eight
Notas finais importantes ^~^
Acordei nos braços de Harry. Minha cabeça estava apoiada ao seu peito, minhas pernas estavam entrelaçadas às suas e meu braço ficava em sua cintura. Seu braço descansava - levemente - abaixo de minha espinha. Os carinhos no local mostravam que ele estava acordado.
Já haviam se passado uma semana desde o incidente com a mulher e o hospital. Ela realmente foi afastada de seu cargo.
Com o tempo eu estava melhorando, Harry estava sempre ao meu lado. Ele me dava força para continuar tentando. Aos poucos eu já conseguia dizer não para as vozes, já conseguia as afastar com mais facilidade.
Louis.
Estremeci ao ouvir essa voz, eu a reconhecia de qualquer lugar no mundo.
Mark.
Notei que as carícias cessaram e quando levantei meu olhar Harry estava dormindo.
Então deixei meus pensamentos tomarem conta de mim.
Flashback ON
O clima de minha casa estava horrível depois da morte das minhas irmãs, do assassinato delas.
Havia somente minha mãe e meu padrasto, eles tinham medo de mim. Eu apenas piscava e eles achavam que eu iria matá-los.
Eles sentem medo, pois você é um monstro.
Respirei fundo e eles me olharam. Olhos arregalados.
- O que foi?! Eu só suspirei, porra!
Levantei-me como um furacão e fui em direção ao meu quarto, me trancando lá.
Você vai matar todos, até acabar sozinho.
Estava jogado na cama, fazendo desenhos na parede com minhas unhas. Elas já estavam descolando-se e havia muito sangue.
- Louis.
- Nem pense.
Mark estava do outro lado. Ele sempre estava pronto para me ajudar, mas eu não precisava de ajuda.
Eu era um louco.
Mate-o.
Ele rodou a maçaneta da porta e eu bufei.
- Saia.
- Louis, você pode ser melhor.
Tentei manter a calma, Mark sempre havia me ajudado. Cuidou-me como se eu fosse seu filho, até mesmo me registrou com seu sobrenome.
Ele sente medo de você.
Ele era a pessoa que eu tinha como exemplo. Ele havia escondido todos os casos, todas as mortes, apenas para me ajudar.
Mark acreditou em mim quando nem eu mesmo acreditava.
- Mark, por favor, saia. - Falei, ainda tentando manter a calma.
- Não, Lou. Você vai melhorar.
Mate-o logo, ele te faz mal.
A raiva já estava subindo para minha cabeça e as unhas quebradas e descoladas foram para minhas coxas, eu arranhava e cravava-as com força ali.
Você merece morrer.
Eu estava cansado de ser o monstro. Estava cansado de não poder falar com ninguém apenas por que tinham medo.
Então quando Mark pôs sua mão em meu ombro não resisti ao instinto de matá-lo.
Ele merece sofrer.
Joguei-o na minha cama e torci seu braço, quebrando. Ele soltou um grito ensurdecedor e tudo que eu queria era chorar.
- L-Louis, eu quero te ajudar. - Sua voz saía entre gritos e gemidos agonizantes de dor.
- Não, Mark.
Peguei um grande madeira que havia na minha cama e cravei em suas costas, ele cuspia sangue e ainda tentava falar.
Não tenha pena, Louis.
Tirei a madeira e passei minhas mãos pelo sangue que ali havia. Sangue do meu padrasto.
- Você não quer fazer isso.
- Se eu não quisesse, não estaria fazendo.
Então cravei com força a madeira em seu corpo, seu grito me fez estremecer.
Aos poucos a respiração que antes era acelerada e ofegante foi cessando. Os batimentos do seu coração pararam.
A vozes batiam palmas e faziam festa, elas estavam felizes. Isso me deixava feliz.
Eu havia matado meu padrasto.
Flashback OFF
Haviam lágrimas em meus olhos após lembrar do acontecimento com Mark.
Você me fez sofrer, Louis.
Depois desse dia foi diagnosticado com transtorno dissociativo de identidade e também com transtorno bipolar.
Isto quer dizer que eu posso ser o Louis agora, mas cinco minutos depois posso matá-lo sem ter nenhuma emoção durante o ato.
Eu não sentia prazer em matar alguém, mas também não sentia culpa durante. A culpa era consequência, vinha depois.
O remorso, a dor... As piores sensações do mundo.
Você faz todos sofrerem.
Ver minha mãe chorando pois seu marido está morto e saber que isso foi minha culpa foi uma sensação de fim.
E mesmo assim ela não quis me denunciar, eu gritava para ela, dizendo que era melhor. Mas ela não queria perder o "bebê" dela.
Até hoje não veio me visitar.
Mas bem, eu não a culpo, eu sou um assassino.
- Pensando muito? - Ouvi a voz rouca de Harry em meu pescoço.
- Lembranças.
- Boas? - Neguei.
Ele sentou-se na cama e me puxou para seus braços, entrelaçando suas pernas em minha cintura.
Apoiei minha cabeça em seu peito novamente.
Eu tenho vergonha de saber que você tem meu sobrenome, Tomlinson.
Tentei de todas as formas ignorar a voz de Mark em minha cabeça.
- O que você acha de irmos para o jardim?
- Não. Eu quero ficar sozinho hoje, com meus pensamentos.
Harry passou sua mão pela minha coxa e eu virei meu olhar para ele.
- Você não ficará sozinho, eu não arriscarei. Você pode ficar com seus pensamentos, mas eu ficarei aqui, mesmo que seja quietinho apenas lhe fazendo carinhos.
Eu sorri e levantei meu corpo, dando um beijo na boca do menino.
Nós já estávamos juntos desde o beijo no jardim, aos poucos as pessoas acabavam descobrindo e cada vez aceitando mais.
Harry ficou com medo de ser despedido, mas os donos do local tem uma campanha de fazer os pacientes felizes.
Eu era um paciente. Eu estava feliz com Harry. Fim da história.
Você vai matar esse menino como fez comigo.
Me abracei ainda mais ao menino de cachos e ele deu um beijo em meus cabelos, deixando seus lábios ali por um momento.
Harry me fazia forte.
Como fez com Lottie e Fizzy.
- Me promete uma coisa? - Falei.
- Depende.
- Quando você ver que há algo errado, foge, okay? Não tenta me salvar.
Ele negou com a cabeça.
- Não posso prometer algo que talvez eu não cumpra. Eu nunca te deixarei, sempre estarei tentando te ajudar.
- Eu não posso ser salvo, Hazzy.
Seus olhos verdes brilharam e um sorriso de covinhas apareceu em seu rosto.
- Eu estou aqui para tentar.
Ele me puxou para um beijo profundo e apaixonado.
- Você me salvou, quero devolver o favor.
- Te salvei?
- Outra hora, amor. Hoje só fica aqui deitado comigo.
Então eu, novamente, deitei em seus braços e nós passamos o dia como o esperado. Harry estava quieto apenas fazendo carícias em meus cabelos e em meu corpo, e eu estava consumido pelos meus sentimentos e pensamentos.
Você merece sofrer tudo o que fez para os outros.
N/A: Gente... Leiam, é importante!
Muitas pessoas estão vindo me procurar dizendo que schizophrenia e circus as assustam e eu só queria deixar avisado que NÃO me responsabilizo por danos psicológicos, okay? Em ambas fanfics eu deixo os avisos. Mas se caso algo acontecer, meu WhatsApp é 051 85653433.
All the fucking love. Shuli, xx.
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