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twenty one

— Pronto para ir? - Harry arrumava minhas roupas em uma pequena maleta, dobrando-as com cuidado e precisão.

Você não irá.

— Não sei.

E bem... Essa era a verdade. A confusão tomava conta do meu corpo inteiro, minha cabeça girava entre perguntas e mais perguntas.

Eu estava pronto para ir embora? Era forte o bastante? Eu machucaria mais alguém?

Você nunca será forte.

Não havia resposta, nunca teremos como prever o futuro, nem mesmo pessoas que supostamente o veem enxergam com precisão. Um passo e tudo será diferente, um erro e a vida inteira está perdida, um acerto e ela estará ganha para sempre.

A vida é engraçada e irônica. Bonita e feia na mesma intensidade. Você nunca preverá o que acontecerá, apenas vive, deixa nas mãos de alguém. Talvez o destino, talvez Deus, isso é algo que nunca teremos certeza até a morte.

Sua morte está aproximando-se. Assim como a do seu namorado. Vocês já viveram demais de qualquer forma.

Talvez um religioso irá se deparar com a visão da completa escuridão depois de sua morte, talvez um ateu seja acolhido pelos braços dos santos que ele tanto discriminava. As coisas são imprevisíveis, as pessoas são assim.

Minha curiosidade pela morte é ainda maior que a felicidade por viver. Já me senti morto por dentro, já senti como se meu coração estivesse despedaçado, já senti a dor da partida de tantas pessoas que já não posso contar quantas foram. Me senti sozinho, perdido, submisso de coisas inexistentes.

Mas a vontade de saber o que viria por trás de tudo isso batia com força em meu peito. Eu encontraria todas as pessoas mortas pelas minhas mãos? Pelas mãos das vozes? Eles me perdoariam? Seria apenas o preto? Existe paraíso e inferno?

Você irá desvendar seu mistério, Louis.

Perguntas são o que nos fazem continuar vivendo. Pois bem, o que seria das respostas se não houvesse alguém para perguntar? Como seriam feitas as descobertas sempre um grande curioso por trás? Respostas já não são a coisa mais importante.

Quem sabe eu ainda esteja submisso ao meu interior, minha mente e suas brincadeiras, mas agora a história é tão diferente... Sei que o mundo estará desabando e Harry irá me colocar em seus braços, abraçar-me com força, dizer que tudo irá ficar bem. E no final tudo realmente fica bem.

Harry é minha força. Da qual que eu sempre precisei para poder lutar, o que sempre traz a vontade de continuar em frente. Seu sorriso traz o brilho que faltava em minha vida, seus olhos iluminavam o meu interior.

Mas o garoto também era a fraqueza instalada no meu peito, chicoteando com força, dizendo-as que ele era meu ponto fraco. Elas sabiam. A única forma de acabar com minha vida era acabando com o menino, elas tentavam de todas as formas. Mas eu não deixaria isso acontecer.

Eu protegeria Harry com unhas e dentes, cuidaria dele como se fosse meu brinquedo favorito quando criança, seguraria seus braços com força enquanto andava pelos lados. Não o soltaria, não o deixaria. Apenas meu. Sem riscos, sem faltas.

Você não poderá o salvar.

— 'Não sei' é uma resposta tão vaga, amor. - Acabou de fechar a mochila, jogando-se ao meu lado. — Isso é medo?

Assenti, aconchegando-me em seu peito e passando minha pernas por cima de seu corpo.

Seu medo está certo.

Ignorando o que elas falavam, eu me concentrava apenas no batimento cardíaco constante vindo do peito do menino ao meu lado. Forte, porém calmo, assim como ele.

Harry tinha todos os seus músculos perfeitamente definidos, poderia facilmente acabar com qualquer um, mas sua calmaria estava sempre presente. Era a pequena distração que sempre me levava para o lar novamente, o porto seguro que eu sempre precisei.

— Você é tão forte, meu amor. - Respirou fundo, massageando os cabelos ralos encontrados em minha nuca. — Você passou por tudo isso.

Suas mãos fizeram gesto para o quarto, referindo-se ao local em si, e logo depois batendo em minha têmpora para indicar a doença.

— Você lutou e eu estive com você,  será assim para todo o sempre, eu estarei ao seu lado durante toda a sua vida. Até o meu último suspiro.

Sua respiração acabará logo.

— Eu apenas tenho medo de ir e ficar sem você, seus afazeres, sua casa... Eu enlouqueceria ao não lhe ter ao meu lado. - Suspirei, sentindo o profundo cheiro de seus cachos. — Enlouqueceria ainda mais.

— Louis. - Seus ágeis dedos levantaram minha cabeça, focando seus olhos verdes nos meus. Era incrível a sintonia de nossos olhos, de nossas respirações, de nossas pulsações. Como alma gêmeas, destinado a ser assim. — Eu não irei te deixar. Você sabe, o trabalho continuará, ainda quero salvar tantas vidas, amor...

Assenti para ele, sorrindo sem perceber, sentindo-me cada vez mais orgulhoso por namorar alguém tão bom. Uma pessoa tão completa, tão bela exteriormente e ainda mais em seu interior. Seu coração era puro, mesmo depois de tanto sofrimento, como se ele pudesse amar toda e qualquer pessoa ou ser vivo.

— Mas tenho uma surpresa. - Abriu um sorriso de covinhas fundas para mim, sem tirar seu olhar de mim. — Seu quarto precisa de uma bela reforma... E uma cama de casal!

Minha boca abriu-se em um 'O' pela notícia inesperada. Então sem pensar duas vezes joguei-me em seus braços novamente, forçando minhas mãos em seus cachos e beijando sua bochecha.

Ele não estará a salvo ao seu lado.

— Eu te amo. - Sua voz rouca proferida exatamente no lóbulo de minha orelha. — Eu me acostumei com todos os seus pequenos detalhes, guardei na minha memória sua voz manhosa e o jeito que você sorri quando acorda, acostumei a ter meus braços lhe abraçando protetoramente. E eu não deixarei isso de lado, não agora, nem nunca. Eu quero crescer cada vez mais ao seu lado, quero ver meus filhos com você dando suas primeiras palavras, seus primeiros passos, a primeira aula, o primeiro sorriso. Quero casar com você e quero lhe fazer a pessoa mais feliz desse mundo, Louis William Tomlinson.

Nesse momento meus olhos já não seguravam as lágrimas insistentes, seu aperto era forte em minha cintura e eu sussurrava baixinho o quanto o amava e o quanto era sortudo por te-lo ao meu lado.

— E-eu, e-e-eu... Porra! - Solucei, arrancando um risinho da boca do maior. — Eu nunca pensei que alguém pudesse me amar pelo o que eu realmente sou. Sempre achei tão mais fácil atuar, fingir não ser bipolar, fingir ser popular, fingir ao tentar gostar de algo que não gosto. E todos a minha volta gostavam apenas desse Louis, do qual estava sempre em festas, quem fazia brincadeiras sobre as vozes, quem bebia e fumava maconha escondido da mãe. Ninguém nunca olhou para mim do jeito que eu sou, ninguém prestou atenção na minha fraqueza e no tom triste que tomava meus olhos quando passava a falar da minha doença, ninguém olhou para o brilho que aparecia neles quando estava concentrado em um livro. Ninguém percebeu minhas lágrimas, ninguém lutou por mim, muito menos comigo.

Não vale a pena lutar por você.

Na medida em que as palavras saiam da minha boca, soluços as acompanhavam. Em minha mente eu ouvia variedades de palavras feias, tristes e risadas agudas. Sentindo pena de mim mesmo, vergonha do ser que era.

— E você chegou. - Continuei, depois de respirar fundo várias vezes e ouvir os sussurros de Harry em meu ouvido. — Como um mero trabalhador, com uma ideia de salvar pessoas, a qual eu nunca teria ideia sem ouvir sair de sua boca. Você chegou e quis salvar quem não queria ser salvo, eu já havia desistido, Harry. Não havia um propósito, não havia pelo que lutar, eu estava sozinho, eu havia acabado com todos que me amavam. Eu estava apenas sobrevivendo, tentando morrer, tentando desistir. E você trouxe uma sensação tão boa para o meu peito, você me completou, fez meu coração bater mais forte. E então eu tinha um propósito novamente, eu tinha pelo que lutar, tinha uma razão para continuar minha vida. E essa razão sempre foi você. Sempre será.

Eu estava um tanto afastado, alternando meus olhos para cada pequeno pedaço de seu rosto. Seus olhos, seu sorriso, suas covinhas, seu nariz, suas sardinhas. Tudo encaixava tão perfeitamente bem, cada minúsculo detalhe o deixava ainda mais belo.

Ele nunca será seu.

— Você me fez enxergar a vida com outros olhos, me trouxe fé na humanidade, sua preocupação, seu brilho, seu abraço. Tudo em você me fez pensar que talvez o mundo não fosse tão ruim como eu pensava. - Seus olhos verdes brilhavam em lágrimas, com sorrisos perdidos pelos seus lábios. - Com você eu sinto vontade de continuar sobrevivendo e, ainda mais, sinto vontade de viver. Por você eu faço de tudo, porque eu te amo, Harry Edward Styles, eu te amo com cada pequeno músculo, cada osso, cada veia e cada pedaço do meu corpo.

— L-Louis...

— Shhh. Só me beija.

Vocês irão estar mortos. Logo.

Selou nossos lábios, como um segredo de tudo aquilo que havíamos confessado um para o outro. Sua língua acariciava com cuidado a minha, dançavam a mais bela melodia. A melodia do amor. Meus braços estavam em sua nuca, o abraçando com força e acariciando deus sedosos cachos com meus curtos dedos, enquanto suas carícias em minha cintura faziam-me ronronar.

Você é submisso a ele. Sem ele você não viverá.

— Não quero imaginar um mundo sem você. - Harry disse após separar nosso beijo. — Eu amo você. Com todas suas crises, todos os seus defeitos, todas as suas lágrimas e ainda mais seus sorrisos.

Deu de ombros, o sorriso estampado em seu rosto era uma verdadeira prova de seu amor, eu não pediria por mais nada. Não queria provas, não queria presentes caros. Só o amor.

Ei anjo. Você conhece as razões do por quê olho para o céu? - Neguei levemente, tentando descobrir onde meu menino queria chegar. — Eu andei por tanto tempo olhando para lá e pedindo para que se houvesse alguém, me mandasse uma razão para continuar aqui. Pois era tudo tão errado, Lou. Tudo machucava, feridas expostas que as pessoas não tinham vergonha de cutucar, mexer, piorar. E, por fim, esse alguém escutou. Eu esperei por algo grande e me decepcionei um pouco, já que sua altura não é uma das maiores...

Ele gargalhou e eu me senti completo, meu peito bateu mais forte, jurando que poderia vomitar meu coração pela boca a qualquer momento.

— Enfim... - Falou, recuperando-se das risadas e fazendo cócegas em minhas costelas para tirar a expressão emburrada de meu rosto. — Você ultrapassou todas as minhas expectativas, eu esperei um amigo e ganhei um pequeno anjo caído. Um amigo, melhor amigo, amante eterno. Você abriu meus olhos para ver quão bom o mundo é, fez meu sorriso brilhar, trouxe um sentido para as coisas. Trouxe vida para alguém tão morto por dentro. Com você não há machucados, não há arrependimentos, não existe lembranças de um passado que não se deve lembrar. Quando estou com você, Louis, eu só penso em frente. Faço planos e sonhos que antes pareciam impossíveis, mas sei que com você tudo é possível. O amor é possível. A vida. A felicidade.

Nada será possível quando você matá-lo.

Balancei a cabeça, olhando para cima, mesmo dando de cara com o teto branco do local. Pensei em um motivo, apenas um, pelo qual eu merecia ter uma pessoa tão boa em minha vida. E não consegui achar. Sempre tão errado, tão ruim para os outros, sempre na intenção de matar e não salvar. Mas acho que todo salvador precisa de uma alma perdida. Harry Edward Styles me salvou de mim mesmo.

— Eu te amo. - Falei apenas isso, olhando em suas esmeraldas. — Não há outro jeito de dizer, não existe palavras suficientes para demonstrar isso. Eu apenas amo você, de todas as formas.

Ele sorriu, beijando meus lábios com calma e cuidado, acariciando minhas bochechas com as costas da mão. Sorrindo e fazendo juras perdidas em nossos lábios.

— Prontos? - Johanna estava encostada na porta de metal com um belo sorriso no rosto, um sorriso orgulho. Sentia falta de vê-la assim, tão cheia de si, tão cheia de mim.

Você irá morrer assim que sair deste local.

Assenti rapidamente, entrelaçando meus dedos ao meu namorado e o deixando carregar minha - não tão grande - mala.

— Eu disse... - O menino de cachos começou.

— Hum?

— Em sete dias você sairia daqui, você está saindo, eu disse. Eu sempre acreditei em você.

Levei nossas mãos até meus lábios e pressionei um beijo estalado ali. Logo encostando rapidamente nossos lábios.

— Eu sou eternamente grato por isso, para sempre grato por você. Obrigado.

Harry assentiu, abraçando minha cintura e acompanhando meu pé direito até a saída da clínica de reabilitação.

N/A: eu amo tanto esse capítulo! Enfim... Mil desculpas pela demora, tem MUITA coisa acontecendo na minha vida e meu tempo se vai. Amo vocês, espero que tenham gostado tanto quanto eu.

P.S: gostaram da nova capa?

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