Capítulo 1
Um mês se passou desde que cheguei na Itália, muita coisa aconteceu, muita coisa foi falada. Eu ainda estava me acostumando a lidar com meus sentimentos.
Guilherme nos últimos dias estava muito quieto, eu sabia o motivo desse seu comportamento, por isso, comprei uma viagem para a Cidade do Cabo, na África do Sul, de última hora para nós dois.
Já estávamos na cidade a quase uma semana, essa era a nossa última noite ali, pois no dia seguinte teríamos que voltar para a Itália. Trabalhávamos juntos agora, Gui foi contratado pela Agência de Inteligência da União Europeia, e como parte da sua contratação, fez com que eu fosse remanejada para esse órgão, invés de ficar somente restrita a Itália.
A princípio iríamos ficar estabelecidos na França, contudo, depois de apresentarmos o caso da NX para a agência, eles preferiram nos manter na Itália por causa do Don e da Speranza, que eram peças fundamentais no caso.
Lidar com a morte da Karina não estava sendo fácil para nenhum de nós três. Eu ainda não conseguia acreditar que ela realmente tinha se ido, Don tinha um jeito peculiar de lidar com a perda, principalmente por causa da forma que fomos criados pelo nosso pai.
Meu irmão não demonstrava sua dor, apesar deu saber que ela existia, seu foco estava cem por cento em sua filha. Ela era o seu mundo agora, tudo que ele fazia era para ela, e com isso ele estava seguindo em frente, mas já o escutei chorar certa noite.
Guilherme ao contrário de nós dois, tinha os sentimentos estampados no rosto. Hoje estava completando um mês que sua irmã tinha se ido, ele ficou bastante chateado quando foi proibido de voltar ao Brasil para ir no enterro dela.
A AIE proibiu dele voltar, pois para todo o caso ele tinha falecido, contudo com a perda da Karina, ele teve autorização para contar que estava vivo para sua família mais próxima.
A AIE bancou a vinda dos pais dele, mais a do irmão e da cunhada, eles conheceram Speranza e ficaram encantados com a minha sobrinha. Nos contaram que foi Rodrigo que fez o reconhecimento do corpo, entretanto, não tinha muito o que se ver pois o mesmo estava carbonizado.
Meu cunhado nos disse que só soube que era ela, por causa do cordão que estava entre os pertences da falecida. Estranhei o corpo está carbonizado, mas ele nos falou que a empresa aonde eu e Karina tínhamos invadido, sofreu um incêndio grave, além do mais, a identificação da arcada dental deu positivo.
A família de Guilherme entrou num programa de proteção, tiveram que assinar um acordo de confidencialidade, e para manter as aparências não poderiam manter contato constante com o filho.
Guilherme estava apoiado na sacada da varanda, ele vestia uma calça social e um blazer azul-marinho, seus pensamentos estavam perdidos na noite. Uma brisa refrescante soprava seu rosto e carregava o cheiro do seu perfume até mim.
Terminei de calçar minha sandália de salto alto e o chamei, quando ele se virou, seu tórax bronzeado exposto pelos botões da sua camisa branca aberta, atraiu meu olhar.
- Meu amor – Ele abriu um sorriso e arregalou os olhos – Você está linda!
Eu estava usando um vestido vermelho longo, que marcava minha cintura, tinha um decote moderado e uma fenda do lado direito, que ia até um pouco acima da metade da minha coxa.
Íamos sair para jantar num local que fora reservado para os hospedes do Resort que estávamos. O local ficava a beira mar, onde uma festa com um DJ muito conhecido da região iria tocar.
Guilherme me deu um beijo de leve nos lábios e me ofereceu o braço. Fomos em um carro de aluguel do Resort, aonde tínhamos motorista particular, não demorou muito para chegarmos no lugar.
Assim que descemos do carro já podíamos escutar a música tocando, passamos por um arco de pedra que marcava a entrada e fomos conduzidos até um mezanino que dava para frente do mar.
Da mesa de onde estávamos podíamos ver a pista de dança, uma parte da praia que ficava com algumas espreguiçadeiras e a entrada do lugar. A comida e bebida estava inclusa no pacote do hotel, podíamos escolher qualquer coisa do cardápio.
Guilherme pediu como entrada ostras para nós dois e como prato principal lagosta ao molho de vinha branco. Bebemos mojito durante todo o jantar.
Falávamos sobre assuntos leves, como por exemplo a nossa viagem, eu estava tentando distraí-lo da memória do dia que era hoje. Algumas vezes durante o jantar ele ficava calado e ia para longe, mas logo retornava e abria seu melhor sorriso, ele estava tentando, por mim e por ele aproveitar ao máximo essa noite.
Estávamos falando sobre uma das praias que mais gostamos de conhecer, quando o DJ começou a tocar músicas no ritmo de salsa. Guilherme olhou para mim na mesma hora e deu um sorriso travesso.
- Nem pense nisso. – Eu balançava minha cabeça e sorria.
- Não estou pensando em nada – Ele se levanta da cadeira e vem na minha direção – Eu estou fazendo.
Guilherme me puxa até o meio da pista de dança, ele tinha deixado o seu blazer na mesa, por isso dobra as mangas da camisa antes de me segurar pela cintura.
- O que você pensa que está fazendo? – Estou meio apavorada com a situação. – Eu não sei dançar!
- Nunca escutou falar que se você tem um parceiro que saiba guiar, não precisa de mais nada? – Ele me puxa contra o seu corpo e cola seu rosto no meu, falando ao pé do meu ouvido – Alias, tudo que você precisa saber é requebrar – ele rir – E eu posso afirmar que você sabe rebolar, e muito bem.
Saímos da festa de madrugada, tínhamos dançado quase a noite toda, a camisa branca de Guilherme virou transparente. Estávamos no quarto de hotel, ele tomava um banho enquanto eu estava sentada penteando meu cabelo na varanda do quarto.
A noite tinha comprido o seu objetivo, conseguimos nos distrair de tudo que estava acontecendo em nossas vidas. Ficamos ficados somente um no outro.
A noite na cidade do cabo estava quente, o céu estava limpo e a lua cheia iluminava a noite. Estava admirando o céu quando senti Guilherme envolver minha cintura com os braços e beijar o meu pescoço, ele apoiou o queixo em meu ombro enquanto me abraçava.
- Admirando a noite?
- Sim, a lua esta linda hoje.
- Não mais que você. – Ele brinca de desfazer o laço do roupão que estou usando.
Sinto seu corpo ainda meio molhado contra o meu, Guilherme esta somente de toalha. Conforme sinto suas mãos quentes passeando pela minha barriga e indo até meus seios, meu corpo se aquece.
Estou exausta por ter dançado a noite toda em cima de um salto alto, minhas pernas estão doloridas, mas ele é incansável, e consegue despertar minhas últimas energias.
Ele segura meu pescoço com a mão esquerda e vai beijando e mordiscando minha pele, da minha orelha até meu ombro. Guilherme retira o roupão dos meus ombros, fazendo-o escorregar pelo meu corpo o deixando nu a luz da lua.
Me viro de frente para ele e puxo sua toalha da cintura, seu membro já estava rígido. Guilherme me beija apaixonadamente, pressionando seu corpo contra o meu.
Massageio seu membro e escuto um gemido baixo, escapar dos seus lábios contra os meus. Suas mãos descem pelas minhas costas até minha bunda, que ele aperta e me puxa contra seu corpo.
Guilherme me ergue pela bunda, engancho meus pés em suas costas e envolvo seu pescoço com minhas mãos. Ele caminha em direção a cama e me deita na cama delicadamente.
Seu toque está mais calmo, ele está mais carinhoso essa noite, mais do que o normal. Seu beijo se suaviza e então ele se levanta, indo em direção a cadeira com nossas roupas jogadas.
Guilherme revira as roupas jogadas na cadeira até achar o que queria, quando ele se vira para mim está com um sorriso de lado no rosto e sua gravata vinho em uma das mãos.
Ergo minha sobrancelha para ele e dou um sorriso tímido, Gui vai passando sua mão livre pelas minhas pernas subindo eu direção ao meu pescoço.
Estamos sentados um de frente para o outro na cama, ele me beija enquanto suas mãos passeiam pelo meu corpo e as minhas no dele. Quando ele para de me beijar, me olha intensamente.
- Sei que você deve estar cansada, por isso deixa eu fazer o trabalho duro hoje – Ele sorrir, pega a gravata e me mostra – Você confia em mim?
- O que você está aprontando? – Lhe dou um sorriso cheio de malícia.
- Você vai gostar, - ele se aproxima do meu rosto e morde meu lábio – acredite em mim.
Apenas assinto com a cabeça, Guilherme usa a gravata como uma venda, ele a posiciona em meus olhos e a amarra delicadamente em minha cabeça.
É uma sensação estranha você não ver o que está acontecendo, contudo, todos os seus outros sentidos ficam mais aguçados, e Guilherme se utiliza disso.
Ele me deita na cama, e sinto algo como se fosse uma pena passear pelo meu corpo, levando arrepios por onde passa. Sinto mais intensamente o toque dele que se alterna em um passar leve de mãos até apertos mais firmes em minhas coxas.
Guilherme explora o meu corpo todo com sua boca, se utilizando da sua barba por fazer para arrepiar a minha pele, passo minhas mãos pelos seus cabelos.
Sinto quando ele segura mais firme com suas mãos em minhas coxas, as abrindo para sua boca se encontrar com meu centro. A necessidade de telo dentro de mim aumenta a cada minuto.
Sussurro, quase implorando para que ele me penetre, Guilherme, para minha felicidade, resolve atender ao meu pedido. Sinto o movimento alternado dos seus quadris de vai e vem, ele se abaixa e mordisca a minha orelha.
- Se vira de costas.
Faço o que ele pede, Guilherme está me comendo de quatro, ele dá alguns tapas em minha bunda, enquanto enfia mais forte seu membro em mim. Ele ergue minhas costas, me apoiando contra si com um dos braços que envolve o meu tronco e sua mão segura meu pescoço.
Com sua mão livre ele a leva até meu centro e o estimula enquanto me penetra cada vez mais rápido. Gozo primeiro do que ele, gemendo alto, meu companheiro gruda sua boca na minha orelha a mordendo, e quando goza escuto seu gemido em meu ouvido.
O resto da noite ficamos deitados um do lado do outro, o silêncio no quarto era acolhedor, como que somente a presença do outro importasse, e se alguma coisa fosse dita poderia acabar com aquele momento mágico.
Nessa noite, olhando para o homem ao meu lado, que tinha um dos olhares mais doces e apaixonante que se direcionavam para mim, eu tive certeza do que sentia por ele.
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