo decifrar o rosto dele.

O chamo mais uma vez, com isso ele solta suas mãos da minha e se levanta. Seu rosto ainda é uma máscara, ele vai até a janela do quarto olha para o lado de fora e então se vira para mim.

- Você tinha me dito que seus pais tinham morrido. – Sua voz está seca.

- Meus pais realmente morreram. – Ele franze a testa, e me olha desconfiado – Digo, minha mãe faleceu e o homem que ela era casada que eu chamava de pai.

- E aonde entra Léon nisso tudo? – Vejo que seu maxilar está rígido, ele está se controlando para não explodir, não o julgo, desde que o conheço sei que Gui não tolera mentiras, e ele tem um bom motivo para isso.

- Vou te explicar tudo.

Guilherme me olha com um ar de desconfiança, ele provavelmente não sabe se aceitara o que falarei como verdade. Ele não se mexe de onde está, eu dou um suspiro e sinto meus ombros pesando enquanto relembro meu passado.

- Antes deu começar a falar quero que saiba que eu sempre quis te contar, mas é tudo muito doloroso.

- Estou esperando Nina, você mentiu para mim, você sabe o que penso disso, mas estou aqui te dando um voto de confiança para se explicar.

" Eu e meu irmão nascemos na Itália, mas desde muito pequenos fomos morar no Brasil com nossa mãe. Durante toda a minha infância vivida em São Paulo, eu pensava que Carlos era nosso pai.

Nós tínhamos uma vida simples, sem luxos, mas éramos felizes, então naquele maldito dia que estávamos voltando de carro de uma festa, um motorista bêbado avançou o sinal e pegou nosso carro em cheio.

Meus pais não resistiram e faleceram na hora, eu e Don fomos mandados para um orfanato, éramos duas crianças que tinham acabado de perder os pais e virão suas vidas virarem de cabeça para baixo.

Nós ficamos dois anos no orfanato, nesse tempo aprendemos a crescer a pior maneira possível. Crianças mais velhas que nós, no batiam, roubavam nossas coisas e nos obrigavam a fazer suas tarefas.

Meu irmão sempre tentava me proteger, mas ele também era pequeno. Já estávamos velhos para sermos adotados e sabíamos disso, foi então que fugimos do orfanato por não aguentarmos mais aquela situação.

Durante quase um ano moramos nas ruas, meu irmão foi meu anjo da guarda, me ensinou a me defender, a fugir para não ser pega, ele que sempre providenciava comida e lugar para dormirmos, e sempre que conseguia me trazia uma flor de girassol que pegava do final da feira de flores aonde trabalhava as vezes.

Em um dia comum estávamos dormindo num prédio abandonado quando um homem engravatado nos achou, a principio corremos, mas o homem não estava sozinho.

Fomos encurralados, naquela hora Don se colocou a minha frente pois pensávamos que iriamos apanhar por termos invadido o prédio, mas para nossa surpresa o homem queria somente conversar.

Os homens que nos acharam eram enviados de Léon, o homem nos explicou que nosso pai estava a nossa procura desde que ficou sabendo do acidente.

Não acreditamos no que o homem estava falando, mas não tínhamos muitas opções. Acabamos indo com eles e com isso viemos para a Itália, conhecemos Léon quando chegamos aqui.

Ele era um homem bonito, bem vestido e amoroso. Nos ofereceu abrigo, comida e nos contou a nossa verdadeira história, ficamos convencidos quando ele nos mostrou uma foto de nossa mãe grávida com ele beijando a sua barriga.

Meu pai nos disse que depois que nascemos o chefe dele tinha morrido e estava acontecendo muitos problemas para ver quem se tornaria o novo sucessor.

Minha mãe com medo de nos tornarmos alvos fugiu para o Brasil, Léon lhe ajudava financeiramente com o que ela precisasse, mas depois de um tempo ele acabou perdendo o contato com ela e infelizmente só soube noticias anos depois de seu paradeiro por causa do acidente de carro.

Meu pai tinha mandado alguns detetives ao Brasil para nos achar, já que agora ele era o novo chefe, mas eles chegaram tarde ao nosso paradeiro nos encontrando somente anos depois.

Na Itália tivemos uma vida financeira confortável, conforme fomos crescendo Don começou a ser integrado aos negócios da família para suceder nosso pai, ele sempre tentava me manter longe e eu gostaria de tê-lo ouvido.

Quando completei vinte e três anos rompi qualquer ligação com meu pai, sai de casa e fui morar na França. Eu trabalhava num hospital como enfermeira quando fui identificada pela Agência de Inteligência da França por trabalhar para a família calabresa.

Durante o tempo que passei com eles me interrogando sobre meu pai, acabei me juntando a eles como agente. Fui para a escola de treinamento e me formei como uma das melhores.

Assim que voltei para a cede fui mandada para diversas missões, mas sempre trabalhei em paralelo para acabar com a máfia Calabresa, dava todas as informações que eu sabia sobre eles, mas infelizmente não foram o suficiente.

Quando a agencia viu que não conseguiriam pega-los o caso foi arquivado, contudo, eu já tinha provado mais de uma vez como era valiosa para eles, então continuei como agente e o resto da história você já sabe. "

Durante toda a minha explicação, Guilherme se manteve em pé e afastado de mim, seu rosto estava tencionado e seu olhar era cortante. Não sei o que ele estava pensando sobre o que lhe contei, mas torcia para que ele entendesse.

- Eu quero muito acreditar nessa história Nina, mas tem alguns furos que não batem.

Eu o encarava, parecia que eu estava nua perante os seus olhos conforme lhe contava meu passado, mas dessa vez me senti totalmente desprotegida e com medo.

- Sua infância não foi fácil e eu sei disso – Sua voz ia se endurecendo a cada palavra – E sua relação com seu irmão sempre foi muito forte, agora consigo entender um pouco mais do porque você é tão leal a ele.

- Nós passamos por muita coisa juntos.

- Eu imagino.

Guilherme finalmente se move e vem na minha direção, estou sentada na cama e ele se agacha a minha frente, mas continua mantendo distância.

- Você me disse que Léon era carinhoso e um bom pai para você – Senti uma gota de suor frio descer pela minha coluna, pois já imaginava o que ele iria me perguntar e eu não queria responder. – Então porque você o abandonou?

Eu engoli em seco, apesar deu saber que precisaria responder ao Guilherme, que ele merecia a verdade eu não conseguia, pelo menos não ainda, abrir aquelas memórias.

- Nem tudo foi flores com o tempo que eu morei com o meu pai, eu vi e fiz coisas que me arrependo até hoje.

Guilherme me olhava sem desviar seu olhar do meu, ele estava em silêncio esperando uma resposta melhor do que a que eu dei, mas essa eu não poderia lhe dar, ainda doía de mais.

- Nos últimos tempos que estava com meu pai nós discordávamos muito sobre o que ele fazia, eu achava errado e comecei a me afastar da família, bem, ele não aceitou isso muito bem.

Respirei fundo e fechei os meus olhos, então na mesma hora pude escutar aquele maldito som e vi tudo vermelho.

- No seu desespero para me proteger e me ter de volta ele acabou rompendo de vez o nosso laço, ao me castigar como um dos seus inimigos.

- Foi ele que te deu essas cicatrizes que você tem nas costas?

-Sim – Falo quase num sussurro.

Guilherme se levanta e posso ver que ele está numa briga interna.

- Me desculpa meu amor, mas essa parte da minha vida já se foi, e eu não gosto de recordá-la.

- Eu entendo Nina, mas mesmo assim você mentiu para mim e você sabe como eu odeio esse homem. – Vejo um lampejo de dor passar pelos seus olhos – Além do mais eu sei que ainda esconde coisas de mim, que não me contou tudo e talvez nunca conte.

- Guilherme por eu saber disso que não contei antes mas entenda que....

- Agora eu entendo porque você não quis se casar comigo, eu me desnudei de corpo e alma e você não fez o mesmo. Você tem razão, eu não te conheço e sinceramente, não sei se quero conhecer.

- Por favor Guilherme – Eu comecei a sentir as lágrimas querendo escapar dos meus olhos e meu peito começar a se apertar.

- Eu te amo Nina, mas eu...

Guilherme se vira de costas para mim e sai do quarto, fechando a porta atrás de si e me deixando sozinha. No vazio daquele cômodo eu não consigo mais segurar as minhas lágrimas, que escorrem quentes pelo meu rosto.

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